ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: setembro 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dentes com lesão periapical crônica diagnosticada e tratada durante o tratamento ortodôntico: quando retomar a aplicação de forças?


Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelo Dr. Alberto Consolaro Prof. Titular de Patologia da FOB-USP e da Pós-Graduação na FOB e FORP-USP- São Paulo. Mostra a relação entre o tratamento ortodontico e dentes tratados ortodonticamente.

O termo lesão periapical crônica geralmente é utilizado para identificar lesões inflamatórias crônicas nos tecidos que circundam e se relacionam diretamente com o ápice dentário. Às vezes empregase o termo periapicopatia crônica como sinônimo de lesão periapical crônica.

Entre estas lesões periapicais crônicas estão o granuloma periapical, o cisto periodontal apical e o abscesso dentoalveolar crônico. O abscesso dentoalveolar crônico apresenta-se necessariamente com fístula intra ou extrabucal. O granuloma periapical apresenta-se como lesão radiolúcida delimitada, mas não completa e uniformemente circunscrita; raramente atinge dimensões maiores que 1cm de diâmetro. No cisto periodontal apical esta área radiolúcida tende a ser bem delimitada e circunscrita por uma linha radiopaca definida e normalmente contínua. No abscesso dentoalveolar crônico a área radiolúcida é mal definida e difusa em seus limites com o osso vizinho. Do granuloma periapical deriva o cisto periodontal apical a partir da proliferação dos restos epiteliais de Malassez normalmente encontrados no ligamento periodontal.

Quando o granuloma periapical se inicia no ligamento periodontal apical, acaba envolvendo e induzindo os restos epiteliais a proliferarem podendo levá-los à formação de cavidade cística. A maioria dos granulomas periapicais não evoluem para cisto periodontal apical, mas quando ocorre a lesão periapical crônica caracteriza-se por apresentar um crescimento muito lento e contínuo. Nas lesões periapicais crônicas com mais de 1cm de diâmetro a probabilidade de se tratar de um cisto periodontal apical é muito maior do que de um granuloma periapical. O crescimento do cisto periodontal apical é tão lento que raramente pressiona os tecidos periodontais dos dentes vizinhos a ponto de comprimir os vasos e matar os cementoblastos que revestem e protegem as raízes. Uma das características do cisto periodontal apical, a medida que
aumenta seu tamanho, implica no deslocamento ou afastamento das raízes dos dentes vizinhos envolvidos, sem induzir reabsorções radiculares radiograficamente detectáveis. Isto ajuda a diferenciá-lo de outras lesões como, por exemplo, o ameloblastoma.

A superfície radicular apical envolvida pelo granuloma periapical pode estar recoberta por cementoblastos entre os quais se inserem fibras colágenas ou de Sharpey. Em algumas regiões os produtos bacterianos e o embate inflamatório e imunológico geram situações em que os cementoblastos morrem e expõem a superfície mineralizada. Nestes locais, a probabilidade de acontecer fixação de clastos e organização de unidades osteoremodeladoras (BMUs) é muito grande e freqüentemente observada com lacunas bem definidas caracterizando reabsorção cementária e dentinária. Muitas vezes os túbulos dentinários envolvidos estão preenchidos por bactérias e seus produtos. Pode-se afirmar que quase sempre os terços apicais envolvidos pelos granulomas periapicais apresentam um certo grau de reabsorção radicular, observável ou não nos exames radiográficos periapicais.

O princípio terapêutico de qualquer doença inflamatória geralmente caracteriza-se pela identificação e eliminação da causa. No caso dos granulomas periapicais com o tratamento endodôntico adequado caracterizado pelo preenchimento do canal radicular e, se possível, dos canais acessórios, haverá a eliminação do agente agressor representado pela microbiota do canal radicular infectado. As bactérias e seus produtos que porventura permaneçam em pequena quantidade, frente ao potencial agressivo inicial, tendem a ser neutralizados pelos produtos empregados na terapêutica endodôntica, fundamentada na ação antimicrobina de anti-sépticos, antibióticos e especialmente do hidróxido de cálcio.

Em 60 a 70% dos casos de tratamento endodôntico de dentes com necrose pulpar e lesão periapical crônica o sucesso caracteriza-se pela regressão da lesão ao longo de alguns meses do ponto de vista radiográfico. Porém, o processo de ossificação e reorganização tecidual periodontal
apical inicia-se assim que terminado o tratamento endodôntico adequado. O exsudato inflamatório em alguns dias será reabsorvido pelas células inflamatórias juntamente com restos teciduais, celulares e microbianos. As células inflamatórias darão lugar em alguns dias e semanas às células jovens e proliferantes advindas dos tecidos vizinhos como o ligamento periodontal e o endósteo. Espera-se que ao longo de 3 a 4 semanas o tecido esteja em franco processo de reorganização estrutural e o componente inflamatório reduzido a pequenos focos com a finalidade de limpeza destas regiões.

O tratamento endodôntico adequado de dentes com necrose pulpar e lesão periapical crônica apresenta uma taxa de insucesso que varia entre 30 a 40% nas casuísticas apresentadas na literatura. A ocorrência desta taxa de insucesso infelizmente ocorre em quase todas as casuísticas pois está associada a fatores locais como, por exemplo, a grande variabilidade da morfologia apical. A movimentação ortodôntica depois de 30 a 40 dias de terminada a endodontia adequada não constitui um fator que aumenta o risco de insucesso dos casos de dentes com necrose pulpar e lesão periapical crônica, pois além de induzir poucas alterações vasculares no local em reparação, não modifica os fatores microbianos envolvidos. Se a regressão da lesão periapical crônica não mostrar sinais de regressão aos 3, 6 e 12 meses depois do tratamento endodôntico isto não deve ser atribuído à movimentação ortodôntica realizada, mas sim aos vários fatores locais envolvidos na taxa de insucesso de tratamento de dentes com necrose pulpar e lesões periapicais crônicas. Nestes casos de persistência da lesão, o endodontista
optará por retratamento ou abordagem cirúrgica parendodôntica dependendo das características específicas de cada caso.

Link do artigo na integra via Dental Press:

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente Assistida. Revisão da Literatura, Técnica Cirúrgica e Relato de Caso.







Neste artigo publicado pelos autores Cláudio Maldonado PASTORI, Clóvis MARZOLA, João Lopes TOLEDO-FILHO, Marcelo Rodrigues AZENHA, Lucas CAVALIERI-PEREIRA; da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP e do Hospital de Base da Associação Hospitalar de Bauru com o apoio do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia BMF. Mostra uma breve revisão de literatura e a apresentação de um caso clínico-cirúrgico tratado no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais do Hospital de Base de Bauru.

Inicialmente descrita por ANGELL (1860), a Expansão Rápida da Maxila (ERM) para correção de deficiências transversais foi reavaliada (HASS, 1961), sendo preconizado que a faixa etária ideal para a ERM através do aparato ortodôntico-ortopédico é aquela correspondente a pacientes jovens, com idade máxima variando de 14 anos para mulheres e 16 anos para homens (ROCHA et al., 2005). Isso vem justificar os altos índices de insucesso além da dificuldade da realização deste procedimento em pacientes com 20 anos ou mais (BELL; JACOBS, 1979; BAYS; GRECO, 1992 e RABELO et al., 2002). Estes pacientes podem requerer procedimentos cirúrgicos auxiliares para que ocorra a separação da sutura palatina mediana com conseqüente expansão maxilar e a diminuição dos efeitos da inclinação ortodôntica (BERNARDES; VIEIRA, 2003).

A ERMCA é também indicada para pacientes fissurados com deformidade transversa de maxila e, com estenose nasal (BAYS; GRECO, 1992 e HASS, 1961). Foi também estudada a relação da ERMCA e a qualidade da respiração nasal, concluindo que 70% dos pacientes submetidos a este procedimento cirúrgico relataram melhora na respiração nasal (MANGANELLO; CAPPELETTE, 1996).

Um estudo foi efetuado em pacientes submetidos à ERM para avaliar o efeito deste procedimento na permeabilidade nasal, concluindo que a abertura da sutura palatina mediana com o propósito de melhorar apenas a respiração nasal não é justificada, a não ser que a obstrução esteja presente na porção mais inferior anterior da cavidade nasal e associada com uma deficiência maxilar (WERTZ, 1970). Historicamente, a sutura palatina mediana tem sido considerada a área de maior resistência à expansão maxilar e, baseados nesta teoria foram definidas ainda a sutura pterigomaxilar e a região zigomaticomaxilar como outras áreas responsáveis pelo aumento da resistência maxilar (BELL; EPKER, 1976).

Para a Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente Assistida (ERMCA), a utilização de um aparelho expansor convencional é indispensável, podendo ser ele dento-suportado ou dento-muco-suportado, com o parafuso ativador devendo ser adequado à quantidade de expansão requerida. Pode ser realizada sob anestesia geral ou anestesia local e sedação e, este procedimento tem como objetivo separar as suturas que impedem a disjunção palatina, através das técnicas propostas (EPKER; WOLFORD, 1980), onde uma osteotomia do tipo LE FORT I é realizada associada a uma osteotomia com cinzel e martelo das suturas pterigomaxilares e da sutura palatina mediana.

A técnica cirúrgica realizada pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital de Base de Bauru – São Paulo – Brasil é uma variação da técnica muito utilizada (BELL; EPKER, 1976), onde um aparelho fixo e rígido, com o objetivo de produzir as forças ortodônticas é cimentado nos primeiros pré-molares e molares superiores previamente ao procedimento cirúrgico.

O método anestésico deve ser de escolha do profissional, podendo a cirurgia ser realizada sob anestesia geral ou local com sedação, sendo essencial a infiltração de um anestésico com vasoconstritor no vestíbulo bucal para auxiliar no descolamento do retalho, promover hemostasia, além de diminuir o desconforto pós-operatório do paciente (MARZOLA, 2005).

Através de uma incisão mucoperiostal da linha média da maxila até a região dos primeiros molares, acima da junção muco-gengival, um retalho de espessura total é confeccionado expondo toda a extensão da parede lateral da maxila.

A osteotomia do tipo Le Fort I é realizada cerca de 5 mm acima dos ápices dos dentes superiores, desde a abertura piriforme até o processo zigomáticomaxilar bilateralmente. A maxila é então separada das lâminas pterigóideas com a utilização de um osteótomo curvo, sendo realizada a ativação do aparelho expansor 8 ¼ de voltas com o objetivo de facilitar a separação das maxilas. Com o auxílio de um martelo cirúrgico e um cinzel reto fino posicionado entre os incisivos centrais e direcionado no sentido palatino, as maxilas são separadas. O dedo indicador do cirurgião deve estar posicionado na região da papila incisiva para proteger a mucosa, guiando o instrumento durante sua utilização.

Verificada a separação das maxilas, o aparelho expansor é deixado ativado 4 ¼ de voltas (1 mm), sendo as feridas lavadas com soro fisiológico e, suturas contínuas realizadas com fio absorvível Vicryl simples 4-0.

As deficiências transversas da maxila podem estar presentes tanto em pacientes jovens quanto em adultos, com diferentes modalidades de tratamentos podendo ser utilizadas para sua correção (EPKER; WOLFORD, 1980; HAAS, 1980; GLASSMAN et al., 1984 e CAPELOZZA FILHO; SILVA FILHO, 1999). A expansão palatina, através das técnicas ortodôntico-ortopédicas, está indicada nos casos de pacientes em que as zonas anatômicas de resistência da expansão maxilar não completaram a fase de maturação óssea (PROFFIT; TURVEY; PHILLIPS, 1996). CAPELOZZA FILHO et al., 1996 avaliaram a ERM em pacientes adultos com deficiência transversal de maxila, obtendo sucesso em 81,5% dos casos, concluindo que em pacientes adultos com discrepâncias maxilares horizontais menores do que 5 mm a ERM não cirúrgica pode apresentar bons resultados. No caso apresentado por estes autores, a paciente apresentava uma mordida cruzada posterior de 7 mm sendo, portanto indicada a ERMCA.

Na técnica da ERMCA, o objetivo principal das osteotomias é reduzir a resistência à expansão maxilar, sendo realizadas nas paredes laterais da maxila, nas suturas ptérigomaxilares e na sutura palatina mediana (BELL; EPKER, 1976; EPKER; WOLFORD, 1980; BETTS et al., 1995). A presença de um diastema interincisivos centrais no pós-operatório imediato indica que houve uma expansão maxilar tanto na região anterior quanto na posterior. Diferentes autores têm como preferência a realização deste tipo de procedimento sob anestesia local (BAYS; GRECO, 1992; RABELO et al., 2002). A conduta, para este tipo de cirurgia e para o caso discutido, é realizá-la sob anestesia geral, por apresentar um maior conforto ao paciente no trans-operatório, pela liberdade da realização das osteotomias e agilidade e facilidade da resolução de possíveis acidentes que venham a ocorrer durante o procedimento cirúrgico.

Com base nos resultados obtidos neste estudo e das informações da literatura, pode-se concluir que:

Existe ainda uma controvérsia na literatura a respeito da idade ideal para a realização da ERMCA e a técnica mais adequada.

A ERMCA é uma modalidade de tratamento bastante eficaz e estável para correção de deformidades transversais de maxila em pacientes adultos.

Tais discrepâncias podem estar mascaradas por deformidades sagitais, com o exame físico e radiográfico, além da análise dos modelos fundamentais para a elaboração do plano de tratamento.


Link do artigo na integra via actiradentes:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Avaliação microbiológica da contaminação residual em diferentes tipos de alicates ortodônticos após desinfecção com álcool 70%




Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Alessandre Cícero Venturelli, Fernando César Torres, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin, Renato Rodrigues de Almeida, Marcio Rodrigues de Almeida, Fernando Pedrin Carvalho Ferreira; da Faculdade de Odontologia de Lins – Unimep e do curso de Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo – Umesp. Verifica, por meio de análises microbiológicas, a contaminação de diferentes tipos de alicates ortodônticos (139, Weingart, removedor de bandas e de corte distal) após a lavagem com água e sabão e fricção de álcool 70% por um minuto.

O controle da transmissão de doenças infecciosas é uma preocupação antiga dos seres humanos, principalmente nas profissões da área da saúde, como a Odontologia10. Há algumas décadas, pouca importância era dada à esterilização de materiais e à utilização de barreiras contra a contaminação – como luvas, máscaras, gorros e óculos. Porém, a partir das décadas de 1970 e 1980, com o aumento significativo de casos de hepatite B e, mais tarde, dos casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), foram obtidos novos conhecimentos sobre microrganismos patogênicos e sobre o meio de propagação de doenças infecciosas, reconhecendo-se a importância e a necessidade de maiores cuidados no controle da contaminação, tanto de profissionais como de pacientes.

A Ortodontia tem se caracterizado pela alta rotatividade de pacientes, bem como pela multiplicidade de veículos transmissores de doenças (equipamentos, instrumental, mãos do operador, etc.), gerando sérios riscos de infecção ao clínico, aos auxiliares e aos pacientes. Por trabalhar com pacientes de baixa idade, quando comparada a outras especialidades, muitos ortodontistas são relapsos no controle de infecção cruzada, por pensarem que seus pacientes fazem parte de um grupo de baixo risco. Esse fato vem contribuindo para que a Ortodontia se classifique como a segunda especialidade com mais casos de profissionais contaminados com hepatite B, perdendo somente para a Cirurgia Bucomaxilofacial. Esse quadro somente será revertido com uma maior preocupação em relação ao ciclo de infecção cruzada no consultório, adotando medidas de esterilização e desinfecção adequadas para cada tipo de material, local ou procedimento realizado. Para isso, talvez sejam necessários não somente investimentos em instrumentais e equipamentos, mas principalmente informação aos clínicos e auxiliares e conscientização de que a biossegurança é o fator mais importante no dia a dia clínico, uma vez que a Odontologia e, mais especificamente, a Ortodontia existem para solucionar problemas e não para causar doenças.

Na área da saúde, não há nenhuma atividade que apresente um quadro tão heterogêneo de detalhes, no que diz respeito ao controle de infecção, quanto a Odontologia, o que pode dificultar a tomada de decisões em relação aos cuidados na esterilização ou desinfecção de superfícies ou de
instrumentos. As dificuldades poderão ser eliminadas ou extremamente reduzidas se o profissional, independentemente de sua especialidade, distinguir o ambiente de atuação e o risco potencial de transmissão de doenças dos instrumentos e dos materiais utilizados na clínica.

Enquanto a esterilização é um processo no qual se consegue a total eliminação das formas de vida microbiana, a desinfecção é um processo de curta duração, que pode variar de alguns segundos a 30 minutos. No caso da desinfecção de alto nível, se obtém a destruição de todos os microrganismos, com exceção dos esporos. Fala-se em desinfecção de nível intermediário quando se consegue o extermínio da maioria dos microrganismos, o que inclui o bacilo da tuberculose, mas não todos os tipos de vírus nem esporos. Quando poucos microrganismos são eliminados por meio dos agentes químicos, nomeia-se de desinfecção de baixo nível.

Os álcoois etílico e isopropílico são considerados desinfetantes de nível intermediário, empregados tanto em superfícies e instrumentos como na pele, como antisséptico. O efeito do álcool é a desnaturação de proteínas e a dissolução de gorduras, o que possibilita a atividade antimicrobiana, destruindo, por exemplo, a membrana do Mycobacterium tuberculosis e do HSV (vírus da herpes simples). Esse desinfetante não é efetivo na presença de matéria orgânica que, aderida à superfície do material, funciona como uma barreira mecânica à ação do álcool sobre os microrganismos. As soluções de álcool são germicidas, porém sua ação é imediata, com praticamente nenhuma ação residual. Quando associado ao iodo (0,5 a 1,0% de iodo livre), o álcool pode apresentar um maior efeito residual e bactericida, mas essas soluções tornam-se irritantes para a pele. Com a associação de glicerina a 2%, pode-se evitar o ressecamento da pele e a rápida evaporação do álcool. A atividade antimicrobiana dos álcoois está condicionada à sua concentração em peso ou em volume em relação à água, que deve ser de 70% (P/P) ou 77% (V/V), respectivamente. Nessa concentração, o álcool não desidrata a parede celular do microrganismo, podendo penetrar no seu interior, onde irá desnaturar proteínas, fato que não ocorre quando se utiliza o álcool acima ou abaixo da concentração ideal.

Com base nos resultados dos experimentos do presente estudo e no levantamento bibliográfico realizado, foi possível concluir que:

1) A desinfecção feita por meio de lavagem com água e sabão, seguida de aplicação (fricção) de álcool 70% (P/P) por um minuto, não demonstrou resultados satisfatórios para os alicates ortodônticos 139, Weingart, removedor de bandas e de corte distal, observando-se uma grande quantidade e variedade de bactérias após a realização desse procedimento.

2) O uso do álcool, em instrumentos ortodônticos que entram em contato direto ou indireto com a saliva e/ou o sangue, como único meio de promover o controle de infecção cruzada na clínica é contraindicado, devendo-se obrigatoriamente esterilizar tais materiais, preferencialmente em autoclave.


Link do artigo na integra via Scielo:

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Grau de aceitação de mini-implantes por pacientes em tratamento ortodôntico – estudo preliminar


Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Larissa Bustamante Capucho Brandão, José Nelson Mucha; da diciplina de Ortodontia da UFF, Niterói/Rio de Janeiro. Avalia aspectos psicológicos de aceitação pelos pacientes durante o tratamento ortodôntico.

O uso dos mini-implantes como ancoragem ortodôntica tem, atualmente, alcançado popularidade, pois eles proporcionam ancoragem absoluta em situações de movimentação ortodôntica que necessitam de máximo controle. Os mini-implantes podem ser usados tanto como unidades de ancoragem direta (com forças clínicas aplicadas aos dispositivos), quanto como unidades de ancoragem indireta (com forças aplicadas às unidades dentárias que estão estabilizadas pelos mini-implantes).

Quanto à localização para a sua implantação, os mini-implantes podem ser inseridos na região sagital mediana ou paramediana do palato duro da maxila, na cortical ou osso alveolar da área molar mandibular, bicorticalmente na área molar e de pré-molar, e no osso zigomático para correções ortodônticas e ortopédicas. A preocupação principal, em relação aos tecidos moles, é que os dispositivos sejam colocados em região com adequada quantidade de gengiva inserida.

A altura óssea, a espessura da cortical, as estruturas anatômicas na região e os objetivos mecânicos irão determinar a forma, o comprimento e a espessura dos mini-implantes. Apesar de serem dispositivos temporários de ancoragem ortodôntica, eles podem permanecer no local da implantação durante todo o tempo do tratamento e sua remoção é simples e rápida. Mesmo com o avanço dos mini-implantes, eles ainda estão sendo usados de forma restrita, principalmente devido ao custo cirúrgico e apreensão por parte dos pacientes quanto à aceitação e tolerância aos
dispositivos. Não há, na literatura, relatos dos aspectos psicológicos e da aceitação dos pacientes em tratamentos com uso dos mini-implantes.

Baseado nas respostas dos pacientes ao questionário, pode-se concluir que:

1- A percentagem de pacientes satisfeitos com os mini-implantes foi de 90%;

2- As maiores preocupações dos pacientes, ao serem propostos os mini-implantes, foram: em relação ao tempo da cirurgia e como são colocados (50%), quais as vantagens (30%) e qual o tamanho (10%). Sendo que 20% não revelaram preocupações;

3- Quanto à visualização dos mini-implantes e necessidade de conversar com outros pacientes em relação ao procedimento, apenas metade da amostra mostrou-se interessada, sendo que os demais não necessitaram de maiores esclarecimentos;

4- Na colocação dos mini-implantes as sensações mais desagradáveis, em ordem decrescente, foram: a inserção do mini-implante (40%); a picada da injeção (30%); a sensação da anestesia (20%); e a demora do procedimento (10%);

5- Após a implantação, 40% não relataram nenhum desconforto, sendo que a maior dificuldade foi durante a higienização (40%), mastigação (10%) e alguma apreensão psicológica (10%);

6- Quanto à sensação mais desconfortável, 30% relataram a colocação do mini-implante, 30% a força ortodôntica e 40% toleraram bem sem queixas de desconforto;

7- Quando à sensação da aplicação da força, 40% relataram pressão no dente, 20% pressão no mini-implante, 20% pressão como a da ativação do aparelho, pouca dor foi sentida no tecido mole
ao redor do mini-implante (10%), sensação de afrouxamento (10%) e nenhuma dor foi sentida no osso adjacente (0%);

8- Do total, 90% estavam satisfeitos com o tratamento com mini-implante e o recomendariam a outros pacientes;

9- Os pacientes se acostumaram com os miniimplantes, na média, em 3 dias, com um tempo máximo de 10 dias de adaptação;

10- Os pacientes revelaram que tolerariam os mini-implantes durante todo o tratamento ortodôntico.


Link do artigo na integra via Scielo:

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

NewTom Cone Beam 3D Imaging













Com a ajuda da colega TatiLie diretamente da Itália. Tivemos acesso a informações sobre o NewTom Cone Beam 3D Imaging, mais um software poderoso com a função de aproveitar e otimizar os cortes de imagens geradas pelo tomografo Cone Bean.

O que o fabricante diz:

O Newtom Cone Beam 3D Imaging (CB3D) é da família de produtos de imagem, que inclui Newtom 3G, Newtom VIG e Newtom VIG Flex, que são três sistemas de imagens tridimensionais. Se você é um ortodontista, um cirurgião buco-maxilo-facial, um periodontista, um cirurgião oral, uma implantodontista, ou médico otorrinolaringologista, CB3D digitalização tridimencional é uma valiosa ferramenta que pode ajudá-lo:

. A obter padrão de atendimento aos seus pacientes
. Utilize as mais recentes ferramentas de diagnóstico 3D inovadores
. Não se deixe intimidar por sua responsabilidade legal para diagnosticar completamente cada imagem
. Aumenta a visibilidade do seu negócio
. Procedimentos de oferta de demanda, especializada
. Desfrute de maior retorno sobre o investimento e muito mais
A introdução do Cone-Beam 3D (CB3D imagem) para a região maxilo-facial, abriu novas perspectivas no uso da imagem tridimensional (3D) como método diagnóstico e ferramenta para planejamento de tratamento para os ortodontistas, periodontistas, Implantodontistas, otorrinolaringologistas, e cirurgiões buco-maxilo-facial.

A imagem tridimensional que gera o CB3D permite o diagnóstico muito mais preciso, o planejamento do tratamento, acompanhamento e análise dos resultados que é possível com duas imagens tridimensionais convencionais. Graças a esta nova e revolucionária tecnologia de imagem, juntamente com nossa crescente compreensão dos processos biológicos de crescimento maxilo-faciais e desenvolvimento, nós podemos agora criar e interagir com modelos virtuais dos dentes dos nossos pacientes e das estruturas da mandíbula, que nos permitem proporcionar um grande e maior nível de tratamento do que nunca.

Assumir a liderança no desenvolvimento desta tecnologia quantitativa da Radiologia (QR), a empresa que inventou dento-maxilo-facial CB3D tecnologia. QR, é a líder incontestável em tecnologia de imagem 3D cefalometria dental, a fabrica da família Newtom de produtos de imagem cefalométrica CB3D. QR tem consistentemente desde os sistemas de alta qualidade de imagem para a comunidade odontológica através de atualizações tecnológicas para seus produtos e seu contínuo desenvolvimento de novos produtos com tecnologia que inventou. AFP Imaging é o distribuidor exclusivo para QR para America do Norte, Sul e Central, Austrália, África do Sul e Israel.

O Newtom CB3D digitaliza imagens e elimina os erros de transformação linear projetiva, incluindo distorção e ampliação, que eram a praga de imagens 2D, eles tornam-se o método de escolha para o diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Na verdade, são tão eficazes que as CB3D imagens podem reconstruir com grande precisão a estrutura maxilo-facial de pacientes de ortodontia que praticamente eliminou a necessidade de várias etapas no processo de tratamento ortodôntico convencional.

Uma vez que os dados da imagem foi capturada, ela pode ser usada para criar "modelos virtuais" tridimensionais, que permitem ao ortodontista visualizar eletronicamente, sem ter de tirar as impressões e mordidas de cera. Isso economiza tempo para o profissional dentário e elimina a necessidade para a prática desagradável e muitas vezes confusa de criação de modelos de gesso.

Além disso, é possível para o ortodontista localizar molares e canios impactados e para medir as dimensões do osso alveolar com grande precisão. É a tecnologia que torna possível avaliar, com um alto grau de confiança a quantidade de reabsorção de dentes adjacentes e determinar com precisão o potencial de movimentação ortodôntica.

CB3D significa gravar imagem mais precisa e econômica de manutenção para o ortodontista. Com o CB3D, passos como modelos ortodonticos, telerradiografias laterais e rx panorâmicos, são desnecessários. Tudo o que é necessário é ter um feixe cônico digitalização final e tirar fotografias. Isto representa importante tempo, espaço e economia de dinheiro para a prática ortodôntica.


Link do fabricante:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Planejamento ortodôntico e cirurgia de dentes não irrompidos: quando, quantos e quais suas conseqüências


Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelo Prof. Dr. Alberto Consolaro Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB-USP - São Paulo. Faz uma bela explanação sobre um assunto tão importante e controverso.

Os dentes não irrompidos, especialmente os terceiros molares e caninos superiores, interferem direta e imediatamente no planejamento ortodôntico, mas nem sempre. Quando se têm espaço no arco dentário e antagonistas para uma relação oclusal harmoniosa os terceiros molares poderão estar incluídos no planejamento ortodôntico. Por que o ortodontista deve se preocupar com os dentes não irrompidos, especialmente os terceiros molares, quando não interferem direta e imediatamente no seu planejamento?

Há muito tempo sabe-se que a presença ou ausência dos terceiros molares inferiores não interfere no grau de apinhamento anterior, mas outras conseqüências muito importantes nos levam a refletir porque indicar ortodonticamente a remoção de dentes não irrompidos.

A possibilidade de um dente não irrompido dar origem a um cisto ou neoplasia odontogênica é muito pequena e estatisticamente representa uma ocorrência eventual e impossível de ser representada percentualmente, de tão pequena, mas o risco existe e deve ser considerado, principalmente se não há contraindicações locais e sistêmicas para procedimentos cirúrgicos. Infelizmente quando se indica a exodontia para prevenir-se de cistos e tumores, na grande maioria das cirurgias dos dentes não irrompidos, deixa-se na loja cirúrgica o folículo pericoronário, o tecido mole que dá origem a estas lesões. Em outras palavras, se não remover o folículo pericoronário e submetê-lo à análise microscópica, nada se preveniu quanto a cistos e tumores e o risco para o paciente continua!

Os terceiros molares não irrompidos, parcial ou totalmente, podem dar origem a incomodativas pericoronarites agudas e crônicas que por fim evoluem para cistos paradentários: praticamente é impossível a higienização adequada de dentes parcialmente irrompidos recobertos pelo capuz pericoronário que forma uma verdadeira “caverna” cujo piso será a face oclusal do molar, constituindo-se um meio ideal para a proliferação bacteriana e estabelecimento de biofilmes microbianos. Soma-se a isso, às vezes, a mordida dos tecidos moles pelos dentes antagonistas, promovendo dolorosas erosões e ulcerações na mucosa sobrejacente.

A persistência dos terceiros molares, com os vetores do crescimento terminal da mandíbula e do processo de remodelação óssea, pode promover a sua aproximação com força ativa sobre os segundos molares e conseqüente reabsorção radicular na face cervical e distal, inclusive com riscos de perda dentária.

A proximidade do terceiro molar com os tecidos periodontais, inclusive gengivais, do segundo molar pode promover penetração profunda e nicho microbiano entre o folículo pericoronário e o esmalte do terceiro molar, mesmo que aparentemente esteja “imerso” ou totalmente “incluso”. Os danos periodontais distais no segundo molar podem ser severos e de difícil solução clínica, o melhor está no prevenir!

Em síntese: a remoção dos terceiros molares deve estar incluída no planejamento ortodôntico principalmente porque representa um seguro preventivo para a estrutura e função plena dos segundos molares.

Na Ortodontia, além dos terceiros molares, os pré-molares e os caninos não irrompidos são comumente indicados para cirurgias, ora exodontias, ora para tracionamentos. Muitos casos são bilaterais, quando não envolvem os quatro quadrantes maxilares. Não raro, especialmente fora do ambiente próprio dos cirurgiões bucomaxilofaciais, há questionamentos como: qual o melhor para o paciente, remover os quatro terceiros molares de uma única vez ou remover primeiro os dois de um dos lados e depois, em um segundo momento cirúrgico, os outros dois?

Entre não cirurgiões bucomaxilofaciais é comum afirmar-se que o melhor seria utilizar-se de dois momentos cirúrgicos, mas a literatura pertinente e a experiência clínica dos cirurgiões bucomaxilofaciais revelam que não. E desde que devidamente explicado aos pacientes, eles também preferem fazer um único procedimento cirúrgico e isto têm sido demonstrado em entrevistas de pacientes que passaram pelos dois tipos de decisão de um ou dois momentos cirúrgicos para se remover os quatro terceiros molares.

Há uma falsa idéia de que facilitaria a alimentação do paciente no pós-operatório se removêssemos os terceiros molares de um dos lados, mas os trabalhos revelam que os pacientes ressaltam que dois momentos cirúrgicos são duas situações ruins se repetindo sem necessidade. Operar a boca, mesmo que de um lado, atrapalha a alimentação inevitavelmente, tal como se realizada a cirurgia nos dois lados.

O tempo cirúrgico, com exposição do meio interno ao meio contaminado da boca, somando-se os dois momentos cirúrgicos e comparando quando se remove todos os quatro de uma vez, é muito menor. Em outras palavras, o risco de infecção é muito menor, bem como de hemorragias e edemas quando se opta por um único momento.

O mais interessante nos dados da literatura se refere ao número de desistência do segundo momento cirúrgico por parte dos pacientes, um número considerável, em torno de 10%. O grau de satisfação do paciente operado dos quatro terceiros molares comparado com os submetidos a dois procedimentos cirúrgicos se apresenta muito mais elevado. Ainda mais se considerarmos que o paciente ficará afastado de suas atividades normais apenas uma vez, reduzindo prejuízos de afastamento do trabalho, perda de oportunidades, restrição de atividades esportivas, lazer e pessoais decorrentes do pós-operatório.

Ao remover os pré-molares não devemos nos preocupar com o tempo em que poderemos em seguida promover a movimentação dos dentes vizinhos em direção ao alvéolo recém desocupado. Este tempo pode ser pequeno, de 15 a 30 dias depois, e em alguns casos até antes. A preocupação maior deve estar relacionada com a tábua óssea alveolar externa e vestibular e com a quantidade de gengiva inserida que permanecerá na área operada. Se a tábua óssea for excessivamente luxada ou fraturada, o que ocorre geralmente em cirurgias mais longas, durante o reparo alveolar se perderá altura óssea indesejada. Ao mesmo tempo no reparo destas áreas com perda da tábua óssea vestibular se compromete também a presença de gengiva inserida na região que poderá ser substituída por mucosa alveolar. Como conseqüência desta situação quando o dente vizinho, pré-molar ou canino, for movimentado para a região do dente extraído poderá ocorrer uma severa recessão gengival de vários milímetros pela falta de espessura da tábua óssea vestibular e ausência de gengiva inserida.

Outro cuidado: procure não ancorar as alavancas cirúrgicas na região cervical dos dentes vizinhos como caninos e pré-molares. Ao longo dos meses e anos poderá ocorrer a Reabsorção Cervical Externa iniciada por lesão da junção amelocementária.

A remoção de terceiros molares pode afetar a altura da crista óssea alveolar do segundo molar. Se for manipulada excessivamente, a redução do nível ósseo distal do segundo molar pode expor a superfície distal externa da raiz, promovendo hipersensibilidade temporária ou permanente. No reparo alveolar, a redução da crista óssea distal pode promover a formação de bolsa gengival ou periodontal em uma região de difícil acesso para a limpeza, dificultada mais ainda pela sensibilidade aumentada, podendo-se inclusive, ao passo de alguns meses e anos, levar à perda do dente.

Para expor o esmalte com a finalidade da colagem de braquete o cirurgião deve remover o folículo pericoronário, um tecido mole membranoso altamente especializado de tecido conjuntivo firmemente aderido ao esmalte por um epitélio reduzido do esmalte. Tanto o epitélio quanto o tecido conjuntivo fibroso do folículo pericoronário se inserem na região cervical, ou mais precisamente na junção amelocementária. Deve-se abrir somente uma janela no folículo para permitir a fixação do braquete, jamais desencapar toda a coroa e remover todo o tecido mole, manipulando-se indevidamente a junção. Esta manobra, se realizada, pode promover a indução posterior da Reabsorção Cervical Externa durante ou logo após o tracionamento. Por muito tempo se acreditou que esta reabsorção era culpa do tracionamento, mas na verdade decorre da manipulação cirúrgica indevida e desnecessária da região cervical do canino.

O ortodontista deve trocar informações e necessidades com seu cirurgião bucomaxilofacial, afinal as cirurgias com finalidades ortodônticas são realizadas em dentes geralmente hígidos e em pacientes conscientes da importância de sua dentição na sua vida; são pessoas minimamente diferenciadas e a situação especial. Estas informações não são repassadas aos cirurgiões nos seus cursos de formação; o ortodontista como parceiro deve dialogar e o cirurgião bucomaxilofacial aceitar as especificidades, afinal se algum problema houver após o procedimento cirúrgico o questionamento do paciente será:

… eu não tinha qualquer problema dentário e agora passei a ter; eu tinha todos os dentes saudáveis, agora estou com problemas; algo aconteceu comigo ou fui vítima de algum procedimento mal planejado ou inconseqüente?


Link do artigo na Integra via Dental Press:

www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/10/controversiav5n2.pdf

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

EVIDÊNCIA BASEADA EM SAÚDE ortodontia e periodontia: REVISÃO DA LITERATURA


Neste artigo de 1999, publicado pelo Journal da American Dental Association, pelo Autor NORMAN L. SANDERS, D.D.S., M.S.; Private practice in orthodontics, 220 Westchester Ave., White Plains, Nova Iorque - Estados Unidos da America. Faz uma revisão desta importante relação Ortodontia-Periodontia.

Neste artigo, o autor analisa as evidências literatura baseada nas áreas de periodontia e ortodontia para esclarecer a relação entre a movimentação ortodôntica e vários tipos de doenças periodontais comum.

A primeira seção é uma revisão da literatura sobre doenças periodontais comum. A segunda é uma revisão de evidências baseadas em estudos do combinado áreas de ortodontia e periodontia, com foco na possibilidades de tratamento ortodôntico, limitações e riscos inerentes em pacientes com doenças periodontais, particularmente doença periodontal ativa.

A literatura sobre a movimentação dentária em ortodontia no que se refere à doença periodontal mostra que o tratamento ortodôntico adequado em pacientes com higiene oral excelente e a ausência de significativos problemas periodontais não deverá colocar qualquer risco periodontal significativo . Na presença de má higiene bucal, porém, e em circunstâncias de certos tipos de doenças periodontais, aparelhos ortodônticos fixos e movimentação dentária pode contribuir para a significativas conseqüências periodontais deleterias.

Esta revisão fornece uma compreensão clara do que é conhecido sobre tratamento ortodôntico, possibilidades, limitações e riscos inerentes aos pacientes que podem ter certos tipos de doenças periodontais. Ele também ressalta a importância do trabalho em equipe entre o dentista restaurador, periodontista e ortodontista no planejamento de tratamento para estes pacientes. O autor também oferece um gerenciamento de protocolos específicos em pacientes para que a equipe interdisciplinar dental siga.


Link do atigo na integra via JADA:

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

BIOMECÂNICA DA MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA - RESPOSTA INICIAL DOS TECIDOS PERIODONTAIS


Neste artigo de 1990, publicado pela Revista de Odontologia da UNESP, pelos autores Lizete Toledo de Oliveira RAMALHO e Lourenço BOZZO; do Departamento de Morfologia - Faculdade de Odontologia - UNESP - Araraquara e do Departamento de Diagn6stico Oral- Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - Piracicaba - São Paulo; Avalia, por meios histológicos, a sucessão de alterações do sistema periodontal após aplicação de força ortodôntica nos molares de ratos jovens e interpretar biologicamente os padrões de mobilidade horizontal e suas conseqüências sobre as estruturas periodontais.

Atualmente os estudos sobre os contatos dentários alheios à situação normal da mastigação têm sido relativamente negligenciados. Sabe-se que ocorre resposta biológica dos tecidos que suportam os dentes às forças fisiológicas externas geradas pela musculatura oral (lábios, bochechas e língua). Estas forças são denominadas horizontais ou laterais quando incidem de maneira perpendicular ao eixo dentário longitudinal provocando deslocamento dos dentes principalmente durante a fala, deglutição e mastigaçã0. Acredita-se também que a musculatura lingual exerça a carga máxima sobre os tecidos durante a sua função nonnal.

Outra força horizontal mais ou menos comum é aquela exercida durante o tratamento clínico com propósitos ortodônticos. Estas forças diferem essencialmente daquelas pruduzidas fisiologicamente porque são contínuas. Muitos experimentos a respeito de mobilidade dentária foram realizados usando-se forças horizontais empregando-se métodos de medição dessas forças. Estabeleceram também que a movimentação dentária é tempo-dependente.

MUHLEMANN verificou também que o padrão de mobilidade é perdido nos dentes humanos anquilosados e que este padrão está na dependência do ligamento periodontal. Observações posteriores evidenciaram que o grau de mobilidade dentária estava relacionado com o grau de organização dos tecidos do sistema periodontal. Um ligamento bem organizado expressa um equilíbrio estrutural resultante das interações das forças a que o dente está submetido e a capacidade de adaptação dos elementos que constituem o periodonto. A movimentação ortodôntica (M/O) deve utilizar adequadamente esta excepcional capacidade de renovação e adaptação das estruturas periodontais.

As observações das estruturas periodontais. alravés da microscopia óptica, permitiram avaliar a cronologia dos fenômenos ocorridos durante a aplicação de uma força ortodôntica por perfodo que se estendeu desde 30 minutos até sete dias (168 horas), tendo-se em vista que esta movimentação ortodónlica foi relativamente uniforme para todos os animais.

Procurou-se aplicar um fio metálico adequado no ponto de contacto entre O primeiro e o segundo molares de rato, gerando forças de intensidade ideal. compatível com os objetivos do estudo, tendo-se em mente que a "força ótima" é aquela que, ao manter um nfvel de tensão sobre o ligamento periodontal, fundamentalmente mantém a sua vitalidade e inicia de forma simultânea uma resposta celular máxima.

As alterações do lado da pressão são mais lentas, apresentam degenerações localizadas e necrose, enquanto no lado da tensão as estruturas periodontais respondem dentro dos limites fisiológicos com intensificação dos fenômenos formativos.

Nos perfodos iniciais após a aplicação da força, aos 30 e 60 minutos, houve um rompimento das fibras colágenas do ligamento periodontal. A elasticidade das fibras mais superficiais não foi suficiente para suportar a força aplicada, que ultrapassou os limites fisiológicos de adaptação periodontal. Esta força desencadeou toda uma seqüência de tranformações estruturais para readaptar o periodonto a esta nova situação. O rompimento dos feixes colágenos, as alterações hemodinãmicas e a invasão de neutrófilos demostram a primeira resposta do organismo, juntamente com os capilares tendenqo a acumular massas de eritrócitos irregularmente conformados. Tais alteraçõcs foram desaparecendo de forma gradual durante o experimento.

Os autores desta forma, acreditam, assim, que o movimento dentário teve início pois a remodelação óssea ocorre às custas da ação simultânea de osteoblastos e osteoclastos e, como estas células não removem os feixes de fibras livres de células nos tecidos hialinizados, ocorre aumento gradual das células inflamat6rias e demais células do tecido conjuntivo jovem ao redor das áreas lesadas.

Nos períodos compreendidos entre 6 e 12 horas, constataram maior atividade dos osteoclastos promovendo a reabsorção do osso alveolar, simultânea à desintegração das fibras colágenas. Através da microscopia de polarização puderam notar que as fibras colágenas não mais apresentavam a birrefringência clássica observada em condições normais, denotando nestes períodos uma forma de degradação.

Com 24 até 48 horas ap6s, ocorreram processos de remodelação com formação de novos capilares e células do tecido conjuntivo, principalmente rodeando as áreas hialinizadas. O osso fasciculado da superfície interna do alvéolo também se mostrou de fácil remodelação quando comparado ao osso lamelar dos maxilares.

Nos três últimos períodos, ou seja, após 72, 96 e 168 horas, puderam observar que, nos espaços medulares do tecido ósseo, ocorreu uma substituição tecidual que denota processo de reparação onde houve a conversão da medula óssea para um tecido conjuntivo fibroso. Simultaneamente ocorreram mudanças no lado da tração, com neoformação óssea, aparecendo maior número de fibroblastos e osteoblastos por divisão mitótica e deposição de matriz osteóide no lado de tensão.


Link do artigo na integra via Rou Hostcentral:

terça-feira, 8 de setembro de 2009

InVivoDental

















Mais um produto inovador, que com os dados coletados numa tomografia volumetrica Cone Bean otimiza-os e gra imagens magnificas. Ótima ferramenta de diagnostico, que ofereçe varios recursos como a sobreposição de telerradiografias Para se analisar os ganhos com o tratamento por exemplo. Este produto foi desenvolvido pela Anatomage empresa privada localizada em San Jose, California - Estados Unidos da America.


O que o fabricante diz:

O InVivoDental é um software de imagem volumétrica projetado especificamente para os dentistas clínicos. O software lê os dados DICOM de máquinas CT incluindo I-CAT, Newtom, MecuRay e Accuitomo. O InVivoDental tem uma interface fácil de usar, e um desempenho de resposta. Vários professores estão usando o software para clínica e pesquisa. O InVivoDental é a ferramenta definitiva para os pioneiros em imagem tridimencional dental.

Com o processamento InVivoDental de volume suave e intuitivo, os doutores poderão manipular facilmente, melhorar, e cortar volumetricamente em qualquer orientação ou a forma para o diagnóstico rápido e eficaz. A renderização de volume é uma ferramenta eficaz para o levantamento da morfologia do esqueleto, dentição, e é uma demonstração poderosa para o paciente / um bom método de comunicação.

Lista de Recursos

• Cor total mapeada para visualização
• Controles fáceis e intuitivos
• Claramente visíveis estruturas de raiz e caminhos nervosos
• Processamento de Smooth de alto desempenho
• Recorte ajustável para ver secção transversal
• Ferramentas para edição
• Reconstrução em tempo real 3D do raio X
• Projeção de intensidade máxima
• Posição ajustável da cabeça do paciente
• Projeção Paralela e em perspectiva
• Marcação / medição no volume 3D

Os profissionais que desejam uma investigação mais aprofundada das estruturas internas podem examinar fatia por fatia e varrer apesar de todo o volume com vistas em secção. Isso permite avaliar com maior precisão / medição das estruturas anatômicas, como avaliar o número / forma de canais radiculares, as características da ATM, espessura de rebordo alveolar e a anatomia das vias aéreas / seio, a densidade óssea / defeitos, etc

O Super Pano é uma função característica que dá aos profissionais a possibilidade de facilmente e rapidamente construir e ver uma radiografia panorâmica tradicional. Várias opções de visualização permite que a radiografia panorâmica seja visualizada com detalhes que não são possíveis no padrão de radiografias panorâmicas. Com o Super Pano, a radiografia panorâmica também pode ser processada volumétricamente, permitindo que ele seja visto como um objeto 3D.

A Super Ceph é uma função que tem característica de permitir aos profissionais a possibilidade de facilmente e rapidamente construir e visão tradicional lateral e radiografias cefalométricas AP, tomar medidas e utilizar recursos de várias imagens com realce, que aumenta dramaticamente o valor do diagnóstico.

O Planeamento de implantes é outra função em que os profissionais podem realizar imagens com base em planejamento para implantes de reparação ou mini implatess ortodônticos com este recurso. Este recurso permite um planejamento preciso para implantar através da vestibular, lingual, vertical simultâneamente com visualização de densidade. Esta ferramenta oferece uma análise simples dentro de verdadeiras dimensões estrutura anatômica utilizando o tamanho real forma e / ou tipo de implante.

O uso de sobreposição de imagens cefalométricas para acompanhar os resultados do tratamento e do crescimento é uma prática estabelecida na ortodontia. Avaliação dos resultados de tratamento com a sobreposição em 3D de dados 3D volume CBCT é inovador em sua simplicidade. O InVivoDental software de imagens 3D permite que duas varreduras CBCT para ser aberto ao mesmo tempo em 3D e para ser sobreposta com base no registo comum marcos estáveis em cada scan. O resultado é uma imagem volumetrica 3D de ambas as varreduras com cores diferentes para destacar a diferença entre as varreduras. Sobreposição de seções transversais também são mostrados. Esta é uma excelente ferramenta para avaliar a mudança que ocorreu entre os dois exames, se o tratamento foi com a cirurgia ortodôntica, ortognática, ou o crescimento e desenvolvimento baseado nos marcos de registo de escolha.

Usada também para avaliação da ATM através da sobreposição de exames com o paciente nas posições de boca aberta e fechada. Esta nova tecnologia tem muitas aplicações em outras áreas de odontologia e medicina também. Isso é maravilhoso para a comparação de antes do pré e pós tratamentos para fins de investigação, análise clube do estudo, e palestras e apresentações educativas.

Link do Produto via site do fabricante:

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Avaliação do espaço adicional requerido no perímetro do arco inferior para o nivelamento da curva de Spee







Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Marcio José da Silva Campos, Cátia Cardoso Abdo Quintão, Marcelo Reis Fraga, Robert Willer Farinazzo Vitral; do Programa de Pós-Graduação em Saúde e do curso de especialização em Ortodontia da UFJF - Juiz de Fora - Minas Gerais. Procura determinar o perímetro de arco adicional necessário para o nivelamento da curva de Spee através de uma técnica laboratorial em modelos de estudo.

A determinação da discrepância de modelo – diferença entre o espaço presente no arco dentário e o espaço requerido para alinhar todos os dentes – é uma etapa crítica do diagnóstico ortodôntico, que orienta o ortodontista durante o delineamento do plano de tratamento e na escolha da mecânica a ser utilizada. Essa discrepância deve levar em consideração não somente a perda de espaço decorrente do apinhamento dentário, mas também o espaço perdido devido à presença de uma curvatura no plano oclusal.

A conformação curvilínea do plano oclusal é relacionada à morfologia das articulações temporomandibulares e à direção das forças oclusais que incidem sobre os dentes posteriores. Essa curvatura tende a diminuir com o avançar da idade e com o desgaste fisiológico dos dentes.

O aprofundamento da curva de Spee é relacionado ao aumento das forças anteriores que atuam sobre os dentes e pode causar interferências oclusais durante os movimentos horizontais da mandíbula. Curvas de Spee profundas foram associadas à sobremordida exagerada porém existem evidências de que essas características são independentes.

O nivelamento da curva de Spee é tido como um objetivo do tratamento ortodôntico, uma vez que facilita a intercuspidação dentária e sobrecorrige o plano oclusal. A recidiva da curva de Spee original é esperada após seu nivelamento, mesmo que clinicamente insignificante.

Esse nivelamento tem sido amplamente relacionado ao aumento de perímetro de arco, sendo de extrema importância a determinação prévia da quantidade de perímetro adicional durante a elaboração do plano de tratamento ortodôntico. Equações matemáticas – deduzidas a partir de experimentações laboratoriais, instrumentos apropriados ou modelos geométricos – foram propostas para determinar o aumento de perímetro de arco em função do grau de curvatura do plano oclusal ou da profundidade da curva de Spee.

Foram utilizados 70 modelos de estudo iniciais de arcos dentários inferiores, com as seguintes características: dentadura permanente completa, exceto os terceiros molares, e ausência de dentes com anomalias de forma e tamanho ou com restaurações coronárias extensas que incluíssem as pontas das cúspides ou bordas incisais.

A avaliação do perímetro de arco com curva de Spee (Pcs) foi realizada com uma corrente metálica de secção transversal circular de 1mm e com uma argola em uma das extremidades. A argola foi adaptada ao fio de aço da crista marginal distal do segundo molar direito e a corrente contornou externamente todos os fios de aço, mantendo contato com a superfície do modelo, estendendo-se até o fio de aço da crista marginal distal do segundo molar esquerdo, onde recebeu uma marcação com caneta para retroprojetor. Após isso, a corrente foi retificada sobre uma placa de vidro e o perímetro de arco com curva de Spee (Pcs) foi avaliado com um paquímetro digital da borda interna, da argola até a marcação feita na corrente.

O perímetro de arco adicional para o nivelamento da curva de Spee foi determinado através da diferença entre as medidas dos perímetros de arco com curva de Spee (Pcs) e com a curva de Spee nivelada (Pcsn). A técnica laboratorial utilizada para essas avaliações mostrou-se precisa e reproduzível, além de utilizar materiais e instrumentos de uso cotidiano em Odontologia.

O perímetro de arco adicional necessário para o nivelamento da curva de Spee foi expresso pela equação [Paa = 0,21 CSmax – 0,04]. Em todos os modelos avaliados, o espaço presente no arco dentário com a curva de Spee nivelada foi menor do que o espaço presente com a curva de Spee original. A comparação de Paa com os valores gerados pelas equações matemáticas encontradas na literatura resultou em diferença estatisticamente não significativa apenas com equação proposta por Braun, Hnat e Johnson.


Link do artigo na integra via Scielo:

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tratamento ortodôntico em dentes decíduos!?


Neste artigo de 2004, publicado pela Revista Dental Press, pelo Prof. Dr. Alberto Consolaro; Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB-USP - São Paulo. Mostra a relação entre a ortodontia e a dentição Decídua.


As células que protegem a raiz dentária da reabsorção durante a remodelação óssea diária são os cementoblastos, pois não possuem receptores para os mediadores deste processo. Quando algum fator como força intensa, traumatismos, cirurgias, substâncias químicas, produtos bacterianos e lesões eliminam os cementoblastos ocorre a reabsorção radicular.

Nos dentes decíduos, assim que completam a sua formação, observam-se esparsos e eventuais cementoblastos, odontoblastos, fibroblastos e restos de Malassez em apoptose, um processo de morte celular natural e geneticamente programada. A rizólise decídua se inicia quando o dente se
completa; é um processo lento e gradual, pois os mediadores da reabsorção estão em nível muito baixo nas áreas sem estresse celular e inflamação.

Os dentes permanentes têm sua coroa protegida pelo folículo pericoronário ao qual adere-se o epitélio reduzido do esmalte e apresenta ainda um rico componente epitelial em formas de ilhotas derivadas da lâmina dentária e do cordão gubernacular. Em outras palavras, o folículo pericoronário é rico em EGF ou fator de crescimento epidérmico, um potente mediador da reabsorção. Outros fatores também estimulam a reabsorção, mas são gerados e presentes em áreas de estresse por compressão mecânica e de inflamação.

A proximidade do permanente em relação ao decíduo acelera a rizólise lenta, especialmente nas regiões voltadas para o folículo pericoronário.

Quando se movimenta o dente, a compressão do ligamento e a deflexão promovem estresse celular e inflamação, acumulando mediadores na região periodontal. Nos dentes permanentes os cementoblastos não têm receptores e não captam a mensagem de reabsorção como acontece com as células ósseas.

Mas, nos decíduos há vários pontos da superfície sem cementoblastos, e a rizólise é lenta e focal. A movimentação induzirá um acúmulo tal de mediadores da reabsorção que acelerará e muito a rizólise. No final do tratamento poderemos ter apenas as coroas dos dentes decíduos, suportados por um arco metálico nos braquetes e apoiado nos incisivos e primeiros molares permanentes.

Aplicada desta forma, utilizando-se braquetes, a força sobre os dentes decíduos não atuará de forma ortopédica expandindo o arco para dar mais espaços aos permanentes, nem mesmo prevenirá mordidas cruzadas e outros futuros problemas oclusais. Os dentes decíduos podem até ser utilizados como ancoragem, como no caso dos aparelhos expansores, quando não for importante a permanência destes dentes nos 2 a 3 meses seguintes, ou se eles estiverem em anquilose alveolodentária, com ou sem reabsorção por substituição.

Em suma: movimentar ortodonticamente dentes decíduos, salvo em situações muito especiais, não previne futuros problemas oclusais nos dentes permanentes, apenas acelera a rizólise dos decíduos. A criança e os pais podem querer os braquetes instalados na boca o mais cedo possível pelo modismo, mas as conseqüências advindas são totalmente desconhecidas e, portanto imprevisíveis.

Link o artigo na inegra via Dental Press:

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reabsorção radicular após o tratamento com alinhadores ortodonticos (Invisalign)














Neste artigo de 2008, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Naphtali Brezniak; Atalia Wasserstein; da Orthodontic Residency, Orthodontic Department, Dental Unit, Medical Corps, Israel Defence Forces, and Orthodontic Department, School of Dentistry, Tel-Aviv University, Tel-Aviv, Israel. Mostra esta triste relação que infelizmente ocorre com nossa especialidadee com inclusive com tratamentos palanejados de ultima geração como o Invisalign.

Pode uma reabsorção inflamatória radicular (OIIRR) ser iduzida ortodonticamente como resultado de um tratamento Invisalign® ?

Desde que a OIIRR foi descrita pela primeira vez na literatura, ortodontistas foram à procura de um procedimento de tratamento que não causasse o encurtamento da raiz. Na última década, O tratamento ortodontico com Invisalign se tornou muito popular, e não há é a descrição de OIIRR após este tratamento.

Portanto, pode-se concluir incorretamente que o corpo é imune a este tipo de modalidade tratamento ortodontico de tratamento e OIIRR aparece como um resultado deste tratamento. O seguinte artigo relata um caso que demonstra um aspecto da complexidade da OIIRR.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontics: