ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: setembro 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mini-implantes ortodônticos como auxiliares da fase de retração anterior

Dr. Carlo Marassi e Marlos Loiola









Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Carlo Marassi, Cesar Marassi; do Grupo Straight-wire do Rio de Janeiro e do curso de Especialização em Ortodontia – CPOSLM/Rio de Janeiro. Descreve os principais aspectos do uso dos miniimplantes como auxiliares da fase de retração anterior, trazendo considerações sobre suas indicações, quantidade de movimentação dos dentes anteriores, os vetores de força de retração, o controle vertical, o posicionamento dos mini-implantes, os tipos de apoio na região anterior e a força a ser utilizada.

A fase de retração anterior representa uma importante etapa do tratamento ortodôntico, na qual o ortodontista precisa manter ou alcançar relevantes objetivos como a chave de caninos, chave de molares, correção da sobremordida e coincidência entre as linhas médias. Para que estes objetivos sejam atingidos, faz-se necessária uma ótima administração da unidade de ancoragem.

Durante anos, os ortodontistas utilizaram mecânicas com preparo de ancoragem, aparelhos extrabucais e elásticos intermaxilares como suas principais ferramentas para estabilização do segmento posterior durante a fase de retração anterior. Atualmente, podemos contar com os recursos de ancoragem esquelética e, em especial, com os mini-implantes, que têm se mostrado eficazes como método de controle de ancoragem, reduzindo significativamente ou dispensando a necessidade de colaboração dos pacientes, tornando os tratamentos mais previsíveis e eficientes.

O uso de mini-implantes como auxiliares da fase de retração anterior irá beneficiar, principalmente, os indivíduos que apresentem: 1) dificuldades em colaborar com o uso de aparelhos extrabucais, elásticos intermaxilares ou com outros métodos de ancoragem; 2) necessidade de ancoragem máxima no arco superior, inferior ou ambos; 3) unidade de ancoragem comprometida, por número reduzido de elementos dentários, por reabsorção radicular ou por seqüelas de doença periodontal; 4) plano oclusal inclinado na região anterior.

Existem filosofias de tratamento que preconizam a retração prévia de caninos como forma de reduzir a perda de ancoragem durante a retração anterior. Uma vez que a utilização de mini-implantes representa uma alternativa eficaz de ancoragem, a retração prévia de caninos para este fim passa a ser desnecessária. Caso o ortodontista prefira fazer a retração anterior em duas etapas, poderá utilizar os mini-implantes para retrair os caninos e, depois, os incisivos. No entanto, a retração em massa traz uma importante vantagem na redução do tempo de tratamento, além de se apresentar como uma forma mais estética de retração, pois evita a abertura de diastemas entre os caninos e os incisivos laterais.

Para a retração em massa, preconiza-se força de 150 a 300cN de cada lado (1 Newton = 100cN = 102g, portanto 150 a 300cN equivalem ao que os ortodontistas se referem, usualmente, como 150 a 300g, mas a medida de grandeza correta para força é o Newton). Este nível de força é suficiente para o fechamento de 0,5 a 1,0mm de espaço por mês, com possibilidade de controle adequado dos efeitos colaterais. Forças mais intensas tendem a produzir vários efeitos colaterais indesejáveis e podem levar até à perda dos mini-implantes. É muito importante o uso do dinamômetro, pois há tendência dos ortodontistas usarem mais força do que pensam que estão aplicando. Em média, os mini-implantes suportam forças em torno de 200 a 400cN. Esse limite varia de acordo com o padrão facial (maior limite em braquifaciais), com o tipo de osso onde o mini-implante foi instalado (maior resistência em cortical mais espessa) e com o diâmetro do mini-implante.

Na mecânica de deslize, a ativação da retração pode ser feita por meio de molas de nitinol super-elásticas, molas de nitinol convencionais, módulos elásticos para retração ou por módulos elásticos em cadeia. As molas de nitinol super-elásticas são as mais recomendadas, por apresentarem menor variação de força. Existem molas especiais para encaixe em mini-implantes e algumas empresas adaptaram a parte externa dos mini-implantes para receber as molas já existentes no mercado, dispensando o uso de molas especiais ou a fixação destas com fio de amarril. Apesar de supostamente superelásticas, a força desprendida pelas molas deve ser medida, pois a intensidade varia de acordo com a distância entre o mini-implante e o gancho. Usualmente, utilizam-se molas de 150g ou 200g, que geram forças maiores do que isto quando instaladas. Caso decida-se pelo uso de módulos elásticos, forças iniciais excessivas devem ser evitadas.

Devido ao seu diâmetro reduzido, os miniimplantes podem ser instalados em diversos locais para auxiliar na retração anterior. Sugere-se que o ortodontista selecione dois ou três possíveis sítios de instalação, levando em conta a direção dos vetores de força em relação ao centro de resistência dos dentes anteriores. O planejamento biomecânico prévio à instalação é muito importante e não deve ser subestimado pelo ortodontista. Recomenda-se a elaboração de um esquema, descrevendo a linha de ação de força e as mecânicas que serão utilizadas para as diferentes possibilidades de locais de inserção. A partir desta análise, o ortodontista irá apontar qual o local mais favorável e qual será a segunda e, eventualmente, terceira opção de sítio de instalação.

Caso haja pequeno deslocamento do mini-implante, sem presença de mobilidade e sem contato com estruturas importantes, o mesmo poderá continuar sendo utilizado para retração. Em casos de pequena mobilidade, recomenda-se um novo aperto (1/2 a 1 volta) e a manutenção de força moderada sobre o mesmo. Caso este ajuste não seja feito, há tendência de que a mobilidade encontre-se aumentada na próxima consulta. Diante de casos de deslocamento ou mobilidade excessiva, o mini-implante deverá ser removido e outro deverá ser instalado em sítio alternativo.

Para a mecânica de fechamento de espaços por deslize é importante conferir, no início da retração, se não há atrito significativo entre o fio e os acessórios no segmento posterior. Caso isso ocorra, além da retração anterior poderá haver distalização e intrusão do segmento posterior ou,
eventualmente, perda do mini-implante, devido à força excessiva nesse processo de movimentação de todos os dentes. Se houver atrito significativo, sugere-se desgastar o fio no segmento posterior, para favorecer a mecânica de deslize.

Após o término da retração anterior, os próprios mini-implantes poderão ser utilizados para estabilizar o fechamento de espaço, ligando este dispositivo ao gancho do fio, por meio de um fio de amarril. Caso o fio utilizado durante a fase de fechamento de espaços tenha sido desgastado para facilitar a mecânica de deslize, recomenda-se a instalação de um novo fio, sem desgastes, para promover o posicionamento adequado das raízes. A manutenção deste novo arco por três meses após o término da retração anterior irá minimizar as chances de reabertura de espaços nos locais das extrações, após o término do tratamento.

CONCLUSÃO DOS AUTORES

Os mini-implantes podem contribuir de modo significativo com a fase de retração anterior, no entanto, os ortodontistas precisam se familiarizar com as várias particularidades de seu uso nesta etapa do tratamento. Quando bem empregados, os mini-implantes podem tornar os tratamentos mais previsíveis e mais eficientes do que com os métodos tradicionais de ancoragem.


Link do artigo na integra via Scielo:

Link da Clinica do Dr. Carlo Marassi:

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Expansão Rápida da Maxila e Constrição Alternadas e técnica de Protração Maxilar Ortopédica Efetiva: extrapolação de conhecimentos prévios

Drª. Maria Fernanda e Marlos Loiola







Neste artigo de 2008, publicado pela revista Dental Press, pelos autores Prof. Dr. Alberto Consolaro, da Patologia da FOB-USP e da Pós-Graduação na FOB e FORP-USP; Profª. Drª. Maria Fernanda M-O. Consolaro, do departamento da Ortodontia a nivel de graduação e Pós-grauação da Universidade Sagrado Coração – Bauru - São Paulo. Passa toda uma fundamentação biológica embasada em estudos cientificos, tornando assim a aplicação clínica do Protocolo da Expansão Rápida da Maxila e Constrição Alternadas previamente a técnica de Protração Maxilar, uma realidade como forma de tratamento ortopédico/ortodôntico das alterações de crescimento do terço médio da face.

Quando dois ou mais ossos se relacionam para promover movimentos em algumas partes do corpo, essas regiões estrutural e fisiologicamente são identificadas genericamente como articulações ou junturas. O termo juntura advém do latim junkturah e significa união entre duas coisas.

Se na relação entre dois ossos houver uma estreita faixa de tecido conjuntivo fibroso denso, sem articular movimentos para a região, este tipo de juntura recebe o nome de sutura. O termo sutura no latim suo significa costura.

Uma articulação sem qualquer movimento recebe a denominação de sinartrose, se o tecido interposto entre os ossos for tecido conjuntivo fibroso denso. No grego sy e arthron significa com e união. Mas, se houver interposição de cartilagem entre os ossos esta articulação passa a ser classificada como sincondrose. No grego syn e chóndros significa com e cartilagem.

A sutura palatina mediana une as maxilas e ossos palatinos, no plano sagital mediano e desempenha importante papel no crescimento craniomandibular. Por isto sua manipulação pode corrigir ortopedicamente deficiências no desenvolvimento da maxila e, em conseqüência do terço médio da face, em procedimento conhecido como Expansão Rápida da Maxila (ERM). Quando houver a limitação absoluta de movimentação e ou abertura da sutura palatina mediana por formação de pontes ósseas entre as duas maxilas e entre os ossos palatinos pode-se providenciar a Expansão Rápida da Maxila via cirúrgica ou cirurgicamente assistida. Em ambas o uso de aparelhos expansores é necessário.

Para compreender os eventos biológicos envolvidos nos procedimentos terapêuticos ortodônticos, ortopédicos e cirúrgicos no terço médio da face, o conhecimento da organização estrutural da sutura palatina mediana, em toda sua extensão e em diferentes períodos cronológicos, se faz necessário. Além da sutura intermaxilar, outras suturas circunjacentes do esqueleto fixo da face são envolvidas nos procedimentos de Expansão Rápida da Maxila (ERM) como: sutura pterigopalatina, nasomaxilar, frontomaxilar, zigomaticomaxilar, frontonasal, zigomaticotemporal, zigomaticofrontal, podendo afetar inclusive as suturasfronto-orbitárias, muitas vezes gerando tensão nas estruturas da base do crânio.

Em 2003, Liou e Chen propuseram, de forma pioneira, um protocolo semanal repetitivo de Expansão Rápida da Maxila e Constrição Alternadas ou “ERMC-Alt” ou Alternate Rapid Maxillary Expansions and Constrictions (Alt-RAMEC), para pacientes com fissura bilateral completa para corrigir deslocamentos assimétricos do segmento anterior da maxila e a posterior protração. Isto promove melhores condições para a realização de enxertos ósseos na área da fissura e corrigindo a retrusão maxilar, característica da face destes pacientes.

Em seguida, após o sucesso clínico da Expansão Rápida da Maxila e Constrição Alternadas (ERMC-Alt) em pacientes fissurados e do protocolo preexistente de Expansão Rápida da Maxila e Protração Maxilar para pacientes Classe III em crescimento, Liou extrapolou a utilização do mesmo mecanismo de expansão e contrição também para estes pacientes, propondo a técnica de Protração Maxilar Ortopédica Efetiva.

A partir do conhecimento adquirido na orientação do trabalho de Ennes em 2002, as suturas palatinas medianas de primatas e humanos são preenchidas por tecido conjuntivo fibroso denso com suas fibras e células organizadas em fascículos ou feixes que se fundem na superfície óssea como fibras de Sharpey do ligamento periodontal. Entre os feixes de fibroblastos e fibras colágenas observam-se numerosos vasos e, circundando-os, têm-se um tecido conjuntivo frouxo, pobre em fibras e células para que os líquidos e células entrem e saiam dos vasos com maior facilidade; o fluxo é facilitado quanto mais a matriz extracelular for gelatinosa e menos colagênica.

Na superfície óssea da sutura palatina, e provavelmente nas demais suturas da maxila com outros ossos da face, estão justapostos os osteoblastos e pré-osteoblastos em uma camada celular mais ou menos organizada sobre a camada de osteóide, ou osso ainda não mineralizado, ora de aspecto lamelar, ora como osso fasciculado, tal como ocorre também no ligamento periodontal. A comparação da morfologia microscópica entre a sutura palatina mediana e o ligamento periodontal é quase inevitável, muito embora na superfície óssea alveolar o osso fasciculado revista continuadamente e na sutura palatina mediana isto ocorra apenas em algumas partes de suas superfícies ósseas. Outra diferença está na presença de cordões e ilhotas de células epiteliais próprias do ligamento periodontal e conhecidas como restos epiteliais de Malassez, ausentes no tecido conjuntivo da sutura palatina mediana.

Quando ocorre a Expansão Rápida da Maxila o tecido conjuntivo fibroso denso sutural se desorganiza, o padrão fascicular do conjuntivo se perde, áreas hemorrágicas se misturam ao acúmulo de fibrina e um exsudato inflamatório seroso e o infiltrado neutrofílico se estabelece por 1 a 2 dias. Depois deste período médio o exsudato em sua maior parte é absorvido pelas vênulas e vasos linfáticos enquanto que os neutrófilos são substituídos pelos macrófagos organizadores do reparo pela sua grande capacidade de liberar mediadores, tal como as plaquetas presentes nas áreas hemorrágicas. Após 7 dias provavelmente deve existir uma certa reorganização do tecido conjuntivo sutural, mas ainda não o suficiente para dizermos que voltou à normalidade.

Depois de 7 dias da Expansão Rápida Maxilar, uma nova sessão de reabertura da sutura implica em reinício do processo inflamatório agudo que se caracteriza por exuberante exsudato seroso e rico infiltrado neutrofílico. Os neutrófilos neste processo pouco participam, visto que não encontram bactérias com as quais interagiriam para destruílas, pois esta representa sua especialidade. Após 1 a 2 dias sem exercer sua função, os neutrófilos desaparecem do local e cedem lugar aos macrófagos. Os macrófagos são precursores dos clastos e podem dar origem a estes em alguns locais da sutura para promoverem reorganização da superfície óssea exposta a um processo inflamatório e reparador, remodelando-a, como aconteceria em qualquer outra superfície óssea nestas mesmas condições. Em 2007, esquematicamente, os autores propuseram a seqüência destes fenômenos em esquemas ilustrativos na Revista Clínica de Ortodontia Dental Press.

Depois de repetido este processo por 6 vezes, como preconiza-se nos Protocolos propostos inicialmente por Liou, o grau de organização celular e fibrosa do tecido conjuntivo fibroso denso sutural e da superfície óssea envolvida é muito pequeno e pouco resistente. As fibras de Sharpey não tem como se estabelecerem firmemente na superfície óssea em constante remodelação, os feixes fibrosos e os fibroblastos perdem seu alinhamento clássico e a matriz extracelular em sua maior parte está em recomposição fibrosa e substituída por exsudato inflamatório seroso constante e periodicamente formado e reformado na área sutura. Nos tecidos conjuntivos fibrosos densos o exsudato e o infiltrado inflamatório se formam e ocupam espaço a partir da dissolução da matriz extracelular, inclusive digerindo enzimaticamente as fibras colágenas.

Consideração Final:

Os autores esperam, que com estas explicações baseadas em extrapolações de conhecimentos prévios, ter contribuído singelamente com a compreensão biológica da aplicação clínica do Protocolo da Expansão Rápida da Maxila e Constrição Alternadas (ERMC-Alt) e da técnica de Protração Maxilar Ortopédica Efetiva que abrem novas perspectivas nas correções ortopédicas e ortodônticas das alterações de crescimento do terço médio da face.


Links do artigo na integra via Scielo:



Link da Clinica da Drª. Maria Fernanda:

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Braquetes autoligados: eficiência x evidências científicas

Drª. Renata Castro e Marlos Loiola



Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pela autora Dr. Renata Castro, Mestre e doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo (FOB-USP). Professora do programa de pós-graduação em Odontologia, área de concentração Ortodontia, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp-SP). Faz um belo levantamento histórico e discute de forma clara e objetiva as vantagens e limitações destes importantes acessórios na clinica diaria dos Ortodontistas.
Os braquetes autoligados têm sido apresentados como um diferencial para o ortodontista clínico que procura se desdobrar na tentativa de oferecer um tratamento de excelência no menor tempo possível e com número mínimo de consultas. No entanto, a quantidade de informações propiciadas por verdades estabelecidas e não comprovadas a longo prazo cresce a uma velocidade vertiginosa.

Contrariamente ao que muitos pensam, os braquetes autoligados não representam um desenvolvimento recente e revolucionário, pois, desde 1935, Russel descreveu na literatura que o uso de amarrilhos para fixação do arco era dispensável na Ortodontia. Nesse sistema, o arco era fixado e pressionado dentro da canaleta dos braquetes Edgewise por um parafuso. Sendo assim, há mais de 70 anos, esse conceito já fazia parte do arsenal ortodôntico, mas, em função do alto custo e fragilidade das peças devido às limitações de fabricação, não se popularizou como provavelmente mereceria. Somente em 1972, surgiu outro dispositivo, idealizado por Wildman e chamado Edgelok (Ormco Corp., EUA), que apresentava uma tampa por vestibular para fechar a canaleta do braquete.

Na década de 80, novos sistemas surgiram. O Mobil-lock (Forestadent, Alemanha) precisava de um instrumento rotatório para abrir e fechar a canaleta, porém, assim como o Edgelok, esse sistema apresentava controle de rotação muito pobre. O Speed (Strite Industries Ltd., Canadá) – com um design mais estético, significativamente menor e, consequentemente, com distância interbraquetes maior – apresentava uma redução no acúmulo de alimentos e uma propaganda forte de que esse braquete causaria menor atrito durante a movimentação ortodôntica. Esse sistema se diferenciava dos anteriores por apresentar uma tampa que deslizava no sentido vertical para fechamento da canaleta. A característica ímpar dessa tampa é ter sido confeccionada, originalmente, com aço inoxidável e, hoje em dia, ela apresenta uma liga de níquel-titânio fina e resiliente, que a torna extremamente flexíve. Alguns estudos, salientam a facilidade de fechamento das tampas dos braquetes, ocasionando redução do tempo de até quatro vezes em relação aos sistemas convencionais com elásticos.

Na década de 90, surgiu o braquete Time (Adenta GmbH, Alemanha) que se assemelhava ao Speed na aparência e na maneira ativa de atuação. Em seguida, a American Orthodontics (EUA) lançou o braquete com tampa ativa chamado Sigma, concomitantemente com o lançamento dos sistemas passivos Damon SL I (Ormco Corp., EUA) e, mais tarde, em 1999, o Damon SL II. Ambos apresentam uma tampa lisa e retangular que desliza entre as aletas. A justificativa desses novos sistemas era que o seu desenho permitiria um rápido nivelamento, devido ao fato dos dentes deslizarem por um caminho de pouca, ou nenhuma, fricção entre o braquete e a canaleta. No sistema Damon SL I havia muitas quebras da trava deslizante, já no sistema Damon SL II houve uma melhora nessa imperfeição, diminuindo o número de quebras. A “A” Company lançou, em 1998, mais um braquete passivo, chamado Twin-lock8, semelhante ao Edgewise geminado, porém com tampa que se move no sentido oclusal com o auxílio de um instrumento universal.

Em 2006, surgiu o In-Ovation C (GAC International, EUA)1, também autoligado ativo. Nesse mesmo período, o sistema Damon lançou o Damon MX, o qual dividia o tratamento em quatro fases: fase 1 – arco redondo de alta tecnologia (0,013”; 0,014” ou 0,016” Copper NiTi); fase 2 – arco retangular de alta tecnologia (0,014” x 0,025”; 0,016” x 0,025”; 0,018” x 0,025”; 0,019” x 0,025” Copper NiTi); fase 3 – maior mecânica (0,019” x 0,025” retangular aço); e fase 4 – finalização e detalhamento (continuação do arco de aço ou 0,019” x 0,025” TMA). Em seguida, a Forestadent (Alemanha) apresentou o aparelho autoligado ativo chamado Quick12; a Ortho Organizers (EUA) lançou o sistema passivo Carriere LX, com uma base microrretentiva e menos volumoso; e por último a 3M Unitek (EUA), com a inovação do sistema autoligado, apresentando o SmartClipTM Self-ligating. Esse sistema se diferencia de todos os outros por conter dois clipes na lateral para prender o fio dentro da canaleta. Vale lembrar que o sistema SmartClip segue os conceitos da biomecânica de deslizamento do aparelho ortodôntico MBT Versátil, com aplicação de forças leves e uso do fio retangular de último calibre 0,019” x 0,025” na canaleta 0,022” x 0,028”, além de preconizar uma sequência de fios semelhante à do tratamento convencional, com pequena mudança na fase do alinhamento e nivelamento para fios de nitinol superlásticos, em relação aos de nitinol. O SmartClip apresenta-se com o formato romboide e com ângulo inserido na forma do braquete, o que favorece o posicionamento dos braquetes, pois o profissional pode usar as bordas incisais, as bordas laterais e o eixo vestibular como referência de posicionamento na face vestibular dos dentes.

Em 2007, Miles comparou a taxa de retração em massa com a mecânica de deslizamento entre os braquetes SmartClip e braquetes Twin convencionais e concluiu que não houve diferença na taxa de retração entre esses braquetes. Nesse mesmo ano, um estudo prospectivo com 59 pacientes comparou o tempo de tratamento para correção do apinhamento inferior com braquetes convencionais e com Damon II, bem como as distâncias intercaninos e intermolares. O período avaliado foi do início (T1) ao final do nivelamento (T2). A conclusão principal foi que não houve diferença no tempo de tratamento para correção do apinhamento inferior entre os braquetes Damon II e os convencionais. Além disso, a vestibularização dos incisivos inferiores foi a mesma em ambos os grupos e no Damon II a distância intermolares foi maior.

Em 2008, Araújo avaliou as inclinações das coroas dentárias dos dentes anteriores superiores e inferiores decorrentes do tratamento sem extrações, com braquetes autoligados (Damon II™), e
comparou aos valores da prescrição citada pelo fabricante, por meio da tomografia computadorizada. A amostra foi composta por 10 pacientes (6 homens e 4 mulheres) que se encontravam na fase da dentadura permanente e com má oclusão inicial de Classe I bilateral. Também como critérios de seleção, todos os pacientes deveriam apresentar ausências de problemas transversais, anteroposteriores ou verticais severos que contraindicassem tratamentos ortodônticos convencionais. A autora concluiu que os dentes apresentaram valores de inclinação diferentes da prescrição, tanto no início (T1) quanto no final do tratamento ortodôntico (T2), após a inserção do último fio de nivelamento 0,019” x 0,025” de aço inoxidável, denotando a incapacidade dessse fio em reproduzir os torques indicados na prescrição padrão.

Por sua vez, uma revisão sistemática de 2009 analisou a quantidade de resistência friccional expressa entre braquetes convencionais e autoligados in vitro. Para tanto, foi feita uma busca, ilimitada, em bases de dados (Medline, PubMed, Embase, Cochrane Library e Web of Science) e os artigos sobre fricção entre braquetes convencionais e autoligados foram selecionados e revisados. Além disso, foram checadas as referências bibliográficas de todos os artigos, para identificar alguma pesquisa que não houvesse sido capturada na busca eletrônica. Feita a busca, foram eliminados os resumos de artigos descritivos, editoriais, cartas, estudos in vivo ou aqueles que não estivessem avaliando braquetes autoligados ou que estivessem estudando outras propriedades dos braquetes que não a fricção. Ao final, 70 artigos foram selecionados pela busca eletrônica e 3 por meio do levantamento secundário e, após a aplicação dos critérios de seleção, apenas 19 artigos foram incluídos nessa revisão. Os autores concluíram que, comparados aos braquetes convencionais, os autoligados produzem menor fricção quando combinados a arcos redondos de pequeno diâmetro e na ausência angulação e/ou torque, em um arco com alinhamento ideal. Não foram encontradas evidências suficientes para comprovar a baixa fricção de braquetes autoligados em relação aos convencionais, quando do uso de arcos retangulares, na presença de angulação e/ou torque, em casos de má oclusão considerável. A maioria dos estudos avaliados concordam que a fricção de braquetes autoligados e convencionais aumenta com o calibre do arco.

Os braquetes autoligados ainda não demonstraram superioridade mecânica em relação aos sistemas convencionais, de forma a justificar seu maior custo. Além disso, a maioria das informações com relação aos sistemas autoligados deriva de material promocional das empresas, relatos de casos e congressos. Em geral, os casos apresentados não são tratados consecutivamente ou selecionados aleatoriamente, portanto não representam a resposta média de uma variedade de casos de pacientes que o clínico encontra no consultório ortodôntico.

Outro importante questionamento levantado nessa breve revisão foi a credibilidade em relação à prescrição do fabricante2. Considerando que, ao início do tratamento, escolhemos as prescrições de acordo com o fabricante ou ídolo ortodôntico; em contrapartida, a utilização de fios de aço retangulares ao final do tratamento pode não levar às inclinações desejadas. Se isso de fato não acontece, por que nos preocuparmos tanto com a escolha da prescrição? Acredita-se que o bom senso do profissional será de extrema importância nessa hora, pois todas as prescrições baseiam-se em uma média e nem sempre esse valor médio levará às inclinações desejadas para todos os casos. Mais estudos deverão esclarecer esse quesito, ou simplesmente aceitar que em alguns casos será necessário incorporar dobras de 1ª, 2ª e/ou 3ª ordens (como preconizado na mecânica Edgewise), no tratamento com a mecânica Straight-wire, para alcançar um bom posicionamento dos dentes na fase da finalização ortodôntica. Ressalta-se, ainda, a importância da avaliação do padrão facial do paciente no momento do diagnóstico, pois não há prescrição e nem sistema de braquetes autoligados que compense um padrão facial determinado geneticamente como desfavorável. Secundariamente, o profissional escolhe a técnica (Edgewise ou Straight-wire), prescrição do braquete, tipo (metálico ou estético) e o sistema (autoligado ou convencional), de acordo com a sua preferência pessoal e de cada paciente.

Dessa forma, abraçar o uso dos braquetes autoligados de maneira intempestiva não parece ser a melhor conduta, pois mais estudos com amostras clínicas selecionadas aleatoriamente precisam ser realizados. Esses estudos deveriam abordar a mecânica, bem como as vantagens e desvantagens, de cada sistema, comparando-os entre si e com os braquetes convencionais. Em especial, ainda necessita-se avaliar a estabilidade dos tratamentos com uso de braquetes autoligados, a longo prazo, pois não existe mudança de paradigmas sem evidências científicas.


Link do artigo na integra via Scielo:

domingo, 26 de setembro de 2010

Pensamento da Semana


"O potencial da humanidade é infinito e todo ser tem uma contribuição a fazer por um mundo mais grandioso. Estamos todos nele juntos. Somos UM. "


Helena Blavatski
1831 - 1891


Link sobre a autora:

sábado, 25 de setembro de 2010

Momentos com o Grupo












Mais algumas fotos do grupo que participou do curso. Durante esta semana procurei organizar-las para que todos que nos acompanham tenham tido uma noção do que se passou durante este periodo. Mando um abraço especial aos colegas Ortodontistas que buscaram mais conhecimento e que com certeza voltaram para seus consultorios com a sensação de dever cumprido !!! Aconselho aos leitores que acompanharam estas postagens da semana, que passem por esta mesma experiência profissional e pessoal !!!


Abraço a todos,

Marlos Loiola

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Visita ao Consultorio do Dr. McNamara, Entrega dos Certificados de conclusão do curso, Encontro com amigos

Clinica do Dr. James McNamara

Levando uma Grande Lembrança de Michigan

No Jantar da Solenidade (Dr. André Haerian, Dra. Simone Silva, Dra. Maria Fernanda, Dr. James McNamara, Dra. Renata Castro, Dr. Valter Varise)


Dr. Weber Ursi

Dr. McNamara na Solenidade


Dr. Carlo Marassi


Dras. Marcia Balzan, Marcia Boeira, Maria Cristina, Maria Daiana de Santa Catarina


Dr. Mauro Picchioni e Dr. Rafael Correa


No final da semana tivemos o prazer de conheçer a clinica particular do Dr. James McNamara. Foi organizada uma solenidade de entrega dos certificados de conclusão do curso em um jantar oferecido no Hotel Campus Inn em Ann Arbor, onde estiveram presentes toda equipe do departamento de Ortodontia da Universidade de Michigan. Durante os intervalos, encontro com os amigos e amigas que tive o privilégio de conheçer nesta importante Jornada !!!


Link da Clinica do Dr. James McNamara:

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Visita ao Laboratorio da Biologia Celular, Museu da Odontologia, Clinica do Programa de Ortodontia e encontro com Amigos do curso

Laboratorio da Biologia Celular Dr. Sunil Kapila

Dr. Nelson Takematsu, Dr. Marcio Figueiredo e Dr. Rafael Correa

Amigas no sala anexa do auditório

Museu da Odontologia

Historia dos Articuladores

Clinica da Ortodontia

Clinica da Ortodontia

Os dias transcorriam infelizmente de forma rápida, mas todos muito proveitosos, tanto no que se referia ao aprendizado, como as visitas ao Laboratorio da Biologia Celular coordenado pelo Dr. Kapila, no Museu da Odontlogia localizado na faculdade e a clinica da Ortodontia. Varios momentos de integração com os amigos de toda parte do Brasil!!! Dias memoráveis !!!!


Link do Museu da Odontologia na Universidade de Michigan:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Programação das aulas na Universidade de Michigan



Grandes amigos feitos no curso




Dando continuidade aos relatos sobre o curso que participei na Universidade de Michigan, hoje postei mais algumas fotografias e abaixo mostrarei como se dividiu as aulas, professores e assuntos abordados durante o periodo do curso.
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As aulas eram super dinâmicas e com participação dos alunos através de suas perguntas relativas a duvidas pertinentas aos assuntos abordados. Todo o programa foi exposto na integra pela equipe nos horários rigorosamente seguidos sem atrasos ou qualquer tipo de transtornos.
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Mini-Residency in Orthodontics - The University of Michigan - Ann Arbor MI
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13 de Setembro 2010 (Segunda)
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8:00 am Dr. Sunil Kapila, Chair, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, and departmental faculty. “Introduction and Overview.”
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8:45 am Dr. James McNamara, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry and Center for Human Growth and Development. “Orthodontic and Dentofacial Orthopedics: Lessons learned during the first forty years.”
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12:00 Lunch
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1:30 pm Dr. James A. McNamara, continued
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5:00 pm Class ends
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5:30 -7:30 pm Welcome Reception. Faculti Alumni Lounge, Research Tower 7th Floor, School of Dentistry
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14 de Setembro 2010 (Terça-feira)
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8:00 am Dr. Sunil D. Kapila, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “Optimized Biomechanics in Complex and Compromised Cases.”
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12:00 noon Lunch
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1:30 pm Dra. Erika Benavides and Dr. Sean Edwards, Department of Periodontics and Oral Medicine. “CBCT Applications in Orthodontics and Orthognathic Surgery.”
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5:00 pm Class Ends
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15 de Setembro 2010 (Quarta-Feira)
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8:00 am Dr. Sean Edwards, Department of Oral and Maxillofacial Surgery and Hospital Dentistry, and Dr. Scott Conley, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “Orthognathic Surgery- Planning for and Delivering Optimal Results.”
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12:00 Lunch
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1:30 pm Dr. James McNamara, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “Orthodontics and Dentofacial Orthopedics: Lessons Leanerd During the First Forty Years - Part 3.”
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5:00 pm Class Ends.
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16 de Setembro de 2010 (Quinta-Feira)
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8:00 am Dr. Christopher Roberts, Department of Orthodontics and Pediatric - Dentistry. “Practice Management Concepts to Improve Efficiency and Profitability.”
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12:00 Lunch
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1:30 pm Dra. Nan Hatch, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “The Biology of Tooth Movement as it Affects Clinical Practice.”
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3:30 pm Dr. Scott Conley, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “The Use of Mandibular Repositioning Appliances in Obstructive Sleep Apnea (OSA).”
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5:00 pm Adjournment
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5:30-9:00 pm Banquet dinner. Terrace Room, 3rd floor, Campus Inn
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17 de Setembro 2010 (Sexta-feira)
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8:00 am Dr. Sunil Kapila and Dr. Andre Haerian, Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry. “Optimal Applications of New Materials and Technologies in Orthodontics.”
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12:00 Lunch
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2:o0 pm Visits to Dr. McNamara´s Office (321 North Ingalls, Ann Arbor) and the University of Michigan Graduate Orthodontics Clinic
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5:00 pm Adjournment
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Curriculum dos Professores:
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Erika Benavides, DDS, PhD, obtained her dental degree from Universidad del Valle in Cali, Colombia. After this, she completed an externship program at the Medical University of South Carolina in the Craniofacial Genetics Department. She obtained her General Practice Residency (GPR) Certificate from the University of Missouri Kansas City (UMKC) and the Truman Medical Center. In 2002, she became an NIH/NIDCR trainee while pursuing an interdisciplinary doctoral degree with emphasis in Oral Biology and Biomedical Engineering. She graduated from the Oral and Maxillofacial Radiology residency program at UMKC in 2003 and became a Diplomate of the American Board of Oral and Maxillofacial Radiology in 2004. She received her PhD degree in 2006 and subsequently joined the Department of Periodontics and Oral Medicine at the University of Michigan School of Dentistry. Dr. Benavides is currently a Clinical Assistant Professor at the University of Michigan and serves as the Chair of the Research and Technology Committee of the American Academy of Oral and Maxillofacial Radiology. Her faculty practice is dedicated to cone-beam computed tomography (CBCT).
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Dr. Scott Conley, DMD, is a Clinical Associate Professor in the Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry at the University of Michigan. Dr. Conley received his dental degree from the University of Pennsylvania. He received his orthodontic degree from Vanderbilt University Medical Center, where he then served as full time faculty for seven years. Dr. Conley has received a number of clinical research awards including the 2005 and 2007 Edward H. Angle Research Awards and the 2007 American Journal of Orthodontics CDABO Case Report of the Year. He also received the 2001 Robert M. Ricketts AAOF Faculty Development Award. His research interests include orthognathic surgery, obstructive sleep apnea, distraction osteogenesis, and orthodontic biomechanics. Dr. Conley is a member of several professional societies including the AAO, the Edward H. Angle Society, and the American Cleft Palate-Craniofacial Association.
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Dr. Sean Edwards, DDS, MD, FRCD(C), is the Chief of Pediatric Maxillofacial Surgery at C.S. Mott Children's Hospital and Surgical Director of the University of Michigan School of Dentistry's Dentofacial Deformity program. He obtained his dental degree at Dalhousie University School of Dentistry in Halifax, Nova Scotia, Canada. He then moved to the United States where he completed medical school, and his general surgical and oral and maxillofacial surgical training. He then completed a fellowship in Craniofacial Surgery at the University of Pittsburgh and a fellowship in Oncology and Microvascular Surgery at the University of Michigan. He is currently an Assistant Professor and Director of the Oral and Maxillofacial Surgery Residency Program. His main clinical interests involve the management and reconstruction of pediatric congenital, traumatic and oncologic deformities. He is widely published and has lectured locally, nationally and internationally on these topics.
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Dr. André Haerian, DDS, PhD, is in private practice of Orthodontics and an Adjunct Clinical Assistant Professor in the Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry at the University of Michigan. Dr. Haerian obtained his dental education at McGill University in Montreal Canada. He completed his orthodontic education at the University of Detroit Mercy, following which he pursued a PhD degree in Oral Health ciences at the University of Michigan as the recipient of a biomaterials NIH dentist-scientist training grant. Dr. Haerian has served on multiple thesis committees for orthodontic residents. He co-teaches the graduate orthodontic biomaterials and biomechanics courses. Dr. Haerian is a Diplomate of the American Board of Orthodontics. He has published multiple peer-reviewed papers, and chapters on biomaterials, and biomechanics. Dr. Haerian serves as a reviewer for the AJODO.
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Dra. Nan Hatch, DDS, PhD, is an Assistant Professor in the Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry at the University of Michigan. Dr. Hatch obtained her dental degree from the Harvard School of Dental Medicine. She received her orthodontic training and a PhD in Molecular and Cell Biology at the University of Washington in Seattle. Dr. Hatch has received a number of research awards including the AADR and IADR 1st place Hatton Awards, and the John Haddad Junior Investigator and Harold M. Frost Young Investigator Awards from the American Society for Bone and Mineral Research. She also received the T.M. Graber and Robert E. Gaylord Teaching Fellowship Awards and the Orthodontic Post-Doctoral Fellowship Award from the AAO Foundation. Dr Hatch is a member of the AAO’s Council on Scientific Affairs and of the Great Lakes Association of Orthodontists (GLAO) board, and a reviewer for the AJODO. Dr. Hatch’s research interests include research in bone biology and the molecular etiology of craniofacial anomalies, as well as development ofbiologic mediators for orthodontic tooth movement and retention.
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Dr. Sunil Kapila, BDS, MS, PhD, is the Robert W. Browne Endowed Professor and Chair of the Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry at the University of Michigan. He also serves as the Director of Graduate Orthodontics. Dr. Kapila obtained his dental education at the University of Nairobi, Kenya. He completed his orthodontic education at the University of Oklahoma on a Fulbright-Hayes Scholarship, following which he pursued PhD in Oral Biology at the University of California San Francisco. Dr. Kapila has received several research awards including the AADR Hatton Award, the AAO Milo Hellman Award, the BF Dewel Honorary Research Award from the AAOF, and the Outstanding Alumnus Award from the University of Oklahoma. Dr. Kapila is a Diplomate of the American Board of Orthodontics. Dr. Kapila’s NIH-funded research focuses on the hormonal basis for TMJ degeneration and periodontal bone biology. He has published many peer-reviewed papers, and chapters on these topics and on orthodontic biomaterials and biomechanics, and imaging. He has recently co-authored and published a top-selling orthodontic textbook “Current Therapy in Orthodontics” and has edited publications from proceedings of several scientific and clinical meetings including the Moyers Symposium. Dr. Kapila serves on the editorial board or as a reviewer of several journals.
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Dr. James McNamara, DDS, PhD, received his dental and orthodontic education at the University of California, San Francisco, and a PhD in Anatomy from the University of Michigan. He serves as the Thomas M. and Doris Graber Endowed Professor in the Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, and Research Scientist at the Center for Human Growth and Development. Over the past several years, he has supervised a series of prospective and retrospective investigations of commonly used orthodontic and orthopedic techniques. He is the author of a textbook, Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, and Editor-in-Chief of the 46 volume Craniofacial Growth Monograph Series. Dr. McNamara has published numerous cientific articles, has written, edited or contributed to several books, and has presented courses and lectures in 35 countries. Dr. McNamara has received numerous awards including the Albert H. Ketcham Memorial Award, the Milo Hellman Research Award, the Jacob A. Salzmann Award and the James E. Brophy Distinguished Service Award from the AAO, the E. Sheldon Friel Memorial Lecturer from the European Orthodontic Society, the AAO Foundation’s BF Dewel Biomedical Research Award, the EH Angle 7th Biennial Outstanding Research Award, and delivered the John Valentine Mershon Memorial Lecture at the 2002 AAO annual session. Dr. McNamara is a Diplomate of the American Board of Orthodontics and a Fellow of the American College of Dentists. Dr. McNamara also has maintained a private orthodontic practice in Ann Arbor since 1971.
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Dr. Christopher Roberts, DDS, MS, received his dental education at the Ohio State University. He completed a General Practice Residency program and his orthodontic training at tDental Center in Rochester, New York. He holds a Masters Degree in Dental Research from the University of Rochester. Dr. Roberts has been active in organized orthodontics, having served as the President of the Great Lakes Association of Orthodontics. He has a private practice limited to ontics in Findlay, Ohio, and has been teaching in the Graduate Orthodontics Program at the University of Michigan since 1990.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Universidade de Michigan: Dr. McNamara e Dr. Marlos Loiola



Em breve teremos muitas novidades diretamente da fonte!

Os leitores deste Blog perceberam a ausência do nosso amigo, Dr. Marlos Loiola. Tento, interinamente, manter o nível deste projeto que sabemos ser de grande utilidade, pois reúne as melhores informações ortodônticas disponíveis na web, através do resumo de artigos de livre acesso disponíveis na Internet.

O Dr. Marlos Loiola fez parte de um grupo que foi ao encontro do Dr. McNamara e de toda equipe da Ortodontia na Universidade de Michigan - EUA, e certamente essa viagem nos trará muitas postagens interessantes.

Parabéns ao Dr. Marlos Loiola pelo investimento na ortodontia e nos seus sonhos.

Dr. Wendel Shibasaki,

domingo, 19 de setembro de 2010

Pensamento da Semana



" Duas pessoas, quando trocam pães, voltam para casa com apenas um pão cada um. Quando trocam idéias, voltam com duas idéias, cada um."

sábado, 18 de setembro de 2010

TSVM - Técnica Simples para Verticalização de Molares

TSVM - Técnica Simples para Verticalização de Molares

JOURNAL OF CLINICAL ORTHODONTICS, V. 31, N. 2, P. 119-125, 1997.
TRADUÇÃO: MARIA ALEXANDRA PALMA CONTAR GROSSO; SÍNTESE: DR. ADILSON LUIZ RAMOS, DRA. LUCIANE MAEDA; CONSULTORIA: DR. CARLOS MARTINS COELHO (COLABORADOR
CIENTÍFICO DA REVISTA DENTAL PRESS); DIAGRAMAÇÃO: MARCELO CRISTIANO N. BENATTO.
REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 39

Este artigo me chamou especial interesse por descrever um mecanismo muito simples para a verticalização de molares inferiores.
O dispositivo consta de tubos .018" x .025" soldados em bandas nos molares e nas aletas distais dos braquetes dos pré-molares, horizontalmente (A) ou verticalmente (B). O componente ativo da mola de verticalização é um fio superelástico .016” x .022” NiTi que produz força leve e contínua durante o tratamento. Este fio se estende da mesial do tubo do pré-molar até a distal do tubo do molar.

Uma vez inserido nos tubos, o fio é ativado puxando-o mesialmente para fora do tubo do molar.














Particularmente tive um pouco de dificuldades ao tentar utilizá-lo, pois o paciente sempre dava um jeito de soltar o fio. Não consegui uma dobra eficiente.
Link direto para PDF:

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Percepção dos auxiliares odontológicos na clínica ortodôntica quanto aos seus limites de atuação





Numa época em que o mercado odontológico exige que os serviços prestados possuam qualidade diferenciada, a utilização adequada de profissionais auxiliares constitui uma ferramenta importantíssima para se obter aumento de produtividade no consultório. Para tanto, a correta utilização dessa ferramenta exige que a equipe auxiliar seja tecnicamente capacitada e envolvida num ambiente onde as funções delegadas estejam fundamentadas nos preceitos éticos e nas bases legais que regem a profissão.


Objetivo: identificação do perfil técnico da equipe auxiliar, analisando-se a percepção destes profissionais quanto ao seu papel nas atividades pertinentes à clínica ortodôntica, com base na legislação vigente.


Metodologia: o presente levantamento foi desenvolvido com base num questionário aplicado a todos os profissionais que auxiliam diretamente os ortodontistas regularmente inscritos no CRO-GO, que atendem nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia (GO), no período de maio a julho de 2003.


Resultados e Conclusões: verificou-se que diversos procedimentos não estabelecidos nas normas que regem a delegação de funções em Odontologia estão sendo executados pela equipe auxiliar, demonstrando que o conteúdo dessa legislação está sendo ignorado ou descumprido.


Palavras-chave: Auxiliares de Odontologia. Ética. Odontologia Legal. Ortodontia.


Para ver e baixar o artigo completo:




Código de ética odontológica:








quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Complications following orthognathic surgery that required early surgical intervention: Fifteen years’ experience.




Artigo de 2001, publicado na International Journal of Adult Orthodontics & Orthognathic Surgery, pelos autores Ashraf F.Ayoub, Zahid Lalani, Kursheed F. Moos, Graham A.Wood tem como objetivo avaliar as complicações que requerem intervenção precoce após cirurgia ortognática, investigar as causas dessas complicações e as possibilidades de preveni-las.
Total de 821 pacientes foram submetidos à cirurgia ortognática entre Janeiro de 1985 e Janeiro de 2000, sendo que apenas os que necessitaram de um segundo procedimento cirúrgico imediato ou precoce (4 semanas) para resolução da complicação foram avaliados neste estudo. Os parâmetros avaliados foram: diagnóstico pré-operatório, procedimento cirúrgico, complicações pós-operatórias, intervalo entre os procedimentos cirúrgicos e o tipo do segundo procedimento realizado.
Do total, 12 pacientes (9 osteotomia cirúrgica convencional e 3 distração osteogênica) necessitaram ser submetidos a novo procedimento no período de 1 mês após o primeiro procedimento. 75% estavam relacionados à má-oclusão e 25% inclui distração osteogênica e má posicionamento do segmento proximal na osteotomia vertical.
Para evitar o deslocamento do segmento proximal na osteotomia vertical os autores preconizam suturar segmento condilar ao periósteo que recobre o segmento distal, imobilização temporária do segmento proximal ao ramo mandibular e desinserção mínima do músculo pterigoideo medial.
Em relação à correção de excesso vertical posterior de maxila há a tendência de deslocamento do côndilo mandibular durante a manipulação. A mandíbula deve ser manipulada com cuidado pressionando os ângulos mandibulares para evitar o deslocamento dos côndilos e deve-se utilizar guias cirúrgicos de acrílico finos.
As complicações dos casos de distração osteogênica estão relacionados à curva de aprendizado e a elaboração de protocolos de trabalho associado ao desenvolvimento de novos dispositivos de distração.

LINK: http://www.quintpub.com/userhome/aoos/aoos_16_2_ayoub6.pdf



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Avaliação da prevalência de patologias em terceiros molares inclusos


Artigo de 2008 publicado na Revista de Cirurgia e Traumatolologia Buco-Maxilo-Facial pelos autores Paulo Ricardo Saquete Martins Filho, Marta Rabello Piva, Thiago de Santana Santos, Luiz Carlos Ferreira da Silva, Lélia Batista de Souza tem como objetivo identificar a presença de alterações que possam justificar a remoção profilática dos terceiros molares

A terapêutica dos terceiros molares é baseada em critérios de diagnóstico pautados em alguns aspectos, como a presença de patologias (dentes sintomáticos), medidas preventivas e indicações ortodônticas (dentes assintomáticos). Porém há autores que relatam não haver comprovação da existência de uma correlação entre a prevalência de lesões odontogênicas e os terceiros molares inclusos, contra-indicando a remoção profilática desses dentes. Para esses, os terceiros molares inclusos deveriam ser removidos somente quando houvesse uma patologia associada bem definida.

A partir de 2005, a American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons justificou e aceitou a prevenção de patologias como indicação bem como sugeriu que os pacientes deveriam ser informados sobre o potencial de desenvolvimento de processos patológicos, a necessidade de futuras cirurgias e a incidência aumentada das complicações associadas ao tratamento desse dentes em idade avançada.

Os autores realizaram avaliação histológica do folículo pericoronário de terceiros molares inclusos, sem evidência de patologia associada, com o objetivo de identificar a presença de alterações que possam justificar a remoção profilática desses dentes.


Total de 31 terceiros molares extraídos sendo 24 assintomáticos e 07 sintomáticos. Como resultado 77% (23) foram diagnosticados como folículo pericoronário e 26% (08) com alterações patológicas. Baseado nos resultados os autores concluem que é recomendável à remoção de terceiros molares inclusos, em pacientes jovens, com o objetivo de prevenir o desenvolvimento de cistos e tumores associados a esses dentes.

LINK: http://www.revistacirurgiabmf.com/2008/v8n3/6.pdf

domingo, 12 de setembro de 2010

Pensamento da semana


"Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão."

Confúcio

sábado, 11 de setembro de 2010

Integração dos modelos dentários digitais com as fotografias faciais 3D





American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics
December 2008

Neste artigo os autores, Frits A. Rangel, Thomas J. J. Maal, Stefaan J. Bergé, Olivier J. C. van Vlijmen, Joanneke M. Plooij, Filip Schutyser, and Anne Marie Kuijpers-Jagtmand, fazem uma tentativa de integração dos modelos dentários digitais com fotografias 3D. Isto certamente seria uma brilhante contribuição para o diagnóstico ortodôntico, uma vez que se tenha praticabilidade e precisão.

Aqui os autores usaram 3 imagens sobrepostas: Modelos ortodonticos 3d, Foto 3d do paciente com os dentes visíveis e foto 3d do paciente em oclusão.

Os autores concluíram ser possível a obtenção desta integração e encorajam novos pesquisadores a continuar o aprimoramento da técnica.