ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: junho 2014

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Universidade de Connecticut


Nesta postagem de hoje, gostaria de compartilhar com os colegas seguidores deste blog, mais uma expedição internacional da equipe da Ortodontia Contemporânea. Desta vez, ao berço da biomecânica ortodôntica atual: a Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos da América.

Esta visita a este grande centro foi possível graças ao convite do Prof. Marcio Almeida, à quem devo respeito e admiração pelo trabalho que desenvolve.





Desde nossa saída do Brasil foi muito atencioso e dedicado. Obrigado Márcio!
Farei um relato através de legenda das fotos dos dias que passamos na UConn.

Novo prédio da UConn ainda em construção  Área central do interior do centro de saúde

Mesmo para uma universidade tão antiga, as instalações permanecem acima da maioria das faculdades que temos pelo Brasil. O prédio na foto acima é uma parte do novo centro de saúde que está previsto para terminar ainda neste ano de 2014. O centro de saúde abriga todas as faculdades das ciências da saúde e os seus serviços clínicos aos pacientes.




Espaço da biblioteca central do centro.




 Grandes amigos e ortodontistas respeitados em seus centros: a Dra. Fernanda Mattos, coordenadora dos cursos de especialização da Ortodinamica, em Cruzeiro-RJ. E o Dr. João Alfredo, clínico gabaritado da Clínica Orthon, em Maceió-AL. Muito obrigado pela companhia e troca de experiências.

Para quem ainda não associou o nome à pessoa, O Dr. Charles Burstone concebeu e disseminou a técnica do arco segmentado a partir das dependências desta faculdade. Ainda hoje pertence ao corpo docente do departamento de ortodontia, embora suas atividades já estejam bem reduzidas. 

O mais legítimo de todos os arcos de três peças.

Com sua aposentadoria, o comando do departamento passou ao Dr. Ravindra Nanda, como transcrito das palavras do Dr. Márcio Almeida:

"Quando assumiu, em 1990, a Cadeira de professor titular de Ortodontia da Universidade de Connecticut, o Dr. Ravindra Nanda provavelmente se deparou com estas questões, além de herdar a chefia do departamento que foi responsável pelo desenvolvimento e disseminação da Técnica do arco segmentado no mundo. Realmente, tornavam-se necessários para se adequar ao compasso evolutivo da História, porém sem relegar os princípios Biomecânicos clássicos, que certamente enraizavam-se em seu departamento. A solução foi a Hibridização; a utilização de aparelhos pré-ajustados de arcos contínuos com recursos e “pensamentos da filosofia do arco segmentado” e uma biomecâ- nica de certa forma peculiar e extraordinária, que culminou com o desenvolvimento dos chamados “arcos inteligentes”


Pof. Ravindra Nanda na clínica, nos ensinando algumas poucas e simples dobras que sua técnica possui.


 Eu, por minha vez, esfreguei a mão nos alicates do departamento para ver se, de alguma forma, transmitia os conhecimentos daqueles que já o usaram.

Muito prazeroso estar ao lado de grandes ortodontistas, discutindo os desafios atuais da nossa especialidade com autores que já admirava mesmo antes de imaginar conhecê-los. Um departamento da envergadura que tem o da UConn não poderia ser mérito exclusivo do Dr. Nanda. 

 Acima um momento de descontração em um restaurante indiano na cidade de Farmington, com o Dr. Nanda e o Dr. Márcio.
 Prof. Dr. Yadav, estudioso e autor de vários artigos.
 Prof. Dr. Flávio Uribe. Grande destaque do departamento, o que o fez receber o título de "Professor Charles Burstone".
 Prof. Dr. Upadhyay observando os trabalhos dos alunos na clínica. 
Grupo de residentes do Dr. Nanda, ortodontistas brasileiros, colombianos e panamenhos.

Não pude deixar de comprar os fios utilizados na técnica do Dr. Nanda e mais umas coisinhas a mais que vamos discutir em uma outra postagem.
Espero ter mostrato algo que tenha despertado interesse em atualização em você e conseguido passar um pouco da felicidade que tive em ver e estar nesta grande universidade e com esses grandes professores.



Links
Departamento de ortodontia da UConn:

Artigo do Dr. Márcio Almeida sobre a técnica desenvolvida na UConn:




domingo, 29 de junho de 2014

Pensamento da Semana


“Talento é quando um atirador atinge um alvo que os outros não conseguem. Gênio é quando um atirador atinge um alvo que os outros não veem.” 
―Schopenhauer

sábado, 28 de junho de 2014

Extrações dentárias em Ortodontia: avaliação de elementos de diagnóstico





Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Ricardo Martins de Oliveira Ruellas, Fábio Lourenço Romano, Matheus Melo Pithon, Rogério Lacerda dos Santos; do departamento de Ortodontia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP). Apresenta casos clínicos e discutir alguns elementos de diagnóstico utilizados na elaboração do plano de tratamento, auxiliando na decisão de extrair dentes.

Não resta dúvida quanto à necessidade de exodontias em pacientes com severa discrepância de modelos, apinhamento, etc. Mas quando se trata de casos limítrofes, usualmente, perdemos algum tempo ponderando as opções. As exodontias jamais poderíam ser indicadas para facilitar a mecânica, mas sempre para oferecer o melhor tratamento ao paciente. Como bem escreveu o autor.
Para os iniciantes na ortodontia, esse artigo pode ser útil como mais um guia de diagnóstico. Para os mais experimentados, a leitura pode ser uma oportunidade de reflexão.

Desde os primórdios da Ortodontia discute-se sobre a necessidade de extrações dentárias em algumas situações ortodônticas. Angle, no início do século XX, defendeu o tratamento ortodôntico
sem extrações baseando-se no conceito da linha de oclusão. Segundo o autor, havia potencial para que os 32 dentes se posicionassem corretamente na arcada dentária e, quando isso acontecia, os tecidos adjacentes (tegumento, osso e músculo) se adaptavam a essa nova posição. Pensando dessa forma, ensinou aos seus alunos e tratou inúmeros casos.

Um dos maiores opositores de Angle foi Calvin Case, que defendia o tratamento ortodôntico com extrações em alguns casos. Relatava que extrações dentárias nunca deveriam ser realizadas com a finalidade de facilitar a mecânica ortodôntica, mas para propiciar o melhor tratamento ao paciente.

Tweed, um dos mais brilhantes alunos da escola de Angle, durante muitos anos seguiu fielmente os conceitos de seu mestre, realizando tratamentos sem extrações dentárias. Como clínico criterioso, observou que muitos de seus casos recidivaram, principalmente aqueles em que os incisivos inferiores não terminavam em posição vertical em relação à base óssea. Dessa forma, retratou pacientes com extrações de quatro pré-molares e obteve melhores resultados estéticos e funcionais. De seguidor fiel, Tweed tornou-se opositor das ideias não-extracionistas de Angle, motivo pelo qual foi criticado pelos ortodontistas da época.

A decisão sobre extrações dentárias vai além da necessidade de obter espaços na arcada, seja para alinhar dentes ou retrair dentes anteriores. Algumas vezes, a extração para alinhar dentes pode comprometer a estética facial, tornando o perfil mais côncavo. Entretanto, obter espaço à custa de movimento distal de dentes posteriores pode também comprometer a estética, tornando o terço inferior mais longo, o que pode resultar em dificuldade de selamento labial. Foram propostos sete itens para serem avaliados como auxiliares nessa decisão e que serviram como guias qualitativos. Ou seja, isso não significa que seis itens favoráveis à extração determinem a sua realização, há casos em que apenas um item pode ser determinante para a decisão.

Cooperação

Todo tratamento ortodôntico necessita de colaboração do paciente como, por exemplo, manter uma higiene bucal adequada, não quebrar ou danificar os acessórios ortodônticos ou, simplesmente, comparecer regularmente às consultas. Porém, para determinados tipos de má oclusão, necessita-se de colaboração adicional para que o tratamento seja executado com sucesso. Para a correção de certos tipos de má oclusão de Classe II, principalmente as de origem esquelética, é necessário o uso de aparelho extrabucal. Também no tratamento de má oclusão de Classe III com deficiência maxilar (paciente com potencial de crescimento), o uso da máscara facial para protração maxilar é um dos tratamentos indicados. É necessário, em grande parte dos tratamentos, o uso de elásticos intermaxilares como auxiliar na correção da má oclusão ou na fase final do tratamento, para intercuspidação, os quais também exigem empenho do paciente em seu uso regular. Todos os recursos citados acima, devido ao comprometimento estético, oferecem dificuldades quanto à aceitação e uso por parte dos pacientes.

Discrepância de modelo

A discrepância de modelo deve ser avaliada tanto na arcada superior quanto na inferior. Mas, para fins de diagnóstico, a arcada inferior é prioridade, devido à maior dificuldade em se obter espaço. Quando o ortodontista se depara com uma discrepância de modelo (DM) negativa acentuada na arcada inferior, dificilmente consegue tratar o paciente sem extrações dentárias. Para pequenas discrepâncias negativas, em grande parte dos casos, o tratamento é realizado sem
extrações.

Discrepância cefalométrica e perfil facial
Em situações de acentuada inclinação vestibular dos incisivos, evidenciando-se grande discrepância cefalométrica (DC) e expressiva convexidade facial, muitas vezes são necessárias extrações para reposicioná-los, refletindo positivamente no perfil do paciente.

Idade esquelética (crescimento ) e relações antero-posteriores

Nas más oclusões com discrepância esquelética, verificar se o paciente ainda apresenta crescimento facial expressivo é de fundamental importância no diagnóstico e prognóstico do caso.
O surto máximo de crescimento puberal ocorre, aproximadamente, por volta dos 11 a 12 anos nas meninas e 13 a 14 anos nos meninos, excetuando-se as variações individuais. O método mais utilizado para avaliação da idade esquelética é a radiografia de mão e punho, analisando-se o tamanho das epífises em relação às diáfises. Caso o paciente se encontre nesse período do desenvolvimento, é possível corrigir uma displasia esquelética com uso de aparelhos com efeitos ortopédicos.

Assimetria dentária

A avaliação das estéticas dentária e facial é item importante no processo de diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Um dos maiores desafios nesse binômio é o correto posicionamento das linhas medianas dentárias superior e inferior entre si e em relação à face.

Padrão facial

Pacientes com diferentes padrões faciais requerem mecânicas diferenciadas e as respostas ao tratamento ortodôntico não são semelhantes. Pacientes dolicofaciais são aqueles que apresentam a altura da face maior do que a largura, evidenciando uma face longa, estreita e protrusiva. Além disso, possuem musculatura facial hipotônica no sentido vertical, podendo apresentar mordida aberta anterior8. Nesses pacientes, normalmente ocorre maior perda de ancoragem, o que auxilia no fechamento de espaços, porém, necessita-se de maior controle para evitar a perda excessiva de ancoragem e a consequente falta de espaço para a devida correção planejada. Mecânicas extrusivas devem ser evitadas, bem como o movimento distal de dentes posteriores.

Patologias

Algumas patologias têm grande contribuição na definição do planejamento do tratamento ortodôntico. Os pacientes podem apresentar dentes que interromperam sua formação, agenesias, ectopias, anomalias de forma ou, até mesmo, processos cariosos e lesões endodônticas que indiquem a extração do dente. No diagnóstico, essas patologias devem ser consideradas, podendo alterar, em determinadas situações, o planejamento do dente a ser extraído.

Conclusão

A decisão quanto à necessidade de extrações de dentes durante a terapêutica ortodôntica não está apenas na dependência da falta ou presença de espaços nas arcadas. Outros aspectos devem ser avaliados para se conseguir correção adequada da má oclusão, manutenção ou melhora da estética facial e estabilidade dos resultados obtidos.

Link do artigo na íntegra via Scielo:

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fixação de Provisórios a Aparelhos Fixos












Neste artigo de 2002, publicado pela Revista Dental Press, pelo autor Marden Oliveira Bastos; Professor do Curso de Especialização em Ortodontia pela EAP-ABO - Campo Belo - Minas Gerais. Mostra passo a passo um técnica de colagem de dentes provisórios a aparatologia ortodontica fixa.

É freqüente o tratamento ortodôntico em pacientes com ausência de um ou mais dentes anteriores. Nestes casos, torna-se necessária a adaptação de provisórios com o intuito de conferir estética durante o tratamento.


Nos estágios iniciais de tratamento, podemos fixar os provisórios em um aparelho removível por lingual, sem grampos, para permitir o alinhamento e nivelamento sem interferências. Quando chegamos aos fios retangulares, podemos manter o provisório em posição por meio de braquetes e do próprio fio, que confere maior conforto ao paciente enquanto refinamos a mecânica.



Link do artigo na integra via Dental Press:




domingo, 22 de junho de 2014

Pensamento da Semana



"Dada a dimensão da vida no cosmos, uma vida humana nada mais é do que um pontinho minúsculo. Cada um de nós é apenas um visitante neste planeta, um convidado, que só vai ficar por um tempo limitado. Loucura maior seria  passar esse curto período de tempo sozinho, infeliz ou em conflito com nossos companheiros? Muito melhor, certamente, seria usar nosso pouco tempo aqui e viver uma vida significativa, enriquecida por nosso senso de conexão com os outros e a serviço deles."

Dalai Lama

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Eficácia da tecnologia de tratamento ortodôntico auxiliada por computador, para alcançar os resultados previstos




Neste artigo de 2013, publicado na Angle Orthodontist, pelos autores Brent E. Larson; Christopher J. Vaubel; Thorsten Grunheid; do Division of Orthodontics, School of Dentistry, University of Minnesota, Minneapolis. Mostra um estudo com sobreposições de modelos digitais que compara a eficácia do protocolos de planejamento virtual no sistema Suresmile.

Este estudo foi realizado com o intuito de avaliar a eficácia de tratamento ortodôntico com planejamento  baseado na tecnologia assistida por computador,  em produzir a posição dos dentes prescritos pelo plano de tratamento virtual.

Modelos digitais pós-tratamento de 23 pacientes tratados com SureSmile foram sobrepostos em seus modelos virtuais de plano de tratamento correspondentes  que utilizam o registo de melhor ajuste com base em superfície. Discrepâncias individuais de posição dentária  entre plano de tratamento virtual, resultado real foram computados. Discrepâncias menores que 0,5 mm nas dimensões mésio-distais, facial, lingual e vertical, e menos de 2 graus para o torque na coroa, angulação e rotação foram consideradas clinicamente ideais. Teste unilateral de equivalência foi realizado em cada mensuração de discrepância, com P menor que  0,05 considerado estatisticamente significativo.

As posições  mesial-distal dentarias foram clinicamente ideais para todos os dentes, com exceção dos incisivos laterais superiores e segundos molares. Posição dos dentes vestibulo-lingual foram clinicamente ideais para todos os dentes, exceto os incisivos centrais superiores, pré-molares, molares e incisivos inferiores. Posição dos dentes verticalmente foram clinicamente ideais para todos os dentes, exceto segundos molares inferiores. Para o torque de coroa, angulação e rotação, a discrepância ultrapassou os limites considerados clinicamente ideais para todos os dentes, exceto para o torque coroa nos segundos pré-molares inferiores e angulação da coroa nos segundos pré-molares inferiores e primeiros molares.


Os autores concluíram que a eficácia do tratamento ortodôntico assistida pela tecnologia  por computador para alcançar a posição dos dentes previsto varia com o tipo de dente e dimensão do movimento.

Link do artigo na Integra via Angle Orthodontist:

terça-feira, 17 de junho de 2014

The Swissdentacare Orthofile Interproximal Reduction System




Mais uma valiosa dica da Drª. TatiLie, o Swissdentacare Orthofile Interproximal Reduction System, produzidos pela SDC Switzerland GmbH em Zug na Suíça que é um sistema idealizado para realizar Slices (Stripping) com um Kit composto por um contra-angulo e uma sequencia de lixas adaptáveis ao instrumento.

O que o fabricante diz:

É seguro, rápido e preciso o Swissdentacare sistema Orthofile para a realização de Stripping, é uma ferramenta flexível fina interproximal, o que facilita o contorno de esmalte e reduzirá muitos tipos de materiais dentários. Ele permite que em muitas vezes ocorra redução da estrutura dentária interproximal desnecessária, corrige espaço inadequado, causado por um arco com comprimento insuficiente. O Recontorno interproximal é facilmente alcançado em um mínimo de tempo com um acabamento mais natural.

Uma solução mais segura e rápida, mais precisa e confiável, comparada aos outros sistemas manuais ou com os discos, as "lixas" Orthofile combinadas com a peça de mão (sistema EVA), são mais eficientes, mais rápidas e práticas. Na verdade, esta Sistema Permite maior liberdade de movimentos durante o treatmento. Possui controle de oscilação de movimento, um tratamento seguro é garantido para o paciente. O Swissdentacare usando com uma Orthofile promove um remoção de estrutura dentária excessiva de até 14 milímetros por arcada dentária é viável em casos limítrofes e extrações são evitadas. Um lado só, as "lixas" são perfeitas para situações onde você deseja reduzir a estrutura do dente de um só lado, sem qualquer dano. É usado para os casos em que você quer ter uma coroa de um dente adjacente desgatado mas mantendo-as intactas.

Vantagens:

# Reduz o desconforto e possíveis trauma para o tecido mole.

# Facilmente inserida no espaço interproximal.

# "Lixas" de aço inoxidável com uma gama de revestimentos de diamante.

# Maior durabilidade e flexibilidade.

# Cria tecnologia de refrigeração e aquecimento mínimo, elimina a necessidade de água.

# 5 classes disponíveis para um preciso acabamento.

# Dupla face ou de um só lado.

# Únicoas "lixas" que não deixam marcas na lateral do dente adjacente.

# Excelente para uso com aparelhos "alinhadores".

# Cor codificadas que são facilmente identificáveis após a esterilização.


Link do Fabricante:

quarta-feira, 11 de junho de 2014

OrtoPodCast - Episódio 35 - Bate-papo e novidades






Não sabe o que é um podcast? Temos um post que responde sua dúvida: O que é PODCAST?

Após tanto tempo sem gravar, fizemos um podcast de bate-papo e novidades sobre a ortodontia, além de falarmos sobre alguns eventos que participamos. Só para amigos! Grande abraço!




Faça a sua avaliação do podcast agora mesmo:

Não é usuário dos iTrecos? Acesse a página e faça os dowloads de todos os episodios:




terça-feira, 10 de junho de 2014

Fibras Reforçadas por Resina (FRC) em Ortodontia. Versatilidade Clínica





Neste artigo de 2005. Publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Daniel Ianni Filho, Lylian Tsai Strinta, Yasushi Inoue Miyahira, Eduardo Serpa; do Centro de Cursos e Pesquisas Odontológicas Alpha Smile Campinas/São Paulo. Mostra algumas das aplicações clínicas nas quais as fibras contribuíram de forma significativa para a realização dos tratamentos ortodônticos, simplificando-os e aumentando a eficiência clínica.

A engenharia de materiais tem desenvolvido pesquisas com o objetivo de aprimorar estruturas resistentes e, com os recentes avanços tecnológicos, passamos a utilizar as fibras de vidro na Ortodontia de modo inovador. Segundo Freudenthaler, Tischler e Burstone, as fibras proporcionam versáteis aplicações clínicas. Inicialmente, as fibras foram empregadas com o objetivo de promover contenção temporária de um ou mais elementos dentários, como nos casos de tratamentos periodontais, devido à necessidade da contenção de dentes com mobilidade em grau avançado, ou ainda nos tratamentos reabilitadores, com o objetivo de se confeccionar próteses fixas adesivas ou próteses fixas provisórias. Iniciamos agora uma nova fase também na especialidade ortodôntica, com a utilização de fibras de vidro e de polietileno, modificando, em parte, conceitos tradicionais na utilização da aparatologia fixa . O que já é uma realidade nos EUA passa agora a ser também uma realidade no Brasil.

Uma importante aplicação clínica é a substituição das bandas pela colagem da associação fibra/tubo nos molares, com inúmeras vantagens, pois não é preciso separar dentes nem confeccionar e cimentar as bandas, o que diminui os problemas periodontais e a formação de manchas brancas. Segundo Burstone, as fibras são elementos que podem ser utilizados para unir um grupo de dentes que atuarão tanto como unidade ativa (movimentados), como reativa (ancoragem), sugerindo que determinados tratamentos ortodônticos podem ser realizados utilizando-se um menor número de braquetes e fios.

O número de braquetes pode ser diminuído em várias situações clínicas, como: a) quando as fases de alinhamento e nivelamento não são necessárias num primeiro momento, em virtude de uma boa oclusão e um bom posicionamento inicial dos dentes; b) quando o problema é inter-segmentar ou ainda, c) quando o problema (por exemplo, apinhamento) está localizado em um segmento específico do arco. Nesses casos, os segmentos sem grandes apinhamentos são unidos através da colagem de fibras, funcionando a partir desta união como um dente multirradicular reforçado. Em cada segmento, um ou mais acessórios podem ser colados. Desse modo, é realizada grande parte do tratamento ortodôntico, como a correção da mordida aberta, a correção da mordida profunda ou ainda o fechamento dos espaços das extrações dentárias. Os braquetes são colados de modo tradicional, ou seja, em todos os dentes, somente na fase de realinhamento e renivelamento. Nesse caso, o paciente utilizou um número menor de braquetes durante a metade do tempo de tratamento, diminuindo o desconforto, melhorando a higienização e a estética.

As fibras despontam como um excelente recurso para o auxílio na correção ortodôntica, em diversas situações clínicas.Tendo em vista a grande quantidade de pacientes adultos que procuram o ortodontista por motivos estéticos e a possibilidade de diminuir a recidiva e a diminuição do tempo de tratamento, as fibras de vidro, de polietileno e de vidro modificada são uma excelente opção. Trata-se de uma abordagem segura, previsível e que certamente diferencia o profissional que a utiliza, com vistas à eficiência e satisfação do paciente.

Link do artigo na integra via Scielo:

www.scielo.br/pdf/dpress/v10n3/v10n3a07.pdf

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Mudanças de inclinação do incisivo inferior durante o tratamento com xbow relacionado com individuos com o tipo facial vertical



Neste artigo de 2010, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Carlos Flores-Mir; Arden Young; Amira Greiss; Matthew Woynorowski; James Peng; the Division of Orthodontics, Department of Dentistry, Faculty of Medicine and Dentistry, University of Alberta, Edmonton, Canada. Mostra os efeitos do Xbow (Forsus modificado) sobre os incisivos inferiores.

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a magnitude da inclinação dos incisivos inferiores associado ao tipo facial vertical em adolescentes com má oclusão de Classe II tratados com o aparelho xbow.

Um total de 172 pacientes com ma oclusão de Classe II tratados apenas com o aparelho xbow foram selecionados. A amostra foi dividida em três grupos com base no tipos facial verticais (24 curtas, 122 normal, e 25 tipos facial longo). A idade média foi de 11,11 anos em T1, com um tempo médio xbow ativo de 4,5 meses. Uma média de 6,4 meses passados após a desativação xbow antes radiografia T2.

Não houve associação significativa entre a vestibularização dos incisivos inferiores e tipo facial estudados. Diferenças reais entre T1 e T2 existiram. Na maioria dos casos, essas diferenças podem ser consideradas clinicamente relevantes, mas quando a grande variabilidade interindividual é considerado, as diferenças entre os grupos não podem ser suportados estatisticamente. Na T1, uma tendência nítida de ter mais vestibularição dos incisivos inferiores no curto prazo (100.5u), em comparação com o tempo (91.3u). Durante o tratamento, a tendência foi identificada por mais vestibularização do incisivo inferior nos tipos facias mais curtos.

Embora os incisivos inferiores não proclinem com o uso do aparelho xbow, o tipo facial não parece afetar a quantidade de inclinação dos mesmos. A magnitude da vestibularização dos incisivos pode ser considerada clinicamente irrelevante, mas uma grande variação individual na resposta dos incisivos foram observados.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/033110-180.1

domingo, 8 de junho de 2014

Pensamento da semana




"Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora. O seu pensamento é a planta concebida por um arquiteto para construir um edifício denominado prosperidade. Você deve tornar o seu pensamento mais elevado, mais belo e mais próspero"



Martin Luther King
1929 - 1968
Link sobre o Autor:

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A terapia de expansão com hyrax pode afetar o volume do seio maxilar? Um relato de caso com tomografia computadorizada de feixe cônico




Neste artigo de 2012, publicado pela Imaging Science in Dentistry, pelos autores Drew M. Darsey, Jeryl D. English, Chung H. Kau, Randy K. Ellis, Sercan Akyalcin; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of Texas Health Science Center at Houston, Houston, USA e do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of Alabama at Birmingham, Birmingham, USA. Mostra um estudo realizado em imagens tridimensionais geradas por tomografia computadorizada de feixe cônico, buscando avaliar os efeitos da expansão maxilar com disjuntor do tipo hyrax.

O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos iniciais da terapia de expansão maxilar com o aparelho tipo Hyrax e avaliar as alterações relacionadas no volume do seio maxilar.

Trinta pacientes (20 mulheres, 10 homens, com idade média de 13,8 anos) que necessitvamm de terapia com expansão maxilar, como parte de seu tratamento ortodôntico, foram examinados. Cada paciente possuíam  imagens tiradas de tomografias computadorizada Cone-Beam (TCCB) antes (T1) e após (T2), a terapia de expansão maxilar com aparelho Hyrax bandados.

A Comparação das variáveis de pré-tratamento para pós-tratamento ​​revelou alterações significativas na dimensão transversal relacionadas em ambos estruturas dentárias e esqueléticas dos maxilares e no da ângulo abóbada palatina, resultando na ampliação da abobada palatina. O Palato duro não demonstrou nenhum movimento significativo nos planos vertical e ântero-posterior. A largura da cavidade nasal aumentou de um valor médio de 0,93 milímetros. O volume do seio maxilar permaneceu praticamente estável. Não houve diferenças significativas observadas com a idade na amostra.


Os autores concluíram que a terapia de expansão com o Hyrax não teve um impacto significativo no volume do seio maxilar.
  
Link do artigo na integra via NCBI:

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Influência da ortodontia funcional e do avanço mandibular com osteotomia sagital através de variáveis dentárias e esqueléticas


Neste artigo de 2006, publicado pelo European Journal of Orthodontics, pelos autores Bettina Lohrmann, Rainer Schwestka-Polly, Hans Nägerl, Dankmar Ihlow and Dietmar Kubein-Meesenburg; do Department of Orthodontics, University of Göttingen and Medical School Hannover, Alemanha; Faz um estudo cefalométrico comprativo entre a ortopedia funcional e a osteotomia sagital.


Telerradiografias laterais da Cabeça de 200 pacientes com classe II (106 mulheres, 94 homens), com pré-tratamento da faixa etária de 9.9 - 10.25 anos com sucesso, tratados com aparelhos ortodônticos funcionais foram analisadas antes (T1) e após (T2) do tratamento. Os dados obtidos, foram comparados com telerradiografias laterais da cabeça (T1, T2) de 20 pacientes (15 mulheres, 5 do exo masculino) com média de idade pré-tratamento de 25.75 anos, cuja a ma-oclusão de classe II e discrepâncias ântero-posteriores da mandíbula foram corrigidas por uma avanço por osteotomia sagital mandibular.


As distâncias mediana e percentuais foram calculados para cada variável, em T1 e T2. A diferença entre as medias (T2 - T1) foram analisadas utilizando um teste de classificação assinado. O alterações na dispersão (T2 - T1) foram avaliados por meio de um teste-F. Diferenças significantes sobre a inflência terapêutica esquelético (ANB, Wits), Índice mandibular As variáveis de linha nasal (ML - NL), funcional (β, μ) e dentária (1-NA °, 1-NB °) foram encontrados. No grupo tratado inicialmente com aparelhos funcionais, a fim de melhorar o prognatismo mandibular, a posterior (A-P) discrepância maxilar foi reduzida (ANB, Wits).


O padrão esquelético vertical mudou para uma relação esquelética mais aberta, enquanto que o ângulo ML - NL foi reduzido, o que indica o aprofundamento da mordida. A comparação entre a análise biomecânica da posição do incisivo (β, μ) e variaveis dentarias (1-NA °, 1-NB °) revelaram diferentes alterações na inclinação do incisivo, dependendo do tipo de análise utilizada. As variáveis dentárias (1-NA °, 1-NB °) mostraram uma protusão de ambos incisivos superiores e inferiores após a terapia. Os resultados para as variáveis funcionais (β, μ) mostraram uma maior retrusão dos incisivos superiores e uma protrusão dos incisivos inferiores.


Esta mudança na inclinação do incisivo é uma compensação dentária da discrepância sagital maxilar remanescente. Este efeito é mais claramente refletido mediante a análise funcional e as mudanças das variáveis biomecânicas β e μ. Para o grupo da cirurgia ortognática, uma clara melhora nas relações dentárias e esqueléticas foram observadas: a discrepância esquelética no plano do AP foram completamente corrigidas (ANB, Wits) e as inclinações dos incisivos de acordo com os aspectos biomecânicos e funcionais foram otimizados (β, μ). A alteração, tanto no índice e ML - NL ângulo neste grupo indicaram um aumento no componente da mordida aberta.


Link do artigo na integra via ejo.oxfordjournals: