ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: outubro 2009

sábado, 31 de outubro de 2009

Historia da Ortodontia - Allan Gibson Brodie
























Dr. Allan Gibson Brodie

..............1897 - 1976

Grande cientista, formado pela escola do Dr.Angle. Buscou durante toda sua vida estudar o crescimento das estruturas cranio faciais, possui inumeras publicações classicas (disponibilisadas num link no final do texto) que até hoje servem de base para todos aqueles que trabalham com esta complexa estrutua corporal. Realizava estudos bem eleborados para sua época, não se preoculpou com mecânicas Ortodonticas, a especialidade com isso ganhava bases biologicas concretas para o seu desenvolvimento, confiabilidade e respeito. Fundou com sua dedicação a este tema, o seu centro de estudos que até hoje funcina na Universidade de Illinois nos Estados Unidos da América. Na Universidade teve como alunos o Dr. Robert Rickets, Downs, Kloehn entre outros. Quinze dos seus diplomados seguidores se tornaram chefes de departamento em outras universidades.
Foi um dentista norte-americano e proeminente ortodonista. De renome internacional, professor de ortodontia, escritor e pesquisador, Dr. Brodie ocupou varios cargos profissionais, tais como Presidente da Associação de Ortodontia de Chicago, atuou em conselhos consultivos, ganhou inúmero premios profissionais, e foi membro da American Association of Orthodontists (AAO), onde criou o Prémio de apoio à pesquisa.

Dr. Brodie frequentou uma escola pública em Nova Jersey e, em seguida, foi para a Filadélfia para se inscrever no Universidade da Pensilvânia, onde recebeu DDS de sua licenciatura em 1919, Depois de ganhar o seu DDS (Doctor of Dental Surgery), ele começou a praticar medicina dentária em Newark, NJ, no ano seguinte.

O Dr. Brodie estudou com Dr. Edward Angle, o "pai da ortodontia", na Escola Angle Orthodontics em Pasadena, Califórnia, de 1925 a 1926, e foi considerado o melhor aluno do Dr. Angle, entre os matriculados da classe na escola, no final da licenciatura. Dr. Brodie, muitas vezes considerava o Dr. Angle como seu pai adotivo. Em 1923, casou com Vera Elizabeth Smock. Eles tiveram três filhos: Allan Jr., Donald, e Anna (Olson). Brodie retornou à prática Ortodontica em Newark, mas em 1929 ele foi convidado pelo reitor Frederick Boga Noyes e entrou para a Universidade de Illinois na Faculdade de Odontologia para organizar seu Departamento de Ortodontia - um dos primeiros serviços de ortodontia serviços estabelecidos nos Estados Unidos.

Seguindo o objetivo de vida do Dr. Angle - a ambição de fornecer uma base mais ampla e mais científica para os profissionais da sua especialidade. Ocupou uma cadeira de assistente em ortodontia, 1929-1931, mas foi promovido para Professor Titular em 1931 e continuou a chefe do departamento de ortodontia, 1936-1966. Dr. Brodie ocupou o departamento até 1966, e foi reitor da universidade de 1944 a 1956, embora ainda mantendo uma vida na prática Ortodontica privada. Dr. Brodie recebeu seu MS (Master of Science), graduação em anatomia e histologia da Universidade em 1934, e seu doutorado em anatomia em 1940.

No momento da sua morte, em 02 de janeiro de 1976, Dr. Brodie iria escrever seu próprio livro sobre ortodontia. Em 2004, O Complexo Dentofacial da UIC College of Dentistry , foi tornada pública depois de ser completada por alunos, professores e funcionários da Faculdade de Odontologia da Universidade de Illinois em Chicago.

Em uma entrevista dada a Revista Dental Press em 2008, o Dr. Russell T. Kittleson, Especialização e mestrado em Ortodontia pela University de Illinois em 1960 Chicago, Illinois, EUA; Ex-presidente da Edward H. Angle Society of Orthodontists e da Wisconsin Society of Orthodontists. Foi ex. Aluno do Dr. Brodie, e quando questionado pelo professor Carlos Jorge Vogel, falou um pouco da sua experiência e aprendisado com o Dr. Brodie.

Quem mais o influenciou em sua carreira de professor e educador?

As duas pessoas que mais tiveram influência sobre minha carreira de educador ortodôntico foram Robert Winders e Allan G. Brodie.

Dr. Brodie me convenceu da absoluta necessidade de ter qualidade de excelência para se tornar um educador. Fez-me entender que todo professor, na sua vida diária, terá que ser um eterno estudante, procurando melhorar seu próprio nível de educação e, quando interessado em algum assunto ortodôntico, terá que se aprofundar para apreender absolutamente tudo que existe sobre o mesmo. Apreendi a ser curioso e investigativo, o que me fez ser consciente e crítico ao analisar os conteúdos das publicações.



O Dr. Allan Brodie era conhecido, e atacado, como sendo contrário às extrações dentárias. Como o senhor vê esta sua posição e suas supostas desavenças com Dr. Charles Tweed?


Ele era amigo do Dr. Tweed e tinha profundo respeito por ele. Dr. Brodie nunca foi totalmente contra a extração de dentes permanentes, mas não se pronunciava sobre isto oficialmente. Lembro-me que, por ocasião de um seminário, Dr. Brodie nos apresentou um caso para ser analisado e, apesar da acentuada falta de espaço, estávamos todos receosos em indicar a necessidade de extrações. Quando nos informou que o tratamento deste caso evidentemente necessitava da extração de quatro pré-molares, ficamos todos boquiabertos.
Na época, as filosofias de Tweed e Begg estavam em muita evidência, e eu acredito que ele se sentia na obrigação de assumir uma postura mais conservadora, procurando, com isso, restabelecer um melhor equilíbrio na profissão.


Poderia nos dizer qual foi o maior legado, em sua opinião, que Dr. Allan Brodie deixou para a Ortodontia?

Dr. Brodie nos deixou um entendimento de como pesquisas ortodônticas poderiam ser utilizadas
para melhorar a profissão. Suas pesquisas básicas em crescimento e desenvolvimento estabeleceram conceitos totalmente novos quanto às suas implicações clínicas e a influência no diagnóstico e planejamento dos tratamentos ortodônticos. Ajudou a desenvolver a grande busca da Ortodontia em pesquisar como se poderia modificar o crescimento facial, de como isso poderia influenciar os procedimentos de tratamento. Talvez seja por isso que hoje nós estamos procurando definir os objetivos dos tratamentos para cada paciente individualmente.


Links sobre o Dr. Brodie:

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Link de artigos publicados pelo Dr. Brodie no Angle Orthodontics:
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Link da entrevista do Dr.Russell T. Kittleson a Dental Press via Scielo:
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ortodontia como atividade de meio ou resultado?


Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Erivaldo Ferreira Lopes, Kátia J. Novello Ferrer, Maria Helena Castro de Almeida, Renato Castro de Almeida; do programa de mestrado em Odontologia, área de Ortodontia, do C.P.O. São Leopoldo Mandic; Campinas - São Paulo. Mostra que a grande parte dos litígios entre pacientes e ortodontistas se dá pelo fato equivocado, que ainda perdura, de que muitos juristas consideram a Ortodontia uma especialidade de fim, quando, na verdade, sua prática está sujeita a fatores que a caracterizam como atividade de meio.

As obrigações de meio podem ser definidas como sendo uma espécie de comprometimento, que um contratante faz com um contratado, de prestar um serviço com o melhor de sua força física, mental e intelectual, bem como com a responsabilidade normal que se espera de um profissional qualificado para o desenvolvimento da tarefa contratada. Uma obrigação de meio indica que há um comprometimento de dedicação pessoal com vistas ao melhor resultado. Trata-se de uma obrigação subjetiva, onde um resultado final pode não corresponder totalmente ao esperado. As obrigações de resultado, ao contrário, seriam objetivas, tendo como obrigatoriedade o resultado proposto.

Alguns juristas entendem que sendo o ortodontista um profissional que depende, durante o tratamento proposto, de fatores biológicos e comportamentais de cada paciente, não poderia ser responsabilizado por fatores que independem de sua capacitação profissional.

Demogue elaborou a “teoria da obrigação”, na qual dividiu os profissionais em duas áreas de obrigação, sendo a primeira a obrigação de meio, onde o profissional deve, durante a execução de sua atividade, desempenhar o melhor possível de sua técnica em prol de seu cliente, porém, o resultado final independe de sua vontade. A exemplo do trabalho do advogado, que fica à mercê da sentença do juiz, algumas especialidades da área da Saúde também podem ser consideradas como de meio. Outros profissionais, no entanto, são incluídos na chamada obrigação de resultado, tendo assim o dever de atingir determinado resultado esperado e desejado pelo cliente, sob pena de processo.

Santos escreveu um artigo sobre a obrigação de resultado do cirurgião-dentista, explicando que não é possível garantir um resultado, posto que cada organismo responde biologicamente de forma diferente de outro, ressaltando que não há obrigação legal para que o cirurgião-dentista atinja um resultado, conforme inciso II do Art 5º da Constituição Federal (CF) que ressalta que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer nada se não em virtude da lei. Como não existe no Brasil uma lei onde o cirurgião-dentista seja obrigado a atingir resultado, este não pode ser condenado com base na “obrigação de resultado”. Argumenta que também, como garante o Art. 5º da Constituição Federal, somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e com direito à dignidade, conforme Art. 1º, inciso III da mesma CF. O autor conclui que exigir do cirurgião-dentista um resultado além de ilegítimo é aviltante a esta dignidade.

A responsabilidade do dentista situa-se no mesmo plano e sob as mesmas perspectivas da responsabilidade médica, não cabendo a esses profissionais assegurarem a cura, o resultado, mas sim aplicar toda diligência de sua técnica para atingila. Venosa citou as seguintes especialidades da Odontologia como sendo de obrigação de meio, ou seja, que não admitem que se assegure resultado: Traumatologia Buco-maxilo-facial, Endodontia, Periodontia, Odontopediatria e Ortodontia.

Os fatores biológicos e a colaboração do paciente também podem interferir nos resultados do tratamento e devem ser considerados co-responsáveis pelos efeitos atingidos ao final da terapia ortodôntica. Logo o sucesso do tratamento não é apenas dependente do conhecimento técnico-científico do profissional, mas também do conhecimento científico de terceiros, tal como dos fabricantes de materiais. Considerando que as obrigações do ortodontista são tão subjetivas quanto o são para o paciente, cabe ao profissional agir conforme o padrão esperado para situações semelhantes, provando que foram utilizados todos os meios possíveis para atingir ou chegar o mais próximo possível do resultado esperado pelo paciente.


Link do artigo na integra via Scielo:

sábado, 24 de outubro de 2009

Pensamento da Semana





"Não há conquistas fáceis. São as estradas sinuosas que levam ao caminho certo. O profissional, em qualquer ofício, alcançará o triunfo a partir de um espírito tenaz, forte, obstinado."


Afonso Opazo


Parabéns a todos os colegas Dentistas do Brasil e do Mundo, pois mereçemos todos os predicados possíveis !!!!!!!


Marlos Loiola

25 de Outubro - Dia do Dentista no Brasil.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tomografia volumétrica (Odontológica) versus helicoidal (Médica) no planejamento ortodôntico e no diagnóstico das reabsorções dentárias




Neste artigo de 2007, publicado Revista Dental Press, pelos autores Dr. Alberto Consolaro e pela Drª Patrícia Zambonato Freitas; Professor Titular em Patologia Bucal na Faculdade de Odontologia de Bauru (Graduação e Pós-Graduação) e na Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo e Doutoranda em Patologia Bucal na FOB-USP e Ortodontista em Clínica Privada em Brasília/DF. Mostra a versatilidade deste novo recurso de diagnostico por imagem.

A tomografia computadorizada, muito utilizada na área médica, também pode ser referida como tomografia computadorizada helicoidal ou em espiral, em função da trajetória espacial do feixe de raios X em torno do paciente. São realizadas por grandes e sofisticados aparelhos, com grande exposição à radiação para o paciente. Este tipo de exame também é conhecido como tomografia computadorizada médica.

A tomografia computadorizada utilizada especificamente na Odontologia é mais recente e também muito conhecida como tomografia computadorizada volumétrica ou de feixe cônico, em função da forma espacial do feixe de raios X sobre o paciente. São realizadas por aparelhos menores e de maior facilidade no manuseio e cada exposição do paciente corresponde, em média, à radiação de uma radiografia panorâmica ou ortopantomografia, dependendo da região estudada e da marca do aparelho. No mercado, há várias marcas comerciais disponibilizando modelos e designs diferentes: iCAT da Imaging Sciences; NewTom 9000 da Quantitative Radiology; 3D Accuitomo da J. Morita Manufacturing; CB MercuRay da Hitachi Medical Corp; SIREMOBIL Iso-C3D da Siemens Medical Solutions - este último, um aparelho com elevado grau de portatibilidade, facilitando seu deslocamento em ambientes diferentes.

Em aparelhos bem calibrados, a dose de radiação para obtenção de uma tomografia computadorizada volumétrica ou odontológica é consideravelmente muito menor que na tomografia computadorizada helicoidal ou médica. Esta é uma grande vantagem da tomografia volumétrica que, se possível, não deve ser chamada de odontológica, pois sua indicação cada vez mais se amplia para outras áreas da Medicina. A tomografia computadorizada volumétrica vem sendo utilizada na Otorrinolaringologia para avaliar as inter-relações sinusais, nas análises do ouvido médio e na Ortopedia.

A qualidade da imagem obtida representa a razão do uso da tomografia computadorizada volumétrica na Odontologia. Por exemplo, em determinada região em que 3 ou mais dentes estejam radiograficamente sobrepostos ou interdispostos e em fases diferentes de erupção, com ou sem supranumerários. Nesta situação haverá dificuldade na identificação da real posição de cada dente para uma abordagem cirúrgica e/ou ortodôntica precisa e segura. A tomografia computadorizada volumétrica permitirá, por cortes em todos os sentidos, identificar precisamente estas relações e oferecer ainda imagens tridimensionais dos dentes com o osso da região ou apenas com imagens tridimensionais dos dentes, espacial e isoladamente apresentados, sem a presença do tecido ósseo. O planejamento e o plano de tratamento serão seguros e precisos.

A obtenção de imagens tomográficas volumétricas para o planejamento ortodôntico permite avaliar, ainda com mais precisão, as relações entre a crista óssea alveolar e os dentes, sua altura, sua forma e o seu delineamento na região cervical ao longo de toda a circunferência. Da mesma forma avalia-se detalhadamente a forma radicular e, especialmente, do ápice, bem como a proporção coroa-raiz. Os fatores mencionados neste parágrafo são fundamentais na previsibilidade de reabsorções dentárias, para que se adote o planejamento ortodôntico defensivo.

Mas as duas mais preciosas indicações da tomografia computadorizada volumétrica na Ortodontia estão relacionadas com: 1) avaliação de casos de retratamentos e 2) avaliação precoce das possíveis reabsorções dentárias induzidas durante o tratamento ortodôntico.

Sugere-se, assim, a tomografia computadorizada volumétrica em períodos mais curtos, como 3 meses, quando:

1) os pacientes apresentam raízes dentárias predominantemente triangulares, crista ósseas predominantemente retangulares, raízes curtas com menos de 1,6x a altura da coroa;

2) houver história de traumatismo dentário prévio em uma determinada região;

3) os pacientes apresentam anodontia parcial, cujos espaços anodônticos extensos formam “cristas” retangulares e nos quais os dentes tendem a ser curtos em suas raízes e a forma radicular predominante é a triangular.

A diferença está no custo por exame, local de realização e forma da tomada radiográfica e, especialmente, na enorme diferença de radiação a que o paciente é submetido. A tomografia computadorizada volumétrica revelase quase sempre mais adequada em todos os aspectos. O custo é menor e pode ser solicitada apenas para a região de interesse, permitindo uma diminuição maior ainda na dose de radiação. A tomografia volumétrica é realizada em clínicas imaginológicas odontológicas e permite posicionamento confortável para o paciente, como por exemplo sentado, tal qual na obtenção de uma radiografia panorâmica.


Link do artigo na integra via Dental Press:

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Riscos e complicações do tratamento ortodôntico




Neste artigo de 2006, publicado Hong Kong Dental Journal, pelos autores Paul Yun-Wah Lau; Ricky Wing-Kit Wong; da Faculty of Dentistry, The University of Hong Kong, Hong Kong; Mostra os cuidados queo paciente deve tomar e os problemas que o tratamento Ortodontico pode ocasionar.

O tratamento ortodôntico pode melhorar a mastigação, fonação e aparência, assim como a saúde geral do paciente, devolvendo-lhe conforto e auto-estima. No entanto, como muitas outras intervenções, o tratamento ortodôntico tem riscos inerentes e complicações. Assim, se a correção da má oclusão deve ser de benefício, as vantagens que ele oferece deve sobrepor-se qualquer possíveis danos. É também importante para a implementação de risco procedimentos de controle durante e após o tratamento ortodôntico.

Os aspectos psicológicos do tratamento ortodôntico deve ser dada a devida atenção e não deve ser negligenciado. A seleção de pacientes sempre desempenha um papel vital na minimização dos riscos. Além disso, os clínicos devem estar atentos em avaliar e monitorar cada aspecto do paciente durante o tratamento ortodôntico e após o tratamento, para atingir um resultado sem intercorrências, segura e com êxito final.

As medidas preventivas para minimizar os danos incluem: seleção de pacientes, instrução de higiene oral intensiva e monitoramento e educação alimentar. Em cada visita, a higiene oral e educação alimentar deve ser reforçada. Em cada consulta, é crucial inspecionar os dentes para evitar pontos desmineralizada. Indica os pacientes o uso diário de 0,05% enxaguatório a base de fluoreto de sódio, a ocorrência de cárie diminui. Limpeza profissional de dentes também é recomendada se o paciente não atingir higiene oral satisfatória. Em casos graves e como último recurso, a remção do aparelho pode ser obrigado, para limitar os danos.

Danificar o esmalte mais comumente ocorre por contato oclusal com os braquetes ortodônticos, sendo pior, com cerâmica, metal, e policarbonato (nessa ordem). Quando a colocação dos aparelhos, o extremo cuidado é necessário para evitar contato direto entre os bráquetes e o dentes oponentes. A borda incisal dos 06 dentes anteriores superiores e as cúspides vestibulares dos dentes superiores posteriores são freqüentemente afetados. Se o contato directo entre braquete ortodôntico do dente é inevitável, então os outros dentes devem compartilhar a carga corretamente na oclusão.

Estudos utilizando técnicas radiorespirometrica indicam que as forças ortodônticas podem causar uma depressão do oxigênio dentro das células da polpa. Distúrbios na circulação da polpa são mais graves quando uma maior força é usada e quando a força é aplicada por um período mais tempo. A aplicação de força contínua numa coroa de um dente irá produzir uma leve e transitória resposta inflamatória na polpa. Algum grau de pulpite é, portanto, de se esperar com movimento ortodontico, mas geralmente é reversível ou transitória e não tem nenhum significado a longo prazo. Embora raramente leve à perda de vitalidade, pode haver um aumento de pulpite em dentes previamente traumatizado por aparelhos fixos. Deste modo, particularmente com os dentes traumatizados, os dentes devem ter teste de vitalidade para ser monitorizada a cada 3 meses. Embora existam relatos de necrose pulpar depois da terapia ortodôntica, são muito poucas a comparação com o número de pacientes que diariamente passam por tratamento ortodôntico.

Há um risco na remoção do material de colagem após descolagem, ocorre aumento da temperatura no local e pode resultar em danos polpa. Temperaturas de 46-50 ° C por 30 segundos diminui a circulação e pode levar a trombose. Água ou ar devem, portanto, ser utilizado como um resfriador.
Algum grau de reabsorção radicular externa inevitavelmente está associada ao tratamento com aparelho fixo, embora a sua extensão seja imprevisível. A tendência de reabsorção de raiz é maior na dentição, envolvendo agenesia dental, invaginações, taurodontismo e formas de raiz. Outros preditores incluem: anômalia dos incisivos laterais, bem como a morfologia anormal dq raiz dos incisivos e pré-molares. A reabsorção pode ocorrer na superfície apical e lateral das raizes, as radiografias apenas revelam um grau de reabsorção apical. Em muitos casos as reabsorções podem ser clinicamente significativamente evidentes ou visualizadas por radiografia de rotina, mas alterações microscópicas de superfície, no entanto, são susceptíveis de ter ocorrido. Ketcham constatou que os incisivos superiores são mais acometidos do que os outros dentes. Outros alegão de que incisivos inferiores são mais passíveis de reabsorção que os superiores. As raizes vestibulares dos primeiros pré-molares e molares superiores também apresentam freqüentes reabsorções radiculares. O grau de reabsorção radicular é geralmente menor que 2 mm, mas pode ser mais ampla. Mesmo idiopática a reabsorção radicular pode ocorrer. No entanto reabsorção, raramente compromete a longevidade dos dentes.

Os Aparelhos fixos propiciam uma higiene oral difícil, mesmo para o a maioria dos pacientes motivados, e quase todos eles possuem algum grau de inflamação gengival. Inchasso gengival, Seqüelas, e recessão gengival são comuns em decorrencias de procedimentos ortodônticos. Alterações inflamatórias (particularmente o sangramento) são freqüentemente observada mesmo em pacientes ortodônticos com excelentes hábitos de limpeza. As áreas interproximais geralmente são mais afetadas do que as áreas frontais, e dentes posteriores mais de dentes anteriores. Sinais de inflamação diminuem rapidamente após a remoção do aparelho ortodôntico.
Irritação aos materiais dos aparelhos são responsáveis pela reações de hipersensibilidade e pode implicar com a libertação de alérgenos conhecidos, tais como níquel, cromo e cobalto. Outros alérgenos são componentes catalisadores químicos em materiais de colagem, o frio dos acrílicos , ou em componente do látex. Gjerdet et al encontraram uma liberação significativa de níquel e ferro na saliva de pacientes apenas após a colocação de aparelhos fixos. No entanto, não houve diferença significativa do níquel ou as concentrações de ferro entre os controles e paciente no quais possuiam aparelhos após semanas. O significado clínico da liberação de níquel é ainda incerto, mas deve ser considerada em pacientes sensíveis. Alguns doentes têm alergia grave ao látex causadas por elásticos ou luvas dos operadores.

Lacerações na mucosa oral e na gengiva pode apresentar como ulceração ou hiperplasias. Ocorrem freqüentemente durante o tratamento ou entre as sessões por causa de arco, suportes e bandas, e muito especialmente quando trechos sem suporte dentario causa descanso fio contra os lábios. Excesso de atividades musculares da bochecha ou língua pode funcionar como gatilhos. O uso de cera dental sobre o suporte pode reduzir o trauma e desconforto, como tubo com arco sem suporte. Cuidadoso do arredondamento das bordas do aparelho pode ser útil.

Na literatura, muita atenção foi centrada sobre a relação entre disfunção temporomandibular (DTM) e tratamento ortodôntico. Embora DTM é comum na população em geral, independentemente do tratamento ortodontico, não há nenhuma evidência para apoiar a teoria de que tratamento ortodôntico com DTM possuem causas ou curas. Além disso, pacientes ortodônticos não têm uma chance maior de desenvolvimento de DTM que a população geral. Assim, acredita-se que não há relação direta entre os dois. No entanto, DTMs pré-existentes devem ser informadas, e o paciente informado que o tratamento não pode melhorar previsivelmente a sua condição e que alguns sofram sintomas os observam aumentarem. Sempre que os pacientes experimentam sintomas durante o tratamento, a abordagem padrão para avaliação da DTM devem ser tomadas. O tratamento conservador deve ser dirigido a eliminar o desconforto, desarmonia oclusal e ruídos articulares para tranquilizar o paciente. Outras formas de tratamento padrão (por exemplo, dieta macia, exercícios mandibulares) também podem ser indicados.

Pacientes com risco de endocardite devem ser tratados em conformidade com as orientações adequadas e em consulta com um cardiologista. A higiene bucal é essencial, e deve ser conjugada com cobertura antibiótica para procedimentos invasivos tais como extrações, a separação, a colocação de banda, e remoção de banda. Colagem acessórios são utilizados em todos os dentes não tem a necessidade de cobertura antibiótica contra bacteremia que de ser causada pela introdução de ambos os separadores e colocação de banda e de remoção. Isso também reduz a o risco da placa bacteriana indesejadas em áreas estagnadas. Para minimizar bacteriana o uso de clorexidina tem sido defendida antes de qualquer tratamento e, em alguns casos mesmo dia.

Existem várias fontes para a lesão iatrogénica devido ao tratamento ortodôntico. Quando adequadamente é realizado, danos graves são muito raros. A maior vantagem é que poderão resultar do tratamento das más oclusões severas. Os indivíduos devem ser avaliada para fatores de risco. Raramente, toda tentativa de se corrigir uma maloclusão pode deixar o paciente pior do que antes tratamento. A boa prática clínica, cuidado com a seleção de pacientes, e uma boa cooperação e compreensão entre todas as partes são pré-requisitos para minimizar danos aos tecidos.


Link do artigo na integra va Orthofree:

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eureka Springs









O Eureka Springs é um acessório ortodontico que tem a concepção parecida com a herbst, me paraceu pelas informações do site, menos robusto e talvez mais confortável ou mais frágil (mas só pelo que se observa no site) então opnião subjetiva. Vamos conheçer um pouco mais este artefato.

O que Fabricante (Eureka Orthodontics) diz:

Uma alternativa avançada aos elásticos. Projetado para corrigir rapidamente discrepâncias de Classe II e Classe III, Os Eureka Springs são os acessórios Ortodonticos mais eficazes, confortáveis e versáteis disponíveis.

Quando você dominar a técnica de inserção do Springs, você terá uma nova e poderosa ferramenta para aumentar a qualidade do tratamento ortodontico, diminuindo o tempo de tratamento, e realmente ocorre um aproveitamnto de tratamento em pacientes não-cooperativos.

O Eureka Classic ™

O clássico é o projeto original e a força da mola foi o primeiro de seu tipo. Seu Design é simples, elegante, patenteado e não pode ser copiado, e é menos de metade do custo de dispositivos semelhantes.

O Eureka Quick-Connect ™

O Quick-Connect é um novo modelo que prevê a inserção mais rápida e remoção em pacientes Classe II.

Indicações para terapia com Eureka Springs terá benéfico nas seguintes situações:

1- Pacientes não cooperativos de classe II e classe III.

2- Correção de Classe II em padrões dolicofacial.

3- Correção da Classe II ou classe III Unilatera.

4 - Canino congenitamente ausente ou pré-molares e fechamento do espaço total é desejado. (Nestas situações, o Eureka Springs proporciona ancoragem mandibular anterior contra o qual a ocorre a mesialização da dentição posterior).
5 - Para obter máxima intercuspidação final posterior.

6 - Pós-cirurgia ortognática em que se deve suplementar quando a correção da classe II ou classe III dentária é desejada.

7 - Para corrigir divergências AP quando os dentes anteriores são bem alinhados e pacientes relutantes em usar aparelhos nos dentes anteriores.


Contra-indicações em Pacientes com as seguintes condições, provavelmente, ser melhor ou mais simplesmente tratados com outras terapias que Eureka Spring:


1 - Classe III com mordida aberta anterior.

2-Ângulo Mínimo (braquifacial) com forma esquelética para baixo e para trás, em que a rotação mandibular seria desejável.

3 - Incisivos inferiores proeminentes, onde o movimento anterior adicionais destes dentes seriam indesejáveis (quando usar classe II ES).


Link do fabricante do Eureka Springs:

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A estética no sistema de braquetes autoligáveis


Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelos Autores Daniel J. Fernandes, Rhita C. C. Almeida, Cátia C. A. Quintão, Carlos N. Elias, José Augusto M. Miguel; do curso de Ortodontia-UERJ – Rio de Janeiro/Brasil. Realiza uma revisão da literatura sobre o sistema de braquetes autoligáveis estéticos.

O uso cada vez mais freqüente de mecânicas de deslizamento tornou o controle do atrito em Ortodontia uma das principais preocupações para o sucesso do tratamento planejado. O atrito pode ser definido como uma força que se opõe ou retarda a movimentação de dois corpos que se encontram em contato. Diferentemente do uso de alças, onde o atrito gerado é mínimo, o deslizamento responde por considerável quantidade de fricção na interface braquete/fio ortodôntico, sendo a dinâmica deste binômio essencial para o estabelecimento da movimentação ortodôntica. Diversas indicações são atribuídas à mecânica de deslizamento, tais como casos de fechamento de espaços, além da translação e retração de elementos para ocupação de áreas de extração.

O conceito de braquetes autoligáveis surgiu em 1935 com o advento do sistema Russell Lock. A partir desta data, já era preconizado um sistema que viabilizasse a otimização do tempo de atendimento e uma maior facilidade de união do sistema braquete/fio ortodôntico, com a menor quantidade de atrito possível. A retenção do arco no interior da ranhura do braquete era obtida através de um sistema mecânico ajustado na superfície vestibular do artefato, funcionando como uma quarta parede da ranhura. O padrão de autoligação foi seguido e aprimorado por Wildman em 1972 com o sistema Edgelok.

Diversos outros tipos de braquetes autoligáveis foram idealizados, com variações de forma, tamanho, mecânica e material. Todavia estes artefatos, apesar de sua considerável capacidade de diminuição do atrito, nunca se difundiram de maneira permanente no cotidiano ortodôntico6. O alto custo e a inicial fragilidade apresentada por este sistema foram os principais responsáveis pela não ratificação do mesmo.

Após o ano de 2000, com o surgimento de braquetes autoligáveis de menores dimensões, maior robustez e praticidade de manipulação, estes artefatos tornaram-se interessantes ao uso diário do ortodontista. Todavia, um maior apelo à estética foi observado por parte dos pacientes, redirecionando a uma nova tendência. Estes começaram, então, a ser confeccionados em policarbonato. Estudos realizados por Cacciafesta et al. afirmam que o atrito produzido por este tipo de material apresenta-se como mais próximo ao observado em braquetes metálicos convencionais, apesar de superior ao mesmo.

O controle da fricção existente durante o deslocamento do fio no interior da ranhura de braquetes torna-se crucial pelo fato da mesma influenciar diretamente a taxa e o tipo de movimentação dentária e, conseqüentemente, o grau de sucesso alcançado com a mecânica. Pode ser influenciada por inúmeras variáveis, como o tipo de material, dimensão, forma e angulação da interface fio/ranhura, situações de umidade do meio, forças de ligação e tipo de amarração.

Em relação ao tamanho dos braquetes, os de menores dimensões demonstraram valores de fricção superiores aos de maiores dimensões. Tal afirmação justifica-se pelo fato de braquetes menores permitirem uma maior tendência de inclinação dentária. Esta inclinação responde pelo estabelecimento de uma angulação na interface fio/braquete e, assim, o aumento da fricção superficial.

O planejamento da movimentação dentária pode envolver diversos tipos de técnicas, estando o uso de mecânicas de deslizamento muito presente no cotidiano da clínica ortodôntica. Contribui ativamente para o estabelecimento de forças de atrito em grau muito superior ao observado pela ativação de alças ou loops. Diferentemente do uso de alças onde o atrito gerado é consideravelmente menor, o deslizamento responde por considerável quantidade de fricção.

Para que o movimento dentário seja estabelecido, é preconizado que a força exercida por um capilar sanguíneo seja aplicada sobre os tecidos de suporte dentário. Esta força contudo, deve primeiriamente superar a resistência apresentada pela fricção gerada na interface braquete/fio. Quando altos níveis de atrito são observados neste conjunto, a força aplicada pode ser reduzida à ordem de até 60% de sua intensidade original, podendo transcorrer, clinicamente, na dificultação da movimentação dentária desejada e em perda de ancoragem. Diversas outras manobras clínicas também respondem pela geração de atrito. Dentre elas pode-se citar a aplicação de torques ativos e o alinhamento e nivelamento de elementos dentários.

Os braquetes estéticos podem ser compostos por diferentes materiais; dentre eles a matriz cerâmica e a resinosa são os mais empregados, por apresentarem maior semelhança à maioria das colorações evidenciadas à composição do esmalte dentário.

Os braquetes estéticos cerâmicos são compostos de 99,9% de óxido de alumínio, podendo diferir segundo o modo de fabricação, sendo denominados de mono ou policristalinos. Os artefatos compostos por matrizes resinosas são confeccionados, principalmente, a partir de policarbonatos. Inicialmente, sua composição abrangia apenas matrizes puras, o que tornava o material mais propenso a deformações, fraturas e manchamentos. Uma nova composição foi, então, estipulada para sua constituição, abrangendo a incorporação de reforços cerâmicos e de fibras de vidro. Os incrementos cerâmicos são observados nos sistemas autoligáveis Opal (Ultradent, South Jordan, EUA) e os de fibra de vidro no modelo Oyster (Gestenco, Gothemburg, Suíça) e Damon 3 (Ormco, Glendora, Califórnia, EUA). A modificação das matrizes do material garantiu uma superior resistência, estabilidade e menor suscetibilidade ao manchamento, apresentando, contudo, valores de dureza e rigidez inferiores quando comparados aos braquetes de aço inoxidável e os de matrizes cerâmicas.

O único modelo de braquetes autoligáveis translúcidos não confeccionados em policarbonato é o In-Ovation estético (GAC, Nova Iorque, EUA). Sua manufatura em cerâmica abrange a associação da matriz policristalina à liga de aço inoxidável responsável pelo revestimento de sua ranhura e do sistema de autofechamento anterior. Este padrão de emprego do material estético, em apenas uma fração diminuta do corpo do artefato, foi também utilizado pela Ormco (Glendora, Califórnia, EUA) no modelo Damon 3 , só que incorporando o policarbonato ao invés da cerâmica.

O sistema autoligável difere dos demais pela logística mecânica presente em sua ranhura, que responde pela permanência do fio ortodôntico em seu interior. Pode ser observada a existência de uma cobertura metálica de material semelhante ao empregado na manufatura do braquete. Esta cobertura sofre encaixe na abertura da ranhura, funcionando como uma quarta parede do mesmo e transformando-o à semelhança do que seria um tubo ortodôntico. Este sistema observado em diversos dispositivos segue a metodologia idealizada pelo modelo Russel Lock.

O outro modelo autoligável existente caracteriza-se como transcorrendo do padrão desenvolvido por Hanson4, em 1975, ancorando-se na existência de uma mola de material resiliente, que garante a reclusão do fio ortodôntico no interior da ranhura dos braquetes. Todavia, o resultado desta interação está subordinado ao calibre do fio empregado. Este sistema originou a logística em uso conhecida como spring clip ou sistema ativo resiliente.

O comportamento dos fios ortodônticos, apesar de também depender de sua interação com a ranhura dos artefatos, é principalmente governado por características intrínsecas próprias. Tais características seriam suas propriedades físicas, abrangendo a rugosidade, dureza e flexibilidade do material. A rugosidade responde pela modulação do coeficiente de atrito, sendo estas grandezas diretamente proporcionais e responsáveis pela intensidade de fricção superficial produzida. A dureza dos fios também tem participação na intensidade friccional produzida, dependendo, porém, da força normal observada após o contato do material com a ranhura dos braquetes ortodônticos. Este contato, geralmente, apresenta-se mais presente em fios com menor dureza e maior flexibilidade.

O sistema de braquetes de policarbonato autoligáveis apresenta-se como uma valiosa opção no cotidiano clínico, em casos onde haja uma grande demanda estética. Esta configuração de braquetes permite o aprisionamento do fio ortodôntico de forma passiva, sem a participação de nenhum agente externo de ligação, promovendo a permanência da fricção superficial em índices reduzidos. Obtémse, assim, um tratamento mais rápido e confortável para o paciente, que possibilita a aplicação de forças ortodônticas de menor intensidade, além dos ganhos estéticos únicos promovidos pelo sistema autoligável, quando confeccionado em policarbonato.


Link do artigo na Integra via Scielo:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Algumas desculpas para um Ortodontista comprar um Iphone


Nada combinaria mais com o nome deste Blog que o Iphone.

Na vanguarda da tecnologia, o blog Ortodontia Contemporânea tem tentado trazer o que há de mais moderno na ortodontia, através de artigos e de materiais inovadores (ou não).

O acesso a internet móvel tornou-se realidade no Brasil com a chegada da tecnologia 3G. Após isso os SmartPhones foram disseminados no cotidiano das pessoas que não se permitem ficarem paradas ao tempo. Podemos destacar a plataforma para o IPhone como a que mais cresce no meio corporativo e todas as grandes empresas já desenvolveram (ou estão desenvolvendo) seus sites adaptados para o Iphone OS.

Uma revisão das aplicações produtivas se faz necessária para os que precisam convencer sua conjuge que não se trata apenas de um poderoso equipamento multimídia e fonte de jogos incríveis.

Tratam-se de aplicativos gratuitos:

1. Pesquisa rápida no PubMed


2. Doc Scanner : "Scanner" de documentos para envio por e-mail



3. Lexi Comp Dental : Drogas utilizadas e suas bulas



4. Famoso Atlas de Anatomia




5. Orasphere : Um demo de instrução de anatomia dentária e periodontal para pacientes



6. QuickOffice : Ler e edita arquivos do office




7. Acesso a Bancos e empresas aéreas com rapidez e segurança

Banco do Brasil, Caixa, Real, TAM, etc... Já tem acesso para Iphone. As que não tem podem ser acessadas da mesma forma que no seu PC ou Mcbook.

8.GrindTeeth - bruxismo no Iphone.


9. 3D skeleton : Atlas de anatomia 3D



10. PocketMoney : Administração Financeira


11. IBlogger : Postagens da rua, da fazenda, ou de uma casinha de sapê...



12. Por último : Seu computador na sua mão!!! Logmein - Com esse aplicativo free, faça sua conta também free no site do desenvolvedor e acesse seu computador remotamente pelo IPhone. Deixe seu computador do consultório ligado e quando quiser acessar a ficha de algum paciente ou sua agenda, faça isso pelo seu iphone. Muito Bom!




Exitem infinitas aplicações para o IPhone. Essas são algumas que estou usando com maior entusiasmo, mas dependendo das suas necessidades pode procurar nos bancos de dados para Iphone na net, como o Appulo.us.

Espero ter ajudado,

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dica de pesquisa via BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde)


É com grande prazer que estamos participando do Movimento Odontologia na Internet, a convite do colega Marcos Rocha do BLOG Marketing em Odontologia. O nosso BLOG Ortodontia Contemporânea irá transmitir aos colegas um passo-a-passo de como se pesquisar um assunto na BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde) e solicitar o artigo via SCAD (Serviço Cooperativo de Acesso a Documentos) . Clique nas imagens para ampliá-las.

Inicialmente acessar o site: http://www.bireme.org/






Depois é só digitar o tema desejado na barra de pesquisa da bireme após teclar o ENTER, apareçe em todas as bases os artigos relacionados ao assunto digitado.






Clicando por exemplo nos artigos da base LILACS, apareçerá artigo por artigo com Titulo, resumo e abstract, autores, fonte, etc. Você vai lendo e selecionando os artigos que o interessa.









Depois de selecionado o artigos é só imprimir os resumos.





Cada artigo possui um ID numerado.





Para solicitar o artigo é só acessar via o site da BIREME, a SCAD.





Na SCAD (Serviço Cooperativo de Acesso a Documentos), inicialmente terá que se cadastrare pagar uma taxa via boleto bancário para fazer parte. Você fará um login.





E ai é só fazer um novo pedido com o ID do artigo que você imrpimiu via LILACS.





Apareçerá o resumo do artigo e as opções de envio como e-mail, SEDEX, etc. Todos os artigos tem um custo que deverá ser pago com boleto bancario.





Para você que está fazendo trabalhos como Seminários, Monografias, Dissertações, etc. Este é um ótimo recurso de pesquisa, no qual você tem todas as bases cientificas de bibliotecas de Universidades e Instituições sérias a sua disposição. Sem sair de casa e com custo reduzido, principalmente se o pedido puder ser enviado via e-mail.


Mais uma dica do BLOG Ortodontia Contemporânea.


Abraços,

Marlos Loiola

domingo, 11 de outubro de 2009

Pensamento da Semana


"Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança: estar sempre alegre, nunca ficar inativo e chorar com força por tudo o que se quer".


Paulo Leminski

1949 - 1989



Link sobre o autor:


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DNA, chipanzés e a redução do tamanho e número dos dentes


Neste artigo de 2003, publicado pela Revista Dental Press, pelo Prof. Dr. Alberto Consolaro Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB-USP - São Paulo. No qual o autor faz uma reflexão sobre a evolução do ser humano apartir dos estudos do DNA.

Após 50 anos de descoberta da estrutura do DNA revelou-se que somos muito parecidos com os chipanzés em nosso genoma, na verdade quase iguais. Este cinqüentenário da descoberta por Watson e Crick merece ser pelo menos mencionado como uma homenagem singela, posto que até o Prêmio Nobel de Medicina seus autores já receberam em 1962.

A década de 90 e a atual estão sendo consideradas a era de ouro da antropologia. A cada dia novos espécimes mais antigos e importantes preenchem a lacuna de nossa evolução. Um número especial da Scientific American este ano foi publicado para revelar o conjunto desta evolução.

Nas aulas de patologia dentária, quando pude ensinar as anomalias dentárias, logo vasculhei a literatura em busca de evidências sobre como eram as arcadas dentárias dos antepassados e como seriam os dentes dos futuros seres humanos. Dalberg e outros criaram a teoria na qual todos os dentes terminais de cada série tenderiam a desaparecer e foram denominados de instáveis. Desta forma o homem do futuro teria apenas o incisivo central, o canino, um pré-molar e um molar. Os tratamentos ortodônticos com extrações estariam com seus dias contados !

Os dentes remanescentes de pacientes com anodontia parcial apresentam uma simplificação morfológica e redução do seu tamanho mesiodistal. O cíngulo, o tubérculo de Carabelli, sulcos e cicatrículas estão ausentes ou diminuídos. A forma das coroas e das raízes tende a ser conóide e triangular, além de mais curtas.

Para alguns, os produtos industrializados pré-triturados seriam os responsáveis por isto e estes empresários responsáveis pela modificação da espécie humana em apenas 200 anos de história. Calma! Isto não é verdade, eles não merecem ser processados e indenizações requeridas!

Nas visitas em museus de antropologia das grandes metrópoles mundiais muitos colegas logo se decepcionam ao ver as arcadas dentárias dos fósseis e reproduções dos nossos parentes mais antigos possíveis: são iguais aos nossos atuais quanto à sua morfologia e número.

Todos os dias os jornais e revistas anunciam novos crânios e fósseis; novas análises são descritas e os dentes são parecidos com os atuais. A teoria dos dentes terminais e instáveis com a redução futura do número e tamanho de dentes, em função dos alimentos atuais pré-triturados, parece ser muito frágil frente às evidências antropológicas.

Devemos, mesmo que provisoriamente, desistirmos desta teoria na Odontologia ou fundamentá-la em alterações e modificações genéticas para justificar as alterações morfológicas encontradas nos últimos dentes de cada série. Estas alterações genéticas podem ser características de grupos populacionais ou ainda resultantes de interações com o meio ambiente, mas sem conotações evolucionistas. Mas que teoricamente é um raciocínio bonito, isto é inegável!

Ainda é muito cedo para aplicarmos a lei do uso e desuso para os dentes humanos. Enfim, não existem diferenças na morfologia dos dentes humanos das populações mais pobres e subdesenvolvidas comparativamente aos mais ricos e desenvolvidos que utilizam largamente produtos industrializados. Ou existem?


Link do artigo na integra via Dental Press: