ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: julho 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Desgaste interproximal e suas implicações clínicas













Neste artigo de 2007, publicado pela revista Dental Press, pelos autores Osmar Aparecido Cuoghi, Rodrigo Castellazzi Sella, Fernanda Azambuja Macedo, Marcos Rogério de Mendonça; da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP - São Paulo. Mostra mais uma abordagem dos desgastes interproximais, um recurso conservador. Que deve ser feito com muita prudência.


O apinhamento dentário está presente na maioria das más oclusões, requerendo do profissional um conhecimento amplo sobre o diagnóstico e plano de tratamento. De acordo com sua severidade, existem modos diferentes de tratamento, como a distalização de molares, as extrações, as expansões dos arcos dentários e os desgastes interproximais. Os desgastes dentários referem-se à diminuição das dimensões dentárias mesiodistais com objetivo de corrigir apinhamentos suaves ou moderados, bem como eliminar a desproporção natural de tamanho dentário entre os arcos, e requerem o conhecimento de vários aspectos clínicos para serem realizados.


A nomenclatura pertinente envolve os termos recontorno ou reaproximação dentária, que sugerem exatamente o tratamento ortodôntico sem extrações, uma vez que a característica primordial da má oclusão é a discrepância de modelos negativa, sendo o tamanho dentário o maior contribuinte para o problema. A principal vantagem deste procedimento é a redução do tempo de tratamento, pois a quantidade de esmalte desgastado normalmente corresponde ao espaço requerido.


A Ortodontia contemporânea vem usufruindo intensivamente deste procedimento, o que o torna cada vez mais freqüente no cotidiano clínico. Entretanto, muitas são as dúvidas quanto ao nível de apinhamento que pode ser corrigido, quantidade de desgaste do esmalte e sua qualidade após a terapia, envolvimento pulpar e periodontal, materiais utilizados e estabilidade em longo prazo, de modo que o desgaste interproximal constitui um assunto de suma importância e não completamente conhecido.


Porém, é importante deixar bem claro que os desgastes interproximais são utilizados para a redução da dimensão dentária, pois este é o fator a ser corrigido; quando a discrepância de modelos tem como fator principal o aumento do espaço presente, outros procedimentos têm melhor indicação. O clínico deve estar atento para não oferecer o tratamento equivocado ou até mesmo associar dois métodos de tratamento sem o correto entendimento do que deve ser corrigido.


O desgaste interproximal tem sido documentado ao longo dos anos e teve destaque a partir da década de 80, quando Sheridan, Sheridan e Ledoux escreveram seus artigos clássicos. Entretanto, este procedimento foi pouco utilizado antes do advento da colagem direta, pois o tratamento era realizado com a bandagem de todos os dentes, impossibilitando a realização desta técnica para obtenção de espaço. Atualmente, os desgastes tornaram-se comuns, por meio do estabelecimento de uma alteração da anatomia dos contatos proximais, tanto para eliminar problemas de apinhamento e discrepância de tamanho dentário, quanto para aumentar a estabilidade dos arcos dentários. Este tipo de intervenção parece originar-se de dados colhidos de aborígines préhistóricos que, freqüentemente, exibiam desgastes dentários oclusais e proximais, com arcos estáveis e sem a presença de apinhamento.


O procedimento de desgaste interproximal de dentes anteriores para correção de apinhamento está se tornando cada vez mais conhecido. Entretanto, é extremamente importante entender que esta abordagem não está indicada para a correção de casos de apinhamento severo, mas um suplemento para eliminação de apinhamentos suaves e moderados envolvendo muitos casos considerados limítrofes para o tratamento ortodôntico, proporcionando um resultado estético mais favorável.


Em um artigo clássico de 1980 relacionando os fatores envolvidos com a oclusão do segmento anterior, Tuverson inferiu que a redução de esmalte de 0,3mm para os incisivos inferiores e 0,4mm para os caninos inferiores pode ser realizada sem prejudicar a vitalidade dentária. Radiograficamente, existe esmalte suficiente para permitir o desgaste dentário sem comprometimento da face proximal. Enfatizou que a opção pelo desgaste dentário seria a alternativa mais indicada para casos limítrofes de extração.


Com relação aos caninos, o ideal é que seja avaliada a relação de intercuspidação posterior. Se a oclusão apresentar características de normalidade, os caninos não devem ser desgastados, para que ocorra a manutenção da relação adequada. Por outro lado, nos casos de Classe II e Classe III, os caninos inferiores podem ser desgastados, respectivamente, nas faces mesiais e distais. Para os caninos superiores, as regiões mais indicadas para os desgastes são as distais nos casos de Classe II e mesiais nos casos de Classe III.


O desgaste do esmalte proporciona alguns efeitos indesejáveis. Ao realizar este procedimento, Radlanski explicou que são criados sulcos, destacando a impossibilidade de eliminação destes, mesmo quando é realizado o polimento.


Considerando as inúmeras tentativas de eliminação dos sulcos provocados pelos desgastes, Zachrisson destacou que superfícies lisas podem ser produzidas com discos para polimento. Conforme o disco de lixa vem se desgastando durante o procedimento, age como um instrumento de polimento, descartando a necessidade de polimento adicional.


Existem diferentes opiniões quanto aos resultados estabelecimento de efeitos deletérios do esgaste do esmalte. Tuverson defende a idéia de que esta técnica deve ser seletivamente utilizada em pacientes com boa higiene bucal e baixa susceptibilidade a cáries. Desta forma, as indicações para utilização desta técnica podem estar comprometidas, pois não existem garantias de que a higiene bucal satisfatória será mantida ao longo da vida.


Além disso, Rogers e Wagner mencionaram que a aplicação tópica de flúor é de valor clínico real para proteger a superfície do esmalte reduzido pelo desgaste. Enfatizaram que o desgaste deve ser realizado com irrigação abundante e, quando limitado ao esmalte, este não provoca alterações
na polpa ou na dentina.


Vários métodos são utilizados para realização do desgaste. Os mais citados são a lixa de aço para amálgama, a ponta diamantada montada em alta rotação, o disco de lixa unifacetado e as brocas de tungstênio multilaminadas com 8 lâminas retas.


O procedimento de desgastes interproximais pode ser realizado para correção da falta de proporcionalidade dentária, ou seja, casos que apresentam discrepância de Bolton. Além disso, constitui uma alternativa para os casos com apinhamentos moderados de até 2mm para dentes anteriores e 4mm para dentes posteriores, sendo 2mm para cada hemiarco.


Independente da técnica utilizada para realização do procedimento, seja com tiras de lixa de aço, discos, pontas diamantadas ou brocas carbide, o fator diferencial para o sucesso do tratamento está na indicação correta e na execução de polimento com discos de polimento finos e ultrafinos após o desgaste, para diminuir as ranhuras provocadas pelo procedimento. Além disso, saliente-se que a baixa susceptibilidade a cáries, assim como a higienização interproximal adequada, constituem fatores primordiais para a indicação dos desgastes.


A saúde dentária e periodontal podem ser preservadas por meio deste procedimento, desde que os limites biológicos sejam respeitados, o que implica em não ultrapassar o limite de aproximadamente 0,25mm de desgaste em cada face de esmalte proximal dos dentes anteriores e 0,5mm para os dentes posteriores. Este procedimento mantém uma espessura de esmalte aceitável biologicamente, resguarda a proporção mínima entre coroa e raiz no sentido mesiodistal e evita alterações periodontais em virtude da proximidade radicular inadequada.




Link do Artigo na Integra via Scielo:


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Software projetado para a Análise Sorriso



Neste artigo de 2010, publicado pelo Journal of Dentistry, Tehran University of Medical Sciences, pelos autores A. Sodagar,  R. Rafatjoo, D. Gholami Borujeni,  H. Noroozi e A. Sarkhosh; do Dental Research Center, Tehran University of Medical Sciences; Department of Orthodontics, Faculty of Dentistry, Tehran University of Medical Sciences; Department of Pediatric Dentistry, Faculty of Dentistry, Hamedan University of Medical Sciences; Iran University of Science and Technology, Tehran, Iran; Mostra um software desenvolvido exclusivamente para a analise do sorriso dos pacientes.



A estética e atratividade do sorriso é uma das principais exigências em um tratamento ortodôntico contemporâneo. A fim de melhorar o desenho sorriso, é necessário ter o "a representação do sorriso"  intencional, sem pressão,  estático natural e reprodutível. O registro, em seguida, deve ser analisado  para determinar suas características. Neste estudo, pretendeu-se conceber e introduzir um software para analisar o sorriso rapidamente e precisamente, a fim de produzir um sorriso atraente para os pacientes. 



Para este proposta, um estudo prático foi realizado para avaliar o software multimídia  da "Análise do Sorriso", que pode receber fotos e "videographs" dos pacientes . Depois inserir registros no software, o operador demarca os pontos e linhas que são exibidas no guia do sistema e também define a escala correta para cada imagem. Trinta e três variáveis são mensuradas através do software e exibidos na página do relatório. A confiabilidade das medidas, tanto de imagem e vídeo foram significativamente altas (α = 0,7-1).

A fim de avaliar a confiabilidade intra-operador e inter-operador, cinco casos foram selecionados aleatoriamente. A análise estatística mostrou que os cálculos realizados no software de análise do sorriso eram válidos e altamente confiáveis (para vídeo e foto).

Os autores concluíram que os resultados obtidos através do software para análise de sorriso poderiam ser utilizados para o diagnóstico planejamento do tratamento, e da avaliação do progresso do tratamento.


Link do artigo na Integra via ncbi:

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Vincent Kokich Falece e Deixa a Ortodontia Mundial Triste (1944 - 2013)



O Dr. Vinvent Kokich inspirou milhares de ortodontistas ao redor do mundo durante as últimas décadas. Muito conhecido pela excelência no tratamento interdisciplinar e de adultos, Dr. Kokich faleceu ontem à noite. Foi um grande professor,  autor de inúmeros artigos e editoriais incríveis no cargo de editor chefe do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJODO). Seu falecimento nos deixa tristes e saudosos.

No último editorial publicado deixa claro sua visão otimista em relação a qualidade dos trabalhos publicados em Ortodontia. Ele mesmo se encarregou de produzir clássico de leitura obrigatória, mas observava melhoras metodológicas importantes para o crescimento da especialidade.

Criticou duramente a forma de ensino nas faculdades, a qual não prevê a integralidade do tratamento quando separa disciplinas interdependentes na clínica diária.


A Ortodontia Contemporânea homenageia este grande ortodontista que nos deixa e deseja que seus familiares sejam amparados com os sentimentos de pesar espalhados pelo mundo.


Entrevista 2004 DentalPress (português)
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v9n6/a05v9n6.pdf

Entrevista 2006 DentalPress (português)
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v9n6/a05v9n6.pdf

Site de cursos do Prof. Kokich:
http://www.vincekokich.com

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário






Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Daniela Gamba Garib, Bárbara Maria Alencar, Flávio Vellini Ferreira, Terumi Okada Ozawa; do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo, Bauru/SP e do curso de mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), São Paulo/SP. Versa sobre o diagnóstico e a abordagem ortodôntica das anomalias dentárias, enfatizando os aspectos etiológicos que definem tais irregularidades de desenvolvimento.

Caracterizada por complexos e precisos processos biológicos de substituição de dentes decíduos por dentes permanentes, a dentadura mista representa uma das manifestações de perfeição da natureza. Mas, como todo curso natural, o desenvolvimento da dentição pode mostrar algumas imperfeições e, no transcorrer da dentadura mista – com certa frequência –, o profissional depara-se com irregularidades odontogênicas: as anomalias dentárias. As anomalias expressam-se com distintos graus de severidade. Da manifestação mais branda para a mais severa – representadas, respectivamente, desde o atraso cronológico na odontogênese até a ausência completa do germe dentário ou agenesia –, existe uma miríade de expressões, compreendendo as microdontias, os desvios na morfologia dentária e as ectopias. Este artigo volta-se aos erros da natureza aplicados ao desenvolvimento da dentição, discutindo a etiologia das anomalias dentárias, os detalhes para um acurado diagnóstico, assim como algumas condutas terapêuticas no intento de interceptálas em época conveniente.

Quando uma determinada irregularidade mostra uma prevalência aumentada em famílias de pacientes afetados, comparado às prevalências esperadas para a população em geral, credita-se à
genética uma influência predominante na etiologia do problema. O prognatismo mandibular da família imperial austro-húngara Hapsburg representa o mais clássico exemplo de característica genética de interesse ortodôntico, em humanos, transmitida por sucessivas gerações. Muitas das anomalias dentárias discutidas durante esse estudo mostraram prevalências aumentadas em famílias de pacientes afetados. Atualmente, a leitura do código genético pode isolar genes mutantes em famílias, desde que diversos membros expressem a mesma irregularidade.

Gêmeos monozigóticos compartilham códigos genéticos idênticos. Portanto, as características geneticamente definidas expressam-se em ambos os gêmeos monozigóticos de maneira semelhante. Quando se constata uma alta concordância para uma determinada irregularidade, em pares de gêmeos homozigóticos, conclui-se que a genética consiste na etiologia primordial de tal anormalidade. Diferentemente, gêmeos heterozigóticos, por apresentarem genótipos distintos, manifestam baixo índice de concordância para a mesma irregularidade. Estudos prévios com gêmeos constituem importantes evidências sobre o caráter genético de determinadas anomalias dentárias.

A agenesia dentária constitui a anomalia de desenvolvimento mais comum da dentição humana, ocorrendo em aproximadamente 25% da população. O terceiro molar representa o dente mais afetado por essa anomalia, exibindo uma prevalência de 20,7%. Excluindo-se os terceiros molares, a prevalência de agenesia é de aproximadamente 4,3 a 7,8%. A ausência dos terceiros molares ainda não pode ser confirmada devido à idade prematura. Os segundos pré-molaresinferiores representam os dentes mais comumente ausentes, seguidos pelo incisivo lateral superior e pelos segundos pré-molares superiores. Em pacientes leucodermas, a ocorrência da agenesia dentária poderia ser classificada como: comum, quando afeta os segundos pré-molares inferiores, os incisivos laterais superiores e os segundos prémolares superiores; menos comum, que inclui, em ordem decrescente de ocorrência, os incisivos centrais inferiores, os incisivos laterais inferiores e primeiros pré-molares superiores, caninos superiores e segundos molares inferiores; e raras, compreendendo, em ordem decrescente de frequência, a agenesia de primeiros e segundos molares superiores, caninos inferiores, primeiros molares inferiores e incisivos centrais superiores.

As agenesias, frequentemente, associam-se a microdontias. A redução no tamanho dentário representa uma expressão parcial do mesmo defeito genético que define a agenesia. Isso explica a clássica associação entre a agenesia unilateral do incisivo lateral superior e a microdontia do dente contralateral. Aproximadamente 20% dos pacientes com agenesia de segundos pré-molares também apresentam microdontia dos incisivos laterais superiores.

Uma transposição quase sempre incompleta entre o incisivo lateral e o canino inferiores resulta da erupção ectópica do incisivo lateral para distal, durante o primeiro período transitório da dentadura mista. Nessa circunstância, o dente ectópico é o incisivo lateral. O canino permanente mantém-se em seu trajeto eruptivo normal. O incisivo lateral inferior permanente, quando “erra” o seu trajeto eruptivo, desloca-se para distal, com uma marcante angulação de seu longo eixo de modo que a coroa desloca-se para distal (geralmente com rotação mesiolingual), chocando-se contra e reabsorvendo a raiz do primeiro molar decíduo, enquanto o ápice radicular localiza-se próximo à sua posição normal. No final do segundo período transitório da dentadura mista – quando o problema não é interceptado –, o canino inferior, geralmente em sua posição normal na arcada dentária, ao irromper define a transposição dentária.

Os caninos superiores representam os dentes que se formam mais distantes da arcada dentária, ladeando a cavidade piriforme e, portanto, desenham o trajeto mais longo de erupção dentre todos os dentes permanentes. Por isso também apresentam a raiz mais longa, comparativamente a toda a dentição permanente. Enquanto se movimentam em direção à cavidade bucal, sua coroa volumosa atravessando o estreito rebordo alveolar superior pode ser palpada sob a mucosa vestibular, acima dos caninos decíduos. Quando essa palpação é positiva, significa que esses dentes apresentam um excelente prognóstico de erupção espontânea. No entanto, em aproximadamente 1,5% da população, os caninos assumem uma trajetória ectópica de erupção, desviando-se para palatino em relação aos incisivos laterais. Ao encontrar uma cortical óssea densa, recoberta por uma mucosa palatina espessa e fibrosa, acabam ficando retidos.

A ectopia mais comumente observada nos segundos pré-molares inferiores refere-se à distoangulação do germe. Tal ectopia relaciona-se com a agenesia do segundo pré-molar inferior homólogo. Shalish et al., numa amostra de pacientes com agenesia unilateral dos segundos pré-molares inferiores, observaram que o germe do dente contralateral apresentava-se em média 10º mais angulado para distal, em comparação a um grupo controle sem agenesias. Concluíram, assim, que a distoangulação dos segundos pré-molares inferiores representa um diferente fenótipo ou uma expressão mais branda do mesmo defeito genético que ocasionou a agenesia. Esse tipo de associação assemelha-se muito ao clássico quadro clínico composto pela observação da microdontia do incisivo lateral superior em pacientes com agenesia unilateral do referido dente.

A infraoclusão dos molares decíduos acomete aproximadamente 8,9% das crianças e caracteriza-se pela localização da face oclusal dos molares em questão aquém do plano oclusal. Sugere-se que
a infraoclusão dos molares represente uma consequência da anquilose dentária. Em algum ponto da raiz, uma ponte de tecido mineralizado substitui o espaço do ligamento periodontal, unindo osso alveolar e cemento. A partir desse momento, o dente inapto a desenvolver-se no sentido vertical vai ficando progressivamente em infraoclusão, à medida que a face cresce.

Conclusão
A implicação clínica do padrão de anomalias dentárias associadas é muito relevante, uma vez que o diagnóstico precoce de uma determinada anomalia dentária (como a agenesia de um segundo pré-molar ou a presença de um incisivo lateral superior cônico) pode alertar o clínico da possibilidade de desenvolvimento de outras anomalias associadas no mesmo paciente ou em outros membros da família, permitindo o diagnóstico precoce e a intervenção ortodôntica em tempo oportuno.


Link do artigo na integra via Scielo:

terça-feira, 16 de julho de 2013

Imersão em Estética - Ortodontia-Dentistica



Caros colegas de São Paulo, no terceiro final de semana do mês de agosto, acontecerá um curso de integração entre a dentística e a Ortodontia. Como finalizar com excelência seus casos. Com o Prof. Leonardo Muniz é professor da Academia da Ortodontia Contemporânea e palestrante internacional.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Software gratuito em Ortodontia para avaliação de Fios Ortodonticos da Morelli






A Morelli, industria brasileira especializada em materiais Ortodonticos, disponibiliza um sistema gratuito, bem interessante e explicativo. Que demonstra através de gráficos comparativos, as forças e dobrabilidade de diversas ligas metálicas, que a empresa comercializa. 

Indicado para que o Ortodontista  clinico conheça e saiba prescrever a liga ideal do arco ortodontico de acordo com a situação clinica e que consiga com isso, unir a eficiência mecânica com o menor "custo" biológico ao paciente, otimizando com isso, a terapêutica Ortodontica.

Indicamos a todos embasar teoricamente este tema com os artigos publicados pelo autor brasileiro  Professor Dr. Júlio Gurgel e Colaboradores para apartir dai poder incorporar na sua clinica diária todos os recursos que os diversos fios ortodonticos tem a nos oferecer.

O que a empresa Morelli fala sobre o sistema noseu site:

Continue lendo através do link mais informações ...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Grandes nomes na Academia da Ortodontia Contemporânea


Se aproxima mais um modulo da Academia da Ortodontia Contemporânea, teremos o prazer de contar com aulas de 08 horas, ministradas por 04 Professores e Autores de Livros importantes na nossa especialidade. Nossos agradecimentos aos Professores Drs. Carlos Alberto Cabrera, Ertty Silva, Marcio Almeida e Maurício Accorsi. Por acreditarem e Participarem deste Projeto. 

Aos nossos Alunos, só temos que parabenizá-los por estarem inquietos e sempre procurando sair da zona de conforto profissional, buscando o conhecimento de Auto Nível, com o objetivo de implementá-los no seu dia a dia clínico. E desta forma, oferecer aos seus pacientes uma Ortodontia diferenciada e Contemporânea !



Reserva de vagas para a turma de 2014:


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mesialização de molares com ancoragem em mini-implantes








Neste artigo de 2008, da revista Dental Press, os autores Marcos Janson, Daniela Alcântara Fernandes Silva, professores da Especialização em Ortodontia da ABCD-Bahia. Abordam mais uma das aplicações dos mini-implantes ortodonticos, a mesialização de molares, os autores mostram de forma explicativa e ilustrativa situações na qual o profissional se depara no dia a dia na clinica.


A mesialização de molares com ancoragem esquelética consiste no movimento mesial destes dentes sem que haja reações nos segmentos mais anteriores do arco. O fechamento dos espaços de primeiros molares perdidos precocemente deve ser realizado com movimento de corpo dos segundos molares e, às vezes, também dos terceiros, o que significa deslocamento anterior que varia de 12 a 15mm.


Freqüentemente, este tipo de movimento visa o fechamento de espaços anteriores aos molares, ocorridos devido a fatores diversos e que, para não comprometer o perfil ou devido ao posicionamento geométrico dos demais dentes, não podem ser fechados da maneira convencional, ou seja, com a retração dos dentes anteriores.


A presença do osso alveolar é justificada enquanto o dente está presente, para servir de sustentação. Uma vez que o dente é perdido, o osso alveolar, não apresentando mais função, seatrofia, tanto no sentido vestíbulo-lingual quanto em altura. Portanto, o ortodontista, ao planejar o fechamento de espaços edêntulos, deve estar ciente de como o osso atrófico se comporta em relação à movimentação ortodôntica. Alguns autores já demonstraram, em jovens e adultos, a possibilidade de fechamento de espaços de primeiros molares perdidos há muito tempo, que apresentavam rebordo atrófico. Concluiu-se que, durante o fechamento de espaços de até 10mm, o rebordo ósseo acompanha o dente, mais precisamente o movimento mesial do segundo molar. Salienta-se, entretanto, que, em indivíduos adultos, parece haver uma maior tendência de reabsorção da crista alveolar, aproximadamente 2mm, sem que, com isso, ocorra prejuízo ao periodonto.


A recessão secundária na superfície vestibular da raiz mesiovestibular do segundo molar inferior pode, algumas vezes, ocorrer. Os fatores que, provavelmente, estão relacionados são: a) a presença de uma deiscência subjacente no osso sobre a raiz mesiovestibular do molar. Se uma deiscência estiver presente, é provável que ocorra uma recessão durante o fechamento de espaço; b) o tipo e quantidade de tecido gengival que está presente em cada paciente. Se um paciente apresentou um biotipo de tecido espesso, então isto poderia oferecer proteção ao dente, prevenindo a recessão. Porém, se o paciente tem uma zona estreita de gengiva e tem um biotipo de tecido fino, a recessão pode ser mais provável durante o fechamento do espaço.


Os mini-implantes, preferencialmente, devem ser instalados o mais próximo possível do plano oclusal, pois assim diminui-se o vetor intrusivo na mesial do molar e, conseqüentemente, sua inclinação. A colocação de mini-implantes por vestibular e palatino também é mais adequada, pois elimina a rotação dos dentes observada quando se utiliza somente um ponto de apoio.


Os autores poderam concluir que por meio dos casos descritos, a mesialização de molares é um recurso extremamente útil na clínica ortodôntica e beneficia primariamente o paciente, pois diminui a necessidade de substituição de dentes perdidos ou ausentes por próteses. No entanto, o movimento demanda maior tempo de tratamento, a mecânica induz alguns efeitos colaterais que devem ser contrapostos durante o movimento (como a inclinação e extrusão dos molares) e fatores envolvidos na qualidade do rebordo atrófico devem ser ponderados, para se evitar efeitos indesejados. Quando for planejado este tipo de movimento, todas as opções disponíveis devem ser expostas ao paciente, para que ele possa, junto com o profissional, fazer sua melhor escolha, ponderando os custos financeiros, tempo de tratamento e previsibilidade dos resultados.



Link do Artigo na Integra na Scielo: