ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: julho 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Efeitos imediatos esqueletal e deto-alveolar em aparelhos tipo Herbst fixados com coroas ou bandas em má oclusões Classe II 1ª Divisão


Neste artigo de 2008, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Gregory A. Barnett; Duncan W. Higgins; Paul W. Major; Carlos Flores-Mir; da Orthodontic Graduate Program, Faculty of Medicine and Dentistry, University of Alberta, Edmonton, Alberta, Canadá; Faz um estudo comparativo entre dois tipos de fixação Herbst, com coroa metálica ou com banda e mudanças dento esqueléticas produzidas por tais sistemas.

Este estudo foi feito com intuito de avaliar as alterações dentárias e esqueléticas produzidas pela iserção do aparelho tipo Herbst com coroa ou bandamento Herbst no crescimento em casos de maloclusão Classe II 1ª Divisão.

Várias bases de dados eletrônicas foram pesquisados com a ajuda de um bibliotecário especializado em ciências da saúde, sem limitação linguagem. Os resumos que surgiram para preencher o criterio de seleção inicial (Herbst uso clínico e experimental) foram selecionados, por consenso, e os seus artigos originais foram então obtidos. Para os ensaios clínicos foram selecionados cefalogramas laterais que eram utilizados para avaliar mudanças imediatas esqueléticas e dentárias a partir da utilização do aparelho tipo Herbst fixado por Bandas ou coroas.

Apenas três artigos satisfizeram os critérios de seleção. Proclinaçõs anteriores e movimento dos incisivos inferiores, redução do overjet e melhoria da relação de primeiro molar e movimento dos primeiros molares, redução do ângulo ANB, e um aumento no angulo do plano mandibular foram relatados. Houve resultados mistos quanto ao comprimento e posição sagital mandibular e aumentos na altura inferior da face, tanto anteriormente quanto posteriormente. Mudanças estatiscamente não foram significativas constatadas no comprimento sagital ou na posição esquelética da maxila.

Mudanças dentarias tiveram mais impacto do que as alterações esqueléticas na correção das má-oclusões de Classe II 1ª Divisão com a coroa ou bandamento, nos aparelhos tipo Herbst.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

sábado, 25 de julho de 2009

Confiabilidade do uso de modelos digitais tridimensionais


Os modelos tridimensionais são sem duvida nenhuma uma grande evolução para o diagnóstico e planejamento ortodôntico, auxiliam na colagem precisa de braquetes, além de ser de grande valia na otimização de espaço na clinica de todos ortodontistas, que irão dentro de curto espaço de tempo aposentar os modelos de gesso que ocupam armarios por anos e anos, passarão agora a ocupar espaço num HD de computador.

Um artigo nacional interessante é o do Dr. Dauro Douglas de Minas Gerais, publicado em 2007 pela revista Dental Press. O objetivo do estudo foi testar a confiabilidade do uso de modelos dentários digitais como exame complementar ao diagnóstico ortodôntico.

Três examinadores mediram a largura dos dentes permanentes, quatro segmentos dos arcos superiores e inferiores, distâncias intercaninos, distâncias intermolares, trespasses horizontal e vertical em modelos de gesso e em seus correspondentes digitais de seis pacientes, utilizando um paquímetro digital e o programa eModel, respectivamente.

Nos resultados, observou-se que todas as medidas avaliadas foram estatisticamente semelhantes nos dois tipos de modelos testados, com exceção das médias encontradas para a largura do dente 45 (p<0,05).

Com certeza muitos outros estudos irão aparecer e esta tecnologia muito ustilizada já para em varios seguimentos da Ortodontia com: INSIGNIA, Invisalign®, SureSmile, pela Great Lakes Orthodontics para confecção de dispositivos desprogramadores interoclusais entre outras aplicações.


Artigo:

Video da confecção do dispositivo interoclusal pela Great Lakes Orthod.:


Sistemas:





Aqui no Brasil:





sexta-feira, 24 de julho de 2009

Reposição cirúrgico-ortopédica de implante mal posicionado: relato de caso







Neste artigo de 2005, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Luiz Carlos Ferreira da Silva, Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos, Ricardo José de Holanda Vasconcellos, Edvaldo Dorea dos Anjos; do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Universidade de Pernambuco; do curso de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Federal de Sergipe e do curso de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Tiradentes - Sergipe. Apresenta o caso clínico de uma paciente de 20 anos de idade onde foi realizada osteotomia segmentar de maxila associada à distração osteogênica para correção de um implante mal posicionado.

Os implantes dentários têm sido empregados em diversas situações para reposição de dentes perdidos por cárie, doença periodontal ou trauma, com excelentes resultados estéticos e funcionais em longo prazo. Os princípios da osseointegração trouxeram o substrato científico à prática clínica e desde então a Implantodontia se incorporou em definitivo ao arsenal terapêutico do cirurgião dentista.

Dentre os critérios para se considerar o sucesso na reabilitação com implantes osseointegrados, a prótese confeccionada sobre o implante tem que se apresentar satisfatória ao profissional e ao paciente.

Em casos de falha no planejamento da colocação de implantes ou erros na execução da técnica, algumas medidas alternativas podem favorecer a restauração: abutments angulados, sobrecontorno da porcelana, gengiva artificial, coroas alongadas e enxertos secundários.

Recentemente, Grossmann e Madjar relataram um caso de reabilitação protética de dois implantes colocados na região anterior de maxila que, apesar de osseointegrados, encontravam-se mal posicionados, com uma angulação de 60 graus entre si. O tratamento incluiu moldagem separada para cada implante, fabricação de abutment especificamente desenhado para o caso e confecção de prótese parcial fixa.

Implantes severamente mal posicionados podem impedir a restauração satisfatória ou a reabilitação cosmética, mesmo com a utilização de componentes protéticos alternativos. Em casos extremamente comprometidos, a conduta tem sido limitada ao abandono, submersão ou remoção cirúrgica do implante.

Semelhante a um dente anquilosado, os implantes dentários endo-ósseos não possuem ligamento periodontal, portanto não podem ser reposicionados ortodonticamente.

A remoção cirúrgica do implante mal posicionado geralmente resulta em defeitos ósseo e de tecidos moles que requerem posterior correção cirúrgica.

Osteotomia segmentar da maxila é um procedimento ortognático comum para alinhar, nivelar e fechar espaços dentro do perímetro do arco dentário quando isto não pode ser conseguido ortodonticamente. A osteotomia maxilar tipo Le Fort I representa o fundamento para este procedimento e tem sido usada com sucesso por mais de 50 anos com apenas pequenas modificações.Nestes casos, a preservação do contato periosteal, que fornece circulação colateral, é considerada obrigatória para garantir a integridade vascular do segmento mobilizado. Pesquisas em animais têm indicado a necessidade de se realizar a osteotomia 5mm distante do ápice dentário para garantir a manutenção do suprimento sanguíneo com testes pulpares positivos seis meses após a cirurgia.

Diversos autores têm relatado a possibilidade de utilizar osteotomias segmentares de maxila ou mandíbula para reposicionar um segmento alveolar com implante, mostrando que esta pode ser uma técnica efetiva e previsível para restaurar implantes em situação altamente comprometida.

A distração osteogênica é uma técnica de alongamento ósseo gradual que foi introduzida por Codivilla em 1905 e popularizada nos anos 70 por Ilizarov em ortopedia. A distração é realizada com uma média de 1mm ao dia e a formação óssea dentro do espaço da distração ocorre devido ao efeito tensão-pressão criado pelo dispositivo. Uma observação consistente é que neogênese de
tecidos moles acompanha a produção de tecidos duros.

A mobilização do segmento osteotomizado deve permitir a reposição no local previamente determinado pela cirurgia de modelo. No presente caso clínico optou-se pela utilização de um aparelho ortopédico com princípios mecânicos de distração osteogênica, pois a mucosa palatina não permitiria a imediata reposição coronal do segmento mantendo o longo eixo do implante.

Uma das características da distração osteogênica é permitir que neogênese de tecidos moles acompanhe a produção de tecidos duros, provavelmente devido à hiperplasia das células da mucosa gengival. Os princípios para o sucesso da distração óssea são: estabilização do segmento osteotomizado, curto período de cicatrização antes do início da ativação do aparelho e distração gradual para estimular ossificação durante alongamento.

No presente caso clínico teve-se o cuidado de fixar o segmento osteotomizado aos dentes adjacentes após cada ativação, de permitir um período de latência de sete dias antes do início da ativação e alongar o segmento numa proporção 0,5mm ao dia. O presente trabalho apresenta um relato inédito de uma osteotomia segmentar associada à técnica de distração osteogênica para reposicionamento de implante mal posicionado.


Link do artigo na integra via Scielo:

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Efeito do tratamento térmico nos fios ortodônticos de aço inoxidável





Nesta tese de mestrado de 2007, apresentada na UNESP-Araçatuba, pelo autor Dr. Geraldo Francisco Kasbergen, Prof. Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de Itaúna - Minas Gerais. Faz um belo levantamento sobre a deformação de fios com e sem tratamento termico.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento térmico (ou revenido) nos fios ortodônticos de aço inoxidável de Cromo Níquel (CrNi). Foram utilizados 40 arcos das espessuras 0.014”(0,35mm), 0.016”(0,40mm), 0.018”(0,45mm) e 0.020”(0,50mm). Os arcos foram divididos nos grupos sem e com tratamento térmico e, posteriormente, mensurados nas regiões anterior e posterior por meio do “software” AutoCad 2000 antes e após os ensaios mecânicos de compressão e tração por meio da máquina de ensaio universal EMIC.

Os arcos sem e com tratamento térmico submetidos à força de compressão não apresentaram alterações transversais significantes nas regiões anterior e posterior. Nos arcos sem tratamento térmico submetidos à força de tração ocorreram aberturas mais acentuadas na região anterior nos arcos 0.020”. Na região posterior, a abertura proporcionada pela tração ocorreu com maior intensidade nos arcos sem tratamento térmico.

Os arcos com tratamento térmico submetidos à força de tração não alteraram a distância transversal na região anterior. Nos arcos tratados termicamente constatou-se uma maior estabiidade, principalmente quando submetidos à tração ou à abertura.


Link da Tese na integra via FOA UNESP:

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES






Neste artigo de 2007, publicado pelo Arquivo Brasileiro de Odontologia, pelos autores Sabrina Alves Teixeira, Flávio Marcos de Almeida; da Faculdade de Odontologia - PUC - Minas Gerais; Demonstra que a relação entre o tratamento ortodôntico e as desordens temporomandibulares (DTM) constitui-se num dos assuntos mais controversos e estudados na Ortodontia contemporânea.

A Articulação Temporomandibular (ATM) é certamente uma das mais complexas articulações do corpo e componente do sistema estomatognático que está diretamente relacionada às funções fisiológicas gerais. Ela é responsável pelos movimentos mastigatórios e pelas atividades mandibulares, que são classificadas em funcionais, como falar, mastigar, deglutir e em parafuncionais, que incluem todas as atividades realizadas sem um objetivo específico e de forma inconsciente (Matheus et al., 2005).

Problemas nessa articulação, mais conhecidos como Disfunções Temporomandibulares (DTM) têm sido motivos de muitas pesquisas na área da Odontologia provavelmente devido à grande prevalência dessas desordens na população.

Acreditava-se até recentemente que a má-oclusão fosse o fator etiológico principal da DTM, mas estudos comprovaram que essas disfunções são diversas e, muitas vezes, com etiologias multifatoriais (Martins et al., 2000).

Os desequilíbrios nas dentições decídua e permanente se constituem em possíveis fatores etiológicos na disfunção da ATM. Essa falta de equilíbrio pode ser de origem traumática, psicossocial (que incluem fatores individuais, interpessoais e situações variadas que bloqueiam a capacidade funcional adaptativa do indivíduo), genética, funcional e, freqüentemente, devido a um nivelamento incorreto dos dentes, extrações, inclinações axiais inadequadas, além de mecânica ortodôntica com forças pesadas e contínuas (Coutinho et al., 2003).

A ação do tratamento ortodôntico sobre o sistema estomatognático não se apresenta totalmenteclara e a perspectiva de considerar a má oclusão como fator etiológico primário das disfunções temporomandibulares coloca, muitas vezes, a ortodontia como causa dessas disfunções e outras vezes como solução.

ATM significa Articulação Temporomandibular. Ela relaciona a mandíbula ao crânio e está entre as mais complexas e exigidas articulações do corpo humano. Cada vez que se fala, mastiga ou deglute, a ATM se movimenta. É formada pelo côndilo mandibular que se articula na fossa articular do osso temporal. Separando esses dois ossos de um contato direto está o disco articular. Existem duas ATMs: uma do lado direito e outra do lado esquerdo, anterior a cada ouvido. Essa articulação proporciona um movimento de dobradiça em um plano e dessa forma pode ser considerada uma articulação ginglemoidal. Ao mesmo tempo, proporciona movimentos de deslize, o que a classifica como artroidal. É classificada como uma articulação composta. Segundo definição, uma articulação composta necessita da presença de pelo menos três ossos, embora a ATM seja feita de apenas dois. Funcionalmente o disco articular funciona como um osso não calcificado que permite os movimentos complexos da articulação. O fato de que duas ATM sejam conectadas pelo mesmo osso (a mandíbula) complica bastante a função de todo o sistema estomatognático. Cada uma das articulações pode aomesmo tempo agir de forma diferente e separadamente, mas não sem alguma influência uma da outra (Okeson, 2000).

Para Okun (1992), a DTM pode ser causada externamente por traumas e internamente por hiperatividade muscular relacionada ao stress. Esses fatores provocariam uma injúria nos tecidos moles ao redor do disco e fossa articular causando deslocamento do disco articular. Aparentemente o disco sofre menores danos quando a mandíbula está em posição de repouso do que em força oclusal ativa, por isso mesmo passamos a maior parte do dia com a mandíbula em posição de repouso, caso contrário, já estaríamos exercendo uma força excessiva na região articular e em todo sistema estomatognático. Na maioria das vezes não é necessário tratamento radical para a DTM, como ortodontia, cirurgia ortognática, reabilitações orais ou cirurgias de ATM, já que na maioria das vezes também a maior causa da DTM é de ordem muscular. Sendo assim, os tratamentos conservadores são efetivos e mais simplificados.

A etiologia das DTM é altamente complexa, de natureza multifatorial e sem a determinação de um agente etiológico específico. Contudo alguns autores consideram que o principal agente causal das DTMs seja a hiperatividade muscular e/ou sobrecarga da ATM. Há uma série de fatores contribuintes que podem predispor, iniciar e perpetuar as DTMs.

Qualquer fator predisponente ou iniciante pode se tornar perpetuante após o estabelecimento da DTM, mantendo ou complicando a doença e seu tratamento. A adaptabilidade do paciente determina o desenvolvimento ou não da DTM, pois a presença de fatores contribuintes não pressagia, necessariamente a existência ou o futuro estabelecimento desta doença. Mesmo assim, a detecção e a eliminação ou o controle desses fatores são importantes para sua prevenção e tratamento. Os fatores predisponentes podem ser sistêmicos, psicológicos ou estruturais. Em relação aos sistêmicos foi encontrado maior prevalência de enfermidades e traumas durante e após a adolescência, num grupo de pacientes com DTM, quando comparado a um grupo de pacientes sem DTM. Entre os psicológicos incluem-se as características emocionais e de personalidade, assim como as atitudes que dificultam a adaptação do paciente às circunstâncias que o afetam, A depressão, ansiedade e outras alterações relacionadas com o estresse, não só predispõe as DTMs, como alteram a percepção e a tolerância aos sintomas. Dentre os fatores estruturais estão os oclusais, que no passado foram considerados como grandes responsáveis no desenvolvimento da DTM. Atualmente, considera-se a oclusão apenas como um fator secundário no desenvolvimento dessa doença. Os sinais e sintomas da DTM geralmente intensificam-se entre a segunda e quarta década de vida (Okeson, 2000).

De acordo com Vieira & Paura (1999), não é possível comprovar a relação de causa e efeito entre oclusão dentária e disfunção na ATM sendo, portanto, também impossível comprovar a influência do tratamento ortodôntico como causa de DTM. É preciso atentar para outros fatores, sejam desencadeantes ou agravantes, inclusive os psicogênicos.

Ruellas et al. (2003) afirmaram que os pacientes após realizarem o tratamento ortodôntico, apresentaram indícios desprezíveis de sintomatologia da DTM, não podendo ele ser considerado causa direta desse distúrbio.

Não se pode comprovar cientificamente que o tratamento ortodôntico, isoladamente, cause DTM, pois sua etiologia é multifatorial e complexa, ou seja, o crescimento, a maloclusão, os fatores psicológicos e emocionais, o estresse, as desordens gerais, a hiperatividade muscular e/ou a sobrecarga da ATM, entre outros, podem provocá-la.

O ortodontista deve estar sempre atento a qualquer sinal ou sintoma de DTM e analisar cada caso dinâmica e funcionalmente desde o diagnóstico inicial, durante o tratamento, no momento de finalização da terapia ortodôntica e durante o acompanhamento posterior do paciente, não apenas através de uma avaliação estática da oclusão. Enfatiza-se também a obrigação de se realizar o tratamento utilizando uma mecânica compatível com a ATM e na finalização do caso almejar uma oclusão em harmonia com todo o sistema mastigatório, auxiliando assim, no diagnóstico, prognóstico e terapêutica. Dessa forma a ortodontia deixa de ser um fator causal das DTMs e torna-se mais um aliado no tratamento dessa disfunção.

domingo, 19 de julho de 2009

Pensamento da Semana


"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima !"


Louis Pasteur

1822 - 1895


Link sobre o autor:

sábado, 18 de julho de 2009

Um bom exemplo


"A Operação Sorriso mobiliza todos os corações generosos do mundo para curar sorrisos, transformando a vida das crianças"

Descrição

A Operação Sorriso do Brasil é uma instituição privada, sem fins lucrativos que se dedica a transformar a vida de crianças e jovens brasileiros portadores de fissura lábio-palatina (lábio leporino e fenda palatina). Buscamos alcançar este objetivo através da criação de uma ponte entre o trabalho voluntário e o patrocínio de indivíduos e empresas socialmente responsáveis visando ampliar a auto-suficiência no tratamento deste problema nas diversas regiões do país.

O primeiro programa humanitário internacional da Operation Smile em território nacional aconteceu no ano de 1997 na cidade de Fortaleza, no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), por meio de um convite especial da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.

No ano de 2006 a organização foi registrada legalmente como Associação Operação Sorriso do Brasil (OSB). Hoje a Operação Sorriso do Brasil atua como entidade sem fins lucrativos de forma independente, mantendo completa responsabilidade na coordenação dos programas nacionais, levantamento de fundos e estabelecimento de acordos com instituições e empresas parceiras.

Possuimos o título de OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Intresse Público em conformidade com a Lei 9.790/99, e dessa forma as doações efetuadas por pessoas jurídicas podem ser abatidas no Imposto de Renda. Mais detalhes sobre isto podem ser vistos em "Como Ajudar" - "Doações Corporativas".

A instituição tem como seu Diretor Médico Nacional o Dr Nivaldo Alonso, professor livre docente da Universidade de São Paulo (USP), Coordenador do Centro de Cirurgias Crânio-Faciais da USP e ex- Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial. Conta, também, com um Conselho Médico constituído por profissionais de destaque nas áreas de cirurgia plástica, anestesia e pediatria que são responsáveis pelas decisões médicas da organização.

Com o apoio de empresas parceiras, a Operação Sorriso do Brasil foi capaz de transformar a vida de crianças em diversos Estados do país como: Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Pará.
Cirúrgicos - Programas agendados para o Ano

Programa Cirúrgico do Rio de Janeiro

De 06 a 14 de agosto de 2009

Estarão realizando pelo segundo ano consecutivo um programa cirúrgico na cidade do Rio de Janeiro de 06 a 14 de agosto no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundo).

Com uma equipe multidisciplinar formada exclusivamente por voluntários não-médicos e profissionais de saúde brasileiros, o programa médico-humanitário pretende realizar cirurgias plásticas reparadoras em 100 pacientes portadores de fendas lábio-palatinas, prestar atendimento médico a todas as pessoas presentes à seleção que ocorrerão no dia 06 e 07 de agosto e, principalmente, continuar inspirando o desenvolvimento de políticas comprometidas com a auto-suficiência no atendimento médico de qualidade a pessoas portadoras de lábios leporinos e fendas palatinas no Estado.
Dia de seleção dos pacientes: 06 e 07 de agostoLocal: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; End. : Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco, 255 - 1 andar - Ambulatório - Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJ; Fone para informações: 21-71523855 Dias das cirurgias: 10 a 14 de agosto

Não é necessário fazer pré-inscrição para tentar a cirurgia, apenas comparecer ao hospital no dia do exame e seleção dos pacientes, 6 ou 7 de agosto a partir das 8:00 hs da manhã. Forneceremos hospedagem e alimentação para pacientes de fora da cidade do Rio de Janeiro.

MOSTRE SEU APOIO A ESTA CAUSA CONTRIBUINDO COM QUALQUER VALOR PARA QUE POSSAMOS COBRIR NOSSOS CUSTOS PARA A REALIZAÇÃO DESTE PROGRAMA. (Veja em "Como Ajudar "- "Doe um Sorriso" neste site). TEMOS TAMBÉM NECESSIDADES DOS SEGUINTES ITENS PARA PODERMOS CUIDAR ADEQUADAMENTE DAS PESSOAS QUE NOS PROCURAREM.

Se tiver a oportunidade de nos ajudar com qualquer um destes itens entreem contato conosco.

Contatos:
Msn e Email:

operacaosorriso@hotmail.com

Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Clóvis Brito: Diretor Nacional de Programas (11) 3443-1710
Elisa Maria Campos: Jornalista voluntária (21) 7152-3855
Para o programa do Rio de Janeiro precisamos de:• Lanchinhos para Triagem (sucos, biscoitos, frutas...)• Alimentação para alojamento e semana de cirurgias (alimentos não perecíveis: óleo, macarrão, arroz, feijão etc alimentos perecíveis: carne, verduras, pão etc)• Alimentos para o kit

Pós-operatório: sustagem, farinha para mingaus, leite em pó, achocolatados, gelatina, amido de milho• Brinquedos, canetinhas, papel.• Roupas (crianças e adultos), roupas de cama e toalhas.• Fraldas Material de higiene pessoal Material de Limpeza• Gaze, esparadrapo “micropore”, pomada cicatrizante e dipirona.:


Programa Cirúrgico de Fortaleza-CE
De 01 a 09 de setembro de 2009
Local: Hospital Infantil Albert SabinNúmero de pacientes: 125

Programa Cirúrgico de Santarém-PA
De 23 a 28 de novembro de 2009
Local: a definirNúmero de pacientes: 80


Link da Organização:

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Produtos atuais na pratica ortodontica e alergia ao niquel


Neste artigo de 2003, Publicado no Journal of Orthodontics; pelos autores G. Rahilly, N. Price; do Leeds Dental Institute, Leeds, UK e do Mayday Hospital, Surrey, UK; Mostra a reação ao niquel que alguns pacientes podem apresentar.

O níquel é o metal mais comum na ortodontia e pode causar dermatite de contato. O Níquel, presente nas ligas metálicas, como o níquel-titânio e aço inoxidável, são amplamente utilizados em aparelhos ortodônticos.

A liga Níquel-titânio pode ter conteúdo de níquel num excesso de 50 por cento e pode, assim, potencialmente promover uma liberação suficiente níquel no ambiente da cavidade oral, a fim de suscitar manifestações de uma reação alergica. O aço inoxidável possui um menor conteúdo de níquel (8 por cento).

Na Ortodontia os componentes compostos por aço inoxidável, é muito pouco provável de causar hipersensibilidade ao níquel. Este artigo descreve o diagnóstico da alergia ao níquel em ortodontia e descreve produtos alternativos níquel que são livres deste ou têm um muito baixo teor níquel, o que seria adequado para uso em pacientes diagnosticados com um níquel alergia.


Link do artigo na integra via Journal of Orthodontics:

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Miniimplantes e ancoragem absoluta: exemplo transdisciplinar para uma Ortodontia moderna


Neste artigo de 2006, publicado pela Dental Press, Pelo Autor Dr. Alberto Consolaro; Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB-USP - São Paulo; Mostra a improtância dos mini implantes Ortodonticos, um grande passo para a ortodontia contemporânea.

Ser profissional, em qualquer área, significa ser transdisciplinar. Requer trânsito livre nas diversas especialidades sem barreiras, cercas e quintais delineados. Antigamente se requeria ser multidisplinar, mas isto sugeria múltiplos casulos isolados, diferentes e distantes. Depois se exigiu ser interdisciplinar, mas mesmo assim sugeria limites definidos e cantos isolados em que, vez ou outra, os profissionais se visitavam; e ainda havia possibilidade de sobreviver isoladamente. A transdisciplinaridade implica na mistura e entrelaçamento das inúmeras áreas do conhecimento, sem limites, formando um corpo só: assim devemos ser como profissionais. O ortodontista atual não consegue executar sua especialidade de forma completa sem conhecimentos mínimos de Periodontia, Estética, Implantodontia, Prótese e outras áreas.

Os implantes dentários requeriam meses para instalação das coroas e restabelecimento funcional. As células ósseas demoravam semanas ou meses para colonizar a superfície implantar, produzir matriz e mineralizar o tecido com ampla e eficiente integração óssea. O tempo e o conhecimento evoluíram e agora se pode, quase imediatamente, aplicar carga funcional sobre os implantes instalados. Descobriu-se que quando houver uma adequada adaptação mecânica entre a superfície implantar e óssea, por algumas semanas, o conjunto das estruturas suportará forças e, ao mesmo tempo, gradativamente haverá a osteointegração pela colonização celular nos implantes e formação óssea adaptada à nova estrutura. O tipo de osso e a situação clínica ditarão a indicação deste tipo de implante com carga imediata.

Os mini implantes, para oferecerem ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico, devem ser aplicados em áreas com cortical óssea minimamente espessa e osso trabecular relativamente denso. As espiras dos mini implantes devem estar “encaixadas” ou perfeitamente adaptadas ao osso onde foram inseridas para darem estabilidade e suportarem, quase imediatamente, a aplicação de forças por parte do aparelho ortodôntico. Alguns profissionais indicam que as forças podem ser aplicadas até 3 dias após a instalação do mini implante, outros recomendam a espera de 21 dias. No conceito de aplicação de carga imediata em implantes, o tempo de espera nos casos de mini implantes para ancoragem absoluta pode ser bem pequeno.

A mobilidade dos mini implantes indica perda de estabilidade e pode ocorrer mesmo antes da aplicação de forças ortodônticas; isto caracteriza o insucesso do procedimento. A mobilidade ocorre quando não houve adaptação mecânica entre o mini implante e o osso; a aplicação de força aumentará mais ainda a mobilidade. A perda do mini implante pode estar associada ao planejamento e escolha de área óssea inadequada, erro na técnica cirúrgica, escolha equivocada do mini implante, manipulação excessiva do mini implante por parte do ortodontista e falta de higienização adequada por parte do paciente. A inflamação peri implantar reabsorve o osso e leva à perda de suporte mecânico e do mini implante.

Nos mini implantes para ancoragem absoluta em Ortodontia, o mecanismo principal de sua eficiência está na adaptação mecânica à estrutura óssea mineralizada. Após algumas semanas ou meses, a osteointegração representada pela colonização celular e formação óssea na superfície dos mini implantes terá importância secundária, pois estará no tempo de removê-los, já que cumpriram o seu papel de ancoragem.

Na Implantodontia, a osteointegração representa a essência de sua biologia e sucesso no restabelecimento da estética e função de dentes perdidos; a adaptação mecânica serve para suportar as cargas imediatas nas primeiras semanas e meses. Na Ortodontia, a adaptação mecânica é a essência que justifica o uso dos miniimplantes para ancoragem absoluta e a osteointegração é secundária e tardia. O tempo de tratamento ortodôntico com o uso de miniimplantes se reduz em 30% na média geral. Esta compreensão por parte dos implantodontistas e dos ortodontistas representa um exemplo de conhecimento, postura e prática transdisciplinar.


Link do artigo na integra via Denal Press:

http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2009/05/v04n0605cno.pdf

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reabsorção radicular do incisivo devido ao Canino superior ectópico










Neste artigo de 2008, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Babak Falahat; une Ericson; Rozmary Mak D’Amico; Krister Bjerklin; do Department of Oral and Maxillofacial Radiology, Karolinska Institutet, Stockholm, Suécia e do Department of Orthodontics, Institute for Postgraduate Dental Education, Jonkoping, Suécia; Mostra este risco que infelizmente ocorre nesta intima relação Canino Incluso e raiz do incisivo.

Este estudo de longo prazo dos incisivos superiores com raízes reabsorvido após correcção associados caninos ectópicos.

Indivíduos foram selecionados a partir de 107 crianças e adolescentes com idade 9-15 anos (média de 12,5 anos) no registo inicial, com 156 caninos superiores posicionados ectopicamente. As crianças foram encaminhadas para o especialista clínica ortodôntica para consulta por causa de o risco de reabsorção radicular incisivo. Dos 51 pacientes contatados, 16 não conseguiram participar. Oito dos restantes 35 foram excluídas porque os seus incisivos laterais haviam sido extraídos, deixando 27 indivíduos para acompanhamento registo. Na consulta inicial, todos os indivíduos haviam sido submetidos a exame radiográfico, incluindo tomografia computadorizada (CT) scans. Na consulta, o exame radiografico foi limitado a filmes intraorais.

Incisivos não reabsorvidos foram perdidos durante de 2 a 10 anos de controle. Os 13 dentes com lesões de reabsrção sofreram reparos, e a reabsorção permaneceu inalterada em 12 dentes e avançou em 7 dentes. Nos 13 dentes que exibiam sinais de reparação, não reabsorção foi detectada em 11 dentes e a menor reabsorção foi detectada em 2 incisivos laterais. Na primeira consulta, reabsorções severa ou moderada tinha sido diagnosticada em 12 incisivos centrais e 5 laterais, em comparação com 11 laterais e 6 incisivos centrais no controle. Em 10 indivíduos inicialmente diagnosticados com reabsorção de 13 incisivos, as lesões não eram mais discernível com radiografias intraorais de controle.

Mesmo em casos com reabsorção severa, as raizes dos incisivos mostram curas positivas a longo prazo. Incisivos com reabsorção radicular pode ser incluidos num sistema de aparatologia ortodôntica.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avaliação clínica de sinais e sintomas da disfunção temporomandibular em crianças


Neste artigo 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Eduardo César Almada Santos, Franscisco Antonio Bertoz, Lilian Maria Brisque Pignatta, Flávia de Moraes Arantes; da Disciplina de Ortodontia Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP; Avaliou a freqüência dos sinais e sintomas, dos hábitos parafuncionais e das características oclusais de 80 crianças.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) consiste de um conjunto de sinais e sintomas que envolvem os músculos mastigatórios, as ATM e estruturas associadas. Ela pode ser caracterizada por dores musculares e articulares, limitação e desvio na trajetória mandibular, ruídos articulares durante a abertura e fechamento bucal, dores de cabeça, na nuca e pescoço e dores de ouvido.

Apesar da DTM não apresentar etiologia definida, acredita-se que fatores funcionais, estruturais
e psicológicos estejam reunidos, caracterizando multifatoriedade à origem da disfunção da ATM. Algumas condições, como más oclusões, parafunções e estado emocional estão presentes com determinada freqüência em pacientes com sinais de disfunção. Entretanto, não se pode afirmar até que ponto estes fatores são considerados predisponentes ou, apenas, coincidentes.

Devido à possibilidade das disfunções da ATM se originarem no início do crescimento craniofacial, há uma elevada porcentagem de crianças que apresentam sinais e sintomas associados com distúrbios temporomandibulares.

Considerando estudos relevantes em pacientes jovens, destaca-se o de Nilner e Lassing, que determinaram a prevalência de sinais e sintomas de distúrbios funcionais e doenças do sistema estomatognático em 440 crianças de 7 a 14 anos de idade, as quais foram entrevistadas e examinadas clinicamente. A entrevista revelou que 36% apresentavam sintomas, sendo 5% com dores de cabeça recorrentes e 13% relataram estalidos nas ATM. Setenta e sete por cento das crianças apresentaram ao menos uma parafunção oral.

Recentemente, Thilander et al. analisaram uma amostra de 4.724 crianças, de 5 a 17 anos de idade, agrupadas de acordo com a idade cronológica e o estágio de desenvolvimento dentário. Os registros incluíram a oclusão funcional, os desgastes dentários, a mobilidade mandibular e dor, à palpação, muscular e nas ATM. A dor de cabeça foi o único sintoma da DTM relatado pelas crianças. Os resultados mostraram que um ou mais sinais clínicos foram registrados em 25% dos indivíduos. As prevalências aumentaram durante os estágios de desenvolvimento dentários. Associações significantes foram encontradas entre diferentes sinais e a DTM foi associada com mordida cruzada posterior, mordida aberta anterior, má oclusão Classe III de Angle e trespasse horizontal excessivo.

Neste corrente estudo a freqüência de mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e mordida cruzada anterior foi maior quando comparada com os achados de Nilner, Lassing10; Bernal e Tsamtsouris. Egermark-Eriksson et al. e Thilander et al. afirmaram que mordida cruzada posterior, mordida aberta anterior e más oclusões Classe II e Classe III de Angle têm influência no desenvolvimento da DTM.

O hábito de apertar ou ranger os dentes, conhecido como bruxismo, foi o sinal mais encontrado (35%), sendo associado com a maioria dos sintomas dolorosos da DTM, juntamente com os hábitos de sucção digital e onicofagia, que em nosso estudo foram também muito freqüentes, com 21,2% e 47,5%, respectivamente. Vanderas afirma que os hábitos parafuncionais podem ser causas “suficientes” para o desenvolvimento da disfunção temporomandibular.

A dor de cabeça foi o sintoma mais freqüente, com 22,5%, aproximando-se do resultado encontrado por Bernal e Tsamtsouris, que obtiveram um percentual de 22%, e 19% de Nilner e Lassing, porém superior aos 11,4% obtidos por Thilander et al. Estes decréscimos nas porcentagens podem ser justificados pelo fato destes autores terem pesquisado crianças em faixas etárias mais elevadas. As crianças mais novas são mais cooperativas e podem responder às perguntas com falsa afirmativa.

O estalido durante o movimento da ATM foi observado em 8,7% dos pacientes estudados, valor semelhante ao encontrado por Nilner e Lassing (8%), mas inferior aos resultados de Almeida, Silva e Cardoso et al., que obtiveram 25%, e 18,13% de Sönmez et al., com crianças na dentadura mista. Thilander et al. associam o estalido com o deslocamento da mandíbula, sensibilidade muscular, capacidade de abertura bucal reduzida e interferências, contudo neste estudo tais sinais e sintomas não foram observados.

Os autores concluiram que os sinais e sintomas mais freqüentes foram o hábito de ranger os dentes, dores de cabeça e ruídos na ATM. A onicofagia e o bruxismo foram os hábitos parafuncionais mais prevalentes. Diante disto, eles aconselham que a avaliação de sinais e sintomas da disfunção da ATM em crianças seja adotada como rotina durante o exame clínico inicial. Eles ressaltaram que a freqüência de sinais e sintomas da Disfunção Temporomandibular pode ser verificada em crianças por meio da entrevista e exame clínico minucioso.


Link do artigo na integra via Scielo:

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Análise de reabsorção radicular ortodonticamente induzida, usando tomografia micro-computadorizada (Micro-CT)




Neste artigo de 2009, publicada pela Angle Orthodontist, pelos autores Tom Wierzbicki; Tarek El-Bialy; Saleh Aldaghreer; Guang Li; Michael Doschak; da Universidade de Alberta, Edmonton, Alberta, Canadá. Mostra a eficiência e perfeição da micro tomografia em casos de reabsorção radicular.

O artigo mostra umestudo que visou estabelecer um protocolo para avaliação da reabsorção radicular ortodonticamente induzida dentaria (OITRR) em pré-molares humanos utilizando micro-tomografia computadorizada.

Dez primeiros pré-molares superiores extraídos foram obtidos de oito pacientes adolescentes saudáveis; cinco destes pré-molares foram extraídos antes de qualquer movimento ortodôntico aplicada a eles, e os outros cinco pré-molares foram envolvidos no tratamento ortodôntico sem extração por 1 ano antes do planejaamento de tratamento e depois conduzido ao tratamento com extração.

Foi utilizada reconstrução com imagens digitalizadas, que mede os principais parâmetros de lacunas de reabsorção, incluindo o número, volume e profundidade em cada superfície, assim como sua extensão corono-apical.

O tratamento ortodôntico levou a um número significativamente maior de reabsorção radicular com volumes de lacunas, número, profundidade máxima, e extensão corono-apical, bem como em áreas de desmineralização de dentina subjacente às lacunas de reabsorção do que nos pré-molares em condições normais.

O estudo estabelece um protocolo para avaliar quantitativamente OITRR e disponibilizou um método para prever novas reabsorções baseado em desmineralização de dentina.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

http://www.angle.org/anglonline/?request=get-document&issn=0003-3219&volume=079&issue=01&page=0091


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mecanismo e Classificação das Reabsorções Radiculares


Neste artgo de 2006, publicado pela Revista da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária; pelos autores Manuel Marques Ferreira, Eunice V. P. Carrilho, Jorge Leitão; da LMD - FMUC - Portugal; Mostra que as reabsorções radiculares, são situações clínicas indesejáveis e que podem ter uma etiologia multifactorial, cabendo ao clínico estar atento e desperto para o seu diagnóstico e tratamento.

Em 1530 surgiu em Leipzig (Alemanha) a primeira publicação científica, exclusivamente dedicada à Medicina Dentária. Dois séculos depois (1723), Pierre Fauchard, considerado por alguns, o pioneiro e fundador da Medicina Dentária moderna, é autor de uma obra onde sintetiza tudo o que no Ocidente, se sabia sobre esta área da Medicina. Desde então, e até aos nossos dias, a medicina dentária tem sofrido uma evolução constante, assistindo-se no século XX à sua divisão em várias especialidades, com a criação da Endodôncia em 1964. Esta, na sua evolução, compreende várias fases: época do empirismo (séc I - 1910); época da infecção focal (1910 - 1928); época do ressurgimento endodôntico (1928 - 1936); época da concretização da endodôncia (1936-1928); época da simplificação da técnica endodôntica (1940 até hoje).

O desenvolvimento de novas tecnologias, no campo do diagnóstico e dos meios auxiliares, permitiu que, com a radiologia digital obtivéssemos a aquisição instantânea da imagem. Esta, quando comparada com as radiografias convencionais, apresenta maior facilidade de armazenamento, facilita a sua transmissão para locais distantes e utiliza menor dose de radiação e menos tempo de exposição.

De acordo com Zwemer TJ., (1993; A Glossary of Accepted Terms in all Disciplines of Dentistry), a reabsorção radicular é uma condição clínica que pode ocorrer fisiologicamente quando da esfoliação da dentição decídua para dar lugar à definitiva, ou então devido a um processo patológico, do qual resulta a perda de cemento e de dentina com consequente perda da peça dentária.

Considera-se que, excetuando a hipótese de reabsorção idiopática, ela é o resultado de lesões dos tecidos do ligamento periodontal ou do tecido pulpar. Esta situação clínica pode ser consequência de traumatismos que desencadearam luxações, fraturas radiculares ou avulsões, bem como ser resultante de infecções crónicas da polpa ou das estruturas periodontais. Existem referências científicas sobre as RR, atribuindo a sua etiologia ao movimento dentário induzido ortodonticamente.

O processo da reabsorção dentária envolve uma interação complexa entre as células inflamatórias, células de reabsorção - os clastos - e as estruturas dos tecidos duros mineralizados. O diagnóstico, terapêutica e prognóstico não são uma tarefa fácil para o médico dentista. Os clastos são as células-chave responsáveis pelo processo de reabsorção. Estes são formados a partir de macrófagos e monócitos, que dão origem a células gigantes multinucleadas. Estas células orquestram um complexo evento molecular biológico que envolve citocinas, enzimas e hormonas, as quais influenciam a progressão do processo. A diferença estrutural e funcional entre dentinoclastos, cementoclastos e osteoclastos é insignificante.

A forte irrigação sanguínea que existe no LPD e na polpa propicia a instalação de infiltrado inflamatório, devido aos fenómenos exsudativos desencadeados por agentes agressores, como bactérias e os seus produtos e a hipóxia ou anóxia induzidas por forças ortodônticas. Esse exsudato inflamatório contém produtos derivados de proteínas plasmáticas, de células locais, de bactérias e de leucócitos.

Como diz Consolaro (2002), entre esses produtos destacamos as interleucinas (IL-1 e IL-2), as prostaglandinas, os factores de crescimento epidérmico (EGF) e as endotoxinas ou lipopolissacaridos (LPS) libertados pelas bactérias. Todos estes produtos são fortes mediadores da osteoclasia que, associados à plasmina, induzem a libertação das colagenases. Por sua vez, o pH ácido e a acção das colagenases atuam de forma a que os OB e os CB se desagreguem e os cristais de hidroxiapatite fiquem expostos à ação dos clastos, exercendo simultaneamente uma acção quimiotática nos mesmos.

Na superfície exposta, os clastos acabam por aderir firmemente, por acção dos seus bordos em escova, criando um micro-ambiente próprio entre o clasto e a superfície mineralizada. Essa união firme pode, no entanto, ser modificada por acção de alguma substância que seja utilizada como terapêutica no controlo da reabsorção, como por exemplo, o hidróxido de cálcio.

Nesse micro-ambiente o pH é baixo, porque os clastos libertam ácidos que actuam diretamente na desmineralização óssea ou de cemento. Nesse local também são libertadas enzimas, como a fosfatase ácida e as colagenases, que actuam na destruição da matéria orgânica. A actividade dos clastos leva então à formação de escavações na dentina ou no osso, a que são chamadas lacunas de Howship.

Essas escavações, quando ocorrem na parte interna da cavidade pulpar, levam à exposição dos túbulos dentinários que, em caso de necrose, vão permitir a passagem de produtos microbianos, como os lipopolissacaridos (LPS), da polpa para a superfície externa, ou ainda de medicamentos que se coloquem como medicação no interior dos canais. A atividade clástica cessa quando existem alterações locais, como seja o aumento do ph através da alcalinização do meio, proporcionado pela utilização do Hidróxido de Cálcio (HC).

Trope M. e col., (1995) efetuaram um estudo em cães “beagle”, com dentes reimplantados e utilização de HC, concluindo que, quanto mais tempo o HC permanece no interior do canal, mais efectivo era no tratamento da reabsorção radicular inflamatória. Assim, foi realçado o interesse da utilização deste material como medicação intracanal.

Da revisão bibliográfica realizada podem-se formular algumas conclusões:

1 - A vasta nomenclatura das reabsorções dentárias, varia em função dos critérios adoptados para a sua classificação.

2 - As reabsorções dentárias, devem ser referidas utilizando uma uniformização de critérios, no sentido de facilitar a sua padronização e comunicação entre os clínicos.
3 - A reabsorção radicular, para se iniciar requer determinadas condições como: a) - destruição dos cementoblastos ou dos odontoblastos que são considerados os guardiões da estrutura calcificada do dente, uma vez que não possuem receptores de superfície para os mediadores da osteoclasia; b) - a presença de áreas extensas da superfície radicular sem recobrimento celular, pré-cemento e pré-dentina; c) - a existência de condições locais para os clastos poderem actuar, sendo o processo inflamatório uma fonte de mediadores químicos.

4 - Com a eliminação das causas, e do processo inflamatório, perdem-se as condições locais apropriadas para a osteoclasia. Consequentemente ocorrem processos de reparação das estruturas afectadas, com deposição de tecido duro cementoide, sem que no entanto se restabeleçam os limites anteriores.


Link do artigo na integra via SPMED:

terça-feira, 7 de julho de 2009

Liberação de flúor de cimentos ortodônticos antes e após recarga com solução fluoretada



Neste artigo de 2009, pulicada pela Revista Odonto Ciência da PUC-RS, pelos autores Rogério Lacerda dos Santos, Matheus Melo Pithon, Julia Barbosa Pereira Leonardo, Edna Lúcia Couto Oberosler, Delmo Santiago Vaitsman, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas; da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; Mostra um estudo comparativo sobre a liberação de flúor de cimentos de ionômero de vidro (CIV) utilizados para cimentação ortodôntica, antes e após recarga de flúor.

Há várias décadas, a Odontologia tem dado ênfase à prevenção tanto da cárie dental quanto de doenças periodontais. Em Ortodontia, as lesões de mancha branca e a gengivite marginal são os aspectos clínicos mais significativos, principalmente na ortodontia fixa, onde uma das grandes preocupações está relacionada à fixação dos dispositivos ortodônticos aos dentes. A técnica do condicionamento ácido do esmalte, com o objetivo de aumentar a resistência de união da resina à superfície do dente, foi desenvolvida por Buonocore, em 1955, e proporcionou grandes pro-gressos na odontologia restauradora e também na prática ortodôntica. Atualmente, a colagem dos bráquetes é reali-zada em todos os dentes, com exceção dos molares, que são bandados.

Bráquetes e bandas usados no tratamento ortodôntico são um desafio para higienização pelo paciente, agindo como estruturas retentoras de biofilme e podendo potencializar a desmineralização do esmalte adjacente. Com o objetivo de diminuir a ocorrência dessa desmineralização, a fixação desses dispositivos pode ser feita com um material que tenha capacidade de liberar flúor e proporcione adequada adesão ao esmalte e ao aço inoxidável, como os cimentos de ionômero de vidro (CIV). Entretanto, os CIV são mais susceptíveis à desidratação e hidratação por água ou saliva durante a sua fase inicial de presa, o que afeta as propriedades físicas de adesão e aumenta a possibilidade dedesintegração do material. Para evitar isto, recomenda-se a proteção imediata da superfície do CIV com materiais impermeabilizantes como os vernizes. O CIV requer 24 h para que ocorra toda presa do material e atinja a força de resistência máxima.

A liberação de flúor depende de vários fatores e diminui com o tempo, sendo de interesse clínico um efeito continuado para prevenção de desmineralização do esmalte adjacente a bráquetes e bandas colados com CIV. Estudos anteriores têm demonstrado diferença de liberação de flúor de materiais ionoméricos restauradores expostos à recarga de flúor por pouco tempo e em intervalos de alguns dias ou após um dia de exposição. Entretanto, esta liberação pode ser diferente em função dos materiais testados. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi comparar a liberação de flúor de cimentos de ionômero de vidro utilizados para cimentação ortodôntica, antes e após recarga de flúor.

Este estudo mostrou que o padrão de liberação de flúor foi similar para os diferentes CIV avaliados, sendo que todos os materiais apresentaram uma maior liberação de flúor no primeiro dia e um decréscimo rápido até o sétimo dia. A exposição à solução fluoretada proporcionou maior liberação de flúor pelos materiais, mas sem atingir os mesmos níveis do primeiro dia. De modo geral, os cimentos Meron e Vidrion C apresentaram maior liberação de flúor comparado ao cimento Ketac-Cem, tanto antes quanto após a recarga de flúor.

A liberação de flúor foi avaliada durante quatro semanas porque pacientes com aparelhos fixos normalmente vão ao ortodontista uma vez ao mês. O uso de bráquetes e bandas ortodônticas agem como estruturas retentoras de placa, podendo causar desmineralização do esmalte adjacente durante o tratamento ortodôntico. Os CIV ou outros materiais que contenham flúor possuem efeito de inibição cariogênica comparados com compósito sem flúor. Já a solução de flúor utilizada neste estudo para conferir recarga de flúor ao CIV tinha concentração de 1000 ppm NaF, similar à concentração de flúor nos cremes dentais utilizados para escovação bucal. O protocolo de troca de água diária para avaliar a liberação de flúor utilizado no presente estudo evita o acúmulo de flúor na solução. Foi utilizada água deionizada ao invés de água destilada, uma vez que a água deionizada não possui íons, cuja presença poderia mascarar os resultados.

Os resultados deste estudo não podem ser diretamente extrapolados para a clínica devido às limitações de um experimento laboratorial que não reproduz todas as condições clínicas. Por exemplo, Hallgren et al. observaram que bráquetes e bandas cimentadas com CIV aumentaram significativamente a concentração de flúor na saliva, mas ressaltaram a importância de controle regular, pois o flúor liberado pode não inibir completamente lesões de cárie em desenvolvimento em bandas ortodônticas que podem estar soltas ou em áreas sem contato com CIV.

De acordo com a metodologia deste estudo, pode-se concluir que:
• Os cimentos Meron e Vidrion C apresentaram maior liberação de flúor que o cimento Ketac-Cem.
• O uso de solução com flúor permite elevar a quantidade de captação e liberação de flúor pelos CIVs.


Link do artigo na Integra via revistas eletrônicas da PUC-RS:

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Dica para desestressar ...


Pela primeira vez aqui no Blog, venho dar uma dica de turismo, apesar de não entender muito, vou arriscar. Pois sofremos com Stress diário da rotina de consultório ( - Doutor, quando vamos iniciar e montar o aparelho; - doutor quando vai montar o AP. inferior; - doutor quando é que vai tirar o aparelho?; RS ... perguntas que ouvimos todo santo dia). Moro em Salvador na Bahia, mas mesmo quem mora aqui por incrível que pareça, estressa também! Decidi semana passada desmarcar pacientes na sexta-feira e pegar estrada, em função do cansaço procurei evitar lugares badalados como a Praia do Forte, Costa do Sauípe, Itaparica. Lugares com mega Resorts e todo o conforto que eles oferecem, mas queria PAZ!







Pesquisando achei um pequeno município chamado Conde, localizado a +- 170 Km de Salvador, 2 horas de carro pela linha verde (Estrada costeira do litoral norte da Bahia). A 06 Km da cidade chegamos no Sitio do Conde, distrito localizado a beira mar. Em plena sexta feiraas 14:30, ruas desertas e aquela calma que infelizmente não vemos mais nas capitais. Casas com portas abertas, vizinhos conversando sentados na calçada, crianças brincando nas ruas, uma Paz .........








Via Net visitei o site de uma pousada e gostei muito, a Apoena EcoPousada ( www.apoena.ch ), idealizada e administrada pelos simpáticos irmãos Fred e Simone, Europeus de nascimento e Brasileiros de coração. A pousada além de estar em frente ao Oceano Atlântico, possui 04 charmosos e confortáveis bangalôs, com direito a redes na varanda. A pousada possui mais 05 apartamentos e uma coisa interessante, uma casa de veraneio que pode ser alugada por temporadas. Tudo de muito bom gosto. A Apoena Ecopousada, possui toda uma filosofia voltada para reciclagem do lixo, cuidado com a vegetação nativa e até com o tratamento dado a água da piscina.









Na sexta feira curtimos a praia da pousada e mais tarde a piscina, não chegamos a conhecer o projeto Tamar, que existe no município, mas soubemos que dependendo do dia, os biólogos soltam os filhotes de tartarugas marinhas do ninho para o oceâno. Praias com quilômetros e quilômetros desertos, um sonho.










No sábado fomos conhecer uma vila de pescadores paradisíaca, chamada de Siribinha, 13 Km do Sitio do Conde. Estrada “de chão”, beira mar, margeada por um intocável mangue e toda sua biodiversidade, e com muitos coqueiros. Chegando a vila, se faz um passeio de lancha que passa por todo o mangue e termina no encontro do Rio Itapicurú com o mar, imagem de cinema. Lá existem barraquinhas rústicas com cadeiras dentro do rio e sem luz elétrica, cervejas e refrigerantes super gelados em caixas de isopor com gelo e tira gostos a base de mariscos e peixes frescos, pescado no mesmo local.





Com retorno já marcado com o piloto da lancha Sr. José Luiz, voltamos para a vila e almoçamos uma deliciosa moqueca de robalo no aconchegante restaurante do nosso guia Sr. José a beira do cais. Terminado tudo, a volta para a pousada, mais descanso, praia e piscina. Meu filho de 03 anos se esbaldou. Por-do- sol magnífico nas dunas da pousada.



No domingo, a triste realidade o retorno para cidade após o café manhã, mas com todas as energias recompostas, cabeça em ordem e preparado para mais meses de muito trabalho. Eu, minha esposa e filho saímos com muitas lembranças de Siribinha, Sitio do Conde, Pousada Apoena, e todas as simpáticas pessoas que conheçemos nesta bela viajem.


Se vocês amigos leitores, estiverem um dia a procura de um paraíso deserto, sem aglomeração de pessoas, num local ainda virgem, com pessoas hospitaleiras, acomodações confortáveis, boa comida, praias maravilhosas, conheçam o Sitio do Conde, que ainda possui mais locais para se conheçer, mas infelizmente fiquei por pouco tempo, espero voltar em breve e passar mais tempo.

Links Interessantes:

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