ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: março 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

Alguns aspectos da mecânica das alças de retração ortodôntica













Neste artigo de 2008 na revista Dental Press, pelos autores Marcelo do Amaral Ferreira, Paulo César Borges, Marco Antônio Luersen, UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Bucaram verificar a eficiência e aplicações de alças de retração com a utilização dos metodos de elementos finitos.

As alças de retração ortodôntica vêm sendo estudadas há cerca de cinqüenta anos, por meio de procedimentos experimentais, analíticos e numéricos como o Método dos Elementos Finitos (MEF). Uma vez ativadas, as alças exercem carregamento sobre um ou mais dentes e esses o transmitem para o ligamento periodontal, produzindo movimentação dentária. Conforme o plano de tratamento delineado, pode-se obter a retração isolada de caninos, com o intuito de “aliviar” uma situação de desalinhamento dentário, por falta de espaço (discrepância dentoalveolar), na região anterior e também de obter relação de caninos de Classe I. Podem ser utilizadas como componentes dos arcos segmentados para a retração do bloco anterior (caninos e incisivos), protração dos blocos posteriores (prémolares e molares), ou ambos os movimentos. A protração de um lado do arco dentário e retração de outro podem ser planejadas em casos onde ocorra assimetria.

Um complexo sistema de forças torna-se presente quando da inserção dessas alças nas canaletas verticais dos braquetes dos caninos e nas canaletas horizontais dos tubos auxiliares das bandas dos molares. Esse sistema de forças é constituído de componentes de forças verticais, horizontais, momentos de força e de binários (momentos que ocorrem no interior do tubo molar após inserção da alça previamente conformada, provenientes de duas forças paralelas de mesma intensidade, mas de sentidos opostos). Os efeitos indesejáveis no posicionamento dos dentes podem ser controlados por: (A) adequada conformação geométrica das alças, com angulações em suas extremidades, no plano sagital e vestibulolingual (neste caso, para evitar deslocamento da coroa do canino para vestibular, durante a distalização do mesmo); (B) por meio de ancoragem intra-arco (ex. barra palatalina); e (C) por meio de ancoragem extrabucal.

A Mecânica Segmentada de Arcos (MSA) emprega alças, porém difere das demais técnicas pelo fato de apresentar três segmentos de arcos unidos entre si, por alças e/ou por dispositivos auxiliares, como a barra palatalina e o arco lingual. Arcos de titânio-molibdênio (TMA) com o objetivo de intrusão ou de extrusão podem ser também utilizados, adaptados em tubos auxiliares para produzir os movimentos desejados. Na MSA as alças são conformadas geometricamente e, em seguida, fixadas por dois extremos: um localizado anteriormente em um braquete (apoio engastado) e outro localizado posteriormente, na forma de um tubo (engaste deslizante).

O tipo de movimentação resultante dependerá do plano de tratamento estabelecido, estando diretamente relacionado com a geometria da alça utilizada, a forma e as dimensões da secção transversal do fio, a liga metálica, bem como o uso de forças auxiliares, como a de elásticos intermaxilares. Uma vez ativada, a alça tende a voltar ao seu estado inicial, liberando a energia elástica que foi armazenada durante a sua abertura (ativação), provocando o deslocamento dos dentes. Após serem conformadas geometricamente (exemplo da alça em T-loop, as alças devem apresentar inclinações em suas extremidades, as quais geram momentos de força. Poucas alças têm seus momentos determinados de acordo com as inclinações de suas extremidades, ou seja, poucas possuem um template para auxílio da conformação geométrica, onde uma dada conformação em graus corresponderia a uma magnitude de momento de força.

Diversas alças de retração ortodôntica, com finalidade de fechar espaços de maneira sistemática e controlada, vêm sendo estudadas e desenvolvidas ao longo dos anos. Como exemplo, as clássicas alças retangulares verticais, com loop fechado, desenvolvidas por Bull, as alças verticais helicoidais estudadas por Fryar, e depois modificadas por Burstone, Baldwin e Lawless, as alças verticais estudadas por meio de métodos analíticos e experimentais, e as alças em T-loop. Inicialmente as alças foram testadas experimentalmente, considerando a força armazenada por unidade de ativação (constante elástica).

Com a evolução desses dispositivos, foi necessário considerar suas componentes verticais, os momentos alfa (região anterior) e beta (região posterior) e a relação momento-força (M/F). Em 1933, Peyton e Moore estudaram alças do tipo cantilever “reflexas” para a inclinação vestibular de incisivos, as quais eram soldadas a um arco lingual. As alças eram feitas de ouro com secção transversal de 0,018” (0,457mm) de diâmetro e eram testadas em termos de força-deflexão, fixando uma de suas extremidades por meio de um tubo e aplicando “pesos mortos” no lado livre da alça em diferentes posições.

Fryar estudou experimentalmente, em 1960, na Universidade de Indiana, alças helicoidais verticais para retração de caninos e também alças para a retração dos dentes anteriores, confeccionadas em aço inox e com secção transversal de 0,008” x 0,020” (0,203mm x 0,508mm). O método consistia em testes de tração onde segmentos de fios de secção transversal de 0,021” x 0,025’’ (0,533mm x 0,635mm) se uniam às alças por meio de um tubo. Um desses segmentos de fio permitia prender uma extremidade da alça de maneira fixa, enquanto a outra era dobrada em ângulo reto para que essa fosse inserida perpendicularmente em um transdutor, o que evitaria que a alça se inclinasse e, ao mesmo tempo, simularia sua posição em boca. Teasley, Penley e Morrison27, da Universidade do Texas, desenvolveram um instrumento capaz de resolver complexos sistemas de força em seis componentes (vestibulolingual, distomesial e apico-oclusal).

O instrumento foi construído com seis extensômetros de deslocamento, com acurácia de 2% e precisão considerada alta, segundo análise estatística. Em 1974, Yang e Baldwin compararam, experimentalmente, variações de alça “vertical” e da alça Bull-loop feitas de aço inox de 0,017” x
0,022’’ (0,432mm x 0,558mm), por meio de um dispositivo mecânico-eletrônico para a medição da constante de mola, das forças aplicadas e das deflexões resultantes. As alças foram também estudadas por meio de simulação numérico-computacional, utilizando o método dos elementos finitos. As alças com geometria Bull-loop produziram constante de mola de 57gf/mm, enquanto as alças verticais produziram 114gf/mm. Em 1982, Burstone avaliou, experimentalmente, alças em titânio-molibdênio (TMA) do tipo Tloop com secção transversal de 0,017” x 0,025’’ (0,432mm x 0,635mm), por meio de um transdutor especialmente desenvolvido para testar o desempenho de alças para retração anterior, protração posterior e ambos os movimentos simultaneamente.

Essas alças foram capazes de produzir momentos de força necessários para os movimentos desejados, além de permitirem a retração isolada de caninos, quando construídas de maneira híbrida, com fios 0,018-0,017” x 0,025’’ (0,457-0,432mm x 0,635mm).

Em 1997, Siatkowski realizou um criterioso estudo sobre arcos contínuos com alças chamadas Opus loop, construídos com liga de titânio-molibdênio (TMA) de secção transversal de 0,017” x 0,025” (0,432mm x 0,635mm) e de aço inox 0,016” x 0,022” e 0,018” x 0,025” (0,406mm x 0,558mm e 0,457mm x 0,635mm, respectivamente) onde inicialmente foi feita uma abordagem analítica, seguida de um estudo experimental, utilizando uma célula de carga para medir forças e momentos. Segundo o autor, esses arcos são capazes de produzir um sistema de forças mais eficiente, por meio de relações M/F que variam em um pequeno espectro (8 a 9,1mm), e sem contar com a introdução de momentos residuais, o que permite um verdadeiro período de repouso quando desativados.

Ferreira et al. estudaram o desempenho de um protótipo de alça de retração ortodôntica, desenvolvido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), por meio de um novo dispositivo de medição de forças, o qual continha doze extensômetros de resistência elétrica que transformavam solicitações mecânicas em sinais elétricos. As alças estudadas foram confeccionadas em titânio-molibdênio com secções transversais de 0,016” x 0,022” (0,406mm x 0,558mm) e 0,017” x 0,025” (0,432mm x 0,635mm). Neste estudo obtiveram-se as interações entre as variáveis geométricas e o sistema de forças resultantes das ativações.

Também simulações computacionais utilizando o Método dos Elementos Finitos (MEF) podem constituir uma ferramenta útil para avaliar um determinado protótipo. Em uma simulação podem-se estimar as forças, momentos e tensões em função da ativação, antes de construir o protótipo físico. Desta forma, caso seja necessário, pode-se redefinir a geometria da alça, objetivando melhorar seu desempenho.

Com a evolução da técnica do arco de canto (Edgewise), surgiram os sistemas conhecidos como tracks (nome dado ao conjunto de arcos segmentados que permite deslizamento dos grupos de dentes), característicos da técnica segmentada dos arcos, descrita por Braun e Marcotte. Neles os arcos metálicos são constituídos de vários segmentos, unidos entre si indiretamente por meio dos braquetes e tubos (acessórios que suportam e permitem deslizamento dos arcos metálicos), onde um dente, ou um grupo de dentes, se aproxima entre si por meio de alças de fechamento de espaço. Com isso, é possível aplicar forças pré-determinadas e precisas, bem como obter melhor controle dos momentos gerados pela alça de retração, a qual une os segmentos posteriores e o anterior.

Deve-se também sempre estar atento às variabilidades biológicas, pois diferentes anatomias dentárias provocam diferentes respostas biológicas para as mesmas magnitudes de forças e momentos. Além disso, na clínica, a limitada exatidão em aplicar determinada ativação em uma alça e a variação das forças da mastigação podem causar regiões de deformação plástica, alterando a direção e magnitude da força empregada pela alça.

Essas alças desempenham um papel relevante para a movimentação dentária, seja utilizando-as em um contexto seccional, atuando em um ou mais quadrantes do arco dentário de maneira isolada, seja fazendo parte de um arco segmentado. O conhecimento da biomecânica é de fundamental importância para o entendimento do sistema de forças envolvido e, conseqüentemente, para a escolha adequada da alça e das magnitudes de ativações e pré-ativações.

A construção de templates para a conformação dessas alças, baseada nas forças e momentos desejados, permite ao clínico seu uso racional, promovendo movimentação dentária adequada, dentro de níveis biológicos compatíveis e de forma sistematizada, controlando de forma mais acurada o tipo de movimento desejado. A modelagem computacional através do Método dos Elementos Finitos é um meio eficiente, com custo relativamente baixo, e serve para estudar o comportamento de um corpo. Assim, pode-se simular diferentes configurações de alças sem a construção de protótipos físicos. Entretanto, deve-se lembrar que o Método dos Elementos Finitos baseia-se em modelos matemáticos, onde são feitas hipóteses simplificadoras, as quais devem ser conhecidas e verificado seu campo de validade, para que os resultados finais obtidos sejam próximos da realidade. Já os métodos experimentais se aproximam mais da condição real, porém com custo mais elevado, requerendo dispositivos ou máquinas apropriadas. A utilização em diferentes estágios de ambos os métodos é aconselhável para um melhor desenvolvimento e caracterização dos protótipos de alças.

Link do Artigo na Integra via Scielo:

quarta-feira, 25 de março de 2009

ReBond



Este produto da Orthosource promete a recolagem de todos os tipos de braquetes sem jateamento previo, só com a ação quimica do produto, não achei nenhum artigo cientifico que mostre tal eficiência.

A Orthosource diz:


O braquete caiu? Cole com ReBond!

O único adesivo específico para recolagem de braquetes e acessórios.A OrthoSource inovou para facilitar seu dia-a-dia! Agora você pode recolar os braquetes em aço, cerâmica, compósito, tubos e acessórios ortodônticos garantindo economia e agilidade em seu consultório.O ReBond da OrthoSource é um produto único, sem similares no mundo. Somente uma empresa especializada na pesquisa, desenvolvimento e fabricação de adesivos e cimentos para ortodontia, em contato diário com as necessidades de seus clientes, poderia oferecer um produto como este.

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Veja o que você ganha ao usar o Sistema ReBond:

Economia - Recolagem dos braquetes que descolaram, eliminando trabalho e custo de manter um estoque de reposições.

Flexibilidade - Pode ser usado em todos os braquetes, independente da quantidade de resina remanescente na malha.

Rapidez - Em poucas etapas o braquete é limpo e preparado para o reposicionamento.

Facilidade na utilização - Processo é tão simples que a limpeza e o preparo do braquete podem ser realizados pela assistente.

Praticidade - Sistema Color Change – Coloração laranja facilita o posicionamento e a remoção de excessos - Fica incolor após a fotopolimerização.

Ótima retenção - O ReBond Primer prepara a peça para colagem garantindo excelente retenção e remoção facilitada.

Facilidade no posicionamento - Consistência ideal permite o posicionamento de várias peças antes da fotopolimerização.

Sem desperdício de tempo e material - Sistema pasta única.

Liberdade - Você não depende mais do estoque de reposições do seu fornecedor - Pode reutilizar a mesma peça que caiu.

Durabilidade - Vida útil de 2 anos em temperatura ambiente (média) ou geladeira (retirar 30 minuto antes do uso).

Facilidade de Colar e Remover - Não agride o esmalte - os braquetes são facilmente removidos com alicate ou pistola e o adesivo é totalmente removido apenas com um instrumental.


Perguntas mais freqüentes

1. Como o ReBond Primer e o Sistema ReBond funcionam?

O ReBond Primer é uma resina fotopolimerizável que irá aderir bem a todas as peças (aço inoxidável, cerâmica e plástico/compósito). Após o preparo apropriado da superfície do braquete descolado, o ReBond Primer é aplicado na superfície do braquete e fotopolimerizado. O Adesivo ReBond é então colocado sobre o ReBond Primer fotopolimerizado. O braquete é posicionado sobre o esmalte condicionado, pressionado firmemente, e depois fotopolimerizado. Este sistema é simples e confiável.


2. Por quê braquetes, aparentemente limpos, que se soltaram necessitam do ReBond Cleaner?

Quantidades microscópicas de umidade e detritos que não são facilmente visíveis devem ser removidas da superfície do braquete, pois elas irão interferir na adesão do ReBond Primer. O ReBond Cleaner irá soltar os detritos e remover a umidade, e um jato de ar comprimido irá eliminar o material interferente.


3. Por quê toda a resina residual sobre a superfície posterior do braquete deve ser asperizada?

A asperização da resina residual sobre o braquete com uma broca diamantada limpa e aumenta a área superficial disponível para adesão.


4. Qual é a vantagem do Agente Condicionador ReBond em comparação com outros condicionadores?

Embora o Agente Condicionador ReBond contenha os usuais 35% de ácido fosfórico, ele também contém agentes espessantes que são extremamente solúveis em água. Assim, o Agente Condicionador ReBond é facilmente lavado, eliminando quaisquer materiais residuais que poderiam bloquear reentrâncias retentivas e prismas de esmalte condicionado.


5. É necessária uma lâmpada especial para fotopolimerizar quaisquer produtos ReBond?

O ReBond Primer e o Adesivo ReBond irão se polimerizar sob qualquer tipo de lâmpada fotopolimerizadora — halógena, LED ou plasma.


6. Por quê o ReBond Primer é um material Color-Change (que Muda de Cor)?

A coloração laranja escura do ReBond Primer permite que o Ortodontista veja a aplicação regular e completa do ReBond Primer sobre a superfície dos braquetes limpos e/ou asperizados. Quando aplicado sobre braquetes cerâmico ou de plástico/compósito, o ReBond Primer irá desaparecer durante a fotopolimerização e não será mais visível.


7. O uso do ReBond Primer dificulta a remoção do braquete no futuro?

O ReBond Primer não afeta a simples remoção dos braquetes da superfície do esmalte. O ReBond Primer permite que o Adesivo ReBond fique aderido à superfície do braquete. O braquete é cimentado à superfície do esmalte condicionado pelo Adesivo ReBond, que irá se separar facilmente do esmalte do dente com o emprego das técnicas usuais de remoção de braquetes.


8. Qual é a vantagem da característica de Mudança de Cor (Color Change) do Adesivo ReBond?

A característica de Mudança de Cor permite que o Ortodontista imediatamente veja e remova quaisquer excessos de material adesivo que possa bloquear as áreas das ligaduras elásticas sob as asas do braquete. Após a fotopolimerização, todas as minúsculas áreas alaranjadas do Adesivo ReBond irão se tornar transparentes e desaparecer. A característica Color Change é imensamente útil e não afeta a força de adesão.


9. É difícil remover o Adesivo ReBond da superfície do esmalte?

O Adesivo ReBond pode ser facilmente removido com um alicate removedor de resina ou com as técnicas usuais de raspagem manual.


10. O ReBond irá manter braquetes que estejam sob interferência oclusal ou em pacientes relapsos?

Nenhum adesivo ortodôntico, inclusive o ReBond, é capaz de manter braquetes que estejam sob interferência oclusal ou em pacientes que são incapazes ou se recusam a cuidarem dos braquetes de forma apropriada.


11. É necessário aplicar algum primer fotopolimerizável extra sobre a superfície de esmalte condicionado antes da recolocação do braquete com o Adesivo ReBond?

O Adesivo ReBond foi formulado especialmente para aderir diretamente à superfície do esmalte sem o emprego de um primer adicional. Caso o procedimento habitual do Ortodontista seja o de usar um primer ou selante fotopolimerizável sobre a superfície de esmalte condicionado, o Ortodontista ainda pode fazê-lo, embora provavelmente isto não seja necessário. Entretanto, se o Ortodontista usar um primer ou selante, antes de recolocar o braquete com o Adesivo ReBond, o ortodontista deve certificar-se de fotopolimerizar o primer ou selante para evitar que estes materiais líquidos diluam o Adesivo ReBond, o que pode provocar a “flutuação do braquete”. IMPORTANTE:O material deve ser conservado em lugar fresco ou dentro da geladeira. Neste último caso, retirar da geladeira e deixar em temperatura ambiente durante 30 minutos antes de usar.


Como usar o ReBond
Usar o ReBond é muito simples e prático, basta seguir as instruções abaixo na ordem correta:

1 - Limpeza e preparo do braquete.

2 - Condicionamento.

3 - Aplicação e fotopolimerização do Primer ReBond.

4 - Aplicação e fotopolimerização do Adesivo ReBond.


1 - Limpeza e preparo do braquete:

Selecione as instruções de acordo com o aspecto da superfície posterior do braquete:

A - Braquete de aço sem resina residual aparente:

• Aplique uma gota do ReBond Cleaner sobre o braquete.

• Seque com ar comprimido.

• Asperização desnecessária uma vez que não há resina residual. Pronto para o ReBond Primer.

B - Braquete de aço com alguma resina residual:

• Aplique uma gota do ReBond Cleaner sobre o braquete.

• Seque com ar comprimido.

• Asperização da resina na superfície do braquete. Pronto para o ReBond Primer.

C - Braquete de aço completamente coberto de resina residual:

• Não é necessário usar o ReBond Cleaner.

• Asperização da resina na superfície do braquete. Pronto para o ReBond Primer.

D - Braquete cerâmico ou de plástico (compósito) com ou sem resina residual:

• Aplique uma gota do ReBond Cleaner sobre o braquete.

• Seque com ar comprimido.

• Asperização da resina na superfície do braquete. Pronto para o ReBond Primer.

Importante:Para fazer a asperização da resina utilize uma broca diamantada limpa e não esqueça dos protetores oculares ao utilizar motor de alta rotação. A asperização é importante pois aumenta a área superficial disponível para adesão.

2 – Condicionamento:

• Prepare a superfície do esmalte com os procedimentos usuais: profilaxia com pedra-pomes, enxágüe, secagem, condicionamento seguido da sucção do ácido, enxágüe e secagem da superfície de esmalte. Tome todas as precauções apropriadas para o manuseio do ácido fosfórico.

• Condicione por 30 segundos; em seguida lave e seque.

3 – Rebond Primer: Este passo é realizado em todos os braquetes e deve ser efetuado fora da boca.

• Aplique o ReBond Primer no pincel aplicador.

• Aplique uma fina camada de Rebond Primer na superfície posterior do braquete.

• Fotopolimerize o ReBond Primer sobre o braquete durante 5 segundos.

4 – Adesivo Rebond: Este passo é realizado em todos os braquetes.

• Coloque o Adesivo ReBond sobre o ReBond Primer fotopolimerizado.

• Posicione o braquete sobre a superfície vestibular do dente e ajuste-o na posição desejada.

• Posicionado o braquete, pressione-o firmemente para minimizar a camada de adesivo.

• Remova os excessos de Adesivo ReBond com uma cureta.

• Fotopolimerize o Adesivo ReBond em diversos ângulos durante 30 segundos. Sugestões:

• Antes de iniciar o preparo do braquete, retire quaisquer excesso de resina residual que se estenda além da base do braquete com uma pinça ou alicate.

• Um alicate para remover braquetes com garra dupla é excelente para segurar firmemente o braquete durante as etapas 1 a 3.

• A fim de economizar o tempo do Ortodontista, a limpeza e preparo do braquete podem ser realizados por um assistente, desde que apropriado e permitido por lei.

• Quando for recolar vários braquetes, os passos :

(1) limpeza e preparo do braquete e

(2) condicionamento podem ser realizados para todos os braquetes ao mesmo tempo. Contudo, os passos

(3) ReBond Primer e

(4) Adesivo ReBond devem ser realizados em seqüência individualmente.

Atenção:

• Este produto deve ser usado somente por cirurgiões-dentistas, segundo as instruções técnicas acima descritas e de acordo com padrões da prática profissional. A OrthoSource não é responsável por danos ocasionais ou em conseqüência do uso inapropriado.

• Mantenha em temperatura ambiente, sem exceder 24ºC.

• Apesar das instruções estarem descritas para a utilização em braquetes, você pode utilizar o ReBond para RECOLAR diferentes peças, como tubos, botões ou quaisquer acessórios para colagem.




Link do Fabricante:


http://www.orthosource.com.br/orthosource/produtos/adesivos/reb.htm

segunda-feira, 23 de março de 2009

Mordida cruzada posterior: uma classificação mais didática

























Neste artigo de 2008, publicado pela revista Dental Press, pelos autores Arno Locks, André Weissheimer, Daltro Enéas Ritter, Gerson Luiz Ulema Ribeiro, Luciane Macedo de Menezes, Carla D’Agostini Derech, Roberto Rocha; mestre e doutores em Ortodontia pela UERJ, UFRJ, UNESP, PUC-RS. Fizeram uma revisão de toda a literatura ligada as formas de mordidas cruzadas, e depois as classificaram.

No que se refere à classificação das mordidas cruzadas posteriores, a literatura compulsada apresenta-se diversificada e sofrendo diversas modificações de acordo com a experiência de cada autor, permitindo, desta maneira, que haja uma certa dificuldade na compreensão, diagnóstico e tratamento destas más oclusões.

Entende-se por mordida cruzada posterior a relação anormal, vestibular ou lingual de um ou mais dentes da maxila, com um ou mais dentes da mandíbula, quando os arcos dentários estão em relação cêntrica, podendo ser uni ou bilateral.

Moyers classificou as mordidas cruzadas, com base em sua etiologia, em: dentária - quando resultante de um sistema imperfeito de erupção, onde um ou mais dentes posteriores irrompem numa relação de mordida cruzada, mas não afetando o tamanho ou a forma do osso basal; muscular - quando ocorre uma adaptação funcional às interferências dentárias, sendo que os dentes não estão inclinados dentro do processo alveolar, porém, apresentando um deslocamento da mandíbula e um desvio da linha média; e óssea - que ocorre em conseqüência de uma discrepância na estrutura da mandíbula ou maxila, conduzindo a uma alteração na largura dos arcos. Esta má oclusão pode se apresentar uni ou bilateralmente, bastando, para o diagnóstico definitivo, posicionar a mandíbula de tal maneira que haja coincidência das linhas médias inferior e superior, uma vez que vários pacientes com mordida cruzada unilateral poderiam ser portadores de uma constrição bilateral do arco.

McDonald e Avery classificaram a mordida cruzada posterior em óssea - quando a mesma era resultante de discrepância na estrutura da mandíbula ou da maxila, podendo existir uma discrepância na largura dos arcos, e uma inclinação lingual dos dentes superiores; dentária - quando a má oclusão era resultado de um sistema imperfeito de erupção dentária, apresentando um ou mais dentes em relacionamento de mordida cruzada, porém, não apresentando irregularidade alguma no osso basal; e funcional - quando a má oclusão era decorrente de um deslocamento da mandíbula para uma posição anormal, porém mais confortável para o paciente. É importante observar que na mordida cruzada funcional não ocorriam sinais de discrepância nas linhas médias superior e inferior quando a mandíbula encontrava-se em posição de repouso, porém apresentando desvio da mandíbula, no sentido da mordida cruzada, quando os dentes entravam em oclusão.

Proffit et al. classificou as mordidas cruzadas posteriores em: esqueléticas - quando resultantes de uma maxila estreita ou de uma mandíbula excessivamente larga; dentárias - quando a base da abóboda palatina apresenta-se normal, mas os processos dentoalveolares inclinavam-se para lingual; dentoalveolares - quando ocorria uma inclinação dos dentes e respectivos alvéolos superiores no sentido lingual, ocorrendo também uma atresia da maxila, porém não sendo observado aprofundamento da abóboda palatina e funcional, quando ocorria desvio da mandíbula
em função de contatos deflexivos.

Quanto à etiologia das mordidas cruzadas posteriores, há diferentes fatores como prováveis causadores da referida má oclusão tais como a respiração bucal, hábitos bucais deletérios, perda precoce ou retenção prolongada de dentes decíduos, migração do germe do dente permanente, interferências oclusais, anomalias ósseas congênitas, falta de espaço nos arcos (discrepância entre o tamanho do dente e o tamanho do arco), fissuras palatinas e hábitos posturais incorretos.

A grande maioria dos casos de mordida cruzada posterior manifesta-se unilateralmente. No entanto, com a mandíbula manipulada em relação cêntrica, quase sempre se observa comprometimento de ambos os lados do arco dentário, havendo uma relação de mordida de topo bilateral, provocando instabilidade oclusal, levando a um desvio da mandíbula, quando então o paciente busca uma posição mais confortável.


MORDIDA CRUZADA FUNCIONAL

Diagnóstico inicial

O paciente, quando observado em norma facial frontal, apresenta assimetria facial por desvio em lateralidade da mandíbula. Ao exame intrabucal em MIH observa-se a presença de mordida cruzada unilateral e desvio de linha média inferior para o lado da mordida cruzada . Devido à memória muscular, geralmente ocorre assimetria mandibular mesmo quando a mandíbula se encontra em posição de repouso.

Diagnóstico definitivo

Para se obter o diagnóstico definitivo, a mandíbula é manipulada em relação cêntrica, a fim de se
observar o relacionamento dentário posterior. O paciente apresenta mordida cruzada funcional quando, em relação cêntrica, não ocorre mais a presença de mordida cruzada posterior, observando-se contato prematuro de algum elemento dentário, geralmente em caninos decíduos. Nos casos de mordida cruzada funcional não ocorre real atresia maxilar, mas somente uma acomodação mandibular para a melhor intercuspidação dentária, com o objetivo de desviar dos contatos prematuros. Geralmente a mordida cruzada funcional ocorre muito precocemente, na dentadura decídua. Esta mordida cruzada, quando não tratada neste período, tem tendência a evoluir para uma mordida cruzada verdadeira, pois a mesma pode ter sua etiologia em algum hábito, como respiração bucal, sucção de dedo ou chupeta. O tratamento indicado é o desgaste seletivo em dentes decíduos, para eliminação de interferências oclusais.


MORDIDA CRUZADA ESQUELÉTICA OU DENTOALVEOLAR POSTERIOR BILATERAL COM DESVIO DE MANDÍBULA

Diagnóstico inicial

Ao se observar o paciente em norma facial frontal, constata-se assimetria facial por desvio em lateralidade da mandíbula, exatamente igual aos casos de mordida cruzada funcional. Ao exame intrabucal em MIH, observa-se a presença de mordida cruzada unilateral e desvio da linha média inferior para o lado da mordida cruzada, semelhante ao observado na mordida cruzada funcional.

Diagnóstico definitivo

Ao se manipular a mandíbula para posição de RC, observa-se uma relação posterior bilateral de topo-a-topo, ou seja, contato das cúspides vestibulares dos dentes superiores com as cúspides vestibulares dos dentes inferiores, demonstrando uma atresia maxilar ou , mais raramente, sobreexpansão mandibular. Como esta relação de topo-a-topo é muito desconfortável, o paciente desvia a mandíbula para um dos lados, parecendo então se tratar de mordida cruzada unilateral. Portanto, o diagnóstico em RC indica a necessidade de expansão simétrica da maxila, pois o problema é bilateral e não unilateral.


MORDIDA CRUZADA ESQUELÉTICA OU DENTOALVEOLAR POSTERIOR BILATERAL SEM DESVIO MANDIBULAR

Diagnóstico inicial

Ao se observar o paciente em norma facial frontal, o mesmo não apresenta assimetria evidente, pois não há desvio de mandíbula. Entretanto, intrabucalmente em MIH, é verificada a presença de mordida cruzada posterior bilateral caracterizada por atresia maxilar acentuada, pois as cúspides vestibulares dos dentes superiores ocluem no sulco principal dos seus respectivos antagonistas. É observada coincidência das linhas médias, exceção feita para os casos clínicos onde está presente um desvio de origem dentária.

Diagnóstico definitivo

Conclui-se que o paciente é portador de uma mordida cruzada posterior esquelética bilateral sem desvio de mandíbula quando, após a manipulação em relação cêntrica, constata-se o mesmo relacionamento dentário posterior verificado em MIH. Os casos de mordida cruzada esquelética posterior bilateral possuem, geralmente, maxila atrésica e/ou inclinação vestibular dos dentes superiores posteriores bilateralmente. Neste caso, diferentemente da mordida cruzada posterior bilateral com desvio mandibular (em que a oclusão em topo das cúspides vestibulares dos dentes posteriores promove desvio mandibular), como a atresia de maxila é maior, as cúspides vestibulares superiores ocluem no sulco principal dos dentes inferiores, resultando numa oclusão estável e sem desvio mandibular. Desta forma, há necessidade de expansão simétrica da maxila de uma maneira mais acentuada, pois a atresia é importante.


MORDIDA CRUZADA ESQUELÉTICA OU DENTOALVEOLAR POSTERIOR UNILATERAL UM DESVIO MANDIBULAR

Diagnóstico inicial

A exemplo da mordida cruzada funcional e mordida cruzada posterior bilateral com desvio mandibular, no exame facial em norma frontal o paciente apresenta assimetria facial pelo desvio em lateralidade da mandíbula. Durante o exame intrabucal em MIH é observada mordida cruzada posterior unilateral com desvio de linha média inferior para o lado do cruzamento.

Diagnóstico definitivo

No diagnóstico definitivo desta má oclusão, se ao ser realizada a manipulação da mandíbula em RC for constatada a permanência da mordida cruzada unilateral, verifica-se uma mordida cruzada posterior esquelética unilateral com desvio de mandíbula, pois o paciente desvia a mandíbula em MIH, devido a contatos prematuros desconfortáveis, quando em oclusão.

Ao se analisar o arco maxilar numa visão posterior, constata-se a atresia do lado da mordida cruzada, demonstrando um arco assimétrico, indicando a necessidade de expansão assimétrica, com mais ação do lado da mordida cruzada. Já no arco inferior, geralmente é observada uma verticalização dos dentes do lado da mordida cruzada, como conseqüência da oclusão invertida deste lado.


MORDIDA CRUZADA ESQUELÉTICA OU DENTOALVEOLAR POSTERIOR UNILATERAL SEM DESVIO MANDIBULAR

Diagnóstico inicial

Durante o exame facial em norma frontal, não se verifica assimetria facial, pois a mandíbula não apresenta desvio ou assimetria. Intrabucalmente, em MIH, o paciente apresenta coincidência de linhas médias e presença de mordida cruzada unilateral, com as cúspides vestibulares superiores ocluindo no sulco principal dos dentes inferiores.

Diagnóstico definitivo

Com a finalidade de se diagnosticar definitivamente a referida má oclusão, a mandíbula deve ser manipulada em RC, a fim de se verificar o padrão oclusal. Será, então, classificada como mordida cruzada posterior esquelética unilateral sem desvio de mandíbula quando o referido padrão de oclusão, já constatado em MIH, for novamente observado em RC. Quando realizado o exame do arco superior, este apresenta atresia no lado da mordida cruzada, enquanto, geralmente, no arco inferior ocorre uma verticalização dos dentes do lado do cruzamento da mordida.


MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTÁRIA COM DESVIO MANDIBULAR

Diagnóstico inicial

Durante o exame facial em norma frontal é observada assimetria facial por desvio mandibular. Em MIH, o paciente apresenta um ou dois elementos dentários posteriores com assimetria em relação aos outros dentes e em mordida cruzada com seu antagonista. A presença de contatos prematuros faz com que a mandíbula seja desviada para um dos lados, na tentativa de um relacionamento oclusal mais estável, portanto há desvio de linha média inferior para o lado do cruzamento. Os arcos dentários apresentam-se normais, não sendo observada nenhuma atresia esquelética dos mesmos.

Diagnóstico definitivo

Conclui-se que o paciente é portador de uma mordida cruzada posterior dentária com desvio mandibular quando, em RC, observa-se a presença de um ou dois elementos dentários em mordida cruzada com os seus antagonistas, devido à inclinações axiais errôneas, sem componente esquelético, indicando somente correção destes dentes, posicionando-os corretamente em suas bases alveolares.


MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTÁRIA SEM DESVIO MANDIBULAR

Diagnóstico inicial

Durante o exame facial em norma frontal, não é verificada assimetria facial, pois a mandíbula não
apresenta desvio ou assimetria. Em MIH, o paciente apresenta um ou dois elementos dentários posteriores com assimetria em relação aos outros dentes e em mordida cruzada com seus antagonistas. Devido à ausência de contatos prematuros não se observa desvio da linha média inferior. Os arcos dentários apresentam-se normais, não sendo observada nenhuma atresia esquelética dos mesmos.

Diagnóstico definitivo

Conclui-se que o paciente é portador de uma mordida cruzada posterior dentária sem desvio mandibular quando, em RC, apresenta o mesmo padrão oclusal que em MIH, ou seja, presença de apenas um ou dois elementos dentários em mordida cruzada, devido a inclinações dentárias errôneas, sem comprometimento esquelético, portanto, indicando a correção destes elementos dentários para suas posições normais, tornando-os simétricos em relação aos outros.


MORDIDA CRUZADA POSTERIOR VESTIBULAR TOTAL

Essa má oclusão, também conhecida como síndrome de Brodie, se caracteriza por uma relação anormal no sentido vestíbulo-lingual entre a maxila e a mandibula, onde a maxila engloba toda a mandíbula, ou seja, em mordida cruzada vestibular total. Esta má oclusão pode resultar de uma maxila excessivamente larga, de uma atresia severa da mandíbula ou ainda uma combinação destas duas situações. Em MIH observa-se que o arco maxilar está totalmente por vestibular em relação ao arco mandibular, englobando-o de tal modo que os dentes superiores posteriores não ocluem com seus antagonistas. Em RC ocorrerá o mesmo relacionamento encontrado em MIH, confirmando o diagnóstico definitivo de mordida cruzada posterior vestibular total.

Dependendo da gravidade desse tipo de mordida cruzada, o caso poderá ser tratado somente ortodonticamente ou com auxílio de cirurgia.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto ao recurso terapêutico a ser utilizado, o profissional deverá dispor daquele que melhor se adapte ao problema do paciente, considerando as atresias mais importantes ou menos importantes, que podem ser somente dentárias, dentoalveolares ou nas formas mais graves, esqueléticas.

Quanto à época ideal de tratamento, a mesma deve ser o mais precoce possível, desde o momento em que o paciente aceite o tratamento, para que a correção permita um crescimento adequado sem assimetrias, pois as mesmas poderão se tornar definitivas se a mordida cruzada não for tratada precocemente.


Link do Artigo na Integra va Scielo:

domingo, 22 de março de 2009

Pensamento da Semana


Um nascimento representa o princípio de todo - é o milagre do presente e a esperança do futuro. Felicidades pelo nascimento de teu bebê.

Hoje as flores têm uma cor especial, os pássaros cantam mais, o sol brilha com uma nova força e esta noite as estrelas sorrirão pelo nascimento de seu novo bebê. Felicidades.

Um bebê nasce com a necessidade de ser querido. E nunca perde esta necessidade. Eu estarei entre os muitos que farão que teu novo bebê se encontre entre os seres mais queridos de nossa planeta.

Os bebês nascem com olhos dispostos a ver todo o precioso, abraçar todo o alegre e querer sem condições com todo seu coração.

O milagre de um nascimento é um tesouro único para uma mulher. Felicidades e que o desfrute.
Um bebê recém nascido enche um oco que sua mãe nunca sabia existia em seu coração.

O nascimento de um bebê é a forma na que a Mãe Natureza nos concede outra oportunidade à Terra.

Um bebê muito pequeno pode fazer cumprir os sonhos maiores. Felicidades pelo nascimento de teu bebê.

Cada bebê traz consigo uma nova bênção ao mundo. Felicidades. Cada bebê é um milagre único e impossível de repetir. Felicito-lhe pelo seu.

Há duas coisas nesta vida para as que não estamos preparadas: ¡Gêmeos! Felicidades pelo nascimento dos seus.

Fonte:
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Dr. Wendel Shibasaki e Dra. Mika, esta semana entrará para Historia da Familia Shibasaki. Desejo a vocês do fundo do meu coração, muitas felicidades e muita saúde para Nina que nasceu esta semana.
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Marlos Loiola e Familia

sábado, 21 de março de 2009

Reabsorção condilar progressiva da articulação temporomandibular após cirurgia ortognática












Neste artigo de 2007, publicado pela revista Dental Press, pelos autores Jorge Luiz Jacob Liporaci Junior, Paulo Stoppa, Hélcio Tadeu Ribeiro, Antônio José Borin Neto, Cássio Edvard Sverzut; FORP - USP - Ribeirão Preto - São Paulo. Faz uma revisão criteriosa da literatura que aborda uma patologia preoculpante, a reabsorção condilar após tratamento Orto-cirurgico.

A reabsorção condilar progressiva (RCP) é definida como uma mudança na morfologia docôndilo, com perda óssea e diminuição da altura facial posterior. Wolford e Cardenas relataram que a reabsorção condilar idiopática, também conhecida como condilise idiopática, atrofia condilar e reabsorção condilar progressiva é uma doença bem documentada, mas pobremente entendida.

A etiologia da RCP é multifatorial, incluindo: pacientes do gênero feminino, portadores de má oclusão esquelética de Classe II com mordida aberta ou não, que possuem disfunção temporomandibular previamente ao tratamento orto-cirúrgico, com ângulo do plano mandibular alto, e que foram submetidos à cirurgia ortognática combinada com avanço mandibular acima de 5mm.

A própria má oclusão que o paciente possui pode levar à instabilidade no posicionamento condilar. Por outro lado, a terapia oclusal também pode ocasionar mudanças condilares, principalmente na Ortodontia pré-cirúrgica.

A parafunção (bruxismo, por exemplo) atua perpetuando as DTM’s e gerando uma carga articular aumentada, microtraumas e dor. Liporaci Jr. et al. relataram que é necessário o diagnóstico diferencial da dor orofacial para uma adequada elucidação do problema, pois existem transtornos dolorosos da face que simulam uma DTM e que são tratados erroneamente como tal. A dor pulpar aguda, por exemplo, pode ocasionar sintomas como dor na região da ATM e ouvido. Dessa forma, a dor orofacial em pacientes orto-cirúrgicos deve ter seu diagnóstico diferencial embasado em exames clínicos e complementares, para adequado tratamento da mesma.

O macrotrauma é um fator mecânico de grande impacto, na medida em que a cirurgia ortognática causa macrotraumas nas ATM’s, devido à manipulação óssea maxilomandibular. A instabilidade oclusal pós-operatória também pode favorecer a RCP, sendo o preparo ortodôntico pré-cirúrgico adequado necessário para minimizar os efeitos de uma instabilidade oclusal.

O portador de DTM tem maior risco de desenvolver anquilose da ATM após cirurgia ortognática, bem como sua disfunção, além de não ser curada, pode se agravar. Dessa forma é imperativo tratar a disfunção previamente ao tratamento orto-cirúrgico.

Hwang et al. avaliaram a inclinação do pescoço condilar, pré-operatoriamente, por meio de radiografias panorâmicas e encontraram que a maioria dos côndilos dos pacientes que desenvolveram RCP possuía inclinação posterior. O aumento da carga devido à auto-rotação da mandíbula é um dos principais componentes na etiologia da RCP após cirurgias ortognáticas. O aumento da carga ocorre em casos com maior avanço ou quando uma rotação anti-horária do plano mandibular ocorre durante o avanço cirúrgico da mandíbula.

Ellis III e Hinton demonstraram que a mudança do posicionamento condilar leva a mudanças nas
superfícies articulares. Em seu estudo, os animais do grupo BMM tiveram anteriorização do côndilo e os animais do grupo FIR tiveram deslocamento condilar posterior. Ambas as situações resultaram em alterações histológicas nas articulações. Bouwan et al. estudaram um grupo de 158 pacientes predisponentes à reabsorção condilar. Do total, 32 (3%) apresentaram RCP, sendo que 14 já apresentavam mudanças osteoartróticas após Ortodontia pré-operatória. Dos 91 pacientes operados que foram submetidos ao BMM, 24 (26,4%) desenvolveram RCP, enquanto dos 67 pacientes operados e submetidos à FIR, 8 (11,9%) pacientes desenvolveram RCP. O BMM por 4 a 6 semanas compromete a circulação sinovial (nutrição), o que acontece menos na FIR, logo a capacidade de adaptação da ATM é melhor com FIR do que com o BMM. Isso deixa claro que o BMM deve ser evitado ao máximo nos pacientes susceptíveis a essa patologia.

A FIR com placas ou parafusos posicionais em osteotomias bimaxilares resulta numa incidência consideravelmente mais baixa de RCP, porém numa alta incidência de remodelação, se comparada com o uso de BMM. O retorno à função, ainda que restrita, quando se utiliza a FIR, resulta em remodelação articular, que permite a adaptação das ATM’s à nova carga.

Huang et al. relataram que após a estabilização do processo de reabsorção condilar, uma nova cirurgia ortognática pode ser realizada. Caso o processo não se estabilize, ou tenha nova recidiva após a segunda cirurgia ortognática, pode ser indicada a condilectomia e substituição da articulação com prótese ou enxerto costo-condral. Crawford et al., ao reportarem 7 casos de RCP, relataram manter seus pacientes com terapia de placa oclusal para monitorar mudanças oclusais e, principalmente, aliviar a dor associada à DTM. Em seu trabalho, todos os pacientes apresentaram-se estáveis oclusal e esqueletalmente pelo menos por 12 meses antes da reoperação. Dos 7 pacientes tratados da RCP, 5 tiveram RCP adicional e subseqüente recidiva esquelética após a segunda osteotomia.

A reabsorção condilar após cirurgia ortognática é uma patologia que deve ser tratada por uma equipe multi e interdisciplinar. O aconselhamento dos pacientes é de extrema importância para que estes colaborem e estejam cientes da sua delicada condição clínica que, a despeito de todos os cuidados realizados, pode conduzir à recidiva da má oclusão.

Link do Artigo na integra via Scielo:

quinta-feira, 19 de março de 2009

Histora da Ortodontia - Peter Bimler: uma história de pioneirismo





















Neste artigo de 2004, publicado pela revista Dental Press, pela autora Dra. Anna Bárbara Bimler, PHD e General Manager da Bimler Laboratories, filha do Dr. Hans Peter Bimler; Conta toda a historia deste grande estudioso que ajudou no desenvolviento da ciência Ortodontia através de um dos seus braços de estudos, ligado a Ortopedia dos Maxilares, que aqui no Brasil infelizmente foi erroneamente separada da Ortodontia. Um triste retrocesso ...

No início dos tempos da Ortodontia, durante os séculos 18 e 19, aparelhos fixos feitos de metais preciosos eram o modo mais comuns de tratamento ortodôntico. Em 1881, o desenvolvimento da
mola Coffin pelo Dr. Coffin (1853-1916) iniciou o uso de aparelhos removíveis. Pierre Robin (1867-1950) e seu “Monobloco”, publicado em 1902, contribuíram mais tarde para sua evolução.
Logo após, em 1907, a European Orthodontic Society foi fundada.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os aparelhos removíveis progrediram mais além. Quando a guerra finalmente terminou, a indústria militar alemã praticamente parou; e companhias como Thyssen e Krupp precisavam desesperadamente de clientes civis e novos mercados. Neste exato momento eles haviam desenvolvido o aço inoxidável. O dentista da clínica da Krupp Company, Dr. F. Hauptmeyer, utilizou o aço com sucesso pela primeira vez em próteses, e a Krupp queria introduzi-lo no mercado dentário como um moderno e econômico substituto para os metais preciosos previamente utilizados. Além disso, eles trabalhavam junto com a estabelecida empresa Odontológica Renfert. Um de seus mais conhecidos e mais bem sucedidos produtos era chamado “Wipla” – wie Platin que significa “como platina” em alemão. Logo, o novo metal também era utilizado em bandas e arcos na Ortodontia.

Um pioneiro no campo da Ortodontia foi Charles Nord de Amsterdã. Ele propagou a correção de “dentes tortos” como tratamento para a população em geral, não mais como um luxo para os ricos. Na reunião da EOS em 1920 em Heidelberg, ele apresentou seus métodos de tratamento para crianças pobres ao preço de cinco florins por mês, aproximadamente cinco dólares.

Isso poderia ser feito apenas com os aparelhos removíveis. Novamente, com grande gerenciamento de tempo, A. Martin Schwarz (1887-1963) de Viena, Áustria, apresentou suas placas de expansão em 1936. Isso foi possível graças a seu técnico que havia desenvolvido um moderno parafuso de expansão. Com o uso do parafuso, o tratamento ortodôntico poderia ser executado por qualquer clínico geral sem educação especial ou treinamento. Outros pioneiros dos aparelhos removíveis foram Viggo Andersen (1870-1950) com seu dispositivo elástico e Karl Häupl (1893-1960). Seus métodos de tratamento foram desenvolvidos e aplicados especialmente na Europa Central e na Escandinávia. Ambos tiveram educação em Medicina Geral e Periodontia, desse modo eles colocavam uma grande ênfase nos aspectos médicos dos aparelhos funcionais removíveis. Ao contrário dos aparelhos fixos, eles não causam dano parcialmente irreversível às raízes, esmalte e periodonto – para não mencionar as articulações! Os aparelhos removíveis logo se tornaram um método de tratamento seguro, econômico e moderno.

O oficial médico Dr. Peter Bimler retornou em 1946 de um campo britânico de prisioneiros de guerra para a Alemanha. Ele encontrou seu primeiro emprego como médico assistente de seu tio, um especialista otorrinolaringologista. Logo ele considerou tornar-se um cirurgião plástico. Seu prático pai, entretanto, convenceu-o de que havia muitos cirurgiões plásticos procurando por novas ocupações, enquanto havia poucos ortodontistas, e estes eram extremamente necessários após a guerra. Então, o Dr. Bimler estudou Odontologia num programa especial para médicos e se tornou parceiro na prática ortodôntica de seu pai, que começou praticamente do zero, já que agora eles eram refugiados, restabelecendo-se na Alemanha Ocidental.

A economia desintegrada do pós-guerra na Alemanha requeria de pai e filho um alto nível de inspiração e criatividade. O pouco suprimento de material odontológico disponível era muito caro para eles. Felizmente, o pai, Dr. Walter Bimler, havia salvado alguns rolos de aço inoxidável, e desse modo, seu filho Peter gastou seu tempo livre para desenvolver seu próprio aparelho ortodôntico, para ser independente dos materiais e preços dos outros.

A principal preocupação além do aspecto econômico era a eficiência. Bimler queria combinar a eficiência do tratamento fixo com a segurança dos removíveis. O formato final do Adaptador Oral, “Gebissformer”, foi resultado de vários anos de experiência clínica com diferentes formatos, variações e fios. Até o dia de hoje, o aparelho é utilizado no mundo todo como foi originalmente desenvolvido.

Para Bimler, era muito importante que a língua se movesse facilmente e que a fala do paciente não fosse impedida, desse modo eles poderiam usar o aparelho o dia todo, inclusive na escola. Ele estava muito satisfeito com o rápido progresso de seus pacientes. Como as crianças geralmente são honestas, às vezes elas confessavam que usavam o aparelho apenas à noite. Apesar disso, alguns anos de experiência e observação clínica foram necessários para confirmar que as crianças estavam corretas; de fato, a observação clínica provou que o período noturno era suficiente para o tratamento. Portanto, o Aparelho Bimler, como logo ficou conhecido, podia oferecer a maior vantagem para o conforto do paciente: Corrige seus dentes enquanto você dorme!

Não apenas na Alemanha Ocidental mas também no exterior, o Aparelho Bimler se tornou rapidamente muito popular. Apenas o desenvolvimento e a introdução de partes pré-fabricadas, arcos e molas já prontos em diferentes tamanhos possíveis, poderiam satisfazer a demanda mundial. Com as peças pré-fabricadas, não-técnicos também poderiam rapidamente aprender a montar corretamente um Aparelho Bimler. Estas peças pré-fabricadas se tornaram um grande sucesso e são vendidas no mundo todo até hoje.

Comparando a radiografia da cabeça dos pacientes afetados, havia certos padrões esqueléticos, que estavam relacionados ao sucesso e ao fracasso. Com base nisso, o Dr. Bimler desenvolveu sua análise cefalométrica com o intuito de descobrir por ele mesmo uma explicação para as diferentes reações de seus pacientes aos diferentes métodos de tratamento.

Durante o verão de 1967, Robert Ricketts visitou a Alemanha Ocidental com sua família e comparou notas científicas. Em suas próprias análises, ele deu sua interpretação da nomenclatura anatômica, desse modo “dolicofacial” significa o contrário de “dolicoprosópico” anatômico, que é o contrário de leptoprosópico. Como a versão de Ricketts era geralmente aceita na Odontologia, Bimler preferiu para a descrição dos tipos faciais as palavras horizontal e vertical, que são claramente definidas e internacionalmente entendidas.

Os resultados da análise cefalométrica ajudam com o prognóstico e servem para explicar falha ou
sucesso. Para o diagnóstico de uma má oclusão e a construção do aparelho, apenas os modelos de gesso e o registro da mordida patológica são necessários.


Link do Artigo na integra via Scielo:
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Link do Laboratorio Bimler:
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Links de Artigos relacionados:
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terça-feira, 17 de março de 2009

Técnicas tomográficas aplicadas à Ortodontia: a evolução do diagnóstico por imagens












Neste artigo de 2004, publicado pela revista Dental Press, a autora Rejane Faria Ribeiro-Rotta, Professora Adjunta do Departamento de Ciências Estomatológicas e Coordenadora do Centro Goiano de Doenças da Boca da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás (CGDB/FO/UFG), Goiânia-GO. Mostra de forma abrangente recursos de ultima geração em diagnostico por imagem em Ortodontia. Agora daremos continuidade com a 2ª parte do artigo Ressonância Magnética.

A obtenção de imagens por RM é determinada por um conjunto de princípios físicos totalmente diferentes daqueles que definem as técnicas radiográficas, como a radiologia convencional ou a TC. Ao contrário das imagens por raios X, que são produzidas através da atenuação dos fótons na eletrosfera dos átomos da matéria, o sinal de RM origina-se exclusivamente dos prótons existentes nos núcleos dos átomos.

De forma simplista, a aquisição de imagens por RM poderia ser resumida em 5 etapas:
a) O paciente é colocado em um forte campo magnético (gantry), e essencialmente se torna um magneto. Isto porque, as partículas atômicas (prótons) de alguns elementos químicos que compõem os tecidos orgânicos (o mais abundante é o hidrogênio) têm a propriedade de girar em torno do seu próprio eixo (spin), e por serem cargas elétricas em movimento (definição de corrente elétrica), geram um campo magnético ao seu redor, o qual pode ser alterado por um campo magnético externo;

b) um sistema de bobinas, posicionadas em uma região anatômica de interesse, emite ondas de rádio freqüência;

c) as ondas de rádio freqüência são desligadas;

d) o paciente emite um sinal (sinal de RM), liberando a energia recebida de forma semelhante às ondas de rádio freqüência;

e) o sinal é recebido pelo mesmo sistema de bobinas que emitiu as ondas de rádio freqüência, e é utilizado para a formação das imagens digitais nos diferentes planos anatômicos, que serão apresentadas no monitor do computador.

A imagem por RM representa a distribuição dos núcleos/prótons livres de hidrogênio de uma região específica do corpo, suas propriedades magnéticas e como esses prótons voltam ao equilíbrio, após terem sido excitados pelas ondas de rádio freqüência, sob um forte campo magnético. Dentre as razões pelas quais o próton de hidrogênio é escolhido para este mapeamento está o fato de ser ele o átomo mais abundante do corpo, que possui uma propriedade física específica – momento magnético dipolo. Esta propriedade faz com que esses átomos se assemelhem a pequenas barras magnéticas. Eles são especialmente abundantes na água e nos lipídeos.

As alterações nos tons de cinzas da imagem por RM são descritas em termos de intensidade de sinal. Tecidos que possuem um pequeno conteúdo de água e/ou gordura, aparecerão como áreas mais escuras ou hipointensas ou com baixa intensidade de sinal (ex. cortical óssea). Tecidos ricos em água e/ou gordura (ex. medula óssea) aparecerão com um sinal intenso ou hipersinal, ou seja,
mais esbranquiçados ou brilhantes.

A imagem por RM é superior à TC na diferenciação dos tecidos moles e por fornecer não apenas informações anatômicas, mas também fisiológicas. Imagens de qualquer plano anatômico podem ser obtidas sem o reposicionamento do paciente, sem a utilização de radiação ionizante. É a única modalidade de imagem que permite a detecção precoce de alterações da medular, devido ao hipersinal da referida estrutura. Além disso, permite a aquisição de imagens arteriográficas sem a necessidade de injeção de meio de contraste. A espectroscopia por RM permite a visualização anatômica do tecidos e também a quantificação de substâncias que os caracterizam.

As duas principais desvantagens da RM estão relacionadas à técnica e a interpretação das mesmas. A primeira refere-se aos artefatos associados aos metais (ex. aparelho ortodôntico), os quais promovem um desvio do campo magnético ou aqueles causados pelo movimento do fluxo sanguíneo do paciente, especialmente nas longas seqüências de exame. A segunda é devido ao baixo sinal das corticais ósseas que reduz a capacidade deste método, se comparado à TC, para a identificação de sítios de destruição óssea precoce.

A primeira aplicação clínica das imagens por RM na clínica odontológica foi para o estudo da ATM no início dos anos 80. Foi o primeiro exame que permitiu a visualização direta dos tecidos moles articulares, com imagens de alta resolução. Esses tecidos, até então, eram visualizados apenas indiretamente por meio da injeção de contraste nos espaços articulares (artrografia ou artrotomografia) ou diretamente pela TC, mas com uma resolução deficiente.

As imagens por RM também têm uma importante contribuição no diagnóstico das necroses avasculares e degeneração mixóide do disco articular, apesar do significado clínico desses achados serem controversos. As destruições do disco e a formação do pannus (inflamação da sinóvia) são achados freqüentes nos indivíduos com artrite reumatóide ativa ou outra artrite de origem inflamatória.

O tratamento de pacientes com deslocamentos do disco articular da ATM utilizando placas reposicionadoras, com o objetivo de restabelecer uma relação fisiológica normal entre a cabeça da
mandíbula (côndilo) e o disco, tem sido controverso. Um índice de sucesso de até 70% tem sido descrito.

Estudos utilizando imagens por RM sugerem que o tratamento com o aparelho de Herbst não resulta em qualquer alteração adversa na posição do disco e na função da ATM, sugerindo inclusive que ele poderia ser útil no tratamento de pacientes com deslocamento anterior do disco. Contudo, uma recente revisão sistemática sobre o efeito deste tratamento ortopédico na morfologia da ATM sugere que há a necessidade de pesquisas aleatórias controladas, utilizando RM e tomografias para o estabelecimento dos efeitos a curto e longo prazo da terapia com o Herbst, sobre os tecidos ósseos e partes moles da ATM.

Além dos aspectos estéticos, a reabilitação funcional de pacientes tratados pela cirurgia ortognática tem ganhado importância nos últimos anos. A cirurgia combinada com o tratamento ortodôntico tem alcançado resultados estéticos dentários e faciais satisfatórios.

O estabelecimento da posição condilar correta no interior da fossa mandibular é uma das dificuldades encontradas pelo cirurgião, durante a cirurgia ortognática de pacientes Classe II de Angle com desordens da ATM. As possíveis alterações morfométricas e morfológicas dos componentes da ATM também estão dentre as preocupações relacionadas ao paciente submetido à cirurgia ortognática.

As imagens por RM, a despeito do seu alto custo, são superiores à TC no estudo das vias aéreas superiores dos pacientes com apnéia obstrutiva do sono. Além de apresentar a maioria das vantagens da TC, soma-se a excelente resolução do espaço aéreo e dos tecidos moles adjacentes (especialmente a gordura), além da obtenção de secções sagitais, coronais e axiais diretas, sem reconstruções e sem a utilização de radiação ionizante. Isto permite a repetição do exame durante a vigília e o sono do paciente. Reconstruções tridimensionais do espaço aéreo e de partes moles como a parede lateral da faringe, a língua e o palato mole (importantes na modulação das alterações do calibre do espaço das vias aéreas superiores) podem ser obtidas.

A RM pode auxiliar no diagnóstico das lesões císticas e tumores odontogênicos e não odontogênicos da região bucomaxilofacial, por permitir a diferenciação entre o líquido e outros componentes como a queratina e produtos da degradação do sangue. Ela pode, ainda, contribuir na diferenciação entre um cisto e um tumor sólido ou misto. Contudo, o seu alto custo tem limitado a sua utilização na rotina da clínica odontológica.

Os princípios da modalidade ideal e o futuro dos exames por imagens residem na determinação de uma anatomia o mais próximo do real em termos de precisão da orientação espacial, tamanho, forma e relação com as estruturas anatômicas circunjacentes, baixo custo e riqueza de detalhes tridimensionais. O desenvolvimento de tecnologias que reúnam estas qualidades inclui, dentre outras, as técnicas tomográficas e digitais, principalmente a TC e a RM.

No tratamento de deformidades craniofaciais, em que as assimetrias apresentam registros inadequados quando técnicas radiográficas bidimensionais convencionais são utilizadas, a TC tem um importante papel, especialmente as reconstruções 3-D. Ela oferece um melhor delineamento das estruturas ósseas da base do crânio e esqueleto facial do que a radiografia convencional, além da possibilidade da caracterização de tecidos por meio da densitometria, e de medidas volumétricas dos mesmos. Por outro lado, as imagens por RM são superiores à TC no estudo das vias aéreas superiores dos pacientes com apnéia obstrutiva do sono, em particular por apresentar uma excelente resolução do espaço aéreo e dos tecidos moles (especialmente a gordura) e obtenção de imagens diretas em todos os planos anatômicos sem mudar o paciente de posição e sem a utilização de radiação ionizante.

A imagem por RM além de ser superior à TC na diferenciação dos tecidos moles, o é também por fornecer informações fisiológicas além das anatômicas. Especial destaque tem sido dado à RM no estudo da ATM. A TC fornece excelentes imagens dos componentes ósseos da articulação, especialmente para a detecção de sítios de destruição óssea incipientes, mas apenas as imagens por RM permitem uma visualização do disco articular e seus ligamentos. A acurácia da RM para o diagnóstico do posicionamento do disco tem atingido 95%. Além disso, é a única modalidade que identifica a presença de efusão e alterações da medula óssea condilar, sinais que tem sido associados ao aumento da dor articular.

Não se pode esquecer que, por mais que essas técnicas envolvam alta tecnologia, elas continuam sendo exames complementares, cuja indicação deve estar baseada em um criterioso exame clínico do paciente e análise individual do custo benefício das mesmas.

Os resultados das imagens não correspondem, necessariamente, aos sinais e sintomas do paciente. O investimento na inter-relação clínico radiologista é uma ação determinante para a diferenciação profissional do generalista ou do especialista.


Link do Artigo na Integra via Scielo:

domingo, 15 de março de 2009

Pensamento da Semana


"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário ! "


Albert Einstein

1879 - 1955

quarta-feira, 11 de março de 2009

Influência do atrito nas superfícies articulares da ATM com Articular Disco: Um Abordagem teórica com Método de Elementos Finitos






Neste artigo de 2003, publicado pela Angle Orthodontics, pelos autores Rodrigo del Pozo; Eiji Tanaka; Masao Tanaka; Masaaki Kato; Tatsunori Iwabe; Miho Hirose; Kazuo Tanne; da Hiroshima University Graduate School of Biomedical Sciences, Hiroshima, Japão. Mostram atraves de calculos com o metodo de elementos finitos todo funcionamento da ATM em pacientes.

O presente estudo foi realizado para avaliar o estresse e deslocamento do disco da articulação temporomandibular (ATM) durante abertura mandibular, com diferentes coeficientes de atrito (m) de 0,0001 a 0,5; no disco da ATM e componentes das interfaces ósseas tridimensionais utilizando elementos finitos (FE), modelos de cada ATM foram captados baseados em imagens de ressonância magnética (RM).

Pacientes voluntárias assintomáticas, com deslocamento anterior do disco articular, sem redução foram selecionadas, e imagens obitidas por "fatias" em Ressonância Magnética (RM), foram utilizadas para a reconstrução ATM. O movimento condilar foi registrado durante a abertura mandíbular por um Gnato-hexagraph e usado como a condição de carga estresse para a posterior análise do modelo.

Em pacientes assintomáticas, foram observados nas regiões anterior e lateral do disco durante a abertura da mandibula, contatos com a fossa glenóide, exibiu menor do que as tensões sobre o côndilo.

Nas sintomáticas, embora o valor estresse do disco tenha sido relativamente baixo, a parte posterior do tecido exibiram alta tensão em toda a abertura mandíbular. Incrementos adicinais nos valores do estresse do deslocamento do disco foi observado, o coeficiente de atrito aumentou, especialmente nos casos assintomáticos.

Os autores concluiram que houve um aumento gradual dos valores do estresse não apenas devido à abertura mandíbula, mas também devido a um incremento na o coeficiente de atrito. Assume-se que um aumento no atrito entre o disco, fossa glenóide e côndilo produz um incremento na distribuição do stress, presumivelmente conduzindo a um deslocamento histoquímicas do disco em uma posição anterior


Link do artigo na Integra via Angle Orthodontics:

terça-feira, 10 de março de 2009

L'il Palates® Sweepers


Isso mesmo: Vassouras de palato, ou varredores de palatos segundo o professor google translator.
Miudezas, bugiganga, troças. São muitas as denominações para aparatos como estes. No entanto, a vida seria um pouco triste (ao menos para mim) caso não existissem essas coisas nas prateleiras das dentais ou nas páginas da web.
Muitos pacientes reclamam da impacção alimentar entre o palato e os aparelhos disjuntores. Para resolver isso utilizamos muitos artifícios, como a escova interdental, etc.
Para o público jovem este brinquedinho veio mesmo a calhar:






Um dispositivo projetado para remover comida presa entre um aparelho ortodôntico fixo (disjuntores palatais, Mara, Herbst, etc.) e gengivas, palato e dentes.

L'il Palates® Sweepers mantêm palatos em expansão saudáveis.

Finalmente existe um dispositivo de uso fácil para limpar entre um disjuntor e o palato. Este "varredor de plástico" é extremamente fino e flexível, permitindo a ele tomar a forma da curva do palato. Sua flexibilidade o faz confortável ao palato e confere agilidade para alcançar áreas onde o alimento fica preso.


Os L'il Palates® Sweepers dobram como um canivete e vem com seis opções de adereços.




Vídeos e texto adaptado retirados do site do fabricante: http://www.dentalartandscience.com/lilpalates/whatis.html