ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: maio 2010

domingo, 30 de maio de 2010

Pensamento da Semana


"O sucesso é um professor perverso. Ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair."


Bill Gates
1955

Link sobre o autor:

quarta-feira, 26 de maio de 2010

NatureZone™ Purification Chamber




O NatureZone™ Purification Chamber promete uma purificação rápida, segura e fácil, para proteger os aparelhos removíveis do risco de doenças infecciosas e inflamatórias. A purificação é realizada por luz ultra-violeta e ions de Ozonio. O produto é comercializado pela Orto Organizers

O que o fabricante diz:

Usando uma combinação de luz ultra-violeta e íons de ozônio, a câmara portátil desinfecta e desodoriza uma variedade de aparelhos removíveis oral e num ciclo de 3 minutos, incluindo:

• Dentaduras
• Aparelhos ortodônticos
• Escova de dentes
• Placas de Clareamento

NatureZoneTM é 99,9% eficaz em três minutos sobre:

• Staphilococus
• MRSA
• Salmonella
• E. coli
• Streptococus

Nenhum comprimido, líquidos ou produtos químicos são necessários. O gerador UV de 8.000 horas e de ozônio mata bactérias, leveduras e bolores, os íons de ozônio neutralizam odores por oxidação e qualquer poluente em seu ambiente.


Link do Representate:


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Apresentação de um programa de computador para calcular a discrepância de tamanho dentário de Bolton



Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Adriano Francisco de Lucca Facholli, José Euclides Nascimento, Fábio Ricardo Loureiro Sato, Kikuo Sato; do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da EAP - APCD – Regional Sorocaba - São Paulo. Por meio da medição dos dentes, com o auxílio de um paquímetro digital e a inserção dos valores no programa de computador desenvolvido e apresentado pelos autores, o trabalho do ortodontista fica mais simples, pois não é necessário realizar nenhum cálculo matemático ou auxiliar-se de nenhuma tabela de valores, eliminando-se a probabilidade de erros.

Excelência é a palavra chave para o sucesso em Ortodontia. O diagnóstico correto é somente um dos passos para se conseguir um adequado planejamento do caso a ser tratado e conseqüentemente alcançar um resultado satisfatório. Os objetivos primordiais do tratamento ortodôntico são o correto alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, uma oclusão perfeita entre os arcos superior e inferior e a obtenção de um perfil agradável.

Entretanto a oclusão excelente, às vezes, não é alcançada, devido à desarmonia nas dimensões dentárias entre o arco superior e inferior. Os dentes naturais podem estar em equilíbrio em muitos pacientes, mas uma considerável parte da população pode apresentar algumas variações nas relações de tamanho dentário, denominadas discrepâncias de tamanho dentário. Há casos em que, ao terminarmos a fase de nivelamento e alinhamento dos dentes, não conseguimos um correto engrenamento entre os arcos, e isto pode ser explicado devido à diferença na relação das larguras mesiodistais entre os dentes superiores e inferiores. Naturalmente, no engrenamento entre os arcos dentários, os dentes superiores estão inseridos em um arco de maior dimensão que os inferiores, portanto a soma dos diâmetros mesiodistais dos dentes superiores deve ser maior que a dos inferiores.

Desde o início do século XX, com Black, um dos pioneiros na pesquisa sobre o tamanho dentário, já havia uma preocupação com as discrepâncias entre o tamanho mesiodistal dos dentes superiores e inferiores, bem como seus efeitos sobre a oclusão final. A partir daí muito se afirmou que as discrepâncias individuais ou em grupos de dentes podiam estar associadas ao surgimento de diastemas ou apinhamentos, falta de intercuspidação dos dentes, alterações na sobressaliência, na sobremordida e na curva de Spee.

Moorrees e Reed sugeriram que a falta de uma perfeita harmonia entre o tamanho dentário superior e inferior possibilita uma relação de desarmonia também entre esses arcos, e sugeriram
que, como rotina, o diagnóstico deveria ser realizado antes do tratamento clínico. Outros autores apontam a desarmonia entre o tamanho dos arcos dentários superiores e inferiores como um dos fatores etiológicos da má oclusão.

Erroneamente, tem-se dado uma maior importância clínica à discrepância de tamanho das coroas em dentes anteriores, como se uma discrepância de tamanho das coroas em dentes posteriores não pudesse alterar a posição dos dentes anteriores e, conseqüentemente, dificultar a finalização do tratamento ortodôntico e comprometer a qualidade e estabilidade do caso tratado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O destaque e a importância dos recursos da informática sobre todas as profissões atualmente são inegáveis e não seria diferente dentro da própria especialidade da Ortodontia, pois alguns autores já destacavam que a atualização dos métodos computadorizados continuaria a melhorar ainda mais os métodos de diagnóstico e prognóstico.

Pensando sob essa ótica, foi idealizado esse programa de computador para a análise da discrepância de tamanho dentário. É inegável a facilidade com que ele pode ser utilizado e a incomparável superioridade com que os seus resultados demonstram, visualmente, a localização exata dos problemas. A facilidade com que se conclui o diagnóstico da discrepância de tamanho dentário e a simplicidade que se realiza o planejamento, quando se utiliza o programa, conduzem o tratamento a um patamar refinado, dando-nos uma contribuição para a superioridade no aspecto qualidade final do tratamento.

O programa de computador desenvolvido simplifica e elucida o cálculo da discrepância de tamanho dentário de Bolton e o resultado individual em cada dente, facilitando o trabalho de planejamento do ortodontista e contribuindo para uma melhor finalização dos casos tratados ortodonticamente, porém, não substitui a realização do setup, para os casos mais complexos.


Link do artigo na integra via Scielo:

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Análise radiográfica computadorizada da reabsorção radicular apical após a utilização de duas mecânicas ortodônticas



Neste artigo de 2007, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Eduardo César Almada Santos, Tulio Silva Lara, Flávia de Moraes Arantes, Gilberto Aparecido Coclete, Ricardo Santos Silva; da Disciplina de Radiologia do Departamento de Patologia e Propedêutica Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP e da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Avalia, por meio de imagens radiográficas computadorizadas, a quantidade de reabsorção no ápice radicular, quando da utilização de duas diferentes técnicas de mecânica ortodôntica fixa: Edgewise com acessórios padrão e Edgewise com acessórios totalmente programados.

A reabsorção radicular apical é uma condição comumente observada durante e após o tratamento ortodôntico, levando a um arredondamento do ápice radicular. Esta situação resulta de uma complexa combinação das atividades biológicas, inerentes a cada paciente, associada às forças mecânicas empregadas19 e pode ocorrer em 39% a 99% dos pacientes ortodônticos.

Como características microscópicas, temos que o resultado da força mecânica aplicada nas estruturas do pericemento cria oportunidade para que unidades osteorremodeladoras (BMUs) iniciem a reabsorção em dentina exposta, resultando na reabsorção radicular inflamatória. Esta, geralmente suave, mostra-se assintomática e preserva a vitalidade pulpar, estabelecendo uma condição insignificante do ponto de vista clínico, com prognóstico geralmente favorável.

Apesar de reconhecidamente ser um processo de natureza multifatorial, o conhecimento dos fatores que podem levar a esse tipo de reabsorção associada ao tratamento ortodôntico é bastante importante para que o profissional possa tomar atitudes clínicas coerentes, no que se refere a um diagnóstico correto, mecanoterapia que respeite as estruturas biológicas e acompanhamento radiográfico periódico.

Alguns fatores que podem estar relacionados à reabsorção radicular têm sido estudados e descritos na literatura e incluem predisposição individual, idade e gênero do paciente, anatomia da raiz, movimentação de dentes tratados endodonticamente, hábitos adversos como onicofagia, estágio de desenvolvimento radicular, o tipo de aparelhagem ortodôntica utilizada, o tipo de movimentação dentária, magnitude das forças aplicadas e a duração do tratamento.

Ainda se questiona se o emprego da técnica Edgewise convencional com braquetes padrão e fios de aço inoxidável ou Edgewise com acessórios totalmente programados e arcos de níquel-titânio, por serem mecanoterapias distintas, poderia levar a diferentes respostas biológicas quanto à reabsorção radicular apical.

Microscopicamente, a reabsorção normal e patológica dos tecidos mineralizados se processa através da ação de um conjunto celular denominado unidade osteorremodeladora (BMU). Esta unidade é composta pelos clastos interagindo com mediadores liberados localmente pelos osteoblastos e células mononucleares da mesma linhagem dos macrófagos, distribuídos próximos à superfície onde se instala o processo de reabsorção.

O emprego de radiografias periapicais tem sido o método de escolha para a avaliação de reabsorção radicular apical provocada pelo tratamento ortodôntico. Isto se deve à relação custo-benefício do método, em detrimento às radiografias em norma lateral ou mesmo às panorâmicas, que apresentam um resultado e uma confiabilidade inferiores, como também em detrimento às tomografias computadorizadas que, apesar de apresentarem resultados fidedignos, consistem em um custo muito elevado, além de exporem o paciente a um maior nível de radiação.

CONCLUSÕES

1) O tratamento ortodôntico como um todo apresentou moderado grau de reabsorção radicular apical, qualquer que tenha sido a mecanoterapia empregada.

2) O tratamento ortodôntico empregando a técnica Edgewise com acessórios totalmente programados e fios de níquel-titânio foi o que apresentou menores graus de reabsorção radicular apical, em comparação à técnica Edgewise com acessórios padrão e fios de aço inoxidável.


Link do artigo na integra via Scielo:

domingo, 16 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

Canino não irrompido e reabsorção dos incisivos: previsibilidade e prevenção



Neste artigo de 2005, publicado pela Revista Denal Press, pelo autor Dr. Alberto Consolaro; Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB-USP - São Paulo; Mostra esta controvesa, estreita e perigosa relação entre caninos impactados e incisivos.

O canino não irrompido ectopicamente localizado tem uma elevada prevalência na população em geral. Entre os norteamericanos está presente em 1,7% da população e, a cada ano, diagnosticam-se 50.000 novos casos. Os distúrbios da erupção do canino não são um problema novo; crânios de escavações arqueológicas e com caninos não irrompidos e ectópicos foram datados como pertencentes ao período entre 2.700 a 2.724 antes de Cristo.

Um dos problemas clínicos do canino não irrompido e ectópico está relacionado com a reabsorção radicular dos incisivos. Em radiografias convencionais periapicais e panorâmicas, demonstrou-se que 12,5% dos casos causaram reabsorções nos incisivos. Mas, quando utiliza-se a tomografia odontológica, esta prevalência dobra o número de casos. Isto demonstra que a necessidade de tomografias para o diagnóstico preciso de reabsorção dentária está cada vez mais comprovada e se faz premente a necessidade de uma rotina diagnóstica com esta metodologia de análise.

Os estudos pertinentes revelam que os principais problemas induzidos pelos caninos não irrompidos, incluindo-se as reabsorções radiculares dos incisivos, não se estabelecem antes dos 10 anos de idade. Seria esta a idade ideal para avaliarmos nos pacientes a situação do canino superior e sua relação com os incisivos?

A avaliação do momento oportuno para extrair o canino decíduo deve ou pode ter alguma relação com a palpação da mucosa palatina para sentirmos uma presumível posição do canino superior? Qual é o momento oportuno de intervirmos, se o índice de autocorreção ou correção espontânea é elevado, nos casos de caninos não irrompidos?

A simples extração do canino decíduo pode levar à solução do problema. Outras condutas também podem ajudar a resolver o problema, se houver um seguimento adequado dos caninos superiores nos pacientes com idade aproximada de 10 anos. Algumas evidências sugerem que, em radiografias panorâmicas ou periapicais, quando a ponta do canino superior está localizada mais medialmente em relação à linha média palatina do que o incisivo lateral superior, o risco de reabsorção radicular é bem maior!
Apesar da aparente ausência de problemas induzidos pelos caninos superiores, incluindo-se as reabsorções radiculares dos incisivos, em crianças com idade inferior a 10 anos, recentes estudos tomográficos revelam que reabsorções até severas já estão presentes aos 9 anos de idade, embora nas radiografias convencionais ainda não seja possível diagnosticá-las.

Em síntese: em crianças com idade ao redor de 9 a 10 anos, o acompanhamento clínico e a palpação palatina para sentir a proximidade do canino superior podem indicar a necessidade de uma análise imaginológica detalhada do caso, para então recomendar a remoção do canino decíduo ou outras condutas terapêuticas e preventivas. Desta forma estamos dando a oportunidade da correção espontânea e ao mesmo tempo prevenindo danos e perdas dentárias por reabsorção radicular.

Mas, cá entre nós, quantas vezes esta preocupação preventiva foi traduzida em condutas e posturas práticas na clínica do dia-a-dia?


Link do artigo a integra via Dental Press:

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 3ªParte









Neste capitulo publicado em 2007, no eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP, pelos autores Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Wagner Quaresma Damázio; das Disciplinas de Materiais Dentários e PPR Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); da Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); da Dentística Restauradora da Graduação e Especialização-Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE); Faz um belo apahado sobre fotografia digital na Odontologia.

Dispositivos de papel ou plástico podem funcionar como plano de fundo para fotografia clínica com o objetivo de enfatizar o motivo principal e eliminar estruturas indesejáveis. Esses dispositivos podem ser confeccionados com cartolinas ou plásticos sem brilho e em diversas formas e tamanhos, devendo ser descartados logo após sua utilização. Várias cores de fundo podem ser utilizadas, embora o preto seja a que proporciona os melhores resultados.

A tomada fotográfica intra–oral frontal abrange uma visão geral dos dentes de ambas as arcadas. As bordas da fotografia ficam situadas no vestíbulo, o fotógrafo deve posicionar-se a frente do paciente, com a câmera posicionada de tal forma que o plano sagital mediano esteja paralelo às bordas verticais da fotografia, e o “plano oclusal” esteja paralelo às bordas horizontais da fotografia, de modo que, se esses planos fossem estendidos, cortariam a objetiva em quatro partes iguais. É preciso que o centro da fotografia coincida com a interseção do plano sagital mediano com o “plano oclusal”. A iluminação pode ser obtida com flash circular, mas o ideal é utilizar um flash de ponto situado próximo à objetiva na posição 12h, ou dois flashes de ponto, um de cada lado da objetiva.

Para as fotografias intra-orais frontais utiliza-se um par de afastadores. Esses são puxados suavemente para a lateral e para a frente, permitindo o afastamento dos lábios e bochechas, o que possibilita a visualização de todo o corredor bucal, além de manter a porção central do lábio tencionada para que a mesma não apareça na fotografia. Os afastadores podem ser seguros por um assistente ou pelo próprio paciente.

Existem duas técnicas para fazer tomadas fotográficas laterais: uma com espelho, outra sem. Se a opção for fotografar com espelho, convém que ele seja apropriado e esteja posicionado distalmente ao último dente a ser fotografado. O espelho tem como objetivo afastar lábios e bochechas do lado fotografado e refletir a imagem de forma tal que a tomada fotográfica seja facilitada. Para isso, o espelho deve ser movimentado até que se consiga uma boa composição. Para sustentar os lábios e a bochecha do lado oposto, utiliza-se um afastador arredondado, sem tencionar os tecidos.

Na fotografia sem espelho, utilizam-se dois afastadores: um em forma de “V”, situado no lado a ser fotografado, tencionando-se cuidadosamente os lábios e as bochechas para trás; outro arredondado, situado no lado oposto sem exercer tensão. Os afastadores devem suportar os lábios e bochechas. O enquadramento deve abranger todos os dentes do lado fotografado e os incisivos do lado oposto, embora dificilmente se consiga com essa técnica fotografar a região do segundo e terceiro molares. Convém que o plano oclusal esteja paralelo às bordas horizontais da fotografia, dividindo-a em dois lados iguais. O ponto de focalização e o centro da fotografia devem ser próximos ao canino.

Em todas as tomadas oclusais, é preciso que a objetiva esteja o mais perpendicular possível à imagem do plano oclusal refletida no espelho. No enquadramento, tenta-se incluir todos os dentes da arcada. Porém, nem sempre se consegue fazer com que os últimos molares façam parte da composição. O ponto central da imagem geralmente coincide com a interseção do plano sagital com uma linha imaginária, que passa pelos segundos pré-molares. O foco deve estar no plano oclusal. O embasamento do espelho é evitado, pedindo-se ao paciente que inspire pela boca e expire pelo nariz; jatos de ar da seringa tríplice ou sugadores próximos ao espelho também podem ser usados para tal. As imagens devem ser reinvertidas, pois o espelho as inverte.


Link do artigo na integra via APCD:

quinta-feira, 13 de maio de 2010

FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 2ªParte








Neste capitulo publicado em 2007, no eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP, pelos autores Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Wagner Quaresma Damázio; das Disciplinas de Materiais Dentários e PPR Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); da Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); da Dentística Restauradora da Graduação e Especialização-Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE); Faz um belo apahado sobre fotografia digital na Odontologia.


As tomadas fotográficas extra-orais são de composição e técnica simples, contudo, se a iluminação, as objetivas e o posicionamento do fotógrafo e do paciente não forem corretos, essas tomadas podem ficar com seu resultado final comprometido. O ideal é utilizar objetivas com distância focal em torno de 100mm (ou equivalente). Caso se utilizem objetivas zoom, o ideal é ficar a uma distância de aproximadamente 1,50m do paciente a ser fotografado e enquadrar o assunto (rosto ou face), ajustando-se o zoom. Objetivas com distâncias focais curtas tendem a abaular as margens, causando distorções; distâncias focais muito longas dificultam a fotografia, devido ao fato do fotógrafo ter que ficar muito longe do modelo.

Para estas tomadas fotográficas, o paciente deve estar em posição confortável, olhando para frente, em máxima inter-cuspidação habitual (MIH). Pode-se fazer tomadas da face (perfil) ou do rosto (frente sorrindo, frente com o lábio em repouso, e com os lábios tencionados para mantê-los fechados). A cabeça deve estar posicionada de forma que o plano órbito-meático ou plano horizontal de Frankfurt (que passa pelo trágus direito e esquerdo e pelo ponto mais baixo na margem da órbita esquerda) esteja paralelo ao solo e às margens superior e inferior da fotografia. As orelhas devem estar descobertas.

Em fotografias de face (perfil), o paciente deve estar de lado, levemente virado para a câmera, de maneira que se visualizem os cílios do lado oposto ao que está sendo fotografado, o que proporciona um melhor contorno da face. O plano sagital mediano deve estar perpendicular ao solo, e a câmera deve estar posicionada de modo que, se o plano de Frankfurt for estendido, chegará até ela. O foco deve ser feito em um dos olhos do paciente. A região posterior da cabeça não é necessária na composição.

Para as fotos de rosto em 45 graus, a técnica de iluminação é semelhante à da fotografia de perfil, o que muda é o posicionamento do paciente. Esse fica em uma posição intermediária entre a foto de frente e a de perfil, ressaltando o zigomático.

Para todas as fotos de rosto e face, pode-se utilizar flash de pouca potência, ligado à fotocélula, com o intuito de iluminar a parede de fundo da fotografia, o que elimina as sombras de fundo, mas as regras para a iluminação principal continuam as mesmas.

Uma tomada frontal é a forma mais clássica de se fotografar sorrisos. Nessa tomada, o enquadramento deve ser horizontal, e a iluminação pode ser feita com flash circular ou de ponto, seguindo-se as mesmas regras que as das fotografias frontais. O posicionamento do paciente não precisa ser padronizado, desde que a câmera esteja colocada de tal forma que, caso o plano sagital mediano e o plano oclusal sejam estendidos, esses planos dividam a objetiva em quatro partes iguais.

Os espelhos intra-orais possibilitam fotografias indiretas, melhorando o enquadramento e a profundidade de campo de algumas tomadas fotográficas, pois quando bem utilizados, permitem que o assunto se posicione à objetiva (paralela ao corpo). Quando se utiliza o espelho, o assunto é fotografado de forma indireta. Apenas a imagem refletida deve ser fotografada, e não o assunto propriamente dito. O ideal é que a imagem refletida no espelho seja perpendicular a objetiva (paralela ao corpo). A angulação e a posição do espelho devem ser mudadas até atingir a composição desejada. O espelho deve ser seguro de tal forma que os dedos não apareçam na fotografia. A imagem formada no espelho estará invertida, a qual devera ser corrigida no computador durante a edição.

Os afastadores são utilizados para retrair os lábios e bochechas, melhorando o acesso à cavidade oral e permitindo melhor visualização e iluminação das áreas a serem fotografadas. Os afastadores podem ter formatos diversos. Podem ser únicos, duplos arredondados ou em forma de “V”. Podem ainda ser recortados, ajustando-se para determinadas tomadas. Cada modelo proporciona melhores resultados em determinadas situações, dependendo do tamanho e das características da boca a ser fotografada. Devido a isso, o ideal é possuir mais de um par de afastadores, de tamanho e forma variáveis.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 1ªParte






Neste capitulo publicado em 2007, no eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP, pelos autores Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Wagner Quaresma Damázio; das Disciplinas de Materiais Dentários e PPR Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); da Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); da Dentística Restauradora da Graduação e Especialização-Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE); Faz um belo apahado sobre fotografia digital na Odontologia.
A imagem, com seu poder de convencer e substituir palavras vem tornando-se cada vez mais importante em todos os aspectos do cotidiano. Quando bem empregada, transmite informações e
desejos. Seu poder tem sido aproveitado ao máximo pelo homem. Um mundo de informações é apresentado através da visão por televisores, celulares, outdoors, datashows, monitores de computador, talvez porque, enquanto as palavras precisam ser reconhecidas e analisadas para serem entendidas, as imagens só precisam ser reconhecidas, tornando-se assim uma arma a favor de quem souber capturá-las e utilizá-las.

Nesse contesto a fotografia digital está sendo cada vez mais utilizada e oferece vantagens em relação a convencional, a economia feita em cada tomada, já que não há necessidade de filme nem, conseqüentemente, de seu processamento, é uma delas. Mas sem dúvida a maior vantagem da captura digital é a visualização imediata. Uma vez capturada, a fotografia pode ser visualizada e, dependendo do resultado, pode-se repetir a tomada, excluir as imagens que não interessam e arquivar ou imprimir as de maior utilidade. Com isso cada vez mais cirurgiões dentistas tem utilizado a câmera digital como parte integrante de seu cotidiano e dessa forma é importante a compreensão dessa nova tecnologia.

Fotografias podem completar a ficha clínica do paciente, servindo como documentação, ajudando a elucidar questões corriqueiras, ou completando arquivos forenses, podendo ser usadas como prova no caso de alguma demanda legal. Com cinco tomadas fotográficas (uma frontal, duas oclusais e duas laterais), tem-se todo o aspecto intra-oral do paciente. É possível ainda utilizar fotos de sorriso, do rosto e da face (frente e perfil) para documentar as regiões periorais que podem ser alteradas devido a tratamentos odontológicos.

A fotografia ajuda na avaliação e no aprimoramento de técnicas de trabalho, pois a imagem geralmente tem proporções maiores que o natural, mostrando nitidamente detalhes e defeitos que muitas vezes não são vistos clinicamente. Ajuda ainda na descrição de cor, forma, textura e tamanho das lesões. A descrição do tamanho e da evolução das lesões pode ser auxiliada por inclusão de escalas ou réguas milimetradas na composição da fotografia.

Mesmo um profissional com o mais apurado comando da linguagem pode ter dificuldades na descrição da condição oral de um paciente ou de um tratamento. As técnicas podem ser compreendidas com mais facilidade pelo ouvinte ou leitor quando bem ilustradas. Além de facilitar a compreensão, as imagens encurtam o tempo das palestras e as palavras das publicações. Aulas com um bom material didático tornam-se mais atrativas e valorizam o trabalho de quem pretende transmitir seus conhecimentos.

A fotografia, quando de boa qualidade, pode expressar forma, textura, proporção e interação dos dentes com o restante da face. Porém, a análise de cor por meio de fotografias analógicas ou digitais ainda não é um método seguro. A cor das fotografias em papel ou slides depende da iluminação, da regulagem da câmera e do processamento (revelação) do filme e das cópias. Nas fotografias digitais, a cor depende da iluminação, da regulagem das câmeras fotográficas, das impressoras, dos monitores de computador e dos projetores de multimídia onde as imagens são observadas.

Muitos dos tratamentos realizados por dentistas são feitos em áreas de difícil visualização. Fornecer imagens aos pacientes, permitindo que eles comparem o pré e o pós-operatório, pode transformá-los em defensores do trabalho realizado, pois os próprios pacientes normalmente o mostram a familiares e amigos, fazendo um marketing de maneira simples, sutil e efetiva. Fotografias de trabalhos executados deixadas na recepção das clínicas podem fazer com que tratamentos dentários se tornem objeto de desejo dos clientes, além de aumentarem a confiança nos profissionais que os executam. Mostrar fotografias de trabalhos executados em conferências, aulas e publicações pode abrir novos horizontes à carreira profissional, valendo indicações e proporcionando novas oportunidades.

As fotografias, juntamente com as radiografias e o prontuário dos pacientes, são documentos importantes em Odontologia. E essa documentação, quando satisfatória, serve desde a identificação de cadáveres à defesa profissional.

Diante do considerável aumento de processos questionando possíveis erros profissionais, não se pode negligenciar na documentação dos pacientes. E, no caso específico, a fotografia, tanto analógica quanto digital, pode ser de grande valia perante o Poder Judiciário.

É sabido que, para que uma fotografia analógica seja incontroversa (no caso de prova documental), devem-se juntar aos autos do processo os respectivos negativos ou apresentá-la em slides. No caso de fotografia digital, esse negativo não existe, nem por isso significa que não tenha validade de prova. Ao revés, se a parte contrária nos autos de um processo não contestar fotografias digitais apresentadas pela outra parte, presume-se aceitação.

Ainda vale lembrar que, quando se trata de aspectos legais, uma fotografia em que uma pessoa pode ser reconhecida (por exemplo: fotos da face) só pode ser mostrada com o consentimento do
modelo ou paciente. Em caso de menores, o consentimento deve vir dos pais ou responsável. Na ausência de autorização, deve-se cobrir parte da fotografia (por exemplo: ocultar os olhos em fotografias de rosto). Em partes do corpo pelas quais o modelo não pode ser reconhecido, o consentimento é aconselhável, mas não obrigatório.

A iluminação no momento da composição e focalização é outro ponto crítico. A boca é uma cavidade difícil de iluminar e a utilização do foco do equipo odontológico se faz freqüentemente necessária. Quando a iluminação da fotografia for feita com flash, a luz do foco pode trazer superexposição na fotografia, bem como alterar a coloração, uma vez que os flashes geralmente têm temperatura de cor diferente. Alguns flashes vêm equipados com luzes contínuas, que podem ser ligadas para facilitar a composição e a focalização. Essas luzes se apagam no momento da fotografia. Isso é o ideal.

Uma forma simples de compor a imagem é posicionar o assunto a ser fotografado no centro e as demais imagens perifericamente a ele. Para se padronizar as tomadas fotográficas, mantêm-se a mesma posição da câmera em relação ao assunto, fazendo todas as fotografias a uma mesma distância. Para isso, faz-se a foto inicial e não se mexe nas regulagens ou na focalização da câmera (se essa possuir foco manual, deve-se utilizá-lo). Isso, além de padronizar a seqüência fotográfica, facilita e deixa mais dinâmico o ato de fotografar, pois basta posicionar a câmera como na foto inicial e utilizar o visor com o intuito de refinar a composição e a focalização, chegando a câmera para frente e para trás, para um lado e para o outro. Isso propicia fotografar o assunto sempre da mesma distância, resultando em fotos com a mesma magnitude e exposição.

terça-feira, 11 de maio de 2010

K-Loop™ Molar Distalizing Appliance













Esta mola pré fabricada, feita num fio de liga beta titânio, desenvolida pelo Dr. Varun Kalra e comercializada pela Ortho Organizers, promete uma distalização de corpo do molar em vez de inclincação de coroa. O grande problema ao meu ver destes distalizadores são a mesialização das unidades anteriores mesmo com ancoragem. Graças a Deus chegaram os Mini Implantes! Mai existe, estáno mercado, vamos coheçer.


O que a Ortho Organizers diz:


O K-Loop é usado para distalização de molares de uma forma mais corporal. Enquanto a maioria dos aparelhos distalizadores tem um resultado indesejável inclinando o molar, a dobra em V-especial do K-Loop move tanto a coroa como a raiz distal.


Feita em liga CNA Beta em titânio em fio .017 "x .025", o K-Loop produz forças suaves contínuas para um eficiente e eficaz movimento dentário. Combinado com o seu baixo custo e simples concepção, o K-Loop oferece uma atrativa alternativa para distalization molar. Desenvolvido com a consultoria do Dr. Varun Kalra.


Ativação:


Passo 1: Inserir K-Loop ™ no primeiro molar e no tubo suporte do primeiro pré-molar. Coloque a marca apenas na mesial do tubo molar e na distal braquete do Pré Molar.


Passo 2: Colocar 2,0 milímetros ao alto, dobre 2,0 milímetros distais no tubo molar e 2,0 milímetros na mesial do pré-molar.


Passo 3: Inserir K-Loop ™ no Braquete pré-molar. Coloque um amarrilho em volta da dobra mesial no br aquete do como mostrado.




Link da Ortho Organizers sobre o Produto:


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Fechamento de diastema posterior como complemento de um tratamento ortodôntico


Neste artigo de 2007, publicado pela Revista Gaúcha de Odontologia, pelos autores Patrícia Lopes da Silva VIEIRA; Ynara Bosco de Oliveira LIMA-ARSATI; do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic. Departamento de Dentística. Faculdade de Odontologia; Campinas, São Paulo, Brasil. Mostra a integração entre a Ortodontia e a Dentistica Resauradora.

A ortodontia e a dentística encontram-se cada vez mais integradas. A dentística vem complementar a etapa final de um tratamento ortodôntico como, por exemplo, em situações em que ocorrem agenesias, incisivos conóides e presença de diastemas anterior e posterior.

O ponto de contato dos dentes posteriores é de extrema importância porque ajuda a manter o equilíbrio mésiodistal da arcada.

A sua ausência ou deficiência pode gerar impacção alimentar sobre a papila interdental e inflamação periodontal, levando à reabsorção óssea e à movimentação do dente. Em acréscimo, se houver uma restauração, o acúmulo de placa bacteriana na margem gengival pode gerar microinfiltração marginal, além de desconforto no paciente.

A utilização da resina composta direta em dentes posteriores vem ganhando espaço de forma significativa ao longo dos anos. Os sistemas adesivos e resinas compostas permitem as realizações de restaurações diretas plenamente satisfatórias. Devolver a forma e a função com restaurações que se assemelham à estrutura dentária, de forma extremamente conservadora, ser confeccionada em única sessão clínica, economizando tempo e encargos com laboratórios e fornecendo uma boa relação custo/ benefício são as principais vantagens deste material. Porém a sensibilidade da técnica, contaminação da área operatória, a diferença do coeficiente de expansão térmica linear entre a resina e o dente e a força de contração de polimerização podem levar à deficiência na interface dente/restauração, provocando infiltração marginal.

Os compósitos indiretos (inlay / onlay) possuem maior resistência à compressão e conseqüentemente, menor risco de fratura das restaurações, porém requerem maior desgaste do tecido dental sadio. Estas situações podem ser solucionadas tanto com restaurações diretas como indiretas.

Os contatos proximais apresentam duas funções primordiais: permitir o equilíbrio entre os dentes, garantindo a estabilidade da arcada, e proteger a papila gengival interdentária dos impactos alimentares durante a mastigação promovendo um periodonto íntegro e sadio, Picosse afirma que o equilíbrio mésio-distal de uma arcada é garantido pelo contato proximal e qualquer alteração nessa superfície acarreta modificações da oclusão dental.

Para se realizar um fechamento de diastemas, utiliza-se terapia ortodôntica, confecção de inlays, onlays, coroas totais e restaurações diretas em resinas compostas. A grande variedade de materiais e técnicas existentes na odontologia proporciona aos profissionais uma gama de possibilidades de solucionar diversas situações clínicas, como, por exemplo, os diastemas.

A evolução crescente das resinas compostas e dos sistemas adesivos permite restabelecer estas situações de forma conservadora e funcional, além de poderem ser confeccionadas em uma única sessão, economizando tempo e proporcionando boa relação custo/benefício ao profissional e ao paciente. Este aperfeiçoamento proporcionou melhora na resistência à compressão e ao desgaste superficial8. A odontologia adesiva com seus mecanismos de ação que permitem uma verdadeira adesão às estruturas dentárias permitiu mudanças significativas na concepção da extensão dos preparos cavitários, que passaram a ser mais conservadores. Isso fez a execução de restaurações em dentes anteriores e posteriores tornar-se adequada sob a ponto de vista biológico, estético e funcional.

Segundo Duarte Jr et al., alguns critérios devem ser analisados e estabelecidos com o intuito de se melhorar a qualidade final da restauração. Dentre eles, estão a localização do dente na arcada, quanto mais posterior, mais difícil o acesso; o uso de isolamento absoluto, que permite maior controle da umidade do campo operatório, melhor visualização e acesso; e a forma de aplicação da resina estar diretamente relacionada com a qualidade da restauração.

A ADA determinou que as resinas compostas para dentes posteriores fossem radiopacas, produzissem resistência à compressão e à abrasão, um bom vedamento marginal e fácil execução.

Mauro et al. observaram que a resina composta é um excelente material para restauração, fechamento de diastemas e restabelecimento da anatomia. Quando comparada à técnica indireta são menos invasivas e de custos mais acessíveis.

Algumas limitações das resinas diretas em relação às indiretas são a contração de polimerização do material, menor resistência ao desgaste, menor durabilidade e instabilidade na cor. Além disso, as resinas indiretas apresentam propriedades físicas superiores e de melhor reprodução, já que são realizadas em laboratórios, fora da cavidade oral, apresenta maior lisura superficial, diminuindo o acúmulo do biofilme às margens da restauração.

A escolha do plano de tratamento utilizando material restaurador adesivo direto foi determinada baseando no comprometimento estético, no fácil acesso, na pequena distância entre os dois dentes e na condição satisfatória de higiene oral da paciente e a sua colaboração no controle periódico. As restaurações indiretas também são muito utilizadas com esse fim, porém requerem que uma quantidade de tecido dental sadio seja removida e nas estruturas a serem reconstituídas, não havia nenhuma restauração, eram totalmente íntegras descartando esta opção.

As resinas mais indicadas para a realização das restaurações em dentes posteriores são as microhíbridas que possuem um tamanho médio de partículas entre 0,6 e 0,7mm, propriedades físicas excelentes, pouco pegajosas e possuem um bom acabamento e polimento, como a utilizada neste trabalho (Z250, 3M, Sumaré, SP, Brasil).

CONCLUSÃO

A realização de fechamentos de diastemas utilizando-se de materiais adesivos tem proporcionado estética e função de forma simples e eficiente, quando bem empregada, em situações clínicas que poderiam comprometer não só o equilíbrio entre os dentes e a preservação do periodonto, como também influir na autoestima e no bem-estar do paciente.

A escolha deve sempre estar apoiada nas propriedades e características dos materiais juntamente com as peculiaridades específicas de cada situação clínica.


Link do artigo na Integra via revista RGO:


sexta-feira, 7 de maio de 2010

110th AAO Annual Session - Congresso da Associação Americana de Ortodontistas

Aconteceu nesta semana de 30 de abril a 04 de maio o 110th AAO Annual Session - Congresso da Associação Americana de Ortodontistas, em Washington nos Estados Unidos. No qual Ortodontistas americanos e de outros paises se reuniram para conheçer o que há de mais atual na Ortodontia Contemporânea.

Neste Mesmo Evento o Professor Dr. Jorge Faber editor chefe da Dental Press Journal of Orthodontics, Ortodontista em Brasilia e a Doutora Flavia Velasque foram o ganhadores do “CDABO Case Report of the Year, for the Best case report published during 2009”. Com trabalho publicado no American Journal Of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJO-DO), que foi eleito pelo corpo editorial do periódico como o melhor relato de caso publicado em 2009. A entrega do prêmio foi feita pelo Dr. Vincent Kokich. Parabens ao Dr.Jorge Faber e a Dra. Flavia Velasque pelo premio recebido e por dar a Ortodontia Brasileira Destaque num evento Único da Ortodontia Mundial.
Proximos Congressos:
2011 :: Chicago, IL .................==> May 13 - May 17
2012 :: Honolulu, HI ..............==> May 4 - May 8
2013 :: Philadelphia, PA ........==> May 3- May 7
2014 :: New Orleans, LA .......==> TBD





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Fonte das fotos:
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FaceBook da American Association of Orthodontists
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Site da Revista Dental Press
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Link sobre estes assuntos:
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Stop e Guia Ortodôntico de Mordida

A Morelli acabou de lançar uma batente de mordida fixo, para colagem na palatina dos incisivos. É confeccionado de com uma liga metálica niquel free. Preço de 10 unidades --> R$ 28,00
O que o fabricante diz:






Link do produto:

http://www.morelli.com.br/produtos.cfm?Acao=VerDetalhesProduto&Produto=3060001&Criterio=&AcaoAnt=PesquisarProduto&ProdInicial=1&Linhas_Pagina=20&id_folder=78

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ANÁLISE DO SORRISO APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA – VISÃO INTERDISCIPLINAR


Neste artigo de 2010, publicado pelo site da Academia Tiradentes de Odontologia, pelos autores Gabriel Ramalho FERREIRA, Omar Gabriel da SIVA-FILHO, Clóvis MARZOLA, Cláudio Maldonado PASTORI, João Lopes TOLEDO-FILHO, Daniel Luiz Gaertner ZORZETTO, Marcos Maurício CAPELARI, Gustavo Lopes TOLEDO, Leonardo Perez FAVERANI; do Curso de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial e do Hospital de Base da Associação Hospitalar de Bauru; da Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – HRAC – Centrinho. Avalia as diferentes visões entre ortodontistas e cirurgiões buco maxilo faciais, quanto à análise do sorriso nos pacientes submetidos à cirurgia ortognática.

A estética facial é um conceito bastante subjetivo entre os indivíduos e possuem influência das características impostas pela sociedade que os cercam, como parâmetros para a percepção do belo. Dentre estes conceitos, o sorriso é essencial na definição de uma face harmônica (COX; VAN DE LINDEN, 1971 e RICKETTS, 1982).

O sorriso traduz geralmente um estado da alma, confirmando que o homem é o único ser vivente dotado de inteligência emocional com a capacidade de exprimir seus sentimentos de forma tão singular.

Grande parte da população que procura atendimento odontológico deseja melhorar a estética facial e especialmente o sorriso, para ser inserido na sociedade que convive. Desta forma, o profissional ortodontista deve deter da habilidade para reconhecer os objetivos terapêuticos de forma individualizada, com o intuito de restabelecer a harmonia facial, diante das expectativas dos pacientes.

A análise estática do sorriso define como ideal a presença do arco do sorriso, que se estabelece por meio da relação de paralelismo entre a curvatura dos incisivos e caninos superiores e, a borda do lábio inferior. Além disso, aexposição dos incisivos superiores deve apresentar no mínimo 80% do seu comprimento a 2 mm da gengiva inserida (SARVER, 2001 e SARVER, 2003).

Como é amplamente implícita que a harmonia facial é característica individual e subjetiva, justifica-se a realização deste trabalho, por questionar as diferenças no tocante a análise do sorriso de pacientes submetidos à cirurgia ortognática, entre profissionais ortodontistas e cirurgiões buco maxilo faciais, sem que os mesmos soubessem que os pacientes foram submetidos aos procedimentos ortognáticos.

A avaliação do sorriso é um parâmetro bastante relevante nos indivíduos e o restabelecimento de uma simetria do sorriso é o fator mais importante na estética facial, em especial nos pacientes que se submeteram à cirurgia para correção das deformidades dentofaciais (SUGUINO; RAMOS; TERADA et al., 1996). Porém esta análise é bastante subjetiva e pessoal, uma vez que as características de beleza são fundamentadas principalmente pelos padrões culturais e socioeconômicos da população estudada (BRAGA REIS; CAPELOZZA FILHO; CLARO, 2006). O que justifica a porcentagem de concordância entre os profissionais juízes deste trabalho, que mostrou 76,67% entre os cirurgiões buco maxilo faciais e, entre os ortodontistas 56,6%, no tocante à promoção de um sorriso agradável nos pacientes submetidos à cirurgia ortognática.

A beleza do sorriso atualmente é caracterizada pela presença de dentes brancos, volumosos, alinhados e nivelados. Para tanto, a exposição ideal dos incisivos ao sorrir é de 75% a 100% da altura da coroa, até 2mm de gengiva inserida, sendo um pouco mais no gênero feminino que no masculino (SUGUINO; RAMOS; TERADA et al., 1996 e SARVER, 2001). A presença ainda da variabilidade na exposição gengival nos pós-operatórios de cirurgias ortognáticas, se deve ao fato de ter ocorrido uma falta de movimento no reposicionamento superior da maxila, nos crescimentos verticais, bem como na presença de hipertrofia gengival ou diante da magnitude da elevação dos lábios no sorriso (ARNETT; McLAUGHLIN, 2004).

CONCLUSÕES
Tendo em vista os resultados obtidos com este trabalho e a literatura consultada, pode-se conclui que:

1. A porcentagem de concordância entre os cirurgiões buco maxilo faciais e ortodontistas foi significante estatisticamente nos seguintes parâmetros avaliados: análise subjetiva do sorriso como agradável ou desagradável, exposição dos incisivos superiores e gengiva ao sorriso.

2. Nos demais parâmetros: corredor bucal e paralelismo entre a borda incisal dos dentes antero-superiores e a borda do lábio inferior, não houve concordância entre os profissionais na sua maioria. Somente entre os ortodontistas, no aspecto paralelismo do arco do sorriso houve uma porcentagem considerável de concordância (60%).

3. É muito importante que os profissionais conheçam as características inerentes a um sorriso agradável, para que o planejamento ortocirúrgico seja encaminhado corretamente e, tenha um resultado pós-operatório eficaz.


Link do artigo na integra via revista da actiradentes:

Análise Facial Subjetiva


Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Sílvia Augusta Braga Reis, Jorge Abrão, Leopoldino Capelozza Filho, Cristiane Aparecida de Assis Claro; do Departamento de Ortodontia da Universidade Metodista de São Paulo; da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté; da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – Bauru; Mostra que a análise facial tem sido um recurso diagnóstico valorizado desde os primórdios da Ortodontia que vários autores tentaram estabelecer referências de normalidade na direção das quais os pacientes ortodônticos deveriam ser tratados.

A Odontologia moderna tem seu sucesso associado à união sinérgica de todas as especialidades, sejam elas Dentística, Prótese, Cirurgia ou Ortodontia, para a construção de um sorriso saudável,
mas principalmente estético. Essa premissa está de acordo com as expectativas dos pacientes, que tem por principal motivação para o tratamento a melhora estética advinda do mesmo. Na Ortodontia, essa afirmação já foi comprovada por vários estudos. Segundo Giddon, 80% dos adultos que procuram o tratamento ortodôntico para si ou para seus filhos, o fazem por motivações estéticas, independente das condições estruturais e funcionais. Esse autor só fez confirmar a observação já divulgada por Mckierman et al.

A resistência dos ortodontistas em tratar pacientes sem queixas funcionais pode ser questionada em vista dos resultados obtidos por Varella e Garcia-Camba ao avaliarem longitudinalmente a auto-imagem de 40 pacientes adultos submetidos ao tratamento ortodôntico. Esses autores verificaram que os pacientes tinham a auto-imagem reduzida antes do tratamento e observaram uma melhora da mesma durante o tratamento. Outro aspecto interessante é que a autopercepção da face e dos dentes foi maior entre os indivíduos que procuraram o tratamento, possivelmente pelo desconforto que a aparência e o sorriso lhes impingia.

A perspectiva atual da prática e da pesquisa odontológica exige que o profissional se aproxime das expectativas do seu paciente ao definir a melhora da estética facial e do sorriso como o principal objetivo do tratamento, e a avaliação direta da face do paciente como seu principal recurso diagnóstico, a qual permite observar as características faciais harmoniosas e desarmoniosas como o paciente é avaliado por si mesmo e pelos seus pares. Ao paciente, definitivamente, não interessa que os ângulos e proporções de sua face estejam dentro de um “padrão de normalidade” se este padrão não se adequar às suas características étnicas e individuais. A principal aspiração do paciente é ser reconhecido como bonito, ou no mínimo normal, por si mesmo e pela sociedade, eliminando características desagradáveis do sorriso e de sua face.

Inúmeros autores já tentaram definir características faciais responsáveis pela estética agradável (beleza). Wuerpel, Herzberg e Brons observaram que a estética agradável estaria associada à harmonia e ao equilíbrio entre as partes constituintes do perfil facial. Rickets e Jefferson observaram que a beleza estaria associada à coincidência das proporções faciais com a proporção áurea. Cunningham, Peck e Perret et al. associaram a beleza a características neonatais. Segundo esses autores, as faces consideradas mais atrativas seriam aquelas com olhos grandes e espaçados, área nasal pequena e mento pequeno, consideradas características neonatais, associadas a características de maturidade, como maxilares proeminentes, e de expressão, como sobrancelhas altas.

Todas essas teorias foram testadas em inúmeros trabalhos e não foi possível estabelecer uma característica facial responsável pela beleza. Isso já havia sido observado por Perrin desde 1921. Esse autor estudou a atratividade e a repulsividade física, sob o ponto de vista da Psicologia, ao solicitar aos estudantes de Psicologia da Universidade do Texas que selecionassem os 25 homens e as 25 mulheres mais bonitos da escola. Analisando essa escolha, o autor observou que a seleção não foi baseada em qualquer característica do selecionado, mas no sentimento despertado pelo mesmo no avaliador. Esse sentimento estaria associado a uma variedade de características, nenhuma delas necessariamente presente em qualquer indivíduo da amostra selecionada. Ou seja, a beleza não está em qualquer característica do avaliado, mas nos olhos do avaliador.

Esse trabalho teve por objetivo primário sugerir termos que favorecem a comunicação entre os diversos profissionais envolvidos na Odontologia estética, e dos mesmos com o paciente.

Observamos, entretanto, após incluir a Análise Facial Subjetiva como rotina na atividade clínica, que a classificação estética do paciente é mais um instrumento diagnóstico, que tem sua importância aumentada por ser o parâmetro pelo qual o paciente e as pessoas com as quais ele convive vão avaliar os resultados do tratamento.

Segundo Capelozza, e baseados nesse estudo, concluímos que faces agradáveis são exceções e, geralmente, não dependem do dentista para atingirem ou permanecerem nesse estágio. Porém, uma vez exigindo intervenção odontológica, seja ela ortodôntica ou não, exigem do profissional um cuidado extremo para a preservação e acentuação das características de agradabilidade.

Os pacientes classificados como esteticamente desagradáveis e pertencentes aos Padrões II, III, Face Longa e Face Curta apresentam discrepâncias esqueléticas, as quais necessitam de tratamentos, que incluem muitas vezes cirurgias ortognáticas para corrigir o erro ósseo, normalmente grave.

Essa classificação da estética pode, muitas vezes, definir a necessidade de cirurgias em casos limítrofes, nos quais um tratamento ortodôntico compensatório limitado pode ser realizado, obtendo uma melhora oclusal, sem, entretanto, promover um incremento estético do paciente na pirâmide de agradabilidade. Ou seja, o mesmo continuaria com a classificação de estética facial desagradável.

A esses pacientes deve ser oferecida a oportunidade de mudança de nível, possível com a associação da Ortodontia com a Cirurgia e, muitas vezes, Implantodontia, Periodontia, Dentística e Prótese.

Os pacientes esteticamente aceitáveis são a maioria. O plano de tratamento dos mesmos, como dos anteriores, deve ser feito com a premissa da melhoria estética. Aqueles que não apresentam discrepâncias esqueléticas ou más oclusões com repercussão facial devem ser submetidos a tratamentos ortodônticos corretivos, associados a recursos de outras áreas envolvidas com a estética, que resultam em uma melhora da agradabilidade, pelo menos do sorriso, área de interesse futuro de nossas pesquisas. Aos portadores de discrepâncias esqueléticas que não maculam significativamente a estética facial, o tratamento ortodôntico compensatório primário é a melhor opção, pois permite uma melhora na estética do sorriso, função adequada e preservação das características de aceitabilidade.

Portanto, a classificação da estética facial torna próximos o ortodontista, profissionais de outras especialidades e a expectativa do paciente, além de oferecer parâmetros morfológicos importantes para decisões diagnósticas muitas vezes duvidosas.

Outros resultados deste estudo, como a comparação com o índice de agradabilidade na visão frontal, além da comparação entre os diferentes grupos de avaliadores, já foram parcialmente publicados, mas serão compreensivamente abordados em publicações posteriores.


Link do artigo na integra via Scielo:

domingo, 2 de maio de 2010

Pensamento da Semana


"De que vale ao homem conquistar todos os tesouros da terra e perder sua alma ? "


Jesus Cristo


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