ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: agosto 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Pensamento da Semana



"A esperança se adquire. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora. "


(Georges Bernanos)

1888 - 1948

Link sobre o autor:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Bernanos

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Sistema de Realidade Virtual para Tratamento Ortodôntico





Neste artigo publicado na Internet, pelos autores Maria Andréia F. Rodrigues, Wendel B. Silva, Milton E. Barbosa Neto, Isabel M.M.P. Ribeiro, do Mestrado em Informática Aplicada - MIA Universidade de Fortaleza - UNIFOR e do Centro de Ciências da Saúde - Faculdade de Odontologia Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Fortaleza-CE Brazil; Mostra o desenvolvimento de um sistema de realidade virtual para treinamento e planejamento de tratamentos em ortodontia. O sistema é composto por 3 módulos: Mapeamento Geométrico, Geração da Malha 3D e Simulação do Tratamento Ortodôntico. Para validar o simulador, foi utilizado medidas cefalométricas e dados de moldes dentários de tratamentos ortodônticos acompanhados durante um ano.

O desenvolvimento de ambientes gráficos para a simulação, treinamento e ensino de procedimentos médico-odontológicos tem sido alvo recente de pesquisa. Na Ortodontia, o planejamento de um tratamento e a escolha de um modelo adequado de aparelho ortodôntico baseia-se exclusivamente na experiência clínica do ortodontista. Muitos ortodontistas estimam a condição de carga ideal e o correto posicionamento do aparelho ortodôntico com o objetivo de produzir uma movimentação aproximada de um determinado dente, direcionada pela experiência clínica do profissional. No tratamento tradicional, essa movimentação baseia-se na obtenção do posicionamento adequado dos dentes no arco dental, buscando-se a correta oclusão (posicionamento ideal dos dentes na arcada dentária), de acordo com padrões estéticos e funcionais pré-estabelecidos. Para tal, o ortodontista aplica forças na coroa do dente através de componentes do aparelho ortodôntico (bracket, molas, ligas elásticas e fios metálicos, entre outros). É muito comum, por exemplo, prever-se um movimento dentário (causado pela aplicação contínua de uma determinada força durante um período de tempo) que, na prática, não
ocorre. Como resultado, o dente simplesmente não se move ou o movimento gerado é insuficiente para movê-lo até uma determinada posição desejada. Geralmente isto acontece devido ao baixo carregamento de forças aplicado.

O desenvolvimento de sistemas gráficos tridimensionais interativos que possam auxiliar na geração de simulações de movimentos dentários (translação, rotação, nivelamento, alinhamento, torque, etc), suas interações (colisões com dentes vizinhos durante seus deslocamentos), e seus possíveis setups na arcada dentária ao longo do tratamento, é bastante relevante para os profissionais ligados à área ortodôntica. Principalmente, para as áreas de treinamento e ensino, onde diferentes estratégias e modelos de aparelhos ortodônticos podem ser testados em pacientes virtuais customizados, de tal forma a minimizar, ou até superar, o surgimento de possíveis problemas clínicos no arco dentário do paciente real. Muitos sistemas comerciais têm sido propostos para a prática ortodôntica, mas em nenhum caso eles investigam todas as funcionalidades mencionadas anteriormente. Basicamente, os sistemas existentes mais utilizados pelos ortodontistas no Brasil não atendem integralmente às reais necessidades destes profissionais e servem, basicamente, para gerenciamento clínico e análise cefalométrica 2D do paciente.

Existe um número considerável de sistemas comerciais, em sua maioria de produção estrangeira, propostos para a prática ortodôntica. A maior parte dos sistemas analisados não atua como sistema para a simulação de tratamento, nem integra diversas funcionalidades ortodônticas em um único ambiente gráfico 3D interativo. Os mais comuns, são os sistemas para gerenciamento clínico. Os sistemas de análise cefalométrica 2D têm sido construídos para reduzir o erro humano e o tempo gasto na extração de medidas ortodônticas do paciente. Através da superposição do Raio-X e da fotografia do crânio do paciente, estas medidas são automaticamente calculadas. Algumas pesquisas têm-se concentrado no desenvolvimento de ferramentas 2D e 3D para tratamento ortodôntico e em sistemas de simulação de movimentos mandibulares, onde os dados são obtidos através de medidas cefalométricas. Os modelos 2D utilizam parâmetros muito elementares, não incluindo sequer um modelo do arco dentário e de aparelhos ortodônticos.

O sistema consiste de três módulos básicos: Mapeamento Geométrico, Geração da Malha 3D, e Simulação do Tratamento Ortodôntico. O módulo de Mapeamento Geométrico é responsável por mapear as medidas e as inclinações cefalométricas do Raio-X e do molde dentário do paciente, para a customização do paciente virtual. Os 1º.s dentes molares são utilizados como ponto de referência para o mapeamento geométrico, já que estão presentes na maioria da população. Basicamente, no processo de customização, calculam-se as dimensões da largura e do comprimento lingual. A largura da mandíbula corresponde à distância entre os centros das coroas dos 1º.s dentes molares da arcada dentária. O comprimento lingual corresponde à distância a partir do ponto central entre os dentes incisivos centrais até a linha horizontal definida para a medida da largura da mandíbula. Os pontos correspondentes à malha da mandíbula virtual sofrem um ajuste, aumentando ou diminuindo de tamanho. Os dentes, já nas dimensões de escala reais, são uniformemente distribuídos na arcada dentária.

Os movimentos dentários são causados pela aplicação de forças nos dentes através de aparelhos ortodônticos. Os movimentos dentários podem ser de inclinação, translação, rotação, torque, extrusão (verticais para cima, acompanhados de inclinação) e intrusão (verticais para baixo, aplicados em uma pequena área do ápice do dente). De forma simplificada, o movimento dentário depende basicamente da força aplicada no bracket e da força de resistência que se opõe a essa força aplicada. Os mecanismos que definem esse movimento de oposição estão diretamente ligados a fatores biológicos complexos das estruturas de cada paciente onde o dente se encontra embutido.

As principais características anatômicas dos pacientes foram mapeadas com sucesso no sistema de realidade virtual, através dos módulos de Mapeamento Geométrico e geração da Malha 3D. Avaliações subjetivas dos moldes plásticos dos estudos de caso e dos modelos 3D dos pacientes virtuais sintetizados exibiram um alto grau de similaridade. Para todos os estudos de caso, os resultados de simulação obtidos foram confrontados com os dados experimentais obtidos ao longo de um ano de acompanhamento, obtendo um erro médio para os movimentos de translação de 2,0704mm, com um desvio padrão de ± 1,2224mm (para os movimentos de rotação e inclinação, não houve erro). As simulações foram avaliadas, com base na aplicação de 3 categorias de forças (leves, moderadas e pesadas). As simulações gráficas obtiveram resultados bastante realistas, possibilitando que análises subjetivas do movimento dentário ao longo do arco ortodôntico fossem realizadas e validadas por um especialista na área ortodôntica. Vale ressaltar que avaliações clínicas extensivas são difíceis de serem realizadas, devido ao longo tempo necessário para a terapia de tratamento.

Este trabalho apresentou um sistema de realidade virtual que desenvolvemos para treinamento e planejamento de tratamentos em ortodontia. Os resultados obtidos através dos estudos de caso foram bastante promissores e satisfizeram as expectativas iniciais de avaliação das potencialidades e limitações do sistema implementado. O protótipo integra e estende de forma significativa as principais idéias de alguns modelos comerciais existentes que são difíceis de testar e validar, já que são sistemas comerciais de código fechado e de custo elevado.Várias são as vantagens do ambiente gráfico implementado perante os métodos tradicionais. A principal delas é a visualização realista do deslocamento dinâmico dos dentes ao longo do arco dentário, incluindo efeitos de colisão entre os dentes. A modelagem de um efeito “dominó” foi representada com sucesso, acrescentando um maior realismo nas animações produzidas, de acordo com as restrições geométricas e funcionais estabelecidas para o ambiente. Adicionalmente, o sistema possibilita a modificação de cenários (diferentes setups) de forma interativa, através da interface do sistema. O usuário pode, por exemplo, selecionar um ou mais dentes e aplicar forças para avaliar os resultados de simulação de novas configurações. Aspectos biomecânicos simples também foram implementados no sistema, representando diferentes tipos de forças aplicadas em diferentes tipos de dentes, bem como de resistência ao movimento dentário.


Link do artigo na integra via andreia.formico:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tratamento ortodôntico necessário entre crianças nascidas prematuramente


Crianças nascidas antes de 33 semanas podem necessitar de mais cuidados ortodônticos do que crianças que nasceram no periodo ideal. As crianças prematuras têm também algumas complicações que podem causar desvios em sua mordida. Esta informação foi mostrada na apresentação de uma dissertação da autora Liselott Paulsson na Faculdade de Odontologia da Universidade de Malmö, na Suécia. "Este é um novo grupo de crianças que precisam receber mais atenção no atendimento odontológico", afirma a Odontologa especialista. No dia 24 de abril, ela defendeu sua dissertação sobre parto prematuro - Estudos sobre a Necessidade de tratamento ortodôntico, Craniofaciais Morfologia e Função.

A maioria das crianças que nasceram prematuramente precisam de ajuda com a sua respiração durante as primeiras semanas de vida. Isso significa que elas respiram com a ajuda de um tubo plástico ligado a um respirador. O tubo é colocado na boca ou no nariz, procedimento conhecido como intubação. Resultados de estudos anteriores indicaram que as crianças que se beneficiam deste apoio para respiração correm um risco maior de desenvolver desvios de mordida. O risco é especialmente grande para as crianças que tiveram o tubo em sua boca.

Hoje intubação nasal é utilizada na maior parte dos hospitais na Suecia, mas o estudo da Dra. Liselotte Paulsson mostra que essas crianças também possam ter mais alerações de mordida que as crianças que nasceram no prazo ideal.

"Em meus estudos as crianças prematuras tiveram intubação através do nariz apenas", diz ela, ressaltando que é importante que as necessidades destas crianças ter uma atenção odontológica.

Um total de 114 crianças participaram do estudo. Elas foram divididas em três grupos: crianças nascidas antes de 29 semanas, as crianças nascidas entre 20 e 32 semanas, e crianças nascidas 40 semanas.

As crianças foram examinadas quando tinham entre oito e dez anos, e os resultados mostraram que 52% das crianças prematuras, precisavam de tratamento por causa de alterções na mordida , em comparação com 37% das crianças que nasceram no prazo. Os estudos também mostram que as crianças prematuras, menos pesadas, tinham menor circunferência da cabeça, e tinham menores maxilas.

"Isso mostra que elas não tinham esta alteração durante seu crescimento. Pode ser que essas diferenças aconteçam devido ao fato de terem mais alterações na mordida, mas, mais pesquisas são necessárias antes que possamos saber isto ao certo", diz Liselotte Paulsson, que espera que ser possível acompanhar e dar seguimento ao estudo com estas crianças com idades compreendidas entre os 16 e 17 anos.

Os que têm mais alerações de mordida, possuem uma maior necessidade de tratamento ortodôntico, crianças prematuras, não têm mais sintomas de dores nas articulações dos maxilares ou mandíbula ou cefaléia em comparação com outras crianças.

"Estou feliz por poder dar aos pais noticias tranquilizadoras sobre este assunto, e alterações na mordida também podem ser levadas para uma direção certa, utilizando diversas formas de tratamentos", diz Liselotte Paulsson.


Links sobre a noticia:
.
.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Novo teste odontológico para diagnosticar o câncer bucal vai salvar vidas


ScienceDaily (10 de agosto, 2010) - Um novo teste para o câncer bucal, que o dentista poderia fazer simplesmente usando uma escova para coletar células da boca do paciente, está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Sheffield e Sheffield Hospitais de Ensino da Fundação NHS Trust, EUA.

O processo utilizado atualmente para diagnosticar o câncer bucal em uma lesão suspeita envolve o uso de um bisturi para fazer uma biópsia e exames fora do local de laboratório, que pode ser demorado. O novo teste vai envolver a remoção de células com uma escova, colocá-los em um chip, e inserir o chip no analisador, levando a um resultado em 8-10 minutos. Isto terá uma série de benefícios, incluindo reduzindo o tempo de espera e o número de visitas, e também redução de custos.

O projeto está sendo conduzido pelo professor John McDevitt da Rice University, E.U.A., que desenvolveu o novo micro-chip.Esta nova tecnologia utiliza as mais recentes técnicas de design microchip, nanotecnologia, microfluids, análise de imagem, reconhecimento de padrões e biotecnologia para diminuir muitas das principais funções de um laboratório de patologia state-of-the-art clínica em um nano-bio-chip do tamanho de um cartão de crédito.
Professor Thornhill disse: "Esta nova tecnologia aumentará significativamente nossa capacidade de detectar o câncer bucal no futuro. O diagnóstico atualmente envolve a remoção de um pequeno pedaço de tecido da boca e enviá-la a um patologista. Isso geralmente é feito em um hospital, pode levar uma semana ou mais e incluir visitas extra para o paciente. Com a nova tecnologia, uma escova seria usado para remover painlessly algumas células da mucosa da boca que seriam analisadas dentro de minutos na presença do paciente, de modo que o paciente saber o resultado antes de deixar a clínica.
Esta tecnologia irá tornar mais fácil para nós quando tivermos lesões suspeitas na boca e separar as lesões não-cancerosas daqueles em que há um risco de câncer e aqueles onde o câncer já se desenvolveu. Acabamos de começar a recrutar pacientes para um estudo que visa garantir que a nova tecnologia é pelo menos tão bom quanto o antigo método para distinguir os diferentes tipos de lesão. Finalmente, dentistas e médicos pode ser capaz de usar essa tecnologia para verificar lesões suspeitas na boca e tranquilizar a grande maioria dos pacientes que não tem câncer, sem ter que enviá-los para o hospital.

Artigo original na Science Daily

Guia de exame de câncer de boca

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ajuda numa pesquisa para conclusão de monografia Universidade Ferrara - Itália


Colegas,


Conclamo a todos(as) a participar de uma pesquisa, no qual ajudaremos uma colega Brasileira que está concluindo sua Especialização em Ortodontia na Universidade de Ferrara – Itália. A Drª. TatiLie Kumagai, precisa que respondamos um questionário automático que fica hospedado no site da Faculdade em que estuda. Peço a todos(as) colegas do Brasil, Portugal e demais nações que nos visitam diariamente para ajudá-la, pois ela precisa de um numero expressivo de entrevistas para concluir seu trabalho. O questionário pode ser respondido em Português, Inglês e Italiano.

Boa Sorte a amiga TatiLie com seu trabalho !!!

Marlos Loiola
-------------------------------------------------------------------------------

Mensagem da Autora:


A diversidade étnica é um assunto que apenas recentemente está recebendo atenção na mídia. Nos Estados Unidos, existem clínicas de cirurgia plástica que são focalizadas na estética 'não-branca' e na Ásia, as cirurgias estéticas que antigamente se chamavam 'de ocidentalização', que incluem a criação da prega na pálpebra superior e remodelamento do nariz, atualmente são feitos com desejo harmonizar o rosto dentro das características étnicas do paciente. No entanto, na ortodontia, o ideal estético ainda é aquele próximo ao ideal caucásico norte-americanos. Um artigo de Sow, Chew and Wong, 2005 mostrou que ortodontistas americanos e chineses têm preferências parecidas (por um perfil normal ou biretruso) diferente da população chinesa em geral, e criaram a hipótese de que talvez essa diferença se dê pelo fato que a pós-graduações desse ortodontistas terem sido adquiridas na sua maioria em países de população caucásica. Hall et al (2000) por sua vez, mostrou diferenças de aceitabilidade de perfis em caucásicos e afro-americanos, entre ortodontistas e pessoas leigas.

Na escola onde estou me especializando, a Università di Ferrara, Itália, há um grande foco na estética. Tanto que sediamos um congresso em Parma para falar apenas disso. Mas, infelizmente, ênfase na estética baseada no grupo étnico do paciente é pouca. Imagino que seja pela recente história de imigração e também porque são poucos aqueles que procuram tratamento ortodôntico. Sendo uma dos poucos estudantes estrangeiros da escola e sendo a única proveniente de um ambiente multi-étnico, senti que cabia a mim começar a explorar essa área. Por isso decidi escrever a minha tese sobre a estética multi-étnica: como diversos grupos étnicos percebem a beleza e a sua relevância no planejamento do tratamento ortodôntico. O objetivo da minha pesquisa é mostrar que cada grupo étnico tem a sua preferência estética e que ,como disse Polk et al (1995), o paciente deve ser estimulado a participar das decisões envolvendo mudanças no perfil. Para coletar essas preferências estou enviando um questionário online para ortodontistas e pessoas leigas em todo o mundo.

Convido vocês a participarem e antecipadamente agradeço.

TatiLie Kumagai


LINK DA PESQUISA:

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

GEORTO - Grupo de Estudos em Ortodontia da Bahia











Neste fim de semana mais um encontro do GEORTO, um grupo de estudos em ortodontia, no qual colegas especialistas e estudantes de especialização em Ortodontia se reúnem uma vez ao mês para discutir e estudar a nossa especialidade. O grupo tem o intuito de estar constantemente em busca de uma atualização profissional científica e trocar experiências com os colegas de vários centros de formação. Tendo o foco numa abordagem multidisciplinar, o nosso grupo contou com a presença também de um Cirurgião Buco Maxilo Facial com formação em cirurgia Ortognática, um Periodontista, e estão sendo convidadas uma Fisioterapeuta e uma Fonoaudióloga.

As reuniões são pautadas no estudo da Ortodontia, através de discussão de artigos científicos, de casos clínicos levados pelos participantes, aulas proferidas por professores convidados, revisão de capítulos dos livros da especialidade, entre outras atividades.

E neste Sábado dia 14 de agosto aqui em Salvador-Bahia, ocorreu mais um dos nossos encontros, que contou com a presença de colegas de Salvador, Interior e Aracaju. Iniciou-se um ciclo de seminários no qual os colegas montaram aulas que abordaram os capítulos do livro “1001 Dicas em Ortodontia e seus Segredos” do autor Dr. Esequiel E. Rodriguez Yanez. Que atenciosamente mandou uma mensagem para a abertura das discussões que abordavam capítulos do seu trabalho literário.

Ficamos super felizes com a integração do grupo, até porque completamos 01 ano de uma convivência que nasceu do primeiro encontro de 04 amigos e colegas e que vem a cada dia crescendo.
.

Agradeço a cada um dos participantes do nosso encontro e aguardo o proximo em Setembro.

Marlos Loiola

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Alteração no volume do fluido gengival durante a retração de caninos superiores

Neste artigo de 2010, publicado pela Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Jonas Capelli Jr., Rivail Fidel Junior, Carlos Marcelo Figueredo, Ricardo Palmier Teles; da disciplina de Periodontia da UERJ; da disciplina de Ortodontia da FO-UERJ; do curso de especialização em Periodontia da PUC-RJ; do Departamento de Periodontia do Forsyth Institute, Boston, EUA; Avalia a quantidade de volume do fluido gengival (FG) nas faces mesiais e distais dos caninos superiores, de 14 pacientes (3 homens e 11 mulheres) submetidos a movimentação ortodôntica.

A fase inicial do movimento dentário ortodôntico envolve uma resposta inflamatória aguda no periodonto, caracterizada pela vasodilatação e migração de leucócitos para fora dos capilares. Essas células migratórias produzem várias citocinas, o sinal molecular bioquímico local, que interagem direta ou indiretamente com as células periodontais. As citocinas evocam a síntese e a
secreção, pelas células alvo, de numerosas substâncias, como: prostaglandinas, fatores de crescimento e outras citocinas. Por último, essas células constituem-se em unidades funcionais que remodelam os tecidos periodontais e facilitam o movimento dentário.

O processo inflamatório agudo que tipifica a fase inicial do movimento dentário ortodôntico é predominantemente exsudativo, em que plasma e leucócitos deixam os capilares nas áreas de estresse periodontal. Um ou dois dias após, a fase aguda da inflamação diminui e é substituída por um processo crônico envolvendo fibroblastos, células endoteliais e osteoblastos. Durante esse período, os leucócitos continuam a migrar nos tecidos periodontais estressados e modulam o processo de remodelação. A inflamação crônica prevalece até a próxima consulta clínica, quando o ortodontista ativa o dispositivo indutor de força e desencadeia outro período de processo inflamatório agudo, superpondo-se à inflamação crônica.

Para o paciente, os períodos de inflamação aguda estão associados com a sensação de dor e a redução da função (mastigação). O reflexo desse fenômeno pode ser encontrado no fluido gengival dos dentes em movimento, onde significativos aumentos nas concentrações dos mediadores da inflamação, tais como as citocinas e as prostaglandinas, ocorrem temporariamente.

A observação de que o movimento dentário ortodôntico envolve muitas reações com características inflamatórias é importante por ter possibilitado uma melhor compreensão de que a cascata de fatores envolvidos na inflamação pode ser parte das reações às forças ortodônticas nos tecidos de suporte dentário. Porém, o ortodontista não deve se sentir constrangido por introduzir áreas focais de inflamação no ligamento periodontal durante o movimento dentário com finalidade terapêutica. A ocorrência de eventos inflamatórios nos tecidos não necessariamente implica em alterações ou sintomas locais clinicamente percebidos: a inflamação pode ser subclínica.

Neste estudo participaram 14 pacientes da clínica do curso de especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A seleção dos pacientes não obedeceu a critérios relacionados ao gênero, à raça ou classificação de más oclusões, porém todos tinham indicação de extração dos primeiros prémolares superiores como parte do planejamento do tratamento ortodôntico. Esses pacientes foram informados das características e dos objetivos do presente trabalho, e assinaram um termo de consentimento pós-informado. O grupo de pacientes era composto por 3 homens e 11 mulheres (18,8 ± 4,8 anos; com variação de 12 a 28 anos).

Apesar do controle da aplicação da força ter sido realizado com todo cuidado – com valores considerados ótimos –, pode ser observada uma tendência à inclinação da coroa, ao invés de um movimento de translação propriamente dito. Essa inclinação pode ser corrigida nas etapas subsequentes do tratamento ortodôntico, e foi constatada na maioria dos casos utilizados nesse estudo.

Durante a retração dos caninos, a teoria da pressão/tensão do movimento dentário e os fenômenos nela descritos foram esperados. A aplicação de uma força ortodôntica sobre o dente causa um deslocamento gradual dos fluidos do ligamento periodontal, acompanhado pela distorção das células e da matriz extracelular.

Os autores concluiram que, ao longo do tempo, existe uma alteração significativa no volume do fluido gengival em caninos superiores sob movimento de retração, tanto no lado de pressão quanto no lado de tensão. No lado de pressão, o volume do fluido gengival foi significativamente menor nos tempos 0 e 24h comparados com o tempo 80d.


Link do artigo na integra via Scielo:

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Entrevista Professor Dr. Antenor Araujo - Parte 2



É com muita alegria e satisfação que iremos dividir com nossos leitores esta importante entrevista. O Dr. Marcos Oliva, Cirurgião Buco Maxilo Facial e colaborador do BLOG Ortodontia Contemporânea, em viajem de Salvador - Bahia a São José dos Campos - São Paulo, conversou com esta importante Personalidade ligada a Cirurgia Ortognática e Buco Maxilo Facial, pioneiro no Brasil desta técnica a qual já realizou mais de 1.400 intervenções , e que hoje é uma realidade disseminada em todo País. Agradeço ao Professor Doutor Antenor Araújo pela presteza e atenção em está cedendo um pouco da sua valiosa experiência a todos nos.


6 - Os tecidos moles, normalmente, acompanham as alterações das estruturas ósseas. Essas alterações e adaptações dos tecidos moles podem ser esperadas até quanto tempo depois do procedimento cirúrgico?

R: Acredito que até 8 a 10 meses de pós-operatório ainda estaremos observando pequenas mudanças dos tecidos moles às vezes até mais do que isso, de tal forma 1 ano seria o ideal.


7 - A estabilidade cirúrgica pós operatória está na dependência de alguns fatores como: tipo de cirurgia (maxila ou mandíbula), direção e amplitude do movimento, tipo de fixação. Na sua experiência quais seriam os movimentos cirúrgicos mais instáveis e os mais estáveis?

R: Mais estáveis – Avanço de Mandíbula, Avanço de Maxila, Reposição superior da Maxila.
Mais instáveis – Retrusão de Mandíbula, Reposição inferior da Maxila, Avanço de Maxila em 2 ou 3 segmentos com expansão.


8 - Sabemos que em algumas situações indicamos extração de pré-molares com o intuito de favorecer os movimentos cirúrgicos e com isso promover melhores resultados. Além do comprometimento estético pré-cirúrgico devido à ausência dentária, as extrações normalmente prolongam o tratamento ortodôntico pré-cirúrgico. Em relação às cirurgias na maxila, qual a sua opinião em realizar a extração dos pré-molares no trans-operatório, segmentar a maxila e eliminar os espaços cirurgicamente?

R: Pessoalmente prefiro que os pré molares sejam extraídos e depois os espaços fechados ortodonticamente. Embora isto prolongue mais o tratamento, vem me permitir reposicionar a maxila em 1 só segmento, o que sob meu ponto de vista é mais estável e o pós-operatório melhor. No entanto não vejo nada errado em se extrair os pré molares e segmentar a maxila, é uma questão de preferência do cirurgião.


9 - Quanto tempo depois do procedimento cirúrgico o Professor permite reiniciar os movimentos dentários para finalização ortodôntica?

R: Normalmente após 60 dias.


10 – Pacientes com dimensão transversa mandibular diminuída (“mordida de Brodie”), os quais necessitam de distração osteogênica mandibular para correção da referida dimensão podem ter comprometimento da ATM? Como a ATM responde, a longo prazo, a essas alterações no posicionamento condilar?

R: A ATM responde quase sempre favoravelmente, pelas minhas observações a uma grande adaptação das ATMs após as cirurgias, pelo menos nunca tive maiores problemas.


Link da Clinica do Prof. Dr. Antenor Araújo:

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entrevista Professor Dr. Antenor Araujo - Parte 1




É com muita alegria e satisfação que iremos dividir com nossos leitores esta importante entrevista. O Dr. Marcos Oliva, Cirurgião Buco Maxilo Facial e colaborador do BLOG Ortodontia Contemporânea, em viajem de Salvador - Bahia a São José dos Campos - São Paulo, conversou com esta importante Personalidade ligada a Cirurgia Ortognática e Buco Maxilo Facial, pioneiro no Brasil desta técnica a qual já realizou mais de 1.400 intervenções , e que hoje é uma realidade disseminada em todo País. Agradeço ao Professor Doutor Antenor Araújo pela presteza e atenção em está cedendo um pouco da sua valiosa experiência a todos nos.

. Prof. Titular em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
. Doutor em Ciências - Cirurgia, pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
. Fellow in Oral Surgery pela University of Texas Health Science Center (Dallas – EUA).
. Ministrou mais de 300 cursos e conferências no Brasil e no exterior, em países como: África do Sul, Argentina, Áustria, Bolívia e EUA.
. Foi homenageado com o prêmio “W. Harry Archer Achievement Award”, concedido pelo Colégio Americano de Cirurgia Buco Maxilo Facial, em 2004.
. Autor dos livros “Cirurgia Ortognática” (1999); “Manual de orientação aos pacientes com vistas à Cirurgia Ortognática” (2004) e “Aspectos Atuais da Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial” (2007).
. Escreveu diversos capítulos de livros, dentre eles “Desmistificando a Cirurgia Ortognática para o Clinico Geral”, no Livro do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (2007).
. Publicou diversos Artigos em revistas científicas da especialidade, tanto no Brasil como nos Estados Unidos.

1 - Para o nosso BLOG é uma honra estar entrevistando o doutor que foi precursor da Cirurgia Ortognática no Brasil referência nesta área de intima relação com a Ortodontia. Gostaríamos que o doutor nos falasse da sua formação (Graduação, pós e vida acadêmica)

R: Fui formado pela FO São José dos Campos em 1967, em 1972 defendi tese de doutorado, em 1979 defendi minha Livre Docência e em 1983 realizei o Concurso para Titular. De 1975 a 1978 fiz Fellowship na Southwest Medical School em Dallas Texas. Tive como Professores: Dr. Robert Walker, Willian Bell, Bruce Epker, Larry Wolford e Dr. Douglas Sinn.


2 - Dr. Antenor, ao longo da sua trajetória profissional como a cirurgia Ortognática evoluiu como ciência e técnica e sua disseminação no Brasil?

R: Tivemos a oportunidade de ao retornarmos ao Brasil em 1978 trazer as novas técnicas de Cirurgia Ortognática, e procuramos difundi-las junto aos Ortodontistas e Cirurgiões o que acabou acontecendo e hoje a Cirurgia Ortognática é uma realidade em todo Brasil.


3 - Os métodos de diagnósticos digitais que se tornaram rotina especialmente nesta ultima década ajudam os cirurgiões e ortodontistas em quais pontos?

R: Os métodos de diagnósticos digitais nos ajudam a confirmar nossos diagnósticos clínicos e muitas vezes a decidir qual cirurgia iremos realizar em nosso paciente, no entanto acho um pouco temeroso mostrar ao mesmo as fotos com as modificações propostas no plano de tratamento por eventualmente poder levar o paciente a ter uma idéia não exata do resultado final.

4 - Uma curiosidade: Num preparo Ortodôntico na técnica Lingual como se procede para estabilização cirúrgica trans e pós-operatória com os elásticos inter-maxilares, visto que na técnica convencional soldamos ganchos nos fios retangulares que ficam por vestibular, na véspera da cirurgia.

R. Nos casos do uso de aparelho ortodôntico lingual ou “invisa line” o ortodontista deverá na época da cirurgia montar um aparelho ortodôntico convencional vestibular, que deverá ser removido 3 meses após a cirurgia e o paciente prevenido de que isto irá ocorrer.


5 - Qual a opinião do doutor sobre a técnica Ortodôntico-cirúrgica denominada de "Benefício Antecipado"?

R: Pessoalmente não uso esta técnica, prefiro a convencional, ou seja, Ortodontia-Cirurgia-Ortodontia. Creio que desta forma consigo planejar melhor as cirurgias com os arcos devidamente, alinhados, nivelados e coordenados.


Link da Clinica do Doutor Antenor Araujo:

sábado, 7 de agosto de 2010

Aplicabilidade científica do método dos elementos finitos









Neste artigo de 2006, publicado pela revista Dental Press, pelos autores Raquel S. Lotti, André Wilson Machado, Ênio Tonani Mazzieiro, Janes Landre Júnior, da PUC - MG. Mostra mais uma forma de se analisar e estudar as ações e resultados biomecânicos na ortodontia com este recurso matemático associado a informática.

O desenvolvimento do Método dos Elementos Finitos (MEF) teve suas origens no final do século XVIII, quando Gauss propôs a utilização de funções de aproximação para a solução de problemas
matemáticos. Durante mais de um século, diversos matemáticos desenvolveram teorias e técnicas analíticas para a solução de problemas, entretanto, pouco se evoluiu devido à dificuldade e à limitação existente no processamento de equações algébricas. O desenvolvimento prático desta análise ocorreu somente muito mais tarde em conseqüência dos avanços tecnológicos, por volta de 1950, com o advento da computação. Isto permitiu a elaboração e a resolução de sistemas de equações complexas. Em 1956, Turner, Clough, Martins e Topp, trabalhando em um projeto de aeronaves para a Boeing, propuseram um método de análise estrutural, similar ao MEF. Mais tarde, em 1960, estes autores utilizaram pela primeira vez o nome de Método dos Elementos Finitos, descrevendo-o. A partir de então, seu desenvolvimento foi exponencial, sendo aplicado em diversas áreas da Engenharia, Medicina, Odontologia e áreas afins.

Em linhas gerais, pode-se definir o MEF como um método matemático, no qual um meio contínuo é discretizado (subdividido) em elementos que mantém as propriedades de quem os originou. Esses elementos são descritos por equações diferenciais e resolvidos por modelos matemáticos para que sejam obtidos os resultados desejados. O MEF é utilizado há algum tempo em experimentos relacionados à Odontologia, em diversas especialidades, sendo a sua aplicação na Ortodontia de grande utilidade.

O estudo do efeito das cargas (forças) aplicadas aos dentes apresenta grande interesse científico e pode ser encontrado em diversos trabalhos, envolvendo metodologias variadas. Dentre as principais metodologias utilizadas, pode-se destacar: métodos convencionais para a análise de tensões na estrutura dentária, como modelos fotoelásticos e estudos com laser holográficos; modelos matemáticos analíticos; análises experimentais em humanos e/ou animais e análises matemáticas como o MEF.

Os métodos convencionais podem ser questionados principalmente devido à incapacidade de criar modelos semelhantes à estrutura dentária, devido à diversidade de substâncias que compõem os dentes e à irregularidade de seu contorno. Esses estudos necessitam de laboratórios bem equipados e instrumentos específicos, dificultando a realização do experimento e aumentando seu custo. Modelos fotoelásticos seriam ainda limitados pela simplificação das suposições, uma vez que, consideram muitas vezes apenas um plano bidimensional, representam formas geométricas ideais e não reais, e não consideram a mudança de direção da força durante o deslocamento do dente. Além disso, Rubin et al. relataram também que métodos fotoelásticos são complexos e resultados numéricos poderiam ser mais facilmente obtidos por outros meios, como o MEF. Os métodos envolvendo laser holográfico consideram as propriedades não lineares do ligamento periodontal, entretanto, estas serão diferentes do tecido in vivo, devido à forma como a estrutura é simulada nesta técnica, não sendo possível criar materiais exatamente com as mesmas respostas desta estrutura. Além disso, nesta técnica, não é possível variar as formas geométricas utilizadas.

Devido ao contínuo uso desse método em pesquisas e às vantagens em relação a outros disponíveis, torna-se de suma importância o conhecimento da técnica, para que sua utilização possa proporcionar benefícios às pesquisas científicas em Ortodontia. Além disso, torna-se primordial que os ortodontistas clínicos conheçam os conceitos básicos do MEF para que os resultados das crescentes pesquisas possam ser mais bem entendidos, interpretados e empregados no diagnóstico, planejamento e tratamento das más oclusões.

Entretanto, apesar de todas as vantagens deste método, deve-se ter em mente que a precisão de
seus resultados também possui limites de tolerância, que devem ser levados em consideração, como em todo modelo matemático. Oliveira comenta que os fatores que podem conduzir a imprecisões dos resultados são:

1) a variabilidade inerente aos processos biomecânicos, como por exemplo variações de tamanho ou forma do objeto de pesquisa ou de características mecânicas dos materiais;

2) simplificações para a adoção de um determinado modelo matemático;

3) a divisão de estruturas complexas em várias formas geométricas, levando à perda de alguns detalhes.

Cook, Malkus e Plesha, ainda ressaltam que outras situações também poderiam levar a erros durante a execução do programa, como:

1) omissão ou má interpretação de aspectos importantes do comportamento físico do material;

2) erros do programa de computador não checados devidamente;

3) utilização de programas inapropriados e/ou de informações incorretas;

4) obtenção de uma malha muito simplificada;

5) uso de um elemento inadequado.

Por meio do MEF, inúmeros trabalhos com diferentes aplicações e objetivos podem ser conduzidos, sendo o mesmo plenamente aplicável para a realização de pesquisas científicas em Ortodontia. Este método, quando bem gerenciado, pode proporcionar diversas vantagens em relação a outros estudos, pela facilidade de obtenção e interpretação dos resultados. Entretanto, para a correta execução desta metodologia, é necessária a interação entre profissionais da Engenharia e da Odontologia para que se possa por em prática as idéias e obter resultados corretos e válidos.

Link do Artigo na Integra via Scielo:

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ESTERILIZADOR ULTRA-RÁPIDO ACROUS











A Acrous Equipamentos Odontológicos em Ribeirão Preto - São Paulo, desenolveu uma esterelizador Ultra-rápido, segundo eles em apenas 01 minuto. O equipamento de acordo com a industria é reconhecido e aprovada pela ANVISA.

O que o Fabricante fala do produto:

Esterilize qualquer instrumental metálico em apenas “01 minuto”

A metodologia foi aprovada pela ANVISA e reconhecida pelas mais importantes Universidades do País. Segundo EnsaiosMicrobiológicos realizados pelo Departamento de Análises Clínicas, Bacteriologia & Microbiologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas /Odontologia USP, Ribeirão Preto, SP, a metodologia é segura, absolutamente comprovada, possibilitando uma excepcional dinâmica no processo de Esterilização.
Cabe lembrar que “Esterilização” é um Termo Absoluto, que implica na eliminação de todas as formas de vida em um dado material. A empresa Acrous Equipamentos Odontológicos Ltda. desenvolveu o “Esterilizador Ultra-Rápido UR-3” , objetivando atender em um primeiro momento, aos profissionais da área de Ortodontia, onde a rotatividade de pacientes é consideravelmente grande, e a necessidade de ter a disposição um grande número de Instrumental devidamente esterilizado é imediata.

Partindo do princípio que um ciclo de Esterilização completo na Autoclave pode variar de 40 a 50 minutos, pressupõe-se uma enorme organização, rotatividade e funcionalidade nas salas de esterilização.A Esterilização pelo “calor seco” com alta temperatura através do contato direto com “Esferas de Vidro” (350oC) apresenta a vantagem de ser mais rápida e eficiente, onde o tempo de exposição do instrumental através desse sistema são muito rápidos, possibilitando fácil penetração do calor através do contato direto com as micro-esferas de vidro super aquecidas, mantendo uma transferência de calor imediata e distribuindo-se rapidamente de modo uniforme sobre o instrumental. Sua ação esterilizante resulta em destruição bacteriana que se dá pela oxidação celular.
A eficiência do equipamento dependerá dos cuidados especiais empregados na pré-lavagem, higienização e desencrustação do instrumental, procedimentos estes contidos no Manual Técnico de Biosegurança e Controle das Infecções Cruzadas da Secretaria doEstado da Saúde e regulamentado pela ANVISA.

PRINCIPAIS VANTAGENS:
. Indispensável nos atendimentos de alta rotatividade (Ortodontia)
. Destruição bacteriana total por oxidação celular
. Esterilização rápida, mínima exposição do instrumental, apenas 01 minuto
. O Instrumental não perde o “corte”
. Minimiza a utilização da Autoclave
. Não há necessidade de aguardar o ciclo de esterilização
. Atinge a temperatura de 350º em 15 minutos
. Proteção de Acrílico Transparente evitando risco de queimaduras
. Timer com Alarme Sonoro, segurança na determinação do tempo de exposição


Link do Fabricante:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Estudo laboratorial tempo de fechamento das alças e grau de inclinação canina, durante procedimento de retração, empregando mecânica arco segmentado








Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal of Orthodontics, pelos autores Gilberto Kauling Bisol, Roberto Rocha; Do departamento de Ortodontia e Ortopedia Facial da faculdade de Odontologia da UFSC; Avalia o tempo de retração e o grau da inclinação sofrida pelo canino empregando três tipos de molas ortodônticas para retração – a alça em “T”, a alça em “L” e a alça em forma de gota.

Durante o tratamento ortodôntico, se espera que uma força ótima, empregada para promover movimentação dentária, proporcione um resultado satisfatório num período de tempo razoável, com dano mínimo às estruturas adjacentes e com mínimo de incômodo para o paciente. Parece haver uma amplitude ótima de variação nos valores de força, que produz uma quantidade máxima de movimentação do elemento dentário, sem que haja movimentação indesejável da unidade de ancoragem.

Alguns conceitos físicos precisam ser revisados para que se possa entender a relação entre as forças e a movimentação dentária. Cada objeto ou corpo tem um ponto sobre o qual ele pode ser perfeitamente equilibrado, o qual é conhecido como centro de gravidade do objeto. Contudo, os dentes têm uma complicação adicional: estão restritos por estruturas periodontais que envolvem a raiz, mas não a coroa. Usa-se, então, outro ponto: o centro de resistência. É importante salientar que a posição do centro de resistência varia com o comprimento radicular e também com a alturado osso alveolar. Geralmente, o dente pode se mover de três maneiras: translação, ou movimento de corpo; rotação pura, onde o dente vai girar em torno do seu centro de resistência; e translação e rotação combinados.

Vários autores discutiram as propriedades desejáveis nos dispositivos empregados na movimentação dentária. Dentre os relacionados, estão:

1. Deve gerar níveis de força apropriados, uma relação carga/deflexão baixa e uma relação M/F alta, para alcançar a movimentação dentária desejada. Para que se consiga aumento do nível de momento produzido, dobras do tipo Gable, ou dobras anti-inclinação, podem ser incorporadas aos dispositivos. Isso reflete num aumento da relação M/F; momentos diferenciais podem ainda ser gerados, alterando-se o posicionamento dos dispositivos.

2. Deve ser capaz de se submeter a uma razoável amplitude de ativação/desativação liberando forças e momentos relativamente constantes.

3. Deve ser pequeno o suficiente para se adaptar confortavelmente no espaço intrabucal disponível.

Com a intenção de atingir esses objetivos, vários dispositivos têm sido apresentados na literatura, com diferentes, capazes de obter diferentes resultados, que podem estar ligados a fatores relevantes do tratamento ortodôntico, como por exemplo o tempo necessário para a realização da movimentação dentária, bem como o efeito de inclinação sobre o elemento dentário. Outro fator a ser levado em consideração é o tipo de fio empregado, com o qual será construído o dispositivo ortodôntico. Há vários tipos de fios disponíveis no mercado, que, por sua vez, possuem diferentes características e propriedades mecânicas.


CONCLUSÃO

Conforme os resultados obtidos nesse trabalho, pôde-se concluir que:

1. Tempo de fechamento das alças: Não houve interação entre o tipo do fio e o tipo da alça para essa variante. Porém, independentemente, as diferenças foram significativas:

1.1. Tipo de alça: as alças em forma de “T” demoraram mais para desativar do que as demais.

1.2. Tipo de fio: as alças construídas com liga de beta-titânio demoraram mais para desativar do que as demais.

2. Grau de inclinação do canino: Neste caso, observou-se interação entre o tipo da alça e o tipo do fio. Procedeu-se, então, ao desdobramento da análise:

2.1. Tipo de alça: as alças em forma de gota promoveram uma inclinação dentária maior do que as demais avaliadas. As alças em forma de “T”, por outro lado, mantiveram-se relacionadas estatisticamente aos menores valores de inclinação. Porém, quando se empregou o fio de aço inoxidável da marca comercial 3M Unitek para confecção das alças, os três tipos não apresentaram diferença estatística para essa variante.

2.2. Tipo de fio: as alças constituídas de liga de beta-titânio mantiveram-se, independentemente
do desenho de alça empregado, relacionadas estatisticamente aos menores valores de inclinação observados para o elemento dentário movimentado.

Portanto, a combinação de um material com menor módulo de elasticidade e rigidez (beta-titânio) associado a um desenho de alça que utilize maior quantidade de fio para sua confecção (em forma de “T”) é capaz de formar um dispositivo que gere uma relação carga/deflexão relativamente mais baixa, proporcionando, consequentemente, magnitudes de força mais leves e constantes durante sua desativação, aumentando, dessa forma, a relação momento/força e proporcionando maior movimentação radicular.


Link do artigo na Integra via Scielo: