ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: novembro 2016

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

''Zonas de segurança" de colocação de mini parafusos implantados em diferentes padrões dento esqueléticos



Neste artigo de 2011, publicado pela NegritoAngle Orthodontist, pelos autores Pajongjit Chaimanee; Boonsiva Suzuki; Eduardo Yugo Suzuki; do Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, Faculty of Dentistry, Chiang Mai University, Chiang Mai, Thailand; Mostra um estudo realizado com o intuito de mensurar espaços inter radiculares como sitios de inserção de mini implantes, em radiografias de pacientes dos tres padrões esqueléticos classe I, II e III.


Este estudo foi realizado com o intuito de avaliar a influência de diferentes padrões dento esqueléticos e suas disponibilidades de espaços inter radiculares e determinar as zonas seguras para a colocação de mini implantes.

Radiografias periapicais de 60 indivíduos com padrões Classe I II ou III esqueléticos foram examinados. Para cada sitio interradicular, as áreas e as distâncias de 3, 5, 7, 9 e 11 mm da crista alveolar foram medidos.

Na maxila, o maior espaço inter radicular foi entre o segundo pré-molar e primeiro molar. Na mandíbula, o maior espaço inter radicular estava entre os primeiros e segundos molares, seguidos pelo primeiro e segundo pré-molares. Diferenças significativas nos espaços inter radiculares entre os padrões esqueléticos foram observados. Espaços inter radicular maxilar, particularmente entre os primeiros e segundos molares, nos indivíduos com padrões esqueléticos Classe II, foram maiores do que nos indivíduos com padrões esqueléticos Classe III. Em contraste, na mandíbula, os espaços inter radiculares nos indivíduos com padrões esqueléticos Classe III foram superiores aos dos indivíduos com padrões de Classe II esquelético.

Para todos os padrões esqueléticos, as zonas mais seguras eram os espaços entre o segundo pré-molar e primeiro molar na maxila, e entre o primeiro e segundo pré-molares entre os primeiros e segundos molares na mandíbula.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

http://www.angle.org/doi/pdf/10.2319/061710-111.1

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Influência da posição do lábio inferior na atratividade percebida da proeminência do queixo



Neste artigo de 2013, publicado pela Angle Orthodontist, pelos autores Faranak Modarai; Jane Catalina Donaldson; Farhad B. Naini; do Department of Orthodontics, Kingston Hospital and King’s College London Dental Institute, London, Biostatistics & Research Methods Centre, King’s College London Dental Institute, London, Department of Ortho- dontics, Kingston and St George’s Hospitals & St George’s Medical School, London. Mostra um estudo realizado com imagens manipuladas a nível do mento para avaliar a percepção estética em leigos e Ortodontistas.

O artigo descreve um estudo com o objetivo de avaliar a influência da proeminência lábio inferior em diferentes graus de proeminências de queixo no plano sagital e determinar se destaque lábio inferior afeta o desejo percebido para cirurgia. Avalia as diferenças de preferência entre ortodontistas e leigos, bem como o efeito da idade, gênero e etnia dos observadores sobre a percepção da atratividade e desejo para a cirurgia.

Uma silhueta de uma imagem idealizada de perfil foi criada. A imagem foi manipulada para criar seis imagens demonstrando diferentes graus de retrogenia e progenia alterada em incrementos de 4 milímetros de -12 milímetros a +12 milímetros e seis imagens que demonstravam queixo e lábio inferior destaque em incrementos de 4 milímetros de -12 milímetros a +12 milímetros. Uma centena de leigos e 30 ortodontistas classificaram as imagens desde os mais para o menos atraente. Uma duplicata de uma das imagens foi utilizada de modo a avaliar a confiabilidade intra-examinadores.

A quantidade e a direção do queixo na posição sagital e a proeminência do lábio inferior revelaram ter um efeito significativo no nível de imagem. A protrusão do queixo foi menos atraente do que a retrusão e a cirurgia foi desejada com mais freqüência para essas imagens. O sentido geral do parecer foi o mesmo para leigos e ortodontistas.

Os autores concluíram que a proeminência do queixo observada em um paciente prognata era considerado menos atraente do que o a proeminência do lábio inferior combinada com a proeminência do queixo observada em um paciente com prognatismo mandibular. Em perfis com um queixo mais proeminentes era o preferido uma posição mais protrusiva lábio inferior. Quando o queixo era retrusivo, uma posição normal lábio inferior era o preferido que o lábio retrusivo.

Link do artigo na Integra via Angle Orthodontist:

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Efeitos transversais da expansão rápida da maxila em pacientes com má oclusão de Classe II: avaliação por Tomografia Computadorizada Cone-Beam





Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal of Orthodontics, pelos autores Carolina Baratieri, Lincoln Issamu Nojima, Matheus Alves Jr., Margareth Maria Gomes de Souza, Matilde Gonçalves Nojima; do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Ortodontia da UFRJ - Rio de Janeiro. Avalia por meio de Tomografia Computadorizada Cone-Beam (TCCB) os efeitos transversais, imediatos e após o período de contenção, da expansão rápida da maxila (ERM) em pacientes com má oclusão de Classe II.

As má oclusões de Classe II, divisão 1, estão fortemente associadas a problemas transversais, apresentando largura maxilar significativamente reduzida quando comparada à de indivíduos com oclusão normal. No entanto, seu diagnóstico muitas vezes passa despercebido ao exame clínico, pois a deficiência transversal é camuflada pelo próprio padrão esquelético da Classe II. Assim, os dentes superiores ocluem em região mais anterior da mandíbula, mais estreita, mostrando a maxila com desenvolvimento aparentemente normal no sentido transversal, mesmo na presença de deficiência transversal.

Para compensar essa deficiência esquelética e da base alveolar, os molares superiores encontram-se inclinados para vestibular. Por essa razão, deve ser considerada a realização da expansão rápida da maxila (ERM) no tratamento de pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1.

A ERM tem sido o tratamento de escolha por muitos ortodontistas para a correção de atresia maxilar esquelética em pacientes em crescimento. A característica fundamental da ERM refere-se ao fato de a força aplicada aos dentes e aos processos alveolares, através da ativação do parafuso expansor, promover a abertura da sutura palatina mediana. A estabilidade da expansão esquelética também é parte fundamental do tratamento, o que faz a fase de contenção tão importante quanto a fase ativa15, devendo o aparelho disjuntor permanecer no local por pelo menos três meses. O aparelho disjuntor de Haas é um dos aparelhos mais utilizados na prática ortodôntica, no qual o parafuso é envolvido por um bloco de acrílico sobre as paredes laterais do palato, aumentando a ancoragem, potencializando o efeito ortopédico e diminuindo o efeito ortodôntico.

Apesar de haver inúmeros artigos sobre os efeitos da expansão rápida da maxila com o aparelho expansor de Haas, a literatura ainda é escassa em estudos que avaliem os efeitos transversos em pacientes com má oclusão de Classe II. O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio da Tomografia Computadorizada Cone-Beam, os efeitos transversais dentários e esqueléticos provocados, imediatamente e após seis meses de contenção, pela expansão rápida da maxila com o expansor de Haas em pacientes com má oclusão de Classe II.

Este estudo clínico prospectivo foi realizado na clínica do Departamento de Ortodontia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foram selecionadas 17 crianças (8 meninos e 9 meninas, médias de idade de 10,67 anos e 10,05 anos, respectivamente) com má oclusão de Classe II, divisão 1, e deficiência transversal esquelética da maxila. Os critérios de inclusão foram: idade de 7 a 12 anos; relação molar de Classe II (uni ou bilateral) e esquelética (ANB ≥ 4º)21; deficiência transversal esquelética da maxila (distância do ponto J à linha facial frontal > 12mm)20; e ainda não ter atingido o pico da curva do surto de crescimento puberal.

Até recentemente, o método de avaliação mais preciso dos efeitos transversais provocados após a ERM eram as radiografias cefalométricas posteroanteriores. As dificuldades inerentes à técnica não permitem, muitas vezes, a localização e identificação correta das estruturas craniofaciais. Já as Tomografias Computadorizadas Cone-Beam (TCCB), além de permitirem a visualização tridimensional de todo o complexo craniofacial, possibilitam medições precisas e fiéis das alterações provocadas pela ERM, devido à ausência de sobreposições de imagens e distorções de tamanho.

A abertura da sutura palatina mediana foi clinicamente confirmada em todos os pacientes com a abertura do diastema interincisivos do terceiro ao quinto dia após o início da ativação do aparelho expansor, e visualizada na imagem tomográfica realizada em T2. A média de abertura do parafuso foi de 7mm (mínimo de 5,6mm e máximo de 9mm). Durante o período de contenção, um paciente voltou sem o aparelho, sendo substituído por placa de contenção removível, porém os dados de T3 não foram computados.

Conclusão

Os pacientes com má oclusão de Classe II avaliados obtiveram aumento significativo da dimensão transversa, tanto esquelético quanto dentário, sem causar alterações nos molares de ancoragem. O período de seis meses de contenção com aparelho expansor de Haas permitiu manter o ganho transversal esquelético e o retorno da inclinação dentoalveolar inicial.


Link do artigo na integra via Scielo:

http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n5/11.pdf