ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: dezembro 2019

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Avaliação em longo prazo da expansão rápida da maxila e terapia com Bite-Block em indivíduos na fase de crescimento portadores de mordida aberta: Um estudo clínico controlado




Neste artigo de 2018, publicado na Angle Orthodontist, pelos Autores Manuela Mucedero; Dimitri Fusaroli; Lorenzo Franchi; Chiara Pavoni; Paola Cozza; Roberta Lione. Dos Departamento de ciencias clinicas, Cirurgia e de Medicina Translational, Universidade de Roma ‘‘Tor Vergata,’’ Roma, Italia e do Departamento de Odontologia da Universidade Nostra Signora del Buon Consiglio, Tirana, Albania.

O artigo descreve um estudo que avaliou os efeitos a longo prazo da expansão rápida da maxila (ERM) e o uso de Bite-Block posterior (BB) em pacientes pré-púberes com mordida aberta dento-esquelética.

O grupo de tratamento (GT) era composto por 16 indivíduos (14 meninas, 2 meninos) com mordida aberta dento-esquelética, com média de idade de 8,1 +- 1,1 anos. Tratados com ERM e BB. Três cefalogramas laterais consecutivos foram disponíbilizados antes do tratamento (T1), no final do tratamento ativo com a ERM e BB (T2), e em uma observação de acompanhamento pelo menos com 4 anos após a conclusão do tratamento (T3). O GT foi comparado com um grupo controle (GC) de 16 pacientes (14 meninas, 2 meninos) pareados por sexo, idade e padrão esquelético vertical. Um teste t para amostras independentes foi utilizado para comparar as alterações cefalométricas entre T1 e T3, T1 e T2 e T2 e T3 entre o GT e o GC.

Em longo prazo, o GT apresentou aumento significativamente maior no overbite (+1,8 mm), redução da extrusão dos molares superiores e inferiores (􏰀-3,3 mm) e, consequentemente, diminuição significativa da divergência facial (􏰀-2,88º) quando comparada com assuntos não tratados.

Os autores concluir que o protocolo da ERM e com BB levou a uma recuperação bem sucedida e estável do overbite positivo em 100% dos pacientes estudados. A correção da mordida aberta associou-se à redução da extrusão dos molares superiores e inferiores, com melhora significativa das relações esqueléticas verticais, quando comparada com o GC.

Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:


segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Estudo retrospectivo do tratamento da Classe II na de dentadura mista






Este artigo de 2016, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Heesoo Oh; Sheldon Baumrind; Edward L. Korn; Steven Dugoni; Roger Boero; Maryse Aubert; Robert Boyd. Do Department of Orthodontics, University of the Pacific, Arthur A. Dugoni School of Dentistry, San Francisco, California. Apresenta um estudo com o objetivo de avaliar a efetividade do tratamento precoce das maloclusões de Classe II moderadas e graves na dentição mista.

Foram avaliados três grupos de indivíduos com maloclusão de Classe II neste estudo retrospectivo: um grupo de tratamento precoce (EarlyTx) com idade entre 7 e 9,5 anos (n = 54), um grupo de tratamento tardio (LateTx), cuja primeira visita ortodôntica ocorreu entre 12 e 15 anos (n = 58), e um grupo de Classe II (UnTx) não tratado para avaliar a comparabilidade do pré-tratamento dos dois grupos tratados (n = 51). Treze análises cefalométricas convencionais foram avaliadas para cada grupo, e a gravidade da Classe II de molar foi medida nos modelos de estudo dos grupos EarlyTx e LateTx. Foi utilizado para o tratamento da Classe II na dentição mista na fase inicial (fase 1), um aparelho superior 4x2 e um arco lingual inferior. 

O objetivo da fase 1 foi a correção completa da má oclusão, que seria a obtenção de uma relação molar Classe I, redução da discrepância do maxilar esquelética, sobressaliência e sobremordida ideal, alinhamento correto dos incisivos e comprimento e largura adequada do arco. Após o tratamento da fase 1, as contenções foram entregues e os pacientes foram avaliados regularmente a cada 2 a 4 meses, para monitorar o crescimento e desenvolvimento oclusal dos pacientes e para preservar os ganhos obtidos no tratamento da fase 1. Após a erupção dos segundos molares permanentes, os pacientes que se submeteram ao tratamento da fase 1 foram reavaliados para decidir o tratamento posterior. O tratamento da fase 2 variou de aparelhos fixos parciais, em um único arco a aparelhos fixos completos em ambos os arcos, com ou sem exodontias.

Foi observado a correção da classe II bem sucedida em aproximadamente três quartos dos dois grupos. Os pacientes do grupo EarlyTx tiveram menos exodontias do que os pacientes LateTx (5,6% vs 37,9%, P< 0,001) e passaram menos tempo em tratamento na dentição permanente que os pacientes pertencentes ao LateTx (1,7 ± 0,8 vs 2,6 ± 0,7 anos, P < 0,001). Com o tempo de supervisão incluído, o grupo EarlyTx teve tempo de tratamento e média de visitas maior que o grupo LateTx (53.1 ± 18. 8 vs 33.7 6±8.3, P < .0001). Observou-se também que 55% dos casos com exodontias do grupo LateTx envolveram a remoção dos primeiros pré-molares e terminaram em relação molar Classe II.

Os autores concluíram que o tratamento precoce na dentição mista foi eficaz para correção das más oclusões de Classe II. (Angle Orthod., 2017; 87: 56-67)

PALAVRAS-CHAVE: Má oclusão Classe II; Dentição mista; Tratamento precoce; Estudo retrospectivo

Créditos da Tradução para Dra Nathalia Torres

Link do Artigo na Integra Via Angle Orthodontist:

http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/012616-72.1