ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: julho 2020

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Biomecânica com mini-implantes extra-alveolares






Neste artigo de 2019, publicado pela Dental Press Journal of Orthodontics, pelo Autor Professor Dr. Marcio R. Almeida, Da Universidade Norte do Paraná, Curso de Mestrado Acadêmico em Ortodontia e Doutorado em Dentística (Londrina/PR, Brazil). Mostra diversas possibilidades e aplicabilidades biomecânicas com os recursos de ancoragem esquelética baseados nos mini implantes extra alveolares.

É inegável que a ancoragem extra-alveolar de mini-implantes revolucionou a Ortodontia. Do mesmo modo, o entendimento adequado da biomecânica de mini-implantes permitiu ampliar a gama de movimentos dentários como nunca antes visto na prática clínica. Entretanto, para produzir melhores tratamentos, principalmente no que diz respeito aos efeitos no plano oclusal, é importante estar ciente das inúmeras possibilidades de aplicação de sistemas de força baseados na ancoragem esquelética. Assim, este artigo tem como objetivo abordar, por meio de casos clínicos, a aplicação de conceitos biomecânicos extremamente relevantes para o emprego adequado de mini-implantes extra-alveolares.

Link do Artigo na Integra via Scielo:

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Historia da Ortodontia - Tracionamento de Canino Incluso











Os caninos superiores permanentes desempenham um importante papel no estabelecimento e manutenção da forma e função da dentição, sendo sua presença no arco dentário fundamental para o estabelecimento de uma oclusão dinâmica balanceada, além da estética e harmonia facial. Assim, dada a sua importância no arco dentário, diante de uma impactação do canino superior permanente, esforços deverão ser empregados para manter o dente evitando sua extração.

Quando não diagnosticado e tratado, caninos superiores impactados podem causar perturbações mecânicas e infecciosas. O prognóstico do tratamento depende da posição do canino em relação aos dentes adjacentes e sua altura no processo alveolar. Também se deve levar em consideração a possibilidade do canino impactado não se movimentar ortodonticamente. Neste caso, será necessária a sua extração e o espaço poderá ser ocupado pelo premolar ou por uma prótese.

Hoje em dia existem metodos de diagnósticos variados, como um simples Rx Periapical, Rx com a Tecnica de Clark, Rx Oclusal da Maxila, Rx Panorâmico e as confiáveis e imprescindíveis tomografias de feixe cônico. Mas imaginem esta situação em 1899, foi quando Dr. Edward H. Angle, publicou no seu classico livro The Angle System of Regulation and Retention of the teeth and Treatment of Fractures f the Maxille. No Capitulo VII ele descreve uma técnica tracionamento de um canino superior direito, associado a exodontia do 1º Pré-molar superior direito, com um aparato preso ao 2º Pré-Molar inferior direito. Foi feito uma pequena Perfuraçao no canino e a peça cimentada a coroa. E o paciente instruido a usar uma ligadura elastica. Neste mesmo capitulo ele mostra também uma situação de solução para um incisivo superior incluso.

Link de um bom artigo sobre este assunto de 2008 na Scielo do Dr. Mario Cappellette e colaboradores:

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Efeitos a longo prazo da expansão rápida da maxila seguido pelo uso de aparatologia fixa



Neste artigo publicado em 2010, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Hakan Gurcan Gurel; Badel Memili; Mustafa Erkan; Yusuf Sukurica; do GATA Military Research and Training Hospital, Dental Clinic, Section of Orthodontics, Istanbul; e do Selcuk University, Faculty of Dentistry, Department of Orthodontics, Konya, Turquia. Mostra um estudo sobre a estabilidade da Expanção Rápida da Maxila.

Este estudo foi feito com o intuito de avaliar as mudanças a longo prazo em larguras do arco maxilar, sobressaliência e sobremordida em pacientes que foram tratados com expansão rápida da maxila (ERM), seguidos pelo uso de aparelhos edgewise.

O material para o estudo constistuiu numa tomada de modelos de estudo de 41 pacientes (19 homens e 22 mulheres), em quatro ocasiões diferentes (antes do tratamento -> T1, após ERM -> T2; após o tratamento --> T3, e durante o período de acompanhamento -> T4). A parte superior inter-caninos, inter-premolar e a largura inter-molares, sobressaliência e a sobremordida foram medidos em cada conjunto de modelos de estudo. A média de idade dos pacientes era de 13,2 +- 1,3 anos (variação, 11,2 a 16,9 anos), no T1: 13,3+- 1,3 anos (variação, 11,3 a 17 anos), no T2: 15,5 +- 1,4 anos (variação, 13,1 a 18,8 anos), no T3: 20,4 +- 1,6 anos (variação, 17,9 a 24,8 anos) com T4.

O aumento real na largura intercaninos, largura interpremolar, largura intermolares, sobressaliência e sobremordida foi de 1,4 +- 2,4 mm, 4,6 +- 2,6 mm, 4,3 +- 2,5 mm, 0,1 +- 0,6 mm, e 0,2 +- 0,6 mm, respectivamente, e as taxas de recidiva foram de 37% para a largura inter-caninos, 19% para a largura inter-premolar, e 17% para a largura inter-molares no final do período de acompanhamento.

Uma quantidade significativa de recidiva em larguras de arco maxilar no pós-contenção ocorreram, sendo o maior na largura intercaninos. A ERM diminuiu significativamente a sobremordida e a sobressaliência ficou aumentada, e uma redução estatisticamente significativa foi observada em ambos tanto na sobremordida como na sobressaliência, na avaliação pós-contenção.

Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/011209-22.1

terça-feira, 14 de julho de 2020

Historia da Ortodontia - 1º Meeting da Angle Society of Orthodontists



   
Abaixo, trechos do discurso que o Dr. Edward H. Angle fez na abertura do 1º Meeting da Angle Society em junho de 1922, publicado posteriormente na Angle Orthodontist:


“Esta é a nossa primeira reunião anual, que será de grande valor para nós e para a humanidade, na proporção da seriedade, sinceridade e espírito de progresso que levamos a ela. Vamos fazer com que este ato se destaque no progresso da ortodontia. Ou devemos gastar este tempo precioso, como em tantas outras sociedades é gasto? Em conversa inútil,  demonstração de orgulho e auto-promoção, em intrigas políticas, na escuta de trabalhos inconsequentes e realizados com descuido, embasados em teorias não comprovadas. Alguns destes trabalhos, infelizmente ainda são largamente publicados na literatura voltada a ortodontia, mas nenhuma ciência jamais foi empurrada para a frente com estes tipos de trabalhos...”
“As coisas que perduram na ortodontia são aquelas fáceis de explicar e de entender, para desta forma, ser dominada e ser feita com benefício prático apenas com a aplicação eterna do pensamento, da razão e a partir de princípios básicos. Apartir dai isto passa a ser constantemente aplicado...”
“Quando você conhece a história inteira de ortodontia, como eu conheço e como vocês estão conhecendo, perceberão que o progresso da verdadeira ortodontia jamais foi conseguido por homens “bitolados”, com a eterna visão rígida de um único ideal. Deste modo, progresso algum foi alcançado em qualquer área da ciência...”
“Deve ser a nossa missão, individual e coletiva, em todos os nossos atos e somando todos os nossos esforços, manter o navio da ortodontia sempre navegando no seu verdadeiro curso. Que nenhum membro desta sociedade nunca seja conhecido como adormecido ou desistente...”
“Eu me pergunto se vocês percebem a importância das suas responsabilidades: Em manter elevados os ideais no seu trabalho como indivíduos e como membros desta sociedade, nesta fase especial na história da ortodontia..."

Edward Hartley Angle

Link do artigo na integra via Angle Orthodontist :

http://www.angle.org/doi/pdf/10.1043/0003-3219%281931%29001%3C0008%3AFMOTEH%3E2.0.CO%3B2

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Previsibilidade do movimento ortodôntico com alinhadores ortodônticos: um estudo retrospectivo







Neste artigo de 2017, publicado na Progress in Orthodontics, pelos autores Luca Lombardo, Angela Arreghini, Fabio Ramina, Luis T. Huanca Ghislanzoni and Giuseppe Siciliani. Da Faculdade de Ortodonti, Universidade de Ferrara, Via Fossato di Mortara, 44100 Ferrara, Italia

O artigo relata um  estudo que avaliou a previsibilidade de alinhadores F22 (Sweden & Martina, Due Carrare, Itália) na condução dos dentes para as posições planejadas usando uma configuração ortodôntica digital.

Dezesseis pacientes adultos (6 homens e 10 mulheres, idade média de 28 anos e 7 meses) foram selecionados, e um total de 345 dentes foram analisados. Pré-tratamento, pós-tratamento ideal - conforme planejado na configuração digital - e os modelos reais de pós-tratamento foram analisados ​​usando o software VAM (Vectra, Canfield Scientific, Fairfield, NJ, EUA). A rotação prescrita e real, a ponta mesiodistal e a ponta vestíbulo-lingual foram calculadas para cada dente e, posteriormente, analisadas por tipo de dente (incisivos superiores e inferiores direitos e esquerdos, caninos, pré-molares e molares) para identificar o erro médio e a acurácia de cada tipo de movimento. alcançado com o alinhador em relação aos planejados usando a configuração.

Foi observado que a previsibilidade média dos movimentos obtidos com os alinhadores F22 foi de 73,6%. A inclinação mesiodistal mostrou a maior previsibilidade, em 82,5% em relação ao ideal;  seguido por inclinação vestíbulo-lingual (72,9%) e finalmente rotação (66,8%). Em particular, a ponta mesiodistal nos molares superiores e inferiores foi alcançada com a maior previsibilidade (93,4 e 96,7%, respectivamente), enquanto a rotação nos caninos inferiores foi  menos eficaz (54,2%).

Ou autores concluíram neste estudo que sem o uso de recursos auxiliares, os alinhadores ortodônticos são incapazes de atingir o movimento programado com 100% de previsibilidade. Em particular, embora os movimentos de inclinação tenham sido eficazes, especialmente nos molares e pré-molares, a rotação dos caninos inferiores foi um movimento extremamente imprevisível.

Link do artigo na integra via NCBI: