ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: julho 2016

terça-feira, 26 de julho de 2016

49º Congresso Científico Anual da Associação Coreana de Ortodontia



Nos dias 07 a 09 de outubro de 2016 a Associação Coreana de Ortodontistas irá promover o 49º Congresso Científico Anual ... Um evento científico extremamente valioso, onde o público irá vivenciar a conjunção da ortodontia clássica com o que há de mais moderno na nossa especialidade. Palestrantes renomados e temas clínicos abordados de relevância. 

Informações:














49º Congresso Cientifico Anual da Associação Coreana de Ortodontia



Nos dias 07 a 09 de outubro de 2016 a Associação Coreana de Ortodontistas irá promover o 49º Congresso Cientifico Anual ... Um evento cientifico extremamente valioso, onde o publico irá vivenciar a conjunção da ortodontia clássica com o que há de mais moderno na nossa especialidade. Palestrantes renomados e temas clínicos abordados de relevância. 

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Comparação de dois protocolos para a protração maxilar: âncoragem óssea versus máscara facial com expansão rápida da maxila






Neste artigo de 2010, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Lucia Cevidanes; Tiziano Baccetti; Lorenzo Franchi; James A. McNamara, Jr; Hugo De Clerck; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of North Carolina, Chapel Hill, NC; Department of Orthodontics, University of Florence, Florence, Italy; Thomas M. Graber, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, School of Dentistry, University of Michigan, Ann Arbor, Michigan; Center for Human Growth and Development, The University of Michigan, Ann Arbor, Michigan. Faz um estudo comparativo entre o protocolo classico de protração maxilar com mascara facial ao com o metodo contemporâneo de protração com mini placas ortodonticas.


Este estudo foi realizado com o intuito de se testar a hipótese de que não há diferença nos efeitos do tratamento ativo para avanço da maxila induzida por protração maxilar com ancoragem ossea(BAMP) e os efeitos do tratamento ativo com a máscara facial, em associação com a expansão rápida da maxila (ERM / FM).


Este estudo foi feito em pacientes tratados consecutivamente. As mudanças em variáveis cefalométricas dento esqueléticas desde o início do tratamento (T1) até o final do tratamento ativo (T2) com um intervalo médio T1-T2 de cerca de um ano e depois foram contrastados em uma amostra de 21 indivíduos BAMP com uma amostra RME / FM de 34 pacientes . Todos os pacientes eram pré-púberes em T1. A comparação estatística foi feita com testes t para amostras independentes.


O protocolo BAMP produziu resultados significativamente maiores do que a terapia de avanço da maxila RME / FM (com uma diferença de 2 mm a 3 mm). As alterações mandibulares sagitais foram semelhantes, enquanto as alterações verticais foram melhor controladas com BAMP. As relações sagitais intermaxilares melhoraram em 2,5 milímetros a mais nos pacientes BAMP. Resultados adicionais favoráveis do tratamento BAMP foram a falta de rotação no sentido horário da mandíbula, bem como uma falta de retroinclinação dos incisivos inferiores.


Os autores concluíram que o protocolo BAMP produziu avanço maxilar significativamente maior do que o avanço da maxila pela terapia RME / FM.




Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Avaliação do efeito da expansão rápida da maxila no padrão respiratório, por meio da rinomanometria anterior ativa: descrição da técnica e relato caso



Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Edmilsson Pedro Jorge, Luiz Gonzaga Gandini Júnior, Ary dos Santos-Pinto, Odilon Guariza Filho, Anibal Benedito Batista Arrais Torres de Castro; do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP - Araraquara); do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)- São Paulo - Brasil. Avalia o efeito da expansão rápida da maxila (ERM) no padrão respiratório.

A respiração nasal é o único padrão respiratório considerado fisiologicamente normal no ser humano. Quando, por algum motivo, o indivíduo apresenta alguma dificuldade em respirar pelo nariz, ele complementa ou substitui a respiração nasal pela respiração bucal.

Os métodos de diagnóstico para determinar o padrão respiratório de um indivíduo são controversos na literatura. Entretanto, não estão totalmente esclarecidos os efeitos da obstrução naso-respiratória no desenvolvimento da má oclusão e no crescimento facial. Embora a relação existente entre a respiração e o crescimento craniofacial tenha sido muito pesquisada, muitas dúvidas permanecem sem respostas, em razão das inúmeras variáveis decorrentes da predisposição genética e das influências do meio ambiente, pois cada indivíduo tem uma maneira própria de enfrentar o impacto resultante da alteração na normalidade do padrão respiratório.

Há mais de um século, alguns pesquisadores tiveram interesse em avaliar o efeito da expansão rápida da maxila (ERM) na morfologia e função nasal. Esse procedimento, introduzido por Angel, modifica a forma da maxila, abrindo a sutura palatina mediana e as demais suturas da face. Inúmeros trabalhos têm demonstrado que o resultado desse procedimento ocasiona mudanças na dimensão transversal da maxila e da cavidade nasal, proporcionando uma melhora na respiração.

Há relatos, em trabalhos científicos, de que o padrão respiratório de um indivíduo com diminuição da função nasorrespiratória pode ser melhorado por meio da expansão rápida da maxila, uma vez que o aumento da área de secção transversal nasal induz a uma diminuição da resistência nasal, aumentando o fluxo aéreo. Contudo, é necessário manter um nível mínimo de resistência nasal respiratória para que ocorram as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares.

McCaffrey e Kern relatam que o sintoma da obstrução nasal ocorre quando o valor da resistência nasal total é superior a 3 cmH2O/l/seg. Warren et al. descrevem que, quando a resistência nasal total é elevada, em torno de 4,5 cmH2O/l/seg, a grande maioria dos indivíduos são considerados respiradores bucais. Já os valores obtidos por meio da rinomanometria posterior ativa dos respiradores nasais e dos pacientes com obstrução nasal são diferentes: em média 1,86 cmH2O/l/seg e 3,05 cmH2O/l/seg, respectivamente.

Outro método utilizado para quantificar o padrão respiratório é por meio da medida da área de secção transversal nasal. Contudo, o limite de mudança da respiração de nasal para bucal é muito próximo, de aproximadamente 0,40 a 0,45cm2. Cerca de 97% dos indivíduos com área de secção transversal nasal menor que 0,4cm2 apresentam algum tipo de respiração bucal, ou seja, uma área de secção transversal nasal igual ou menor que 0,4cm2 proporciona uma resistência respiratória nasal de 0,5 a 4,7 cmH2O/l/seg14. Dessa forma, a resistência respiratória muito elevada obriga o indivíduo a abrir a boca aproximadamente de 0,4 a 0,6cm2 para reduzir essa resistência e atingir valores normais compatíveis com a respiração, de 1,9 a 2,2 cmH2O/l/seg.

Logo, o propósito deste artigo foi avaliar se ocorreu mudança no padrão respiratório do paciente que apresentava alteração transversal da arcada superior e que tinha indicação para a expansão rápida da maxila. O dispositivo utilizado para a expansão rápida da maxila foi um aparelho dentomucossuportado do tipo Haas modificado.

O aparelho utilizado para a rinomanometria anterior ativa do paciente foi um rinomanômetro RM 302 (Eletromedicina Berger Indústria e Comércio Ltda., São Paulo/SP), composto de dois canais, que permite a avaliação simultânea do fluxo e da pressão em cada fossa nasal durante a respiração.

COMENTÁRIOS FINAIS

Após a ERM, foi observado na cavidade nasal direita (ND) uma diminuição na pressão (P), enquanto o fluxo (V) permaneceu constante. Já na cavidade nasal esquerda (NE), ocorreu uma diminuição na pressão (P) e um aumento do fluxo (V).

Desse modo, demonstrou-se uma redução da resistência nasal após a realização da ERM, acontecimento já relatado em trabalhos anteriores.

Entretanto, devemos estar cientes de que esse procedimento ortopédico, apesar do benefício da diminuição da resistência nasal e consequente aumento da permeabilidade nasal, não deve ser realizado simplesmente com a finalidade de proporcionar melhora na função nasal em pacientes com dificuldades respiratórias, mas, sim, quando associado a uma correta indicação para que seja realizado.

Dessa forma, uma das finalidades desse artigo é enfatizar que o aparelho expansor, utilizado para realizar a ERM, além de corrigir as mordidas cruzadas posteriores uni ou bilaterais (sua principal função), também contribui para a diminuição da resistência nasal total e aumento da condutância nasal. Entretanto, não podemos esquecer que o exame de rinomanometria anterior ativa é um método de diagnóstico importante para avaliar a diminuição da função nasorrespiratória e determinar o padrão respiratório do paciente.


Link do artigo na integra via Scielo:

http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n6/v15n6a09.pdf

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Academia da Ortodontia Contemporânea 2016 chega ao 3º encontro








A Academia da Ortodontia Contemporânea 2016 chega ao 3º encontro do mais completo programa de educação continuada para o Ortodontista Clínico. Todos os cursos, todas as escolas, todas as filosofias e todos os maiores e mais aclamados professores do país em um só lugar. Vagas para a turma 2017 serão abertas em outubro.   


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segunda-feira, 4 de julho de 2016

A extração de segundos molares superiores para o tratamento da Classe II






Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores, Maurício Barbieri Mezomo, Manon Pierret, Gabriella Rosenbach, Carlos Alberto E. Tavares. do curso de Odontologia da UNIFRA – Santa Maria/RS, do curso de Especialização em Ortodontia da ABO-RS. Apresenta uma abordagem alternativa para o tratamento ortodôntico das más oclusões de Classe II.
  
A proposta de extração de dentes permanentes como parte do tratamento ortodôntico gerou opiniões divergentes desde seu início, com Angle e Tweed. Atualmente, é rotina no planejamento ortodôntico a extração de pré-molares, principalmente os primeiros. Tais exodontias são indicadas em casos de apinhamento, biprotrusão e presença de perfil esteticamente desagradável (quando se torna benéfica a retração dos dentes anteriores). Esses dentes estão próximos do centro de cada quadrante da arcada e, normalmente, estão próximos do local do apinhamento. Entretanto, em algumas situações a extração de outros dentes pode ser mais apropriada e vantajosa. 

As extrações de molares não são recentes. Chapin, em 1939, já sugeria a remoção desses dentes como alternativa à remoção de pré-molares. Diversos autores têm sugerido a remoção do segundo molar superior para a correção da má oclusão de Classe II, 1a divisão, com excessiva inclinação vestibular dos incisivos e sem diastemas, com mínima sobressaliência e presença dos terceiros molares em boa posição e forma adequada. Casos de pacientes com padrão facial dolicocefálico, tendência de crescimento vertical e necessidade de distalização dos primeiros molares são especialmente beneficiados pela extração dos segundos molares, pois a tendência de abertura da mordida é diminuída.
Os segundos molares também podem ter indicação de extração no caso de apresentarem patologias (erupção vestibular, anomalias de coroa ou raiz, anquilose, cáries ou restaurações extensas e defeitos no esmalte), sendo substituídos pelos terceiros molares saudáveis. 

As conclusões da maioria dos estudos coincidem em relação ao momento oportuno para se proceder às extrações, os melhores resultados são obtidos quando os segundos molares são removidos e os terceiros molares estão num estágio de desenvolvimento em que a coroa está totalmente desenvolvida, com pouca ou nenhuma formação radicular.
Após a extração dos segundos molares superiores, segue-se a distalização dos primeiros molares da mesma arcada, para que seja obtida uma relação de Classe I. Alguns autores relataram que esse movimento de distalização é mais fácil quando realizada a remoção do segundo molar.
Um dos objetivos de qualquer tratamento ortodôntico é a estabilidade dos resultados obtidos no final da terapia. Os autores concordam que a extração de segundos molares promove uma estabilidade não observada em outras formas de tratamento. Como não há necessidade de fechamento de espaço com essa modalidade de tratamento, não há problema da recidiva de reabertura de espaços no meio da arcada. Alguns autores, comparando grupos com e sem a extração dos segundos molares, relacionaram a estabilidade dos resultados ao fato de não ocorrer vestibularização dos incisivos inferiores no grupo que sofreu extração, em contraste com o que ocorreu com o outro grupo.

A supraerupção do segundo molar inferior pode ocorrer enquanto se aguarda a erupção do terceiro molar superior, esse problema está principalmente relacionado à porção distal desses dentes, a qual não possui contato com o primeiro molar superior. O uso de aparelho fixo ou arco lingual, bem como de uma placa removível, previne esse movimento indesejado do segundo molar inferior.
Quando a terapia ortodôntica é concluída, o terceiro molar, que assumirá a posição previamente ocupada pelo segundo molar extraído, geralmente não está irrompido. Após a erupção desse dente, e não estando ele em uma posição considerada ideal para a obtenção de uma oclusão satisfatória do ponto de vista funcional, torna-se necessário que seja retomada a terapêutica ortodôntica, com a finalidade de se conseguir bons resultados. 

A cooperação do paciente é importante durante o tratamento ortodôntico, pois o mesmo exige sua participação em todos os aspectos. Nos casos em que há necessidade de distalização do primeiro molar superior, o uso do aparelho extrabucal exige muito sua colaboração, principalmente na fase inicial do tratamento. Considerando esse fator, alguns autores propuseram o uso de mecanismos intrabucais para distalização do primeiro molar, não sendo crucial a colaboração do paciente. 

Um dos grandes riscos dessa alternativa de tratamento é a não-erupção do terceiro molar ou formação radicular inadequada desse dente.


As contraindicações, que vão exatamente na direção oposta aos critérios necessários para a extração de segundos molares, podem ser: presença de terceiros molares com raízes pequenas ou mal formadas, terceiros molares com tamanho excessivamente grande, ausência de terceiros molares, a possibilidade de terceiros molares envolvendo a área sinusal, terceiros molares posicionados horizontalmente, ausência congênita de pré-molares ou incisivos, severa deficiência de espaço e possibilidade de falha na erupção dos terceiros molares. Também são contraindicadas em pacientes com severa deficiência de espaço anterior, com mínimo problema de espaço ou com pronunciada protrusão dos incisivos. 

Considerações Finais dos Autores
A extração dos segundos molares superiores, quando corretamente indicada, é uma alterna- tiva de tratamento benéfica para os pacientes, pois poderá até diminuir o tempo de tratamen- to e simplificar a mecanoterapia. Entretanto, é imprescindível que se utilizem os recursos diagnósticos disponíveis, para que se faça uma correta seleção dos casos que serão submetidos a essa terapia.
Nos casos clínicos apresentados no presente artigo, a exodontia dos segundos molares foi realizada para facilitar a distalização dos primeiros molares superiores, com consequente correção da Classe II nos pacientes sem crescimento facial. Já a exodontia dos primeiros pré-molares foi realizada para a melhora do perfil facial e correção da discrepância anterior das arcadas, seja pelo severo apinhamento ou pela protrusão exagerada dos incisivos inferiores.
Os casos clínicos servem como exemplos de como um bom diagnóstico, aliado a um paciente colaborador, pode resultar em um tratamento cujos objetivos de melhoria na estética e função sejam atingidos de forma favorável.

Link do artigo na Integra via Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/12.pdf