ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: maio 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011

Professor Celestino Nobrega no Ciclo sobre Braquetes Autoligáveis do GEORTO

O GEORTO fechou o seu ciclo de palestras sobre Braquetes Autoligáveis com uma aula do Prof. Dr. Celestino Nobrega, um dos grandes estudiosos e referencia no que tange este tema e autor do primeiro livro do Brasil em abordar exclusivamente este assunto, Biomecânica Interativa Autoligante.



Os Ortodontistas membros do GEORTO ao longo destes 03 meses de palestras sobre este assunto puderam formar suas opiniões e conceitos. Com as considerações mostradas durante a aula do Dr. Celestino, foi abordado o histórico e características de todos os sistemas autoligáveis, bem como o conceito dos Braquetes autoligados interativos, mostrando a sua filosofia desde o diagnostico, planejamento e condução dos casos clinicos. O professor ponderou em sua aula sobre os cuidados com a meconaterapia durante o tratamento com este tipo de aparatologia, sem esquecer das bases que alicerçam a biomecânica Ortodôntica classica. Pois segundo o professor, manobras como disjunção maxilar quando ocorre uma atresia esquelética maxilar tem que ser respeitada e realizada quando necessário. Assim como o respeito as discrepâncias esqueléticas, as quais devem ser conduzidas ao preparo Ortodôntico-Cirúrgico quando diagnosticado.

O professor sugeriu a utilização de slots diferenciais como mais uma alternativa de controle do atrito associado a eficiência de torque.

Tenho a certeza que todo o grupo do GEORTO conclui este ciclo de palestras mais seguros e embasados sobre o tema, e com certeza com mais motivos a continuar o processo de aprofundamento em estudos sobre o assunto. Ficamos felizes em saber da possibilidade de receber mais professores aqui em Salvador, para ministrar aulas com algumas abordagens avançadas sobre a utilização destes sistemas. As conversações com os professores e seus representantes iniciaram !!! Com a possibilidade da presença de um professor Norte americano aqui em Salvador para ministrar uma aula aberta a todos os colegas de especialidade da nossa cidade de outros estados, o que já vem ocorrendo nestas ultimas palestras. E que com certeza irá nos deixar muito honrados. Aguardem mais noticias !!!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Influência da largura do septo inter-radicular sobre a estabilidade dos mini-implantes



Neste artigo de 2011, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Mariana Pracucio Gigliotti, Guilherme Janson, Sérgio Estelita Cavalcante Barros, Kelly Chiqueto, Marcos Roberto de Freitas; do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP - São Paulo. Avalia a influência da largura do septo interradicular no local de inserção de mini-implantes autoperfurantes sobre o grau de estabilidade desses dispositivos de ancoragem.

A utilização de mini-implantes como recurso de ancoragem vem se tornado rotina na prática ortodôntica, devido à sua alta previsibilidade e benefícios comprovados cientificamente. A proporção de sucesso desses dispositivos varia de 70 a 95%.


De acordo com a literatura, tem sido considerado que o local e ângulo de inserção, a espessura da cortical e qualidade do tecido ósseo, a presença de gengiva inserida, as características do mini-implante, o grau de estabilidade primária e a intensidade de carga, a higienização e o grau de inflamação dos tecidos peri-implantares constituem fatores associados à estabilidade dos mini-implantes. Além disso, alguns estudos mais recentes têm considerado a proximidade e o contato do mini-implante à raiz dentária como fatores de risco relevantes para o insucesso desse sistema de ancoragem. Entretanto, resultados contraditórios com relação ao grau de influência desses diversos fatores sobre a proporção de sucesso dos mini-implantes são constantemente observados na literatura, devido à heterogeneidade das amostras e à grande quantidade de variáveis estudadas.


Sabe-se que os mini-implantes autoperfurantes representam a mais recente evolução desses dispositivos de ancoragem ortodôntica. O procedimento cirúrgico foi simplificado, visto que dispensa a utilização de motores e brocas cirúrgicas e, consequentemente, apresenta redução da necrose óssea superficial, causada pelo aquecimento da broca cirúrgica durante a perfuração do tecido ósseo. Além disso, estudos têm demonstrado uma maior área de contato entre a superfície dos mini-implantes e o tecido ósseo, favorecendo a sua estabilidade.


Deve-se, ainda, considerar que o risco cirúrgico de causar lesões nas raízes dentárias adjacentes ao mini-implante foi significativamente reduzido com essa evolução do sistema de ancoragem, sobretudo quando guias cirúrgicos de orientação tridimensional são utilizados. Embora a diminuição dos riscos inerentes ao procedimento de inserção favoreça a colocação desses mini-implantes em áreas de dimensões críticas, poucos estudos têm avaliado se mini-implantes inseridos muito próximo ao ligamento periodontal podem apresentar sua estabilidade comprometida.


CONCLUSÕES


Com base nos resultados obtidos para a amostra estudada, e de acordo com a metodologia aplicada, foi possível concluir que:


1) Não houve diferença estatisticamente significativa para o grau de mobilidade e proporção de sucesso entre os mini-implantes autoperfurantes inseridos em septos com largura mesiodistal críti- ca (3mm) e não crítica (> 3mm).


2) Dentre as variáveis estudadas, nenhuma demonstrou estar relacionada ao insucesso dos mini-implantes. No entanto, observou-se maior sensibilidade nos pacientes que apresentavam mini-implantes com algum grau de mobilidade, e que a falha desses dispositivos de ancoragem ocorria logo após sua inserção.



Link do Artigo na Integra via Scielo:


http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v16n2/a05v16n2.pdf

sábado, 28 de maio de 2011

GEORTO - Ciclo de Conferências sobre Braquetes Auto-Ligados


Hoje o GEORTO tem o prazer de receber o Dr. Celestino Nobrega, o nosso encontro mais uma vez realizado no Fiesta Convention Center. O Professor e autor do Livro: "Biomecânica Interativa Autoligante" brindará o grupo com sua apresentação de oito horas sobre esta filosofia de tratamento. Sendo uma das grandes referencias nacionais o Dr. Celestino Nobrega irá encerrar o nosso Ciclo de Palestras que desde março vinha ocorrendo.

Tenho certeza que para cada membro do GEORTO esta experiência e oportunidade foi única, pois tivemos a oportunidade de ter contato com profissionais renomados nacionalmente e conheçer materiais de ultima geração, produzidos por industrias mundialmente respeitadas. Conseguimos com isso, introduzir nos nossos consultorios esta filosofia de tratamento e apartir de agora buscar mais conhecimentos produzidos por pesquisadores de diversos centros, e cada vez mais poder incorporar esta filosofia de tratamento nos nossos protocolos de atendimento.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uso da tomografia multidirecional na visualização de dente impactado








Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Gaúcha de Odontologia, pelas autoras Ana Elizabeth Aguiar da SILVA; Mônica Almeida TOSTES; da Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; Contém o relato clínico de um paciente do gênero masculino, leucoderma, oito anos de idade, que apresentava o dente 11 impactado.

Os dentes impactados são aqueles que perderam sua força irruptiva e não conseguem atingir sua posição na arcada dentária, dentro do tempo esperado, por algum impedimento. A impactação de dentes anteriores pode ter diversas etiologias, tais como: falta de espaço no arco dental, perda precoce de decíduo, rotação do germe dentário, presença de dentes supranumerários, odontomas, traumatismo ou qualquer outra obstrução. A maioria dos casos de impactação de dentes superiores pós-traumática acontece na infância, nas dentições decídua e mista.

O tratamento do dente impactado é bem variado e depende das circunstâncias nas quais está envolvido: ele pode ser mais conservador, bastando uma simples remoção de gengiva circundante para que o dente retorne ao seu curso normal de irrupção; pode ser tracionado ortodonticamente ou removido cirurgicamente, quando há impossibilidade de recolocação no seu sítio. O dente impactado pode causar reabsorção das raízes dos dentes vizinhos, dor, infecções, cisto dentígero com subsequente destruição óssea e aparecimento de ameloblastomas em suas paredes.

O diagnóstico da impactação é realizado através de exames clínico e radiográfico convencional. Existem várias técnicas radiográficas de localização dos dentes com impactação: radiografia periapical, radiografia oclusal, telerradiografia de perfil, tomadas com variações de angulações, como na técnica de Clark e as tomografias. As radiografias convencionais são empregadas na elaboração da fase inicial do plano de tratamento, pois apresentam vantagens, como o baixo custo e a facilidade de acesso.

No diagnóstico inicial de dentes impactados, as radiografias convencionais são utilizadas, porém, esses exames mostram uma imagem bidimensional de uma estrutura tridimensional, acarretando a sobreposição dos tecidos, imagem pouco nítida, com um contraste relativamente baixo, o que dificulta a visualização de detalhes importantes das estruturas anatômicas e a interpretação integral de determinadas patologias. Recentemente, são requeridos outros exames imagenológicos da região de cabeça e pescoço, como por exemplo, a tomografia multidirecional, que permite a observação minuciosa das regiões anatômicas a serem avaliadas. Apresenta como desvantagem um maior custo, porém, compensado pelo benefício de imagens com melhor definição, que assegura a correta evolução do plano de tratamento.

CONCLUSÃO

Através da tomografia multidirecional, verificou-se a identificação precisa da patologia do dente em questão, guiando o tratamento cirúrgico, desde a etapa de seu planejamento, otimizando o tempo da cirurgia e, consequentemente, diminuindo as complicações pós-operatórias.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

ALTERAÇÕES DA MUCOSA BUCAL ASSOCIADAS AO TRATAMENTO ORTODÔNTICO



Neste artigo de 2005, publicado pela Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, pelos autores Antonio Adilson Soares de Lima, Ana Maria Trindade grégio, Orlando Tanaka, Maria Ângela Naval Machado, Beatriz Helena Sottile França; do departamentos de Estomatologia da PUCPR; Farmacologia da PUCPR; Ortodontia da PUCPR; Periodontia da PUCPR; Odontologia Legal e Deontologia da PUCPR, UTP e UFPR - Paraná. Procura orientar o ortodontista para o manejo mais adequado destas lesões visando o seu diagnóstico correto, o alívio dos sintomas que estas cos- tumam provocar e o tratamento mais adequado para cada tipo de caso.

As primeiras alterações teciduais que ocorrem num tecido agredido mecanicamente podem ser observadas no epitélio. O que clinicamente se observa como áreas de coloração esbranquiçada podem ser traduzidas microscopicamente por áreas de hiperceratose reacional e sua presença é sinal de que algum agente traumático está atuando com baixa intensidade e já há algum tempo.
A primeira medida que o profissional deverá executar ao se deparar com uma lesão de coloração branca é tentar verificar se esta desgarra facilmente após raspagem suave. Para isto, a lesão deverá ser raspada com auxílio de uma compressa de gaze, espátula metálica ou de madeira. Caso seja removida, provavelmente aquela lesão branca tratava-se de candidose na sua forma clínica pseudomembranosa, que é comum em crianças e idosos. Sendo assim, a saúde geral do paciente deverá ser investigada, pois a candidose bucal geralmente é assintomática e pode ser um indicador de um quadro de imunossupressão subjacente.

Em se tratando de uma lesão branca resistente à raspagem, a primeira conduta é tentar correlacionar a área da lesão com alguma possível fonte de traumatismo mecânico. Não havendo nenhuma correlação com agentes traumáticos, a lesão branca necessitará ser removida e submetida a exame histopatológico.

As lesões de aspecto clínico ulcerado seriam classificadas como abrasões ou feridas abrasivas que se caracterizam pela perda de células epiteliais pela ação de fricção ou esmagamento por um instrumento ou aparelho mecânico. Estas lesões encontram-se cobertas por um exsudato amarelo esbranquiçado e circundadas por um halo avermelhado. Associadas às lesões agudas, existem a dor e também sensibilidade de grau variável. Características:

1. Acometem principalmente a mucosa jugal, borda da língua, lábios, gengivas e os palatos duro e mole;

2. O tempo de duração variando de poucos dias a várias semanas, com a língua apresentando o maior tempo de evolução;

3. O tamanho e a forma são variáveis e são geralmente lesões únicas; 4. As margens da lesão são elevadas e avermelhadas;

5. A base da úlcera é coberta por um material necrótico amarelo-brilhante que pode ser removido com uma compressa de gaze. Indivíduos que apresentam lesões ulceradas recorrentes na boca deverão ser submetidos à criteriosa avaliação estomatológica para descartar outras doenças de natureza sistêmica.

TRATAMENTO COM CORTICOSTERÓIDES
Os corticosteroides promovem alivio dos sintomas inflamatórios, bem como redução da evolução clinica, por supressão da resposta inflamatória as preparações de corticosteróides utilizadas para aplicação oral devem estar na forma de Orabase, ou seja, uma formulação de carboximetilcelulose, polietileno e óleo mineral, que conferem maior adesão à mucosa e resistência à dissolução e deslocamento.

Principais medicamentos:
Omcilon-A (Bristol): 1mg – 2 a 3 vezes ao dia por 7 dias;
Triancinolona: 1mg – 2 a 3 vezes ao dia, 7 dias.

PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS ALTERNATIVAS
Preparações farmacêuticas com extrato da própolis auxiliariam na cicatrização das lesões ulceradas causadas por trauma ortodôntico.

Preparações farmacêuticas contendo extrato de malva também possuem grande relevância na terapêutica odontológica e podem ser usados pelo ortodontista por um período de 7 dias, com 2 a 3 aplicações diárias.

O uso de locutórios e enxaguatórios bucais além de auxiliar na higienização, também podem facilitar no reparo das lesões, uma vez que tais preparações contenham princípios ativos adequados.

A formulação abaixo corrobora para o tratamento destas lesões.
• Prednisolona - 0,1%
• Lidocaina - 2,0%
• Agua mentolada q.s.p - 60ml

TERRAMICINA®
A Terramicina® (Pfizer) é o nome comercial de um antibiótico derivado das tetraciclinas. As tetraciclinas constituem um grupo de antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro, que foram extensamente empregados no tratamento das infecções.

TRATAMENTO DA CANDIDOSE
A candidose é o tipo de infecção fúngica bucal mais comumente encontrada, principalmente em indivíduos usuários de prótese mal higienizadas ou portadores de algum quadro de imunossupressão. No ato da anamnese, cabe ao profissional certificar se o paciente não é portador de doença hepática ou renal. Vários medicamentos são descartados no caso de comprometimento hepático ou renal, tal como o clotrimazol. A nistatina é o fármaco de escolha, na forma de pastilhas ou aplicação tópica.

Em situações extremas onde há resistência fúngica, a alternativa terapêutica é a administração de itraconazol (dose de 200mg/dia), ou ainda, a anfotericina B (fármaco com considerada hepatotoxicidade) pela via intravenosa.

A clorexidina é um agente antisséptico eficaz e por vezes útil no tratamento da candidose, utilizada na forma de enxagüatório bucal na concentração de 0,02 a 0,12%, 2 a 3 vezes ao dia. A clorexidina, por vezes, pode ser útil antes de procedimentos odontológicos, ou seja, como medida profilática, e os ortodontistas também deveriam adotar o uso desta, antes de seus procedimentos.

Caso não ocorra regressão da lesão em torno de 15 dias e ainda haja dúvidas quanto ao diagnóstico definitivo, então, recomenda-se a realização de uma biópsia da região envolvida. Se confirmado a presença de hifas no exame histopatológico devesse recorrer a medicamentos mais eficazes, porém com custo mais elevado, indicando-se nesses casos os derivados azólicos (cetoconazol, fluconazol e itraconazol).

Cabe ao ortodontista a eliminação do fator agressor causador da lesão e a aplicação de fármacos adequados, vislumbrando a reparação tecidual rápida e o alivio dos sintomas flogísticos.


LINK:

http://www.scielo.br/pdf/dpress/v10n5/a05v10n5.pdf

domingo, 22 de maio de 2011

Pensamento da Semana


"Se não tornar seus sonhos em realidade, a realidade os levará embora."



Eric Pio

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cisto ósseo simples em pacientes sob tratamento ortodôntico – relato de dois casos





Artigo publicado na Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial em 2008, pelos autores Carla Peixoto Valladares, Mônica Simões Israel, José Wilson Noleto, Cícero Luiz Souza Braga, Simone de Queiroz Chaves Lourenço, Eliane Pedra Dias com o objetivo de apresentarem dois casos clínicos de cisto ósseo simples em pacientes sob tratamento ortodôntico. Os referidos autores discutem, baseados na literatura, a possível relação do tratamento ortodôntico e a etiologia do cisto ósseo simples.

O cisto ósseo simples constitui uma lesão óssea não neoplásica que representa aproximadamente 1% de todos os cistos maxilares, acometendo as regiões de corpo e sínfise de mandíbula com maior freqüência. Sua etiologia e patogênese ainda não são bem conhecidas, mas acredita-se em uma origem traumática, que levaria à hemorragia intra-óssea e conseqüente liquefação do coágulo, levando ao desenvolvimento do cisto.

Nos casos apresentados, discute-se se há relação do trauma associado ao tratamento ortodôntico com o surgimento do cisto ósseo simples, ou se representa apenas um achado radiográfico. Em um dos relatos descritos, a lesão surgiu em vigência do tratamento ortodôntico, sugerindo que o trauma resultante da movimentação dentária mecanicamente induzida poderia ter provocado a ruptura de pequenos vasos sangüíneos e o conseqüente desenvolvimento do cisto. Porém os autores abordam alguns pontos importantes, como:

1. 1 . O rígido controle radiográfico no tratamento ortodôntico possibilita a descoberta ocasional de lesões intra-ósseas, levando a um aumento da freqüência do diagnóstico de certas doenças.

2A 2. A segunda década de vida, onde há maior prevalência deste cisto, também representa a faixa etária de maior procura pelo tratamento ortodôntico.

Conclusão dos autores

Apesar das freqüentes publicações sobre relatos de caso e modalidades de tratamento, a escassez de pesquisas científicas que melhor investiguem a etiopatogênese do cisto ósseo simples impede que qualquer afirmação conclusiva possa ser feita sobre a efetiva participação do trauma ortodôntico no desenvolvimento desta lesão.

LINK:http://www.scielo.br/pdf/dpress/v13n2/a15v13n2.pdf

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista com Marlos Loiola e Wendel Shibasaki



Nosso Amigo e Colega Periodontista Dr. Alex Guedes que conta com o apoio da Dra. Viviene Barbosa sua colaboradora no Blog Perio OnLine nos deixaram honrados com o convite para entrevista. Falamos um pouco da interação Orto-Perio, Alinhadores estéticos, Ortodontia Lingual, Aspectos éticos em Prontuario, Redes Sociais, Blogs, GEORTO, Etc...

O Blog Perio Online, possui uma formatação que foca o resumo de artigos ligados a periodontia, implante e estética, boa dica para os colegas que gostam desta área que anda intimamente ligada a nossa Ortodontia !!!

Link da entrevista com Marlos Loiola:


Link da entrevista Wendel Shibasaki:



Link do BLOG Perio Online:


Twitter do Perio Online:



sábado, 14 de maio de 2011

Morfologia tridimensional da raiz e do osso trabecular alveolar durante a movimentação dentária através da tomografia micro computadorizada




Neste artigo de 2011, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Li Zhuang; Yuxing Bai; Xianying Meng; da Department of Orthodontics, School of Stomatology, Capital Medical University, Beijing, China; Mostra um estudo com tomografia computadorizada microscopica da morfologia dentaria e do osso alveolar de ratos que se submeteram a mecanoterapia ortodontica.

Este estudo foi realizado com o intuito de investigar os efeitos da magnitude da força sobre a estrutura tridimensional do osso alveolar e a reabsorção trabecular.

Vinte e dois, ratos Sprague Dawley de 11 semanas de idade, foram divididos aleatoriamente em dois grupos que receberam uma força mesial ortodôntica dirigida aos primeiros molares superiores direitos com diferentes magnitudes de força, 30 g ou 100 g, durante 2 semanas. Os molares contra laterais serviram como controle. Os dentes e ossos alveolares ao redor dos dentes foram dissecados e os animais sacrificados, posteriormente foram escaneados com micro-tomografia computadorizada (TC). As propriedades estruturais do osso trabecular e o volume da reabsorção nas raízes mesial dos primeiros molares superiores foram analisados .


A fração do volume ósseo do grupo 30gr e do grupo de 100 gr aumentou significativamente em ambos os grupos e a separação trabecular do grupo de 100 gr diminuiu significativamente em comparação com os controles (P, 0,05). O volume total de reabsorção radicular em todos os grupos experimentais e o volume de reabsorção da superfície inferior distal no grupo de 100 gr aumentou significativamente em comparação com os controles (P, 0,01). O volume da superfície da raiz mesial superior no grupo de 30 gr aumentou significativamente em comparação com o grupo de 100 gr e controles (P, 0,05).


O osso alveolar trabecular ficou mais denso, após a aplicação de força ortodôntica durante 14 dias. Os efeitos de 30 gr e 100 gr de forças ortodônticas sobre a reabsorção radicular foi diferente nas superfícies superior mesial e inferior distal, das raízes mesiais dos primeiros molares superiores.



Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:


http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/071910-418.1

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Expansão cirúrgica da maxila





Artigo publicado em 2009 na R Dental Press Ortodon Ortop Facial, pelos autores Eduardo Sant’Ana, Marcos Janson, Érika Uliam Kuriki, Renato Yassutaka F. Yaedú. Os autores apresentam caso clínico de atresia maxilar tratada com expansão cirúrgica e discutem sobre o assunto.

Embora a expansão rápida da maxila possa ser considerada um procedimento ortodôntico eficaz e amplamente utilizado na correção da deficiência transversa maxilar em crianças e pacientes adolescentes jovens, seu prognóstico não se apresenta muito favorável na correção dessa condição oclusal em pacientes adultos ou no final da adolescência. Nesses pacientes, a correção da deficiência transversa pode ser realizada com sucesso através da intervenção cirúrgica, seja por meio da expansão assistida ou da osteotomia multissegmentada da maxila.

A deficiência transversa da maxila é uma condição de etiologia multifatorial e, apesar da obstrução das vias aéreas superiores e hábitos parafuncionais como sucção digital e de chupeta serem considerados os fatores mais comuns, não menos importantes são o pressionamento lingual atípico, as perdas dentárias precoces e as assimetrias esqueléticas.

Historicamente, a sutura palatina mediana foi considerada como sendo a área de maior resistência à expansão, mas Lines, Bell e Jacobs demonstraram que as áreas de aumento da resistência são as suturas zigomatotemporais, zigomatofrontais e zigomatomaxilares. Soma-se a isso a diminuição da bioplasticidade óssea, que torna mais rígidos os pilares de dissipação das forças na maxila.

A expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente é um procedimento eficaz, mas restringese a pacientes que apresentam somente problemas transversais maxilares. Nos casos de deficiências em outros planos, a expansão cirurgicamente assistida pode ser realizada como um primeiro tempo cirúrgico, não dispensando a correção dos demais planos numa cirurgia posterior. Atualmente, quando a deficiência transversa da maxila associa-se a outras, o paciente pode ser submetido a um único procedimento cirúrgico, no qual essa atresia é corrigida com a osteotomia multissegmentada da maxila.

Os autores descrevem um caso clínico realizado sob anestesia local e discutem sob atresia maxilar.

Baseado na experiência dos autores:

1. O serviço tem indicado a expansão cirurgicamente assistida de maxila usando expansor Hyrax somente em duas situações: a primeira quando só se pretende expandir a maxila e mais nada, ou seja, em pacientes com relação sagital boa e sem mordida aberta anterior; e a segunda nos casos em que se pretende corrigir sagitalmente os maxilares previamente à cirurgia ortognática, onde esta expansão será maior do que 10mm.

2. Anestesia local em 100% dos casos clínicos

3. Afirmam que a multissegmentação maxilar resolve quase todos os casos clínicos onde exista atresia maxilar, permitindo, com segurança, a correção precisa dessa atresia e o posicionamento correto dos dentes em oclusão, proporcionando uma boa estabilidade pós-operatória e facilitando o tratamento dos pacientes com palato ogival e profundo.

CONCLUSÕES DOS AUTORES

A expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente é um procedimento eficaz e seguro para a correção da deficiência transversa em pacientes adultos. Entre suas vantagens, podemos citar a rapidez para obter a expansão, a segurança para correções de até 14mm e a possibilidade de uso de anestesia local, o que reduz o custo do procedimento.

Um diagnóstico correto das deficiências transversais da maxila e um plano de tratamento realizado em conjunto pelo ortodontista e pelo cirurgião bucomaxilofacial possibilitam o sucesso da correção dessas deficiências e a satisfação dos pacientes.




Link: http://link.periodicos.capes.gov.br/sfxlcl3?sid=metalib:L_SCIELO&id=doi:&genre=&isbn=&issn=1415-5419&date=2009&volume=14&issue=5&spage=92&epage=100&aulast=Sant%27Ana&aufirst=&auinit=&title=Rev.%20Dent.%20Press%20Ortodon.%20Ortop.%20Facial&atitle=Expans%C3%A3o%20cir%C3%BArgica%20da%20maxila&sici=&__service_type=&pid=%3Cmetalib_doc_number%3E009902360%3C/metalib_doc_number%3E%3Cmetalib_base_url%3Ehttp://svrperiodicos2.periodicos.capes.gov.br%3C/metalib_base_url%3E%3Copid%3E%3C/opid%3E