ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: abril 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mensuração do momento de força multi-dimensional no Smart-Braquete




Neste artigo de 2007, publicado pelo Journal of Dental Research; pelos autores B.G. Lapatki, J. Bartholomeyczik, P. Ruther, I.E. Jonas and O. Paul; do Department of Orthodontics, School of Dental Medicine,University of Freiburg, Germany; and Department of Microsystems Engineering (IMTEK), University of Freiburg, Germany; Mostra um estudo baseado no metodo de elementos finitos de mensuração do momento de força aplicado em Smart-Braquetes.

Os resultados das aplicações de forças em três dimensões (3D) em dentes individuais com aparelhos ortodonticos multibraquetes e complexo e estaticamente indeterminado (Proffit, 2000a; Burstone, 2005). O movimento dentário inesperado e indesejado pode facilmente resultar em um importante componente do sistema de momento de força aplicada e é negligenciado (Proffit, 2000a). Trauma dos tecidos dentários e periodontais (Proffit, 2000; Brezniak e Wasserstein, 2002) e, possivelmente, a dor durante o tratamento ortodôntico (. Bergius et al, 2000), estão correlacionadas com a magnitude da carga terapêutica exercida sobre os dentes. Vários estudos experimentais recentes em humanos mostraram que, além da predisposição individual como determinante provável principal, a aplicação de forças pesadas e momentos devem ser considerados como um fator causal importante para a reabsorção radicular e perda irreversível do tecido duro dental e anexo (Casa et al ., 2001; Chan e Darendeliler, 2005).

Este estudo objetivou estabelecer as inter-relações entre a força aplicada externamente ou momentos componentes e ao estresse mecânico e distribuição dentro da base de braquete, teoricamente, os autores projetaram um modelo de elementos finitos de um braquete Ortodontico com um fio inserido (reto) e uma coroa dentária subjacente (cúbicos), utilizando a ferramenta de simulação finite element Multiphysics ANSYS (ANSYS, Inc., Canonsburg, PA, EUA). Forças e momentos em todas as três dimensões foram aplicadas a este modelo no centro do cubo, enquanto foram mantidos fixos. Os componentes de tensão, ou seja, a tensão de cisalhamento e da diferença de tensões normais, foram computados para o plano de uma superfície virtual através de um sensor chip (plano xy) orientado paralelamente à interface de cada cubo suporte.

Foi explorada a possibilidade de determinar quantitativamente os seis componentes do momento de força exercida através de um braquete ortodôntico em um dente individual por meio de um sistema de sensor de estresse encapsulado na base do braquete. Como foi demonstrado pelas avaliações teóricas deste princípio de medição por meio de simulações de elementos finitos, o esforço seletivo de 6 componentes de momento de força em um único braquete em duas dimensões "impressões digitais stress" em um plano pré-definido dentro da base do braquete. Este achado sugere que aplicada externamente combinações 3D de momento de força pode ser identificada e reconstruída por uma superposição linear de um conjunto adequado de sinais do sensor de medição de estresse. As impressões digitais de stress obtidos pelas simulações dos elementos finitos também indicam os locais ideais para a colocação do chip microsensor na superfície dentaria.

Em conclusão, foi demonstrado, que a caracterização quantitativa dos sistemas de momento de forças de dimensões dentro de braquetes ortodônticos é possível com base em medições de tensões no plano dentro da base do braquete. De uma perspectiva de curto prazo, verdadeira escala braquete com dados inteligentes com fio mediada e transmissão de energia já parecem possíveis com as tecnologias disponíveis. Investigações Biomecânicas e com educação dos ortodontistas poderiam beneficiar significativamente com versões de braquetes inteligentes.
Os autores acreditam que o tratamento clínico com sistemas de braquetes inteligentes tem perspectivas futuras uma vez que os desafios técnicos referentes à comunicação de telemetria e transmissão de energia foram superados. Contribuições significativas podem ser esperadas em que o respeito da investigação paralela nas áreas de redes de sensores sem fio e de sistemas de telemetria-powered microeletromecânicos. A futura aplicação clínica dos smart-braquetes inteligentes, por exemplo, em dentes ou segmentos que exigem movimentos de dentarios com uma predisposição elevada para reabsorção radicular, ou que exijam sistemas de forças complicados, podem contribuir para reduzir os efeitos secundários negativos da terapia com aparelhos ortodonticoms e aumentar a eficácia terapêutica.


Link do artigo na integra via JDR:

domingo, 24 de abril de 2011

Pensamento da semana


Li este cartão e achei muito bonita a mensagem. E gostaria de compartilhar com vocês, leitores do BLOG !!!

Feliz Páscoa !!!


Link do cartão:

http://www.escolagirassol.com.br/pais_detalhe.cfm?noticia=52

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mini-implantes: pontos consensuais e questionamentos sobre o seu uso clínico








Neste artigo de 2008, publicado na revista Dental Press, pelos Autores Alberto Consolaro, Eduardo Sant’ana, Carlos Eduardo Francischone Jr, Maria Fernanda M-O Consolaro, Bruno Aiello Barbosa, de Bauru - São Paulo. No qual fazem considerações importantes sobre grandes paradigmas que envolvem os Mini Implantes Ortodonticos.

Sobre o uso de mini-implantes na prática ortodôntica como ancoragem esquelética alguns pontos parecem ser consensuais, tais como:

1. Representam uma das principais inovações na prática clínica ortodôntica dos últimos 10 anos, senão a mais relevante da Ortodontia contemporânea.

2. A ancoragem oferecida pode ser utilizada logo após a sua implantação ou até 15 dias depois. A quantidade de força inicial deve ser entre 150 e 200g, preferencialmente mensurada com o dinâmometro, para se evitar sobrecarga. Gradualmente, poderá ser aumentada até 350g, relevando-se sempre a qualidade do osso, como a espessura da cortical e a densidade óssea.

3. O seu mecanismo de ação baseia-se no imbricamento mecânico de sua estrutura metálica nas corticais e osso denso e não necessariamente no conceito da osseointegração. A forma e o comprimento das espiras são fundamentais para sua fixação. A resistência a forças de fratura pode ser aumentada com o design cônico e com espiras apropriadas para a autoperfuração. Estas características auxiliam na dissipação das forças de compressão das estruturas ósseas adjacentes ao miniimplante no ato da instalação.

4. A osseointegração, quando ocorre, dificulta a sua remoção, aumentando o risco de fratura do mesmo Por esta razão, a liga metálica de titânio que os compõe tem grau de pureza V. Em áreas de osso pouco denso e corticais mais finas, a osseointegração pode ser necessária e, para estes casos, a liga de titânio utilizada tem grau de pureza IV e a superfície sofre ataque ácido duplo, para aumentar a superfície de contato. Em 2007, Vannet et al. posicionaram mini-implantes em cães e, exemplarmente, determinaram histomorfometricamente que a osseointegração parcial ocorria em todos os espécimes após 6 meses de ancoragem esquelética.

5. A sua implantação pode ser simples em mãos habilitadas e mentes preparadas, mas pode oferecer riscos, especialmente quando mal planejada e executada. As complicações são o contato com as raízes dentárias vizinhas, sem ou com perfuração; mucosite; contaminação e fraturas. A higienização é fundamental para sua manutenção dentro de padrões de normalidade.

6. Podem ser classificados, quanto à sua forma de aplicação, em: a) autoperfurantes, que oferecem menores riscos de perfuração de raízes, e b) auto-rosqueantes, que requerem uma brocagem óssea prévia, por não possuírem pontas ativas.

7. Sua estrutura pode ser dividida em três partes: corpo, perfil transmucoso e cabeça. O perfil transmucoso representa a parte intermediária em contato com a mucosa. As suas partes podem variar quanto a formas e medidas, especialmente quanto à espessura e ao comprimento.

8. Os principais condicionantes de sucesso são: anatomia da gengiva, qualidade e/ou densidade do osso, distância ou proximidade das raízes e espessura da cortical óssea. Para Kyung et al., o sucesso no uso de mini-implantes depende dos seguintes fatores: habilidade do cirurgião, condição do paciente, seleção do local adequado, estabilidade inicial e higiene bucal.

9. Os mini-implantes são também denominados microimplantes, microparafusos e pinos de ancoragem, e fazem parte dos Dispositivos de Ancoragem Temporária.


E se, durante sua colocação, o mini-implante tocar ou resvalar na raiz vizinha?

Os dentes têm suas raízes recobertas por cementoblastos permeados pelas fibras de Sharpey, que correspondem às fibras periodontais que se inserem no cemento. Os cementoblastos protegem as raízes das reabsorções, que no osso são constantes. Esta proteção decorre da ausência de receptores na membrana dos cementoblastos para os mediadores que comandam a incessante remodelação óssea. Desta forma, as alterações hormonais, inflamações e estresses peri-radiculares não promovem reabsorções dentárias. Para as reabsorções dentárias iniciarem-se, algo deve remover os cementoblastos da superfície radicular, como, por exemplo, na movimentação ortodôntica por anoxia, nos traumatismos por ação mecânica direta e nas lesões periapicais crônicas por produtos bacterianos.


O que fazer quando ocorre a perfuração de raiz?

Os mini-implantes autoperfurantes possuem um terço médio inferior bastante afinalado e a ponta pró-ativa. São mais simples quanto ao protocolo cirúrgico, reduzem a possibilidade de lesão de raízes e proporcionam melhor estabilidade primária, em relação ao auto-rosqueantes. Se
tocarem nas raízes, as chances de desviarem ou resvalarem são muito grandes, pois não precisam de brocagem prévia. No caso dos mini-implantes auto-rosqueantes, a brocagem prévia pode perfurar a raiz. O importante, nos casos de perfuração acidental de raiz dentária durante a colocação de miniimplantes, é a ausência de contaminação. Nesta situação, a pergunta a se fazer será: a perfuração chegou ou não até a polpa e canal radicular?

Se perfurou o cemento e a dentina, sem afetar a polpa, a conduta deve ser a mesma de quando ocorre toque ou resvalamento do mini-implante. Deve-se removê-lo e redirecioná-lo ou, então, replanejar sua colocação. Quanto ao dente perfurado sem comprometimento da polpa, ocorrerá reabsorção radicular por algumas semanas, a inflamação de origem traumática e cirúrgica irá, gradativamente, desaparecendo, com seus mediadores mantenedores do processo reabsortivo, visto que não houve contaminação bacteriana. Entre 3 e 6 meses, a tendência será dos tecidos periodontais voltarem à normalidade, com recobrimento da área por novo cemento e reinserção das fibras periodontais. As radiografias periapicais devem ser mensais até a volta completa do espaço periodontal à regularidade normal.


Por que ocorrem mucosites e hiperplasias teciduais perimini-implantares?

O ponto mais frágil de um mini-implante sem mobilidade e utilizado como ancoragem temporária, do ponto de vista biológico, corresponde à interação com os tecidos epiteliais da mucosa. O epitélio une-se ao perfil transmucoso do miniimplante por meio de hemidesmossomos e outras formas de união, incluindo-se substâncias cementantes secretadas na interface de ambas as estruturas. O epitélio nesta interface, provavelmente, prolifera para procurar imitar um epitélio juncional, tal como ocorre com os implantes dentários convencionais.

Os biofilmes microbianos formam-se nas superfícies bucais, naturais ou não, quando houver deficiente higienização. Os biofilmes como películas representam verdadeiros condomínios microbianos, que aumentam gradativamente e interpõem-se na interface epitélio/mini-implante, induzindo um processo inflamatório semelhante à gengivite, podendo seguir-se da periodontite, se houver comprometimento dos tecidos ósseos subjacentes. No caso dos mini-implantes, teremos a mucosite e, se o processo seguir adiante, a perimini-implantite, com comprometimento de sua fixação e decorrente perda do dispositivo.

E as hiperplasias teciduais perimini-implantares?

O reparo da pele e mucosas se faz com a formação de tecido de granulação que preenche os espaços perdidos e dá origem a um novo tecido conjuntivo, reconstituindo a região afetada por uma lesão qualquer.

O tecido epitelial de revestimento tem como função principal isolar o meio interno do meio externo. Quando ocorrem pequenos rompimentos epiteliais, tal como nas rachaduras labiais por ressecamento, pequenas lesões peri-ungueais, rebarbas em coroas provisórias e bandas ortodônticas, geralmente estão associados à presença de uma microbiota de baixa virulência. Nesta situação, o tecido conjuntivo, para se defender e prontamente restabelecer a normalidade, promove a formação do tecido de granulação na região, juntamente com a proliferação do revestimento epitelial.

O tratamento das mucosites e hiperplasias perimini-implantares deve ser iniciado com a remoção da causa principal, os biofilmes microbianos, e detecção de prováveis rebarbas metálicas, restos alimentares interpostos e outros irritantes locais de baixa intensidade e longa duração. A regressão acontece em 24 a 48h. Em casos de persistência, deve-se procurar novamente as causas locais. Quando o crescimento tecidual for muito grande, sem possibilidade de regressão espontânea pode-se promover a remoção cirúrgica dos tecidos aumentados.


Mini-implantes podem dar início a osteomielites?

As osteomielites são lesões inflamatórias caracterizadas por extensas áreas de comprometimento
ósseo com reabsorção desordenada, exsudato purulento e até múltiplas fístulas. Alguns sinais e sintomas podem ser sistêmicos, como febre, prostração e astenia. Inflamações ósseas limitadas a uma determinada área e com predomínio de neoformação óssea, esclerose e sem repercussões sistêmicas são identificadas como osteítes.

Nos casos de mini-implantes, por extrapolação, a possibilidade de indução de osteomielites é extremamente pequena, pois, precedendo a sua instalação, deve-se sempre realizar uma minuciosa anamnese, exame clínico e avaliação do quadro sistêmico e ósseo local. Em casos de pacientes com doenças sistêmicas debilitantes, uma vez compensadas ou corrigidas pelo tratamento médico, o paciente retorna à condição de normalidade.

Em suma, a instalação de mini-implantes representa um procedimento clínico-cirúrgico simples, mas que expõe e comunica o meio interno com o meio externo, em um ambiente altamente contaminado como o meio bucal. A avaliação da condição sistêmica e óssea do paciente é importante, tanto quanto a sua conscientização sobre a boa higienização, fundamental para o sucesso do procedimento. Por muitos dias, o meio interno estará separado do meio externo contaminado por uma tênue barreira epitelial, muito embora eficiente, representada pela interface mini-implante/mucosa.

Considerações finais

O uso dos mini-implantes alargou os horizontes da Ortodontia e ampliou a interface da Implantologia. Muitos aspectos dos mini-implantes ainda precisam ser esclarecidos, mas a declaração do Dr. Fabio Bezerra em um simpósio sobre ancoragem ortodôntica, após descrever um minucioso levantamento de literatura sobre o tema, chamou a atenção dos autores sobre: “O fato das evidências científicas não estarem acessíveis não inviabiliza o recurso. Se funciona bem e tem área de aplicação clínica é muito importante que professores, entidades de ensino, universidades e outros centros de pesquisa trabalhem com mais vigor, para encontrarmos as respostas.”

Singelamente, os autores apresentaram algumas sugestões para futuros trabalhos sobre o uso de
mini-implantes na prática ortodôntica:


1. Reações pulpares e periodontais após o toque e/ou resvalamento de mini-implantes, para fundamentar a prevenção, conduta e o tratamento.

2. Reações pulpares e periodontais após a perfuração radicular por mini-implantes.

3. Grau de influência do design de mini-implantes na formação e distribuição de biofilmes microbianos, quando expostos no meio bucal.

4. Morfologia dos tecidos da mucosa bucal na interface com mini-implantes, especialmente do epitélio, e mecanismos de interação nas diversas áreas da mucosa bucal.

5. Estudo comparativo das características microscópicas de mucosites e perimini-implantites com a gengivite e periodontite.

6. Estudo comparativo das características clínicas e microscópicas das hiperplasias periminiimplantares com o granuloma piogênico e hiperplasias fibrosas inflamatórias na mucosa bucal.

7. Relatos de casuísticas de acidentes e lesões associadas ao uso dos mini-implantes como contribuição para a sua prevenção e tratamento.

Link do Artigo na Integra via Scielo:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Alteração na quantidade e direção de crescimento da ATM em pacientes tratados com Herbst: Pesquisa cefalométrica de longo tempo





Neste artigo de 2006, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Hans Pancherz; Svenja Fischer; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of Giessen, Alemanha; Mostra efeitos a longo prazo do Herbst na ATM.

Este estudo teve o objetivo de analisar a quantidade e a direção do crescimento condilar, deslocamento da fossa glenóide, e mudanças na eficiencia da articulação temporomandibular (ATM) (um somatório de crescimento condilar, fossa glenóide deslocamento, posição condilar e mudanças na fossa) foram analisados em 35 pacientes com má oclusões Classe II, Divisão 1 (23 meninos e 12 meninas) tratados com o aparelho Herbst.

Radiografias laterais da cabeça de pacientes em oclusão habitual e com a boca bem aberta de antes (T1) e após 7,5 meses de tratamento com Herbst (T2), bem como 7,5 meses (T3) e três anos (T4) foram avaliados após o tratamento. Como grupo controle, uma amostra de 12 pacientes sem tratamento do sexo masculino com má oclusão Classe II, Divisão 1 foi utilizado durante um período de tempo 7,5 meses correspondente ao período do tratamento (T2-T1), dos casos tratados com Herbst.

Os resultados revelaram que, durante o período de tratamento (T2 - T1) crescimento condilar foi dirigida em direção posterior em dobro em relação ao grupo controle, e a fossa foi deslocada em uma direção ântero inferior. As alterações se mostraram eficazes para ATM e um padrão condilar de crescimento, foram mais pronunciados. Durante o primeiro período pós (T2-T3), todos as mudanças na ATM foram revertida. A fossa glenóide foi deslocada para trás, a quantidade de crescimento condilar e da ATM foi reduzido, e as mudanças foram mais superiormente dirigida. Durante o segundo pós período (T4-T3), foram considerados todos as mudanças da ATM fisiológicas.

Durante o tratamento com Herbst , a quantidade e direcção das mudanças na ATM (crescimento condilar, deslocamento da fossa glenóide, mudanças na ATM) foram apenas temporariamente afetados favoravelmente pelo tratamento com Herbst.


Link do artigo na integra via Angle Orthdontist:

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Efeito do ácido zoledrônico na consolidação óssea após a inserção de mini-implante


Neste artigo de 2011, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Sarandeep S. Huja; Burc ̧ak Kaya; X. Mo; Andrew M. D’Atri; Soledad A. Fernandez; Division of Orthodontics, College of Dentistry, The Ohio State University, Columbus, Ohio; Department of Orthodontics, Faculty of Dentistry, Bas ̧kent University, Ankara, Turkey; Mostra uma pesquisa realizada em cães que receberam aplicação de bifosfonatos associados a inserção de mini implantes ortodonticos.

Este estudo foi realizado como o intuito de examinar a remodelação no osso de suporte de mini-implantes, comparando um grupo que recebeu uma “não” droga (ND) com um grupo que recebeu um bisfosfonato potente intravenoso em um cão modelo.


Doze cães machos esqueleticamente maduros (2 - 3 anos de idade), foram divididos em dois grupos. Em sete cães foram administrados 0,1 mg / kg / mês de ácido zoledrônico (ZA) por 16 semanas, enquanto em cinco cães não foi administrado nenhuma droga. Dois mini-implantes (Tomas, Dentaurum, Newton, Pa) foram colocados unilateralmente na maxila e na mandíbula (4 mini-implantes por animal 3 12 5 48). Um serial de detiquetas fluorescentes óssea foram administrados in vivo. Post-mortem, os blocos ósseos contendo os mini-implantes foram removidos e utilizados para análise histomorfométrica em duas regiões de interesse (adjacentes: dentro de 1 mm de interface; distante: 1- 4 mm da interface) de apoio ao mini-implante. Os dados foram analisados através de modelos mistos.


Em geral, o grupo ZA teve uma taxa de formação óssea significativamente menor do que o grupo ND (P, 0,05) para todas as garras / regiões, exceto nas região adjacentes a maxila, P 5 0,12. Apesar da redução, a média de remodelação intracortical no grupo ZA variou de 35% - 42% ao ano do implante ao osso adjacente. Essa taxa é substancialmente mais elevada do que o relatado para os sítios mandibulares não lesados.


A remodelação óssea é geralmente elevada no osso de suporte do implante. Após a administração do ZA, a resposta de cura representada pelo volume aumentado de turnover no osso de suporte do implante foi diminuída, mas não foi abolida.



Link do artigo na Integra via Angle Orthodontist:


http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/070710-384.1

terça-feira, 19 de abril de 2011

Avaliação pelo índice PAR dos resultados do tratamento ortodôntico da má oclusão de Classe I tratada com extrações


Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Karina Maria Salvatore de Freitas, Marcos Roberto de Freitas, Guilherme Janson, José Fernando Castanha Henriques, Arnaldo Pinzan; do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP - São Paulo; Avalia as alterações decorrentes dos tratamentos ortodônticos realizados com aparelho fixo, mecânica Edgewise e com extrações dos quatro pri- meiros pré-molares, bem como a qualidade de sua finalização e de seus resultados, por meio do índice de avaliação oclusal PAR.

A avaliação dos resultados dos tratamentos ortodônticos tem sido realizada, tradicionalmente, apenas baseada em opiniões subjetivas e em experiências clínicas dos ortodontistas. A avaliação dos tratamentos ortodônticos ajuda a estabelecer metas e padrões, e a alcançar métodos de mensuração da qualidade destas finalizações nos pacientes já tratados. Além disso, é útil a propósitos educativos em programas de pós-graduação em Ortodontia. Entretanto, a avaliação quantitativa das documentações dos pacientes é extremamente difícil, devido a vários fatores que afetam o alcance desses resultados, tais como fatores oclusais, esqueléticos, de tecido mole e problemas funcionais.


Na literatura, tem sido relatado o uso de diversos índices quantitativos para avaliação da necessidade ou dos resultados dos tratamentos ortodônticos. Otuyemi e Jones realizaram uma revisão sobre os diferentes métodos de se avaliar uma má oclusão e dividiram os índices em 5 grupos: diagnóstico, epidemiológico, necessidade de tratamento, sucesso de tratamento e complexidade do tratamento.


Um desses índices, o índice PAR (Peer Assessment Rating) tem sido amplamente utilizado para avaliação da severidade das más oclusões e dos efeitos dos tratamentos corretivos. O índice PAR foi desenvolvido por Richmond et al., em 1992, para medição dos resultados dos tratamentos, levando em consideração as altera- ções oclusais, e tem sido considerado um método seguro, confiável e válido. Há basicamente dois métodos de se avaliar a melhora oclusal por meio do índice PAR: 1- pela redução do escore do índice PAR e 2- pela porcentagem de redução do escore do índice PAR. O índice PAR não consegue mensurar efeitos iatrogênicos, tais como lesões de esmalte, perdas ósseas e reabsorções radiculares apicais, como discutido previamente.


O índice PAR é um índice reconhecido e aceito internacionalmente como forma de registro das características oclusais e foi elaborado especificamente para prover um meio de se acessar mais objetivamente o sucesso dos tratamentos ortodônticos. Neste estudo, a análise estatística descritiva da amostra total demonstrou um índice PAR inicial com valor médio de 29,46, com desvio-padrão de 8,79, que ao final foi reduzido para o valor médio de 6,32, com desvio-padrão de 3,48 .


Tem sido sugerido que um tratamento ortodôntico de bom padrão deveria resultar numa redução média do índice PAR de 70% ou mais. No presente estudo, a média de redução do índice PAR com o tratamento foi de 78,54%, caracterizando um bom padrão de finalização dos tratamentos ortodônticos. Isto certamente parece ser o que subjetivamente se chamaria de um ‘resultado clinicamente aceitável. Estes resultados são similares às porcentagens médias de redução com o tratamento do índice PAR, entre 75,4% e 78%, encontradas em grande parte dos artigos prévios na literatura.


Embora o índice PAR proporcione uma avaliação fidedigna da situação oclusal e dos resultados do tratamento ortodôntico, este índice não permite, com seu valor absoluto, a especificação de quais características oclusais mais contribuíram para as alterações observadas, já que o índice PAR é o resultado da soma de escores dados a diferentes características oclusais. Além disso, cada uma das características oclusais avaliadas é multiplicada por pesos diferentes, dificultando ainda mais a visualização da participação real de cada um dos componentes do índice em seu valor final. A análise de regressão múltipla permite a avaliação da influência de diversos fatores que possam estar, possivelmente, correlacionados a uma deter- minada variável. A análise de regressão múltipla foi utilizada, então, para verificação dos possíveis fatores correlacionados ao índice PAR nas fases inicial e final. Sendo assim, removeram-se os pesos de cada um dos componentes do índice PAR, e o mesmo foi desmembrado, permitindo a avaliação da influência de cada um dos componentes sobre o somatório dos escores.


Foi baseado nas informações de 120 modelos de oclusão normal, que Andrews relacionou as seis chaves da oclusão normal. Este legado passou a representar um dos mais valiosos parâmetros para a obtenção de uma oclusão estática ideal, contudo, o ideal nem sempre é alcançado ao final do tratamento ortodôntico. Sendo assim, a utilização de índices oclusais que mensuram o quanto as relações oclusais desviam da normalidade constitui um importante instrumento de pesquisa sobre a eficácia do tratamento ortodôntico.


Apesar do índice PAR ser provadamente objetivo, válido e reproduzível para aferição das alterações oclusais da boca toda, ele apresenta limitações para avaliação dos resultados do tratamento, mas mesmo assim ele tem sido bastante aceito pelos ortodontistas.


Atualmente, com a grande divulgação da necessidade de se buscar alta qualidade e cuidados profissionais na área de saúde, está crescendo a demanda de profissionais especialistas que ofereçam tratamentos ortodônticos baseados em evidências. Os ortodontistas sempre devem buscar a excelência na finalização dos tratamentos ortodônticos, ou seja, com um índice PAR igual ou o mais próximo possível de zero ao término do tratamento, buscando uma oclusão funcional ideal, que não se resume apenas numa oclusão em relação cêntrica ou com pequenos desvios aceitáveis em máxima intercuspidação habitual, ausente de toques prematuros e interferências oclusais.


CONCLUSÕES


De acordo com a amostra estudada e segundo a metodologia utilizada, pode-se concluir que:


- O índice PAR inicial médio de 29,46 foi reduzido para o valor de 6,32, caracterizando uma correção de 78,54% com o tratamento, concluindo-se que houve um bom padrão de finalização destes tratamentos ortodônticos.


- O fator mais responsável pela variação do índice PAR inicial foi o apinhamento, seguido pela oclusão posterior e pelo overbite. Para o índice PAR final, o fator mais responsável pela sua variação também foi o apinhamento, seguido da oclusão posterior, do overjet e do overbite.


- Houve correlação do índice PAR inicial com a correção deste índice durante o tratamento, ou seja, quanto maior a severidade da má oclusão, maior a correção com o tratamento.



Link do artigo na integra via Scielo:


http://www.scielo.br/pdf/dpress/v13n2/a11v13n2.pdf

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Palestra do Dr. Eduardo Macluf para o GEORTO






Neste sábado 16/04/2011, tivemos o prazer de receber o Professor Dr. Eduardo Macluf que ministrou uma bela aula sobre a filosofia de tratamento com braquetes autoligáveis. Todo o grupo gostou da forma que o professor abordou o assunto, com uma casuística clinica bem documentada e bem apresentada durante a aula. Associado a isto nos foi passado um bom conteúdo teórico pelo doutor, que teve o cuidado de passar todo conceito protocolar de fases de tratamento, opções de fios e principalmente os limites biológicos fundamentados em conceitos periodontais.


O professor Eduardo Macluf na oportunidade nos falou em primeira mão do lançamento da terceira edição do livro Protocolos em Ortodontia do qual é autor juntamente com o Doutor Claudio Azenha. Livro este que contará com novos capítulos e casuística clinica.

O nosso ciclo de palestras tinha como objetivo conhecer o que os sistemas dos principais fabricantes mundiais ofereciam, podemos ver resultados excelentes com o sistema T3 e o Empower da American Orthodontics, este ultimo já lançado nos Estados Unidos e que ainda irá entrar no mercado Brasileiro em meados de outubro deste ano. O mais interessante é que o Empower vem entrar no mercado como um sistema da braquetes autoligáveis híbridos, com tamanho de slots diferenciados, o que permite ao sistema ser ativo na porção anterior e passivo na porção posterior.

Eduardo Macluf, Marlos Loiola, Wendel Shibasaki e Tadashi Fuzi

Agradeço mais uma vez aos componentes do GEORTO que compareceram a mais este evento, ao Professor Eduardo Macluf pelo conhecimento compartilhado e ao Sr. Tadashi Fuzi, da HiPlus representante da American Orthodontics no Brasil pela oportunidade oferecida ao nosso grupo.


Link da Hiplus American Orthodontics: Hi Plus - Especialidades Odontológicas


Link do CEREO centro de estudos que o Dr. Eduardo Macluf ministra seus cursos:

sábado, 16 de abril de 2011

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA


Neste Trabalho de 2010, apresentado para posse como Titular na Academia Brasileira de Odontologia, dos autores Marília GERHARDT DE OLIVEIRA; Clóvis MARZOLA; Adriana ETGES; Vinicius Salim SILVEIRA e Cléber Bidegain PEREIRA; da discliplina de Cirurgia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Porto Alegre – RS; Realiza um estudo-piloto objetivando analisar microscopicamente a organização do osso mandibular de coelhos, neoformado por distração osteogênica em comparação com a do osso da mandíbula de coelhos não submetidos ao processo de distração.

Neste estudo foram utilizados dois (2) coelhos machos da ordem Lagomorpha, gênero Oryctolagos, espécie Oryctolagos cuniculus, raça Nova Zelândia, com idade adulta reconhecida e peso entre 3,5 e 4,5 Kg saudáveis, submetidos à distração osteogênica em um dos lados de sua mandíbula, totalizando um gap de 4,0mm no local da distração. Os ossos neoformados do lado distraído da mandíbula dos coelhos e, do lado não-distraído foram analisados em microscópio óptico para comparar a organização microscópica de ambos.

No lado distraído observou-se tecido ósseo trabecular com osteoblastos ativos justapostos às áreas de aposição óssea e uma deposição óssea consideravelmente maior se comparado ao lado não-distraído. Além de osteoplastos contendo osteócitos internamente às trabéculas, apresentou,
ainda, tecido conjuntivo denso com vascularização moderada e leve infiltrado inflamatório mononuclear. No lado não-distraído, observaram-se fragmentos de tecido com osteoblastos ativos alinhados e justapostos, além de inúmeros osteoplastos com osteócitos no interior e condrócitos na região central do tecido ósseo neoformado.

A partir da metodologia aplicada neste estudo, verificou-se que, tanto com o intervalo de 48 horas, no período de latência, quanto com o intervalo de 20 dias, na maturação óssea, obtiveram-se bons resultados, ao exame microscópico, na comparação entre o tecido ósseo neoformado com o tecido ósseo do lado controle.


Link do artigo na integra via Academia Tiradentes de Odontologia:

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Invisalign está baseado em evidencias?



Este estudo vem a colocar mais lenha na fogueira e municiar os colegas que não aceitam o uso do Invisalign no consultório. Pessoalmente gosto muito da odontologia baseada em evidências científicas, apesar de não me prender a ela. Artigo de leitura fácil e com apêndices bem explicativos, vale o tempo gasto para ler.

Does Invisalign® Line Up with Evidence?
2nd Year DDS Community Dentistry Critical Appraisal
Submitted to: Dr. J. Leake
Course: Community Dentistry
Roman Kosnevitch
Chris Kirk
Sheena Patel
Trent Sayers
Val Dabuleanu
Jacky Tze Kit Lam

Esta avaliação crítica da literatura sobre Invisalign, um produto que permite um tratamento ortodôntico mais agradável esteticamente em comparação aos tradicionais aparelhos ortodônticos fixos (bráquetes). O objetivo foi avaliar se Invisalign é mais eficaz em comparação ao tratamento padrão com os tradicionais aparelhos fixos. A avaliação foi baseada em evidências a partir de 2 fontes: uma pesquisa de múltiplas bases de dados bibliográficas eletrônicas e busca manual das referências de uma revisão sobre Invisalign publicada anteriormente. Um total de 290 artigos foram revisados​​. Destes, três foram consideradas relevantes para o nosso tema e de projeto forte. A validade dos três últimos artigos foi avaliada submetendo-os à "Lista de verificação para avaliar as provas da eficácia do tratamento", constituído por 16 pontos. O valor de corte foi fixada em 70% e todos os três estudos passou, alcançando uma pontuação de 77% cada. Os resultados que foram considerados nos documentos finais foram as melhorias funcionais e estéticas, e a melhoria da saúde periodontal dos pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico. As evidências disponíveis não suportam o uso de Invisalign como uma alternativa para o tratamento ortodôntico tradicional. Dada a escassa quantidade de fortes evidências, sugere-se que mais estudos são necessários para poder tirar conclusões ainda. Uma prática baseada em evidência dental visa a proporcionar o melhor tratamento de acordo com a evidência científica sólida, porém deve-se também perceber que a evidência científica não deve determinar automaticamente a seleção da opção de tratamento. Outros fatores, tais como preocupações estéticas dos pacientes e os custos do tratamento devem ser tidos em conta as considerações de tratamento a fim de proporcionar abrangente cuidado centrado no doente, baseadas em evidências.

Artigo completo em PDF: Clique aqui

terça-feira, 12 de abril de 2011

OrtoPodCast - Episódio 8 - Uma conversa entre Prof. Prieto e Wendel Shibasaki sobre a ortodontia lingual.



Dr. Prieto ladeado por (dir): Dr. Alexandre Assis - SSA; Dr. Wendel Shibasaki - SSA; Dr. Leonardo de Oliveira - BSB; e (esq) Dra. Evelyn Limoeiro - SSA e Dr. Maurício Santos - Manaus.



Tivemos a felicidade de receber na sede do GEORTO o Prof. Marcos Gabriel Prieto, o desenvolvedor do primeiro braquete brasileiro para arco reto lingual.


Neste episódio alteramos o formato do podcast e introduzimos algumas novidades. A primeira foi que tivemos que fazer com a voz natural, dando folga ao sintetizador. Isso porque não consegui fazer o tom de questionamento com o sintetizador, e não se pode fazer entrevistas sem perguntar.


Falamos sobre o desenvolvimento do braquete brasileiro, sobre os mitos da ortodontia lingual, possibilidades e projetos pessoais do professor Prieto.


Aguardo os comentários para decidir sobre os novos rumos do nosso OrtoPodCast.


Um abraço a todas as centenas de pessoas que baixam nosso PodCast (600 pessoas, em média, por episódio)!


Link do 2º Lingual Meetig: http://2lingualmeeting.com.br/site/


Download aqui formato mp3


Ou assine gratuitamente na loja da iTunes para escutar no sei Iphone, Ipod ou Ipad.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Retração rápida de caninos






Neste artigo de 2011, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Paulo Renato Carvalho Ribeiro, Sérgio Henrique Casarim Fernandes, Gustavo Saggioro Oliveira; Equipe do Curso de Espe- cialização em Ortodontia - ABO Juiz de Fora - Minas Gerais; Mostra a retração rápida de caninos por distração do ligamento periodontal associada a uma técnica de movimentação dentária que permite o fechamento de espaço da extração de primeiros pré-molares em um intervalo de duas ou três semanas, proporcionando uma redução significativa no tempo do tratamento ortodôntico.

A distração osteogênica é um processo de crescimento de novo osso por estiramento mecânico de um tecido ósseo preexistente. Foi popularizada pelos estudos de Ilizarov que demonstrou, em centenas de pacientes, que novo osso poderia ser formado após a corticotomia cirúrgica e posterior distração osteogênica.


Liou e Huang, em 1998, introduziram os conceitos da distração osteogênica na movimentação dentária. Os autores observaram que o processo de osteogênese do ligamento periodontal, durante o movimento dentário induzido por forças ortodônticas, é semelhante ao da sutura mediana durante a disjunção palatina realizada para correção de mordidas cruzadas. A principal diferença seria a quantidade de movimentação. Enquanto, no movimento dentário ortodôntico, os dentes se movimentam em taxas de aproximadamente 1mm por mês, na disjunção palatina, a sutura é separada em até 1mm por dia. Desta forma, os autores idealizaram uma maneira de distender o ligamento periodontal na mesma velocidade que a sutura palatina mediana, de forma a permitir a rápida movimentação de caninos em pacientes que necessitem de exodontias de primeiros pré-molares. Essa técnica foi denominada distração dentária (DD).


Independentemente da técnica utilizada, a retração rápida de caninos (RRC) tem sido bem indicada para as seguintes situações clínicas: apinhamentos severos, má oclusão de Classe II 1a divisão, biprotrusões dentárias, encurtamentos e más formações radiculares e, ainda, em pacientes com problemas periodontais. Tais indicações se devem ao fato de que, como o movimento dentário é realizado de forma muito rápida, com o canino sendo completamente distalizado em cerca de duas a três semanas, sem perda de ancoragem, o espaço obtido pode ser utilizado para a resolução rápida dos apinhamentos.


A tomografia tem se mostrado um importante aliado para o estudo da RRC. Sua utilização permite que se faça um planejamento adequado do tempo cirúrgico, já que é possível determinar, com exatidão, o quanto será necessário de aprofundamento do alvéolo para se eliminar completamente todas as interferências à movimentação dos caninos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


A retração rápida de caninos (RRC) é uma técnica que proporciona uma redução significativa no tempo de tratamento ortodôntico. A utilização da tomografia Cone-Beam facilita, em demasia, o procedimento cirúrgico e, em conjunto com o acesso vestibular, proporciona maior velocidade e segurança ao procedimento. O distrator posicionado por palatina é biomecanicamente mais eficaz que o por vestibular. Sua utilização, no mínimo, proporcionou a preservação da tábua óssea vestibular. Apesar das diversas possibilidades clínicas de utilização dessa técnica, consideramos os preparos ortocirúrgicos, os casos com apinhamento anterior severo e os pacientes com comprometimento periodontal, os principais beneficiados por esse protocolo de tratamento.


Link do artigo na integra via Scielo:


http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v16n1/19.pdf

domingo, 10 de abril de 2011

Pensamento da Semana


"Não é digno de saborear o mel, quem de afasta da colmeia com medo das picadelas das abelhas."

William Shakespeare

sábado, 9 de abril de 2011

Aplicações Práticas da tomografia feixe cônico(Cone-beam) computadorizada na Ortodontia








Neste artigo de 2010, publicado no The Journal of the American Dental Association, pelos autores James K. Mah, John C. Huang e HyeRan Choo; do Herman Ostrow School of Dentistry of USC, University of Southern California, Los Angeles; School of Dental Medicine, University of Nevada, Las Vegas; Division of Orthodontics, School of Dentistry, University of California, San Francisco; Orthodontics 3-D Craniofacial Function and Imaging Research Center, University of California, San Francisco; Department of Plastic and Reconstructive Surgery, Children’s Hospital of Philadelphia; Mostra as aplicações e vantagens Tomografia computadorizada Con-Beam na Ortodontia

Este recurso de diagnóstico permite uma visualização abrangente e registros do complexo craniofacial sendo um recurso de documentação na ortodontia. Estas tarefas eram realizadas por meio dos modelos de gesso, fotografias e radiografias. Estas abordagens evoluíram ao longo do tempo, e a tomografia cone-beam computadorizada(CBCT) surgiu como uma modalidade de imagem global na ortodontia.

Os autores fornecem um guia prático para aplicação CBCT na Ortodontia, com ênfase em situações em que a imagem latente convencional é limitada. Estas situações incluem o desenvolvimento dentário, os limites do movimento dentario, na avaliação das vias aéreas, na morfologia craniofacial e superposição.

Complexidades do complexo craniofacial, dentição e os desafios presentes na obtenção das imagens convencionais das vias aéreas. A CBCT tem vantagens na fidelidade de imagem sobre os métodos convencionais de imagem , que pode levar à melhoria visualização.

A CBCT está mudando com a ortodontia em relação à avaliação clínica dos pacientes e está evoluindo com respeito ao diagnóstico, as técnicas clínicas e resultados.

A proposição de valor clínico do CBCT é descrever a anatomia craniofacial com precisão e fornecer informações completas sobre anatomia e suas relações com resultados individuais do paciente para melhor diagnóstico de planejamento, tratamento e prognóstico.


Link do artigo na integra via JADA: