ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: abril 2017

domingo, 30 de abril de 2017

Pensamento da semana



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terça-feira, 25 de abril de 2017

Tensões, fatores que afetam o osso cortical ao redor do miniparafuso. Um estudo tridimensional com elementos finitos




Neste artigo de 2012, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Ramzi Duaibis; Budi Kusnoto; Raghu Natarajan; Linping Zhao; Carla Evans; do Department of Orthodontics, University of Illinois at Chicago; Department of Orthopedic Surgery, Rush University Medical Center e do Craniofacial Center, University of Illinois at Chicago, and Biomedical Engineering, Shriners Hospitals for Children-Chicago, Chicago. Mostra uma pesquisa realizada pelo metodo de elementos finitos das tensões geradas no osso cortical após a inserção de mini parafusos.

O artigo descreve um estudo realizado com o objetivo de Avaliar os vários tipos de estresse no osso cortical ao redor de mini parafusos, usando análise de elementos finitos.

Vinte e seis conjuntos tridimensionais de modelos de mini parafusos foram colocados em blocos ósseos alveolares, que foram construídos usando Abaqus (Dassault Systemes Simulia Corp, Providence, RI), um pacote comercial de software para análise de elementos finitos. As variáveis ​​do modelo, incluindo fatores como o design do implante  e do osso foram relacionados. Todos os mini parafusos foram instalados por mesial com uma força linear igual a 2 N. O "pico de von Mises" e os valores das principais tensões no osso cortical foram comparados entre os diferentes modelos para cada fator.

Os resultados demonstraram que alguns fatores afetam as tensões no osso (diâmetro do implante, comprimento da cabeça do implante, tamanho de rosca e o módulo de elasticidade de osso esponjoso), enquanto que outros fatores não o fizeram diferença (forma rosca, "passo" de rosca e espessura do osso cortical).

Os autores concluíram o diâmetro do mini parafuso, comprimento da cabeça e o tamanho da rosca, bem como os módulos de elasticidade do osso esponjoso afetam as tensões na camada cortical do osso circundante ao mini parafuso e podem, por conseguinte, afetar a sua estabilidade.

Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Tratamento ortodôntico acelerado com corticotomia assistida e com exposição dos caninos impactados palatinamente




Neste artigo de 2007, publicado pela Angle Orthodontist, pelo autor Tom J. Fischer; Instructor, Graduate Orthodontics, Harvard University, Boston; Mostra uma importante manobra para facilitar o deslocamento de caninos impactados.

O objetivo deste artigo foi avaliar a eficácia de uma nova técnica cirúrgica para o tratamento da caninos impactados palatinamente.

Seis pacientes consecutivos com caninos impactados bilateralmente foram comparados. Um dos caninos foi cirurgicamente exposto usando uma técnica cirúrgica convencional, enquanto o canino contralateral foi exposto usando uma corticotomia através de uma técnica assistida.

Apósa movimentação dentária concluída, comparações estatísticas entre os dois métodos revelou uma redução do tempo de tratamento de 28-33% para o corticotomia assistida dos caninos. Não foram observadas diferenças significativas na condição periodontal final entre os caninos expostos por estes dois métodos.

Este estudo preliminar apoia o conceito de que uma técnica de corticotomia-cirúrgica assistida ajuda a reduzir o tempo de tratamento ortodôntico dos caninos impactados palatinamente.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

terça-feira, 11 de abril de 2017

Fios ortodônticos: conhecer para otimizar a aplicação clínica


Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelas autoras Cátia Cardoso Abdo Quintão, Ione Helena Vieira Portella Brunharo; da disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UERJ - Rio de Janeiro. Resume as principais características dos fios utilizados em Ortodontia, em relação ao histórico, propriedades mecânicas e aplicação clínica, de acordo com fases específicas de tratamento.


O bom ortodontista deveria possuir a habilidade manual de um artesão e o conhecimento profundo da ciência ortodôntica. Porém, o profissional poderia se questionar: “Estudar fios ortodônticos melhoraria a habilidade manual do ortodontista, ou aumentaria a sua clientela?”. Se apenas a habilidade manual bastasse, grandes artesãos seriam excelentes ortodontistas. Portanto, o conhecimento a respeito de fios ortodônticos permite ao profissional realizar movimentos maiseficientes e evitar danos aos dentes e tecidos de suporte.


A mecânica ortodôntica é baseada no princípio da acumulação de energia elástica e transformação dessa energia em trabalho mecânico, por meio da movimentação dos dentes. Cada ajuste do aparelho armazena e controla o mecanismo de transferência e distribuição das forças. Um ótimo controle do movimento dentário requer a aplicação de um sistema de forças específico, que é devidamente guiado por meio de acessórios, tais como os fios ortodônticos.


Desde quando os primeiros profissionais vislumbraram a possibilidade de promover a movimentação dentária, essa era obtida pelo apoio dos dentes nos fios. Edward Angle foi, indubitavelmente, o patrono da Ortodontia mundial. A especialidade foi a primeira reconhecida pela Odontologia e comemorou 100 anos no congresso da American Association of Orthodontists (AAO), em Chicago/EUA, no ano de 2000. Inicialmente, em 1887, Edward Angle utilizava ligas de níquel-prata para acessórios ortodônticos. Posteriormente, as substituiu pelas ligas de cobre, níquel e zinco, sem prata. Finalmente, as ligas de ouro passaram a ser as de sua escolha.


Até o início da década de 1930, a liga de ouro (tipo IV) foi a mais empregada na fabricação de acessórios ortodônticos. O ouro de 14 a 18 quilates foi rotineiramente utilizado, naquela época, para fios, bandas, ganchos e ligaduras, assim como as bandas e os arcos de irídio-platina. A vantagem das ligas de ouro residia no fato de serem tratadas termicamente, de forma a variar sua rigidez em cerca de 30%, e possuírem excelente resistência à corrosão. No Brasil, as ligas de ouro foram utilizadas pelos pioneiros da Ortodontia brasileira, professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, até o início da década de 1950.


Os aços inoxidáveis foram introduzidos na Ortodontia em 1929, quando a empresa americana Renfert Company começou a vender fios dessa liga, produzida pela empresa alemã Krupp. No Congresso da AAO de 1931, Norris Taylor e George Paffenbarger introduziram o aço como substituto ao ouro, alegando possuir maior resiliência e menor possibilidade de rompimento sob tensão. Em 1933, o fundador da empresa Rocky Mountain, Archie Brusse, sugeriu o primeiro sistema de aplicação clínica do aço inoxidável em Ortodontia, durante o encontro da Sociedade Americana, na cidade de Oklahoma. A partir de então, a rivalidade entre o ouro e o aço se iniciou formalmente. Fatores econômicos, indubitavelmente, influenciaram, em todo o mundo, esta vasta aceitação do aço em relação ao ouro.


Foi a Elgin Watch Company que, na década de 40, desenvolveu a liga de cobalto-cromo composta por cobalto (40%), cromo (20%), prata (16%) e níquel (15%), primeiramente utilizada na fabricação de molas para relógios. Na década de 60, as ligas de cobalto-cromo foram introduzidas na Ortodontia e patenteadas como Elgiloy®, pela Rocky Mountain Orthodontics.


A liga de beta-titânio tem sido utilizada como material estrutural desde 1952. Porém, até 1979, a tecnologia de trefilação não permitia a fabricação de fios com secções transversais compatíveis com as aplicadas em Ortodontia. Em 1977, a fase beta do titânio foi estabilizada à temperatura ambiente. As primeiras aplicações clínicas dessa liga para a Ortodontia ocorreram na década de 80, quando uma forma diferente de titânio, chamado “de alta temperatura”, foi sugerida. A partir de então, ganharam vasta aceitação clínica e popularidade, sendo comercialmente disponibilizados como “TMA” (titanium molybdenum alloy) e, durante muitos anos, apenas uma empresa possuía o direito de fabricação. Atualmente, o mercado oferece um maior número de marcas comerciais.


Em 1963, as ligas de níquel-titânio foram desenvolvidas no Laboratório Naval Americano, em Silver Springs – Maryland, pelo pesquisador Willian Buehler. Ele observou pela primeira vez o chamado “efeito memória de forma” desse material. Não havia ainda aplicação dessa liga na Ortodontia. Em 1972, a Unitek Corporation produziu essa liga para uso clínico, sob o nome comercial de Nitinol®, composta por 55% de níquel e 45% de titânio, numa estrutura equiatômica. Entretanto, naquela época, a liga não possuía efeito memória de forma ou superelasticidade. Mesmo assim, foi considerada como um avanço para a obtenção de forças leves sob grandes ativações. Em 1976, váriasmarcas de fios de níquel-titânio foram colocadas no mercado ortodôntico e os mesmos foram caracterizados como materiais de alta recuperação elástica e baixa rigidez, ganhando vasta aceitação clínica por essas propriedades. Não apresentavam, entretanto, efeitos de termoativação nem superelasticidade.


As ligas termodinâmicas de níquel-titânio surgiram, para fins comerciais, na década de 90. Além das propriedades de recuperação elástica e resiliência dos fios superelásticos, os fios de níqueltitânio termodinâmicos possuem a característica adicional da ativação pela temperatura bucal.


Como o tratamento ortodôntico estende-se por vários meses, a aparência da aparelhagem é avaliada pelos pacientes como um fator significativo a ser considerado. A demanda pela estética fez com que diversas empresas começassem a produzir, no final da década de 70, braquetes não-metálicos, de policarbonato ou cerâmicos. Atualmente, os braquetes estéticos representam uma realidade na clínica ortodôntica, oferecendo uma alternativa aos metálicos. Entretanto, o mesmo não ocorreu em relação aos fios estéticos, que foram pouco relatados na literatura ortodôntica até meados da primeira década do século XXI.


Muitos ortodontistas escolhem determinados fios ortodônticos com base em impressões clínicas. O ideal, entretanto, seria que a utilização deles estivesse diretamente relacionada ao conhecimento de suas propriedades mecânicas. Na época em que a grande maioria dos ortodontistas utilizava apenas arcos de aço inoxidável com módulos de elasticidade praticamente idênticos para o mesmo diâmetro, a ferramenta mais comumente utilizada para dosar a quantidade de força aplicada era a variação da secção transversal do fio. Com a introdução de novas ligas no mercado que apresentam diferentes propriedades mecânicas, assim como ligas de níquel-titânio e betatitânio, o ortodontista passou a dispor de variáveis adicionais para obter o controle sobre a magnitude da força aplicada.


A utilização de arcos cujas dimensões podem permanecer constantes enquanto suas propriedades mecânicas são alteradas, a fim de atingir aquelas desejadas em determinada fase do tratamento, em teoria, poderia levar a uma menor quantidade de trocas de arco. Porém, para desempenhar esse papel de forma satisfatória, é preciso saber se o arco em questão apresenta a durabilidade necessária para permanecer na cavidade bucal por um período igual ou maior do que a média de permanência dos arcos utilizados até então.


Conhecer cientificamente os fios ortodônticos é tarefa árdua e longa. O tema, entretanto, se torna fascinante na medida em que possibilita ao profissional escolher o melhor protocolo de tratamento para o paciente, realizando tratamentos mais eficazes, mais rápidos, de menor custo e com menor possibilidade de causar danos aos dentes e tecidos de suporte. O mais importante advento do conhecimento de fios, entretanto, reside no fato de permitir ao ortodontista optar por materiais com segurança na escolha, sem se deixar influenciar apenas por recursos de propagandas.




Link do artigo na integra via Scielo:


quarta-feira, 5 de abril de 2017

O tratamento ortodôntico realizado em dentes tratados endodonticamente




Saiu na ultima edição da Revista Cientifica Ortodontia SPO mais uma coluna OrtoTecnologia. Que mostra os cuidados do manejo ortodontico em dentes tratados endodonticamente.  


Resumo:  

O tratamento ortodôntico de dentes não vitais ainda é um assunto controverso que gera discussões e dúvidas, sendo necessários mais estudos que permitam uma melhor compreensão do assunto. É comum que, na maioria das vezes, este tipo de tratamento seja baseado em opiniões que se fundamentam em observações do dia a dia clínico. Por esse motivo, busca-se compreender melhor a relação entre a Endodontia e a Ortodontia, explorando situações como: possibilidade de reação pulpar devido à movimentação, entender se há diferença ao movimentar dentes não vitais e os tempos de espera para início ou continuação dos mesmos, esclarecer as particularidades do movimento no caso de dentes traumatizados e compreender se os dentes que passaram por endodontia têm maior chance de reabsorção do que dentes vitais durante a movimentação ortodôntica. A partir das dúvidas levantadas e da revisão realizada, pôde-se concluir que: a movimentação ortodôntica gera reações pulpares, no entanto, estas são leves e transitórias na maioria dos casos; tratamento endodôntico prévio não contraindica a movimentação induzida, desde que a obturação do conduto tenha sido realmente bem realizada e haja saúde do ligamento periodontal; existem tempos específicos para iniciar ou retomar a movimentação após a endodontia, considerando as particularidades de cada caso; não há diferença estatística capaz de afirmar que dentes não vitais sofrem mais reabsorção do que dentes vitais durante a Ortodontia. O que se pode considerar como fator predisponente para reabsorção seriam os dentes traumatizados, com raízes curtas e de forma irregular.  

Link do Ortociencia: 

http://www.ortociencia.com.br/Artigo/Index/22282


terça-feira, 4 de abril de 2017

Intrusão do primeiro molar superior extruido usando dois miniparafusos ortodonticos
























Neste artigo de 2007, publicado na Angle Orthodontist, pelos autores Neal D. Kravitza; Budi Kusnotob; Peter T. Tsayc; William F. Hohltd; do departamento de Ortodontia da Universidade de Illinois em Chicago. Mostram mais uma das aplicabilidades e soluções dos mini implates ortodonticos.


A perda do primeiro molar inferior conduz frequentemente à extrusão do oponente, o primeiro molar superior, resultando em interferências oclusais, perda do suporte ósseo periodontal, e local inadequado para reabilitar o espaço desdentado inferior.


Sem intrusão ortodontica do molar extruido ou de uma cirurgia segmentada de impacção cirúrgica, o restabelecimento da oclusão posterior implica muitas vezes a necessidade de redução significativa da coroa do molar superior, com a eventual necessidade de dispendioso tratamento do canal radicular e colocação de coroa protética.


A literatura tem mostrado uma redução da rebilitação protética do molar, em função da intrusão utilizando miniparafusos ortodônticos palatinos e vestibulares e miniplacas fixadas na região do zigomático.


Neste artigo, os autores apresentam com êxito a intrusão ortodôntica de um molar superior com dois miniparafusos, em um paciente com extrema ansiedade e significativa erosão dental devido ao refluxo gástrico. Usando dois miniparafusos ortodônticos para fixação esquelética para intruir o molar superior, simplificando desta forma, o tratamento ortodôntico, eliminando a necessidade de uma extensa cirurgia, aparelho e extrabucal, e ancoragens intraorais, preservando todo esmalte dentário da unidade dentaria extruida.


Os resultados clínicos mostraram significativa intrusão através da cortical do assoalho do seio maxilar, mantendo saúde periodontal, vitalidade dental e sem o comprimento radicular.




Link do Artigo na Integra via Angle Orthodontics: