ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: abril 2016

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Professora Lucineide Lima do Grupo Ortodontia Contemporânea em um Curso de Educação Continuada no Departamento de Ortodontia University of Connecticut






A Professora Lucineide Lima do Grupo Ortodontia Contemporânea participou com um grupo de colegas Ortodontistas Brasileiros, Russos e Árabes.  No mês de Abril de 2016 do Curso de Educação Continuada no Departamento de Ortodontia da University of Connecticut. Sempre importante buscar a atualização na nossa Especialidade e poder com isso compartilhar com os nossos alunos e também aplicar este conhecimento nos pacientes. Podendo observar e absorver o que vem se desenvolvendo em centros respeitados como Connecticut, berço da Biomecânica Mundial. O curso teve como um dos responsáveis no Brasil o Professor Dr. Marcio Almeida. E como Organizadores e palestrantes do Departamento de Ortodontia da Universidade de Connecticut os Professores Doutores Ravindra Nanda e Flavio Uribe. 







segunda-feira, 18 de abril de 2016

RECUPERADORES DE ESPAÇO E SUA APLICAÇÃO CLÍNICA


















Neste artigo de 2002, publicado pela Revista da Faculdade de Odontologia de Lins, pelos autores RENATO RODRIGUES DE ALMEIDA, RENATA RODRIGUES DE ALMEIDA-PEDRIN, MARCIO RODRIGUES DE ALMEIDA, FERNANDO PEDRIN CARVALHO FERREIRA, PATRÍCIA CIOCCHI MARQUES RODRIGUES DE ALMEIDA; do curso de especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins/UNIMEP; Mostra uma revisão da literatura tecendo considerações sobre a etiologia da perda de espaço e a aplicação clínica dos aparelhos recuperadores de espaço.


O cirurgião dentista clínico geral e, principalmente, o odontopediatra são os profissionais que têm o primeiro contato com as crianças numa fase ainda precoce e cabe a eles diagnosticar, intervir nos casos mais simples e, nos mais complexos de más oclusões, discutir ou encaminhar o paciente para uma avaliação com um profissional especializado, o ortodontista.

O desequilíbrio da oclusão começa na passagem da dentadura decídua para a mista, e uma quantidade alarmante de desvios de normalidade acontece na fase inicial do primeiro período transitório, na época de irrupção dos primeiros molares permanentes.

A etiologia dessas alterações geralmente é de causas multifatoriais, como cáries, abscessos, supranumerários, anquiloses e irrupção ectópica dos primeiros molares permanentes.

As cáries dentárias, principalmente as interproximais, são responsáveis pela redução do comprimento do arco dentário, além de provocarem, muitas vezes, a extração prematura de dentes decíduos, com a conseqüente perda de espaço devido à quebra de equilíbrio dentário e com a inclinação dos dentes adjacentes para o espaço da extração.

A presença de dentes supranumerários na região ântero-superior está diretamente relacionada à retenção prolongada dos incisivos permanentes, impedindo sua irrupção normal e favorecendo, assim, a inclinação axial dos dentes adjacentes, com acentuada perda de espaço.

Ao contrário do que possa parecer, os dentes decíduos anquilosados geralmente apresentam uma reabsorção radicular fisiológica semelhante aos decíduos não afetados. O sinal mais marcante e evidente de anquilose é o posicionamento de um ou mais dentes aquém do plano oclusal. Outro indicativo é a perda de espaço por inclinação de dentes contíguos.

A incidência da ectopia dos primeiros molares atinge de 2 a 4% da população infantil, ocorrendo com maior freqüência na maxila e em portadores de fissura palatina do tipo pós-forame incisivo. Dependendo do grau de impacção, pode ser reversível ou irreversível. No tipo reversível, o primeiro molar permanente quase sempre apresenta autocorreção e irrompe normalmente, mas deixa como seqüela uma reabsorção atípica na face distal do segundo molar decíduo, que pode permanecer na cavidade bucal até a época da sua esfoliação normal. Nesse tipo de ectopia, não é necessária intervenção precoce, já que o dente faz sua irrupção normalmente na cavidade bucal. Na irrupção ectópica irreversível, o primeiro molar permanente mantém contato íntimo com a superfície distal do segundo molar decíduo na região cervical, provocando reabsorção e exfoliação precoce desse dente, com perda total de espaço para o sucessor permanente (segundo pré-molar).

Nos casos de reabsorção extensa com perda do dente decíduo, cáries nas faces proximais, abscessos ou outros fatores que implicam na perda de espaço, os aparelhos recomendados são os recuperadores de espaço – que podem ser removíveis ou fixos – para as regiões ânterosuperior, posterior e inferior.

APARELHO REMOVÍVEL

Mola simples: placa de resina acrílica com grampos de retenção Adams, auxiliares e arco vestibular de Hawley como elementos estabilizadores, e como componente ativo, mola simples ou digital confeccionada com fio de aço inoxidável de 0,6 mm de diâmetro.

Indicação: indicado para recuperar espaço nas regiões anterior, posterior, superior e inferior.
Ativação: a ativação é realizada no helicóide e deve ser de, aproximadamente, metade da face incisal do dente correspondente, a cada 15 ou 21 dias, até se obter o espaço desejado.
Mola de Benac: placa de resina acrílica com grampos de retenção Adams, auxiliares e arco vestibular de Hawley como elementos estabilizadores, e como componente ativo, a mola de Benac construída com fio de aço inoxidável de 0,8 ou 0,9 mm de diâmetro.

Indicação: a indicação do aparelho está restrita às regiões posterior superior ou inferior, devido ao diâmetro do fio.

Ativação: a ativação não deve ultrapassar a metade do diâmetro mesiodistal do dente em questão, com controle de 15 a 21 dias até se obter o espaço desejado.


APARELHO FIXO

Indicado nos casos que necessitam de um movimento maior do dente e para pacientes não colaboradores com o aparelho removível.
Mola de secção aberta
Componentes: braquetes colados nos dentes adjacentes à perda de espaço, fio ortodôntico de aço inoxidável de 0,5 mm de diâmetro e mola de secção aberta.
Indicação: para as regiões anterior e posterior, pois é um tipo de ancoragem intrabucal, intramaxilar e recíproca.

Ativação: deve ser cortado um pedaço de mola correspondente ao espaço de mesial a mesial dos braquetes mais 4 ou 5 mm aproximadamente.

Exemplo: se o espaço entre os braquetes for de 15 mm, cortamos um segmento de mola com 19 ou 20 mm, para que fique comprimida quando corretamente instalada. A força liberada pelo aparelho será sempre recíproca e contínua, e o controle deve ser mensal, quando o segmento de mola será substituído por outro, e assim sucessivamente, até haver a recuperação do espaço desejado.

Com este trabalho, os autores enfocaram a etiologia e os diversos tipos de recuperadores de espaço à disposição para que os profissionais os usem em seus pacientes. Há, evidentemente, outros tipos de aparelhos distalizadores de dentes, principalmente dos primeiros molares permanentes, que são ferramentas mais complexas e de uso rotineiro na clínica ortodôntica. Entre eles citamos o Jones Jig e o Pêndulo, que são aparelhos fixos e que não dependem da Cooperação do paciente, mas requerem o controle do ortodontista.

Link do artigo na integra via UNIMEP:

terça-feira, 12 de abril de 2016

Efeito inicial do arco de multiloop edgewise no arco mandibular em indivíduos com maloclusão Classe III. Um estudo de elemento finito tridimensional




Neste artigo de 2008, publicado no European Journal of Orthodontics; pelos autores Seung-Hak Baek , Soo-Jung Shin , Sug-Joon Ahn and Young-Il Chang; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, Dental Research Institute, Seoul National University, South Korea; Mostra um estudo biomecânico realizado com o metodo dos elementos finitos em simulação com o uso de elásticos classe III.
O objetivo deste estudo foi comparar o efeito de um arco de múltiloop edgewise(MEAW) com um simples arco ideal (IA) sobre o movimento distal em massa do arco dentario mandibular.

Um modelo tridimensional em elemento finito (3D FEM) da dentição mandibular, sem os terceiros molares permanentes, foi construído incluindo a membrana periodontal (PDM), o osso alveolar, com braquete edgewise standard (0.018 × 0,025 polegadas) com fio de aço inoxidável IA (0,016 polegadas x 0,022), e MEAW (0,016 x 0,022 polegadas). A distribuição do stress e deslocamento da dentição mandibular foram analisadas com o uso de elásticos intermaxilares Classe III (300 g / lateral) e 5 tip-backs em volta do primeiro pré-molar ao segundo molar foram aplicados para o IA e os MEAW para um movimento distal em massa da dentição mandibular.

Comparado com o IA, a discrepância na quantidade de movimentação dos dentes. O movimento com o MEAW foi mais uniforme e equilibrado. Houve deslocamento vertical mínimo ou rotação dos dentes com a MEAW quando comparado com o IA.

O MEAW parece ter vantagens para movimento distal em massa do arco dentario mandibular.


Link do artigo na Integra via EJO Oxfordjournals: