ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: julho 2012

domingo, 29 de julho de 2012

Pensamento da Semana


"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo... Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, quem não arrisca vestir uma nova cor, quem não conversa com quem não conhece... Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho ou seu amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos..."


Martha Medeiros

quarta-feira, 25 de julho de 2012

AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DA OROFARINGE



Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Odonto Ciência, pelos autores Nuernberg, Cecília Helena Garcia e Vilella, Oswaldo de Vasconcellos; Do departamento de ortodontia pela FO-UFF - Rio de Janeiro; Mostra uma pesquisa feita para obter índices cefalométricos de normalidade para a profundidade da orofaringe.


A faringe é uma estrutura tubular formada por músculos e membranas e está localizada atrás da laringe e das cavidades oral e nasal. Estende-se desde a base craniana até o nível da sexta vértebra cervical e da borda inferior da cartilagem cricóide. Seu comprimento varia de 10 a 14 centímetros e é dividida em três partes: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A nasofaringe corresponde à porção superior da faringe, onde se encontra a tonsila faríngea ou adenóide; a orofaringe é a porção média da faringe onde se encontram as tonsilas palatinas ou amígdalas; e a laringofaringe representa a porção inferior da faringe. Devido à sua importância nos processos de deglutição e respiração, a nasofaringe e a orofaringe são os segmentos da faringe mais relevantes para a odontologia. A orofaringe pode ser ainda denominada espaço bucofaríngeo, bucofaringe, porção média ou bucal da faringe ou mesofaringe. Ela é revestida por tecido linfóide e se comunica com a cavidade oral pelo istmo, estendendo-se desde a segunda até a quarta vértebra cervical.


Alterações morfodimensionais no espaço faríngeo das vias aéreas podem interferir no processo dinâmico do crescimento e desenvolvimento facial e dentário. A hipertrofia das tonsilas faríngeas e/ou amigdalianas é fator indutivo para que ocorra um posicionamento mais anterior da língua, com aumento do espaço orofaríngeo. Esta condição pode se transformar num fator agravante de alguns tipos de maloclusão, tais como a mordida aberta anterior, o prognatismo mandibular, a protrusão alveolar dos dentes, a mordida cruzada anterior e a ausência de selamento labial.


Por outro lado, a diminuição do espaço orofaríngeo pode estar relacionada com a síndrome da apnéia obstrutiva do sono. Pacientes portadores desta síndrome podem apresentar tendência à retrognatia, micrognatia, face longa, posicionamento mais baixo do osso hióide e plano mandibular mais inclinado.


O estabelecimento dos valores normais referentes ao espaço orofaríngeo é um assunto que deve ser do conhecimento do dentista, especialmente do ortodontista. Caso alterações significativas não sejam diagnosticadas e tratadas, podem acarretar em atraso e recidiva do tratamento ortodôntico em casos de interposição lingual, onde esse espaço pode estar aumentado, ou em sérios distúrbios respiratórios, no caso de um estreitamento do mesmo.


Através da análise das radiografias cefalométricas de perfil de 180 pacientes que apresentam posicionamento normal de língua e respiração nasal, tem-se como objetivo mensurar a profundidade da orofaringe, de acordo com a faixa etária, obtendo-se índices de normalidade.


A amostra desta pesquisa foi constituída pelas radiografias cefalométricas de perfil de 180 pacientes, sendo 90 do gênero masculino e 90 do gênero feminino, atendidos no Curso de Especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense – UFF. A amostra de conveniência foi selecionada aleatoriamente a partir dos dados colhidos de 521 fichas clínicas, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: respiração nasal; ausência de deglutição atípica; ausência de fonação atípica; posicionamento normal de língua; tonsilas palatinas presentes e normais; adenóides presentes e normais. Posteriormente à seleção, foram feitos traçados cefalométricos sobre as radiografias de cada paciente. As 180 radiografias foram divididas, de acordo com a faixa etária, em três grupos de 60, a saber: 6-11 anos, 12-17 anos e 18-24 anos.


Para o dentista, e especialmente para o ortodontista, é de grande importância avaliar se o paciente apresenta um posicionamento normal da língua, pois as conseqüências danosas da interposição lingual e da fonação atípica, por um lado, e da apnéia obstrutiva do sono, por outro lado, já foram adequadamente relatadas na literatura. Entretanto, ainda existem poucos trabalhos sobre a profundidade da orofaringe. No presente estudo, este assunto foi pesquisado com o auxílio das radiografias cefalométricas de perfil. A amostra selecionada consistiu de indivíduos brasileiros que respiravam predominantemente pelo nariz, não apresentavam deglutição ou fonação atípicas e possuíam tonsilas palatinas e adenóides consideradas normais.




CONCLUSÃO


De acordo com os resultados da presente pesquisa, a profundidade da orofaringe varia de acordo com a idade do indivíduo, não se devendo, portanto, adotar um valor médio para representar todas as faixas etárias. Não parece haver influência do gênero sobre esse valor. Por outro lado, o tipo de maloclusão é capaz de determinar alterações no espaço aéreo orofaríngeo.


Os índices de normalidade para a profundidade da orofaringe, segundo a idade, são os seguintes: entre 8,76 mm e 14,86 mm para a faixa etária 6-11 anos; entre 9,07 mm e 15,07 mm para a faixa etária 12-17 anos; e entre 9,55 mm e 16,99 mm para a faixa etária 18-24 anos.




Link do artigo na integra via revistaseletronicas PUCRS:


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cabriolet - Aparelho Ortodontico autoligável estético







A GESTENCO, industria Suéca de materiais em Ortodontia irá lançar em Janeiro um braquete auto-ligável totalmente transparente o Cambriolet, hibrido com a base cerâmica a tampa em polimero. Canaleta metálica para facilitar o deslize do fio. Aguardem mais informaçõs sobre o produto apartir de Janeiro de 2011. Agradeçemos a Göran Steen desta industria, por ter nos enviado o folder do produto informado do lançamento do Braquete e a Gestenco.




Link da Gestenco:


http://www.gestenco.com/pdf/Gestenco_DGKFO.pdf

terça-feira, 17 de julho de 2012

Aplicação Clínica da Imagem Tridimensional Craniofacial em Ortodontia




Neste artigo de 2005, publicado pelo Journal of Medical Sciences; pelos autores J. Martin Palomo, Chin-Yuh Yang, and Mark G. Hans; do Department of Orthodontics, Case Western Reserve University, Cleveland, OH, USA; General Hospital, National Defense Medical Center, Taipei, Taiwan, Republic of China; Mostra a aplicação da tecnologia das imagens tridimensional como auxiliar no diagnóstico ortodontico.


Desde o início da manutenção de registros em ortodontia, os ortodontistas perceberam que a melhor maneira de representar e registro da condição de um paciente seria em três dimensões (3D). Vários métodos foram testados, incluindo moldagens faciais de cada paciente, a fim de capturar uma representação verdadeira da face do paciente, mas os materiais e as tecnologias disponíveis nem sempre permitiam um registro verdadeiro de uma maneira prática e rentável.


Métodos fotográficos e radiográficos foram adotados rapidamente; No entanto, usando dois métodos Bidimensionais para representar uma entidades tridimensionais pode resultar em diagnósticos com informações errôneas ou incompletas. O presente artigo analisa a necessidade de uma terceira dimensão na documentação ortodôntica, com a tecnologia disponível e as tendências possíveis para o futuro.
A captura da documentação ortodôntica 3D pode ser dividida em esqueleto craniofacial e na dentição. Métodos diretos e indiretos podem ser utilizados a fim de acabar com uma imagem 3D. Há maneiras diferentes de visualizar e estudar as imagens em 3D, eles podem ser "impressa", como um objeto 3D, eles podem ser vistas em uma tela de computador, ou mesmo em um ambiente holográfico.


A situação ideal para documentação do paciente seria um registro completo 3D craniofacial usando o formato digital para obter informações individuais, bem como o acesso ao tecido conjuntivo mole da face, esqueleto craniofacial e dentição. Os canners de Tomografia Computadorizada cone bem mostram algum potencial de desenvolvimento para a fonte de documentação ortodontica 3D. Se isso ocorrer, um protocolo para documentação ortodôntica pode acabar sendo realizada em menos de 10 minutos.




Link do artigo na integra via imagingcenter:


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Academia da Ortodontia Contemporânea - Professor Celestino Nobrega - Biomecanica Interativa Autoligante




Aconteceu no mês de maio o segundo modulo do Curso Avançado da Academia da Ortodontia Contemporânea. O qual teve o foco voltado para recursos voltados para otimização do tempo para o Tratamento das Más oclusões, Protocolos de Tratamento Ortodontico, Biomecânica e uso das aparatologias Ortodonticas com braquetes Auto-Ligados e Formas de tratamento voltadas para os pacientes portadores da má oclusão de classe II.



Professor Celestino Nobrega, Autor do Livro Biomecanica Interativa Autoligante de editora Profile, ministrou sua aula: Focada nos recursos ligado a filosofia de tratamento com braquetes auto ligados e biomecânica de baixo atrito. O professor em sua aula mostrou aos alunos a introdução ao sistema de Acessórios Autoligantes Interativos. O Sistema Interativo e o Sistema Passivo, Aspectos biológicos da Biomecânica Interativa Autoligante. Alinhamento e Nivelamento com acessórios autoligantes Interativos. O Controle sagital. O Controle Vertical.  Protocolo de fios. A utilização dos slots diferenciais para fechamento de espacos. A Importancia do conceito de autocinese. Otimizacao da prescrição Roth. Solução de problemas clínicos de difícil controle. Estágio atual das pesquisas relativas a Biomecânica Interativa Autoligante. Um apanhado completo !


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Link da Academia da Ortodontia Contemporânea:

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Academia da Ortodontia Contemporânea - Professor Dr. Márcio Almeida - Formas de Tramtento da Má Oclusão de Classe II




Aconteceu no mês de maio o segundo modulo do Curso Avançado da Academia da Ortodontia Contemporânea. O qual teve o foco voltado para recursos voltados para otimização do tempo para o Tratamento das Más oclusões, Protocolos de Tratamento Ortodontico, Biomecânica e uso das aparatologias Ortodonticas com braquetes Auto-Ligados e Formas de tratamento voltadas para os pacientes portadores da má oclusão de classe II.


Professor Dr. Márcio Almeida, Autor do Livro Ortodontia Clinica e Biomecânica da Editora Dental Press, ministrou sua aula: Diagnóstico da Classe II Tratamento precoce x tardio Tratamento da Classe II dentoalveolar Tratamento da Classe II com erro esquelético Aparelhos fixos x removíveis Eficiência na correção da Classe II Estabilidade na Classe II. O professor fez um belo apanhado clinico das diversas abordagens de tratamento da má oclusão de maior prevalença no consultório. Diversas aplicações clinicas de terapêutica, desde aparatologias removíveis até as mais elaboradas filosofias de tratamento, associadas a técnica do arco segmentado até ao arco reto com os auto-ligáveis.... Excelente aula !!!



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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Academia da Ortodontia Contemporânea - Professor Claudio Azenha - Protocolos em Ortodontia



Aconteceu no mês de maio o segundo modulo do Curso Avançado da Academia da Ortodontia Contemporânea. O qual teve o foco voltado para recursos voltados para otimização do tempo para o Tratamento das Más oclusões, Protocolos de Tratamento Ortodontico, Biomecânica e uso das aparatologias Ortodonticas com braquetes Auto-Ligados e Formas de tratamento voltadas para os pacientes portadores da má oclusão de classe II.


Professor Claudio Azenha, Autor do Livro Protocolos em Ortodontia da Editora Napoleão, ministrou sua aula: Baseada em  protocolos voltados para solucionar diversas situações clinicas. O professor mostrou vários recursos terapêuticos desde a aparatologia ortopédica até recursos distalizadores intra-orais como o Bimetric, que deixou todos bem entusiasmados com os resultados obtidos e pela facilidade de uso. Uma aula de 08 horas com um autor de livro que passou seu conhecimento de forma clara e objetiva !


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terça-feira, 10 de julho de 2012

Academia da Ortodontia Contemporânea - Professor Eduardo Macluf - Biomecanica e Protocolos de Tratamentos utilizando braquetes Auto-ligados


Aconteceu no mês de maio o segundo modulo do Curso Avançado da Academia da Ortodontia Contemporânea. O qual teve o foco voltado para recursos voltados para otimização do tempo para o Tratamento das Más oclusões, Protocolos de Tratamento Ortodontico, Biomecânica e uso das aparatologias Ortodonticas com braquetes Auto-Ligados e Formas de tratamento voltadas para os pacientes portadores da má oclusão de classe II.


Professor Eduardo Macluf, co-Autor do Livro Protocolos em Ortodontia da Editora Napoleão, ministrou sua aula: Biomecânica e Protocolos de Tratamentos utilizando braquetes Auto-ligados. O professor mostrou uma rica casuística clinica, com vários sistemas de braquetes e fios. Os alunos puderam interagir e sanar diversas duvidas o que tornou a aula bastante interativa.


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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Academia da Ortodontia Contemporânea - Professor Wendel Shibasaki - Overclok Ortodontico

Aconteceu no mês de maio o segundo modulo do Curso Avançado da Academia da Ortodontia Contemporânea. O qual teve o foco voltado para recursos voltados para otimização do tempo para o Tratamento das Más oclusões, Protocolos de Tratamento Ortodontico, Biomecânica e uso das aparatologias Ortodonticas com braquetes Auto-Ligados e Formas de tratamento voltadas para os pacientes portadores da má oclusão de classe II.

No primeiro dia o Professor Wendel Shibasaki, ministrou sua aula: Overclock Ortodontico. Que foi abordado num artigo publicado na coluna OrtoTecnologia da Revista da Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO). E consiste na fusão e utilização de recursos e procedimentos voltados para otimização do tempo total do Tratamento Ortodontico Contemporâneo. Foi mostrado aos alunos inicialmente a biologia do metabolismo ósseo, chave para se entender como se processa o movimento dentario e posteriormente, procedimentos e artificios voltados para aceleração do mesmo.

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Link da Academia da Ortodontia Contemporânea:

domingo, 8 de julho de 2012

Pensamento da Semana


"Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um efeito, mas um hábito."

Aristoteles

sábado, 7 de julho de 2012

SBO Orto Premium 2012



Acontecerá dos dias 12 a 14 de Julho o SBO Orto Premium no Hotel Windsor Atlantica no Rio de Janeiro. Uma ótima oportunidade de assistir palestras de professores renomados como os Professores Drs. José Nelson Mucha, Carlo Marassi, Weber Ursi, Roberto Brandão, entre outros


O evento também terá como Palestrante Internacional num curso de 08 hs, o Professor Dr. Hugo De Clerk,  que publicou o artigo clássico no qual instituiu a utilização de elásticos intermaxilares associados a mini-placas ortodonticas em pacientes durante surto de crescimento, com o intuito de corrigir as más formações de Classe III. Imperdível !
Uma ótima oportunidade de se atualizar num evento de alto nível.

Link do SBO Orto Premium:

sexta-feira, 6 de julho de 2012

CEFALÉIA E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO




Neste artigo de 2010, publicado pela Revista Dentística on line, pelo autor Dr. Marcio Cedenilla dos Santos; Especialista em Prótese Dentária pela Associação Brasileira de Odontologia – Seção Rio de Janeiro, atuação como cirurgião-dentista da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro – SESDEC-RJ. Descreve alguns pontos de ligação entre as cefaléias e a disfunção temporomandibular (DTM).

De acordo com a Sociedade Internacional de Cefaléia (International Headache Society - IHS), existem mais de cento e cinqüenta tipos diferentes de dores de cabeça. Estima-se que quase 90% da população, já sofreu algum dia de dor de cabeça (cefaléia). Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), a dor de cabeça é um sintoma comum a diversas doenças, que podem ter como origem distúrbios do metabolismo, intoxicações e reações infecciosas. Em 2004, a Sociedade Internacional de Cefaléia publicou a 2a edição da Classificação Internacional de Cefaléias (The International Classification of Headache Disorders 2nd Edition). De acordo com esta classificação, as cefaléias primárias tem origem ligada a alterações intrínsecas da bioquímica cerebral. Este tem como principais representantes, a cefaléia migrânea ou enxaqueca, a do tipo tensional e a em salvas.

Por outro lado, quando existem lesões ou alterações que desencadeiam a cefaléia, estas são classificadas como secundárias. Nesses casos, a dor é uma conseqüência de uma agressão ao organismo. Como exemplos destes tipos de cefaléia, existem aquelas associadas às infecções sistêmicas, disfunções endócrinas, hemorragia cerebral, meningites, encefalites e lesões expansivas do Sistema Nervoso Centra. As cefaléias secundárias são as mais comumente relacionadas com a Disfunção Temporomandibular. Por fim, ainda segundo esta classificação, existe cefaléias ocasionadas por nevralgias cranianas, dor facial primária e central e de cauda inespecífica.

Estudos demonstraram que há uma maior prevalência de DTM em grupos e faixas etárias específicas, crianças e adolescentes (BERTOLI em 2007, TOSATO & CARIA em 2006), mulheres de 19 a 43 anos (PEREIRA et al. em 2005), embora possa ocorrer em qualquer idade e sexo. Por outro lado, cerca de 70% da população geral tem pelo menos um sinal de DTM, sendo que somente 25% têm conhecimento deste e apenas 3,5% procuram tratamento (BRUNO em 2004). Alguns sinais e sintomas tais como: dor na musculatura mastigatória e/ou na ATM, cefaléia, bruxismo, estalos, otalgia, dor facial, dor cervical, cansaço na musculatura mastigatória, limitação de abertura de boca, dor durante a mastigação, zumbido, são freqüentemente encontrados em pacientes com DTM. A cefaléia é apontada como um dos mais freqüentes sintomas encontrados no paciente com DTM, sendo muitas vezes a causa da busca da ajuda do profissional. Nesse contexto, vale citar alguns profissionais que compõem a equipe multiprofissional responsável pela assistência a estes pacientes, composta por: médico cefaliatra, especialista em dor, neurologista, otorrinolaringologista, além de cirurgião-dentista especialista em Dor orofacial e DTM, fisioterapeuta, psicólogo, entre outros. Somente através da integração multidisciplinar destes profissionais, se conseguirá promover a elucidação da(s) causa(s) da cefaléia e recuperar a condição de saúde e bem estar do paciente.

Conclusão do autor:

Existe uma relação muito próxima entre alguns quadros de cefaléia e a DTM. Parece que a maior dificuldade, durante o atendimento ao paciente com esse quadro, não é propriamente o diagnóstico da presença da DTM, mas sim se esta é a única causadora do quadro, ou se simplesmente é um componente de um processo patológico mais complexo. Ainda existe muito a ser estudado e descoberto sobre as cefaléias, sendo um assunto de grande relevância e igual complexidade.

Por fim, vale a pena destacar a fundamental importância da atuação multiprofissional nestes casos, contribuindo para um melhor entendiamento do processo patológico, e para a identificação da(s) causa(s) deste distúrbio.


Link do artigo na integra via UFSM:

http://www.ufsm.br/dentisticaonline/0906.pdf

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Coluna OrtoTecnologia revista SPO - Planejamento ortodôntico cirúrgico tridimensional





Este mês foi publicado na Revista da Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO), mais um artigo cientifico da Coluna OrtoTecnologia. Cujo assunto foi o Panejamento Ortodontico Cirúrgico Tridimensional, uma possibilidade que vem sendo desenvolvida em vários centros de estudos e inclusive no Brasil. No artigo fizemos um levantamento de varias publicações disponíveis, e os leitores poderão saber das indicações e como funciona toda dinâmica no processo de Diagnóstico, Planejamento e Execução do procedimento.

Tivemos a honra de contar com a participação como autor colaborador deste Artigo, do Professor Dr. Chung How Kau, chairman – Department of Orthodontics, University of Alabama at Birmingham – Alabama – EUA. Que é autor de diversos artigos publicados em periódicos internacionais ligados as imagens tridimensionais e também autor de dois livros clássicos da literatura Ortodontica Contemporânea mundial.






Link da Revista SPO:


http://www.ortociencia.com.br/revista_ortodontiaspo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

OS BIOMODELOS DE PROTOTIPAGEM RÁPIDA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL




Neste artigo de 2007, publicado pela Revista da Academia Tiradentes de Odontologia, pelos autores Eduardo MEURER; Marília GERHARDT DE OLIVEIRA; Maria Inês MEURER; Jorge Vicente LOPES DA SILVA; Ailton SANTA BÁRBARA; Cláiton HEITZ; do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado em Cirurgia e Traumatologia Buco maxilo facial da Faculdade de Odontologia da PUCRS; do Laboratório de Tecnologias para Desenvolvimento de Produto – CENPRA; Mostra que a Prototipagem rápida é uma tecnologia relativamente nova capaz de reproduzir fisicamente em vários tipos de materiais, um modelo virtual, representado na forma de dados em um computador. O objetivo é obter um modelo físico com as mesmas características geométricas do virtual podendo este ser manipulado para vários fins. Uma das aplicações que tem despontado como altamente promissora é a reprodução de estruturas anatômicas, através da aquisição de imagens por equipamentos de imagens médicas, obtendo-se, assim, os chamados biomodelos para auxílio à cirurgia.


O tratamento das deformidades faciais é um desafio à equipe cirúrgica envolvendo, freqüentemente, cirurgias múltiplas, sendo algumas de alto custo. Entretanto, em alguns casos, os resultados obtidos não são satisfatórios e, assim, os órgãos ligados ao atendimento da saúde e os profissionais envolvidos têm se preocupado, continuamente, com o desenvolvimento de novas formas de diagnóstico e tratamento destas deformidades (PETZOLD et al., 1999).


Especialmente na face há uma diferença significativa entre a imagem tridimensional (3D) na tela e o momento da cirurgia. Assim, para um adequado entendimento da complexa anatomia cirúrgica desta região existe a necessidade de definição da terceira dimensão (D’URSO et al., 1998).


Na Engenharia, o rápido desenvolvimento tecnológico do último século trouxe modificações de suma importância às mais variadas áreas. Uma das revoluções está ligada ao design e à fabricação de modelos industriais (BURNS, 1992).


O CAD (computer-aided design) envolve a criação de peças virtuais em um computador auxiliando o profissional no processo de criação do produto sendo, uma ferramenta indispensável para a indústria tecnológica. A associação do CAD ao CAM (computer-aided manufacturing) proporcionou uma revolução nos procedimentos envolvidos na concepção e, no design de peças mecânicas, projetos arquitetônicos, entre outros.


Os biomodelos de RP são protótipos biomédicos obtidos a partir de imagens de tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética e ultra-sonografia, podendo ser utilizados com objetivos didáticos, na fabricação de implantes protéticos personalizados, no diagnóstico precoce e, tratamento de deformidades faciais facilitando, também, a comunicação entre profissional e paciente (JAMES et al., 1998).


Os biomodelos permitem a mensuração de estruturas, a simulação de osteotomias e de técnicas de ressecção além de um completo planejamento dos mais diversos tipos de cirurgia da região bucomaxilofacial. Isto tende a reduzir o tempo do procedimento cirúrgico e, conseqüentemente, o período de anestesia, bem como o risco de infecção, havendo ainda melhora no resultado e a diminuição no custo global do tratamento (PECKITT, 1999 e SAILER et al., 1998).


O primeiro sistema de prototipagem desenvolvido foi a estereolitografia, devido ao pioneirismo desta técnica, o termo estereolitografia é até hoje amplamente utilizado como sinônimo de prototipagem rápida.


Na sinterização seletiva a laser, um feixe de laser de CO2 incide sobre uma fina camada de um pó termoplástico, depositado sobre a plataforma de construção por um rolo de deposição. Como na estereolitografia, o laser é guiado por espelhos controlados por um sistema computacional, desenhando, assim, as estruturas de acordo com as dimensões x e y, sinterizando (fundindo) seletivamente as partículas deste pó. Após a primeira camada ser sinterizada, o rolo espalha sobre esta uma nova camada de pó, com a mesma espessura da primeira, que será novamente plastificada. Este processo é repetido camada após camada até a finalização do modelo. O modelo é retirado da plataforma de construção e o pó adjacente não sinterizado é removido. Neste sistema, o pós-processamento consiste num jateamento de areia e polimento, dependendo da utilização do modelo. As vantagens desta técnica são a variedade de materiais termoplásticos que podem ser utilizados aliada a uma boa precisão e robustez do modelo que se tornam opacos após a sinterização. Estes podem ser esterilizados e a aplicação de laser de menor potência facilita o planejamento permitindo a utilização dos instrumentais utilizados na cirurgia. Contudo, apresentam superfície abrasiva e porosa o que pode dificultar seu uso no transoperatório (D’URSO et al., 1998 e PECKITT, 1999).


Neste processo de fabricação por camadas, o modelo é construído pela extrusão e pelo endurecimento de um filamento de material termoplástico aquecido. Um cabeçote de extrusão move-se no plano horizontal, depositando continuamente o material extrudado, formando, assim, as camadas da peça, sendo que vários materiais estão disponíveis para este sistema. Os modelos de FDM podem ser esterilizados e possuem uma boa precisão geométrica (GOMIDE, 2000 e PETZOLD et al., 1999).


O processo de fabricação dos biomodelos pode ser dividido em algumas etapas, sendo que todas devem estar integradas satisfatoriamente para a obtenção do produto final. Assim, para a adequada compreensão do processo e também para a comunicação dos profissionais envolvidos neste, é preciso que engenheiros entendam conceitos de diagnóstico por imagens e cirurgia e que os cirurgiões trafeguem sem dificuldades no mundo da informática e dos processos de fabricação.


Após a produção dos biomodelos, seu uso no diagnóstico e no planejamento cirúrgico merece especial atenção. Todo o processo de fabricação só é justificado se este biomodelo for útil no tratamento do paciente. Assim, a determinação das reais indicações, desconsiderando o modismo e o mercantilismo, é que determinarão o potencial desta nova tecnologia (PERRY et al. 1998, KERMER, 1999 e MAZZONETTO et al., 2002).


Em cirurgia ortognática observou-se a utilidade do biomodelo como guia anatômico real no momento da cirurgia, auxiliando na modelagem das miniplacas e facilitando a explicação do procedimento a pacientes e estudantes. Em nossa experiência pode-se observar que o biomodelo não contribuiu de forma significava para a melhora do procedimento cirúrgico. Esta observação encontra fundamentação na literatura onde é ressaltado que o uso dos biomodelos é de grande valia para procedimentos cirúrgicos onde não existam técnicas cirúrgicas já consagradas, ou ainda quando estas técnicas necessitam ser modificadas e/ou melhoradas (KRAGSKOV et al., 1996).


Na área do ensino, a biomodelagem permite reprodução de deformidades congênitas ou adquiridas, geralmente raras, que possam ser distribuídas em escolas para fins de aprendizagem. Este potencial para demonstração anatômica e patológica é grande, sendo que, provavelmente, num futuro próximo, os biomodelos sejam integrados em práticas educacionais rotineiras de largo alcance em várias disciplinas. Os biomodelos são ideais para ensinar e demonstrar cirurgias, sendo que estudantes, cirurgiões e radiologistas podem praticar um procedimento trabalhando no biomodelo e, assim, aprender técnicas sem riscos para o pacientes (SAILER et al.,1998)


Os biomodelos não demonstraram ser de grande necessidade no tratamento de deformidades faciais simples, onde técnicas cirúrgicas padronizadas obtêm bons resultados, o que poderia implicar em tão-somente um sobrecusto no tratamento. Contudo, nos casos em que procedimentos cirúrgicos complexos e personalizados são necessários, os biomodelos facilitam a cirurgia, melhoram os resultados, diminui os riscos, as complicações, o tempo cirúrgico, além dos custos globais do tratamento. Em casos onde exista uma anatomia contralateral normal, esta pode ser usada como base para a reconstrução do lado afetado.


Enfim, para que os pacientes portadores de deformidades faciais possam ser beneficiados com esta tecnologia, existe a necessidade de investimentos em pesquisas e na formação de recursos humanos. A determinação das precisas indicações desta tecnologia e a resolução das dificuldades e limitações encontradas poderá contribuir para a inserção dos biomodelos entre os procedimentos diagnóstico terapeúticos subsidiados pelo Sistema Único de Saúde.




Link do artigo na integra via ACTiradentes:

terça-feira, 3 de julho de 2012

Avaliação de métodos indiretos de digitalização de radiografias cefalométricas em comparação ao método digital direto


Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Cleomar Donizeth Rodrigues, Márcia Maria Fonseca da Silveira, Orivaldo Tavano, Ronaldo Henrique Shibuya, Giovanni Modesto, Carlos Estrela; do Curso de Radiologia da ABO-DF; da Diciplina de Diagnóstico Oral da Universidade de Pernambuco/PE; do Doutorado em Ciências da Saúde da UFG; do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas/SP; Avalia métodos de digitalização indireta de radiografias cefalométricas em comparação ao método digital direto.

A radiografia digital direta tem se tornado uma alternativa à radiografia convencional, devido às facilidades de manipulação da imagem, redução da dose de radiação ao paciente, melhor arquivamento e acesso às informações. Porém, em muitas clínicas radiológicas ainda não é uma realidade e o filme continua a ser o receptor de imagens. Na cefalometria computadorizada, as informações da imagem radiográfica têm que ser introduzidas em um software por meio da aquisição direta ou pela digitalização indireta. A mesma, inicialmente foi feita por plotagem em mesas digitalizadoras, posteriormente por câmeras de vídeo e, a partir de 1993, observou-se que imagens convencionais poderiam ser convertidas em um sinal digital utilizando-se scanner de alta resolução, passando a ser recomendado pelos fabricantes de softwares de cefalometria.

A radiografia digital direta tem se tornado uma alternativa à radiografia convencional, devido às facilidades de manipulação da imagem, redução da dose de radiação ao paciente, melhor arquivamento e acesso às informações. Porém, em muitas clínicas radiológicas ainda não é uma realidade e o filme continua a ser o receptor de imagens. Na cefalometria computadorizada, as informações da imagem radiográfica têm que ser introduzidas em um software por meio da aquisição direta ou pela digitalização indireta. A mesma, inicialmente foi feita por plotagem em mesas digitalizadoras, posteriormente por câmeras de vídeo e, a partir de 1993, observou-se que imagens convencionais poderiam ser convertidas em um sinal digital utilizando-se scanner de alta resolução, passando a ser recomendado pelos fabricantes de softwares de cefalometria.
O scanner é semelhante à máquina fotocopiadora e pode ser de três tipos: laser; tambor rotatório (rotating drun ou roller); e de mesa (flatbed), dispondo de fonte de luz em forma de linha que varre a imagem medindo a quantidade de luz refletida ou transmitida em cada ponto. A luz captada é convertida em sinal elétrico, por meio de conjuntos fotodetectores que também formam uma linha, e o sinal elétrico é digitalizado e enviado ao computador. O scanner de mesa mostrou-se sensível aos arranjos do “scanning”, estado de potência e localização da imagem, enquanto esses fatores não foram observados no scanner de tambor rotatório VXR-126, o que pode ser explicado pelo seu design. Entretanto, a resolução espacial e a distorção geométrica desse scanner requerem estudos futuros.

Os sistemas de digitalização com câmeras, ao invés do scanner, têm menor reprodutibilidade por requerem ajustes de posição e de zoom. A objetiva da câmera usualmente foca a luz em direção a um plano posterior, sendo que: em câmeras analógicas, esse plano contém o filme fotográfico; e, nas digitais, esse filme é substituído por um sensor que captura impulsos luminosos e os transforma em elétricos, que são convertidos na imagem digital, ou seja, o sensor gera os pixels. O tamanho do pixel é importante, bem como o do sensor, pois quanto maior a área para capturar luz, melhor será a imagem final. A maioria das câmeras amadoras usa sensores de 1/1, 8” ou 2/3”9, que podem ser CCD (charge coupled device) ou CMOS (complementary metal oxide semiconductor).

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a confiabilidade da digitalização indireta de radiografia cefalométrica por meio de dois modelos de câmeras fotográficas digitais e um scanner de mesa com leitor de transparência, em comparação à radiografia digital direta obtida em CCD.

CONCLUSÃO

O scanner Scan Jet 4C Hewlett Packard® com leitor de transparências foi o melhor método e as câmeras Sony® DSC-W5 e Canon® Rebel XT/EOS 350D, fixas em estativa, operando a 60cm mostraram-se adequadas para a digitalização de radiografias. As câmeras na distância de 25cm causaram distorções na imagem que alteraram as medidas lineares, podendo a Canon® Rebel XT/EOS 350D comprometer o diagnóstico ortodôntico.


Link do artigo na integra via Scielo:

domingo, 1 de julho de 2012

Pensamento da Semana




"Cada um de nossos atos afeta não só as pessoas mais próximas de nós como se reflete em nossos colegas de trabalho, nossos amigos, na comunidade e em última análise, no mundo em que vivemos."

Dalai Lama