ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: dezembro 2009

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A importância da tomografia computadorizada volumétrica no diagnóstico e planejamento ortodôntico de dentes inclusos






Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Gaucha de Odontologia, pelos autores Mariana Martins e MARTINS, Maria Teresa de Andrade GOLDNER, Álvaro de Moraes MENDES, Alfredo Soares VEIGA, Tatiana Araújo de LIMA, Rúbens RAYMUNDO JÚNIOR; da Universidade Veiga de Almeida, Pós-Graduação em Odontologia - Rio de Janeiro. Aborda a Tomografia Cone Bean, intrumento de diagnostico imprescindivel para o ortodontista, principalmente nas situações onde ocorram a presença de unidades dentarias inclusas.

Um dente é considerado incluso quando está em posição intra-óssea após seu período de erupção. Esta situação ocorre em cerca de 25% a 50% da população. De acordo com Bishara, a etiologia dos dentes inclusos pode ser dividida em: fatores gerais e locais que incluem a deficiência de espaço no arco para sua erupção, retenção prolongada de dentes decíduos, posicionamento atípico do germe dentário, presença de fenda palatina, anquiloses, formações císticas e neoplásicas, trauma dentoalveolar e dilaceração radicular.

Os casos que apresentam dentes inclusos aumentam a complexidade do tratamento ortodôntico. Nestes casos, os primeiros exames complementares solicitados, geralmente, são as radiografias panorâmicas e periapicais. Porém, estes exames são bidimensionais e muitas vezes fornecem informações limitadas a respeito da real posição do dente impactado e da condição em que este se encontra. Muitas vezes, podem apresentar dilacerações e reabsorções imperceptíveis nos exames tradicionais.

Recentemente foi introduzida na odontologia a Tomografia volumétrica computadorizada. Este tipo de exame permite a visualização das estruturas anatômicas em três dimensões, fornecendo muito mais detalhes e informações.

A tomografia volumétrica computadorizada é uma ferramenta de diagnóstico essencial para os casos de dentes inclusos, pois fornece a localização precisa deste elemento e dos dentes e estruturas adjacentes. Permite um planejamento mais seguro e preciso com relação à movimentação ortodôntica, além de fornecer importantes informações da condição radicular.

Tanaka et al. relataram que devem ser avaliadas a posição e direção do dente incluso, a quantidade de formação radicular e o grau das dilacerações presentes para decidir se os dentes inclusos podem ou não ter sucesso no tracionamento. Alertam também para o fato que os dentes inclusos quase sempre apresentam dilacerações radiculares que pioram com o passar do tempo. Deste modo, o tratamento ortodôntico, que envolve dentes inclusos, demanda um planejamento detalhado de como e quando este dente será tracionado com o objetivo de eliminar a progressão da dilaceração.

A principal forma de tratamento de dentes inclusos é o tracionamento ortodôntico após exposição cirúrgica destes elementos. Porém algumas falhas podem ocorrer nesta opção de tratamento, devido à anquilose ou reabsorções radiculares. E mesmos alguns casos de sucesso de tracionamento podem apresentar formação radicular irregular ou uma margem gengival esteticamente inadequada. Todos estes dados também devem ser passados para os responsáveis do paciente.

A tomografia computadorizada volumétrica se mostrou uma ferramenta de diagnóstico essencial para os casos de dentes inclusos, pois fornece a localização precisa deste elemento e dos dentes e estruturas adjacentes. Permite um planejamento mais seguro e preciso com relação à movimentação ortodôntica, além de fornecer importantes informações da condição radicular.


Link do Artigo na Integra via RGO (Clicar em PDF no final da Pagina):

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sliding Jig: confecção e mecanismo de ação






Neste artigo de 2004, pela Revista Dental Press, pelas(os) autores(as) Adriana Simoni Lucato, Eloísa Marcantônio Boeck, Silvia Amelia Scudeler Vedovello, João Sarmento Pereira Neto, Maria Beatriz Borges de Araújo Mangnani; do Departamento de Odontologia Infantil da FOP-UNICAMP - Sao Paulo. Apresentam o método de confecção e o mecanismo de ação de um dispositivo ortodôntico auxiliar na movimentação dentária conhecido como Sliding Jig. Hoje muito utilizado em associação com os mini implantes como meio de distalização de molares.

A má oclusão de Classe II foi descrita por Angle, no início do século XX, como sendo uma displasia ântero-posterior caracterizada pelo menor desenvolvimento mandibular em relação à maxila. Segundo McNamara Jr. a má oclusão de Classe II não representa uma entidade clínica única, e sim o resultado de combinações de componentes dentários e esqueléticos.

A correção da Classe II tem despertado grande interesse de parte dos ortodontistas, principalmente no que tange a utilização de aparelhos removíveis. A partir de Oppenheim (1936), que obteve sucesso ao corrigir a Classe II divisão 1 com o uso da ancoragem extrabucal, vários profissionais se empenharam em desenvolver novos aparelhos e novas técnicas para a correção da Classe II, demonstrando os efeitos dentários e ortopédicos que poderiam ser obtidos por meio destes aparelhos.

A correção da Classe II pode ser realizada, também, por sistemas de forças como a utilização de fios, cursores e elásticos, no intuito de produzir a distalização dos molares para que ocorra o correto engrenamento em Classe I. Em casos que não se indica a extração de prémolares, a distalização dos molares por meio de dispositivos auxiliares é tida como meta do tratamento.

Várias técnicas e aparelhos auxiliares têm sido desenvolvidos com o intuito de se corrigir a Classe II, seja ela esquelética, dentária ou uma combinação entre ambas. Porém, quando nos referimos ao uso de aparelhos extrabucais, entre eles, Kloehn, utilizado para movimentar dentes individualmente ou em grupo, nota-se rejeição de parte da maioria dos pacientes. Pesquisas recentes têm incentivado a busca de meios, através de aparelhos fixos inter ou intramaxilares, para a correção da má oclusão, sem depender da colaboração do paciente.

Dentre as variações de aparelhos fixos interarcos encontram-se o Herbst, Jasper Jampers, Aparelho de Protração Mandibular, Eureka Spring que produzem efeitos ortodônticos e ortopédicos. Há também, neste grupo aparelhos que requerem pequena colaboração dos pacientes, tais como os elásticos com cursores e o arco de Wilson. Ainda na tentativa de distalizar molares, porém com força e ancoragem intra-arco encontram-se o Jones Jig, o aparelho de Nance Modificado com molas superelásticas, Barra Transpalatina, Magnetos Repelentes e o Pendulum, sendo que estes dependem menos ainda da cooperação dos pacientes.

É dada preferência, portanto, à utilização de aparelhos intrabucais para correção das más oclusões, desde que com eficácia, segurança e menor desconforto ao paciente venha solucionar a má oclusão. Assim, demonstraremos a confecção e o mecanismo de ação de um dispositivo intrabucal, interarcos, conhecido como Sliding Jig que promove a distalização de dentes corrigindo a Classe II.

O uso do cursor deslizante associado a elásticos de Classe II foi descrito por Tweed com a finalidade de distalizar os dentes superiores, mantendo um preparo prévio de ancoragem inferior.

A mecânica de Sliding Jig faz uso de um cursor deslizante tracionado por um elástico intermaxilar sobre o fio de nivelamento que deve ser um fio de calibre .020”ou até mesmo um fio retangular que não ofereça atrito para o deslize. Este dispositivo pode ser utilizado como método auxiliar para distalização de dentes (molares, pré-molares e caninos) ou como ancoragem, e que pode ser aplicado em qualquer técnica ortodôntica. Podemos considerar que o elástico intermaxilar parte de um arco de estabilidade inferior ou superior, Classe II e Classe III respectivamente e são colocados no gancho dos cursores.

Ao se utilizar a mecânica de distalização com apoio de elásticos intermaxilares, deve-se ter em mente que os elásticos de Classe II e Classe III podem apresentar efeitos indesejáveis, como a componente de força vertical sobre o dente de apoio do elástico podendo causar extrusão e ou giro do mesmo e, uma componente mesial que tende a mesializar os dentes anteriores, resultando em inclinação vestibular dos incisivos superiores ou inferiores. Portanto, torna-se necessário o conhecimento de manobras ortodônticas que possam atuar minimizando ou neutralizando os efeitos colaterais decorrentes do uso de elásticos intermaxilares.

CONCLUSÃO

1) O dispositivo Sliding Jig é de fácil confecção e baixo custo, principalmente por dispensar a fase laboratorial.

2) A mecânica com Sliding Jig é simples e eficiente e pode ser usada para movimentar molares e também outros dentes, uni ou bilateralmente.

3) Durante a mecânica com Sliding Jig são necessárias manobras que visam eliminar os efeitos colaterais decorrentes do uso de elástico intermaxilar.

4) A mecânica de Sliding Jig requer colaboração do paciente.

5) O Sliding Jig é bem aceito pelo paciente por ser um dispositivo intrabucal.


Link do artigo na integra via Dental Press:

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Noticias do BLOG



“Natal não é uma época nem uma estação, mas um estado da mente. Apreciar a paz e benevolência, ser abundante em clemência, é ter o real espírito de Natal.”

Calvin Coolidge


Boas Festas a TODOS !!!!!!!!!

Marlos Loiola

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tratamento ortodôntico em pacientes com periodonto de inserção reduzido


Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Gaúcha de Odontologia, pelos autores Fernanda Labayle Couhat CARRARO, Cristina JIMENEZ-PELLEGRIN; do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Programa de Pós-Graduação, Faculdade de Odontologia, Campinas, São Paulo, Brasil. Realiza uma revisão de literatura sobre o tratamento ortodôntico para pacientes com periodonto de inserção reduzido.

As doenças periodontais estão entre as doenças crônicas mais comuns nos seres humanos, afetando de 5 a 30% da população adulta de 25 a 75 anos de idade, sendo a causa mais frequente de perdas dentárias em adultos. Sabe-se também que na presença da doença periodontal a saúde geral pode ficar comprometida. Existem evidências de que as periodontites aumentam o risco de certas afecções sistêmicas, entre elas, algumas doenças cardíacas, parto prematuro e baixo peso ao nascer. Dessa forma, a prevenção e o tratamento da doença periodontal devem ser necessários e fundamentais não apenas para a manutenção da saúde do periodonto, mas também para evitar problemas de ordem geral.

Os primeiros sinais da doença periodontal se manifestam na forma de uma gengivite, decorrentes do acú-mulo de placa bacteriana sobre a superfície dos dentes, levando a uma resposta inflamatória nos tecidos gengivais. A persis-tência da gengivite fará com que a placa bacteriana subgengival ganhe uma composição mais complexa, com a colonização secundária por bactérias Gram-negativas anaeróbias, o que contribuirá para aumentar sua patogenicidade. Assim, e também conforme as respostas imunológicas do hospedeiro, podem se iniciar as variadas formas de periodontite, como a prevalente periodontite no adulto ou, mais raras, as periodontites de acometimento precoce, como a periodontite pré-puberal, a periodontite juvenil localizada e a periodontite de acometimento precoce generalizada. Todas se caracterizam pela destruição do periodonto de sustentação, ou seja, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar.

O tratamento ortodôntico é baseado na aplicação de uma força em um dente, que irá produzir o movimento dentário, à medida que ocorre remodelação das estruturas adja-centes. Dessa forma, nota-se que uma estrutura periodontal sadia é extremamente importante para a movimentação dentária, para que se obtenham resultados satisfatórios. Portanto, torna-se importante a integração multidisciplinar entre a ortodontia e a periodontia, com a associação do tratamento ortodôntico e periodontal nos pacientes acometidos pela doença periodontal.

Nota-se que a doença periodontal pode ocorrer tanto em jovens como em adultos, provocando o comprometi-mento do periodonto de sustentação. Nas últimas décadas, houve um aumento significativo de adultos procurando por tratamento ortodôntico. Para todo adulto que procure por tratamento ortodôntico, deve-se realizar uma relação de fatores de risco de doença periodontal e esses fatores, como, por exemplo, estresse, doenças sistêmicas, fumo, osteoporose e predisposição genética, devem ser controlados antes do início do tratamento ortodôntico, para que os problemas não se desenvolvam.

Atingindo frequentemente os elementos dentários anteriores, a doença periodontal pode causar perda de inserção periodontal, perdas ósseas e migração dentária patológica, agravando a estética e a função dentária do paciente; o comprometimento estético é o principal fator de preocupação pelo qual o paciente procura por tratamento ortodôntico6. Essas migrações podem contribuir para o desenvolvimento das maloclusões, pois, com a diminuição do nível de inserção periodontal, o centro de resistência dos dentes afetados desloca-se apicalmente, resultando em um desequilíbrio da posição dentária. Isto leva a uma oclusão traumática que, se associada à placa bacteriana, pode aumentar a destruição periodontal, e, portanto, o tratamento ortodôntico neste caso estaria indicado.

Devem-se estabelecer as metas e os objetivos do tratamento ortodôntico. No tratamento de crianças e adolescentes o objetivo é a finalização, atingindo as seis chaves de oclusão de Andrews, porém, para os pacientes com periodonto reduzido, procura-se levar os dentes para posições isentas de interferências oclusais, possibilitando sua estabilidade e condições periodontais que facilitem a higienização. Os objetivos, assim como as limitações, devem ser explicados ao paciente desde o início do tratamento ortodôntico, pois as expectativas podem superar as possibilidades de resultados.

Existe um consenso entre os autores pesquisados de que se deve iniciar a movimentação ortodôntica somente após o controle da doença periodontal, caso contrário, o processo da doença periodontal será acelerado, mesmo com boas con-dições de higiene bucal, acelerando-se, assim, a perda de inserção. Até mesmo pacientes com condição periodontal satisfatória podem sofrer perdas dentárias se não realizarem a manutenção da higiene bucal durante o tratamento ortodôntico.

Existem controvérsias quanto ao tempo de espera entre o tratamento periodontal e o início da movimentação ortodôntica. Harfin e Zachrisson indicam que se deva aguardar de 2 a 6 meses, avaliando-se a motivação do paciente quanto à higiene bucal e, também, para que ocorra a reparação óssea, contudo, para Re et al. a movimentação ortodôntica deve ser iniciada logo após a realização da terapia periodontal, para que sejam rapidamente estimuladas as células progenitoras do tecido conjuntivo, necessárias para a regeneração tecidual.

Quanto à aparatologia para o tratamento ortodôntico de pacientes com periodonto reduzido, por obter melhor controle do movimento, indica-se o aparelho fixo. Nos molares, é preferível utilizar acessórios colados, no lugar de bandas, pois estas apresentaram maior tendência à retenção de placa bacteriana, provocando reações adversas nos tecidos periodontais. No entanto, essas alterações serão temporárias e reversíveis, desde que sejam respeitados os princípios biológicos durante o movimento ortodôntico. Indica-se, quando possível, o tratamento ortodôntico parcial, restrito à área onde a estética e/ou função necessitam ser melhoradas. Posições mais favoráveis de coroa e raiz são obtidas utilizando o nível ósseo como referência para o posicionamento dos acessórios. O uso de forças leves e mais próximas ao centro de resistência são fatores importantes no controle da movimentação ortodôntica.

A possibilidade de realizar o movimento ortodôntico está relacionada ao tipo de defeito ósseo, devendo ser planejado segundo esse critério, sendo um fator tão impor-tante quanto o diagnóstico, para o sucesso do tratamento. Para o defeito ósseo horizontal, o melhor tratamento é o movimento puro de intrusão ou, ainda, associado ao uso de membranas para a regeneração tecidual guiada. Nos defeitos ósseos verticais, o tratamento adequado é a extrusão, pois o osso alveolar tende a acompanhar o movimento dentário no sentido oclusal, eliminando ou minimizando, dessa forma, o defeito ósseo, entretanto, se existir envolvimento da região de furca, o movimento ortodôntico poderá exacerbar o problema periodontal.

Durante a última década, a possibilidade de restaurar, mesmo dentições severamente comprometidas, foi realmente melhorada. O trabalho da clínica ortodôntica tornou-se mais desafiador com a perspectiva de sucesso no tratamento reabilitador de pacientes com severo grau de comprometimento periodontal, porém, deve-se dar ênfase ao trabalho multidisciplinar, pois está clara a importância da posição dentária na manutenção ou no agravamento da doença periodontal, sobretudo em pacientes com pobre ou má higiene dentária.

Indica-se a realização do tratamento ortodôntico em pacientes com periodonto reduzido, portadores de maloclusões que agravem a condição periodontal e/ou que sofreram migração dentária patológica. A realização do tratamento está contraindicada na presença da doença periodontal ativa.

Os principais riscos do tratamento ortodôntico no paciente que foi acometido pela doença periodontal estão relacionados ao controle da higienização e à magnitude da força utilizada.

Os benefícios do tratamento ortodôntico são: possibilidade de remodelação óssea alveolar e reconstrução da crista óssea por meio do restabelecimento dos pontos de contato; restabelecimento da função; melhora no aspecto estético, atuando positivamente na autoestima do paciente.

Os principais cuidados antes, durante e após o tratamento ortodôntico, em pacientes com periodonto reduzido são: diagnóstico periodontal minucioso; manutenção constante no controle da higiene bucal que deve ser realizada pelo paciente e supervisionada pelo profissional; evitar o posicionamento dos acessórios próximo à margem gengival; uso de forças leves; evitar movimentos extensos, restringindo-se à área onde a estética e/ou função devam ser melhoradas; individualização da contenção.


Link do artigo na integra via Revista RGO:

domingo, 20 de dezembro de 2009

Pensamento da Semana


"A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável."


Kathleen Norris

1880 - 1966


Link sobre a Autora:


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Noticias do BLOG


É com muita satisfação que apresento nossos leitores um novo BLOG ligado a Odontologia o Odontologia Forense, o qual conta com a participação dos colegas e autores Rohan Ferreira Silva e do meu amigo e autor também do nosso BLOG, Wendel Shibasaki. Um Blog atualisado constantemente com temas e abordagens interessantes. Conheçam e aproveitem !!!


Link do BLOG:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Auxiliares Odontológicos em Ortodontia


É com muito prazer que posto um artigo de um, além de amigo, grande nome da odontologia legal do centro oeste e desponta como um dos mais populares produtores científicos do país, nesta área.

Rhonan Ferreira da Silva é professor universitário e de pós-graduação, além e Perito Oficial do Estado de Goias. http://lattes.cnpq.br/4551378145791273

Atualmente é o principal responsável pelo Blog Odontologia Forense, que atende a crescente demanda por conhecimento na área.


Neste artigo, Dr. Rhonan discorre sobre as implicações éticas legais da utilização de auxiliares odontológicos em Ortodontia:

Resumo


Palavras-chave: Ortodontia. Auxiliares de Odontologia. Odontologia legal. Ética.

Introdução: o mercado de trabalho tem se mostrado saturado de profissionais atuando nos
grandes centros urbanos e, por este motivo, as estratégias de produtividade são imprescindíveis.
A delegação de funções aos auxiliares odontológicos tem se tornado vital e corriqueira para
aqueles que exercem a Ortodontia.


Objetivo: conhecer o perfil do cirurgião-dentista especialista nesta área e as funções delegadas por ele à equipe auxiliar.


Metodologia: foi aplicado um questionário a todos os especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial inscritos no Conselho Regional de Odontologia de Goiás, com atividade em Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Resultados e Conclusões: os resultados demonstraram que os ortodontistas, de um modo geral,
aproveitam bem a mão-de-obra auxiliar chegando até a ultrapassar os limites ético-legais.



Para visualizar e baixar o artigo completo clique aqui


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aplicações da Tomografia Computadorizada na Odontologia


Neste artigo publicado em 2007, pela Revista Pesq. Bras. Odontoped. Clin. Integr., pelos autores Andréia Fialho RODRIGUES, Robert Willer Farinazzo VITRAL; da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora/MG, Brasil. Descreve as principais técnicas tomográficas existentes e suas aplicações na Odontologia. Realizou uma revisão da literatura sobre os avanços das principais técnicas tomográficas que resultaram em maior acurácia no diagnóstico, menor tempo de exame e menor quantidade de radiação.

O processo da tomografia computadorizada foi baseado num princípio matemático, primeiramente apresentado em 1917, por Randon, um matemático australiano. A primeira técnica tomográfica foi anunciada cinqüenta e cinco anos depois.

A tomografia computadorizada é um método não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnóstica. Este extraordinário sistema, que permite visualização imediata das lesões cranianas, sem qualquer risco para o paciente e sem a necessidade de internação, foi idealizado por Godfrey N. Hounsfield, engenheiro eletrônico inglês, cujo grande mérito foi a utilização do computador como elemento centralizador dos complexos mecanismos relacionados à tomografia computadorizada.

A tomografia computadorizada é considerada o método de escolha para a imagem das estruturas ósseas. Ela é um método radiológico que permite obter a reprodução de uma secção do corpo humano com finalidade diagnóstica.

Durante as últimas duas décadas as modalidades de imagem por tomografia computadorizada (TC) se desenvolveram de maneira tão rápida que as descrições do equipamento atualmente mais moderno permanecem válidas por apenas alguns meses.

A tomografia computadorizada (TC) é, algumas vezes, comparada à tomografia convencional porque o tubo de raios x e os detectores de dados se movem em relação ao paciente durante a obtenção de imagens. Este movimento resulta na obtenção de uma secção anatômica. Uma diferença fundamental, no entanto, é que a tomografia convencional usa uma técnica de borramento, enquanto a TC usa técnicas de reconstrução matemática computadorizada.

A tomografia é considerada uma técnica radiográfica que fornece a imagem de uma secção ou corte da estrutura de interesse, enquanto que as estruturas que estão acima ou abaixo da região de corte aparecem borradas. As imagens das estruturas são produzidas como se nelas tivessem sido realizado vários cortes, em vários planos de espessura, relativamente pequenos. É uma técnica bastante útil quando é necessário obter imagem de alguma estrutura que sofra sobreposição de estruturas anatômicas como no caso de componentes do ouvido médio e interno que são encobertos pelo osso temporal.

A tomografia computadorizada tem três vantagens gerais importantes sobre a radiografia convencional: a primeira é que as informações tridimensionais são apresentadas na forma de uma série de cortes finos da estrutura interna da parte estudada. Como o feixe de raios está rigorosamente colimado para aquele corte em particular, a informação resultante não é superposta por anatomia sobrejacente e também não é degradada por radiação secundária e difusa de tecidos fora do corte que está sendo estudado. A segunda é que o sistema é mais sensível na diferenciação de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional, de modo que diferenças entre tipos de tecidos podem ser mais claramente delineadas e estudadas. A radiografia convencional pode mostrar tecidos que tenham uma diferença de pelo menos 10% em densidade; já a tomografia computadorizada pode detectar diferenças de densidade entre tecidos de 1% ou menos. Uma terceira vantagem é a habilidade para manipular e ajustar a imagem após ter sido completada a varredura, como ocorre de fato com toda a tecnologia digital. Esta função inclui características tais como ajustes de brilho, realce de bordos e aumento de áreas específicas. Ela também permite ajuste do contraste ou da escala de cinza, para melhor visualização da anatomia de interesse.

Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal, foi alcançada grande melhora nas reconstruções tridimensionais e diminuição na dose de exposição do paciente à radiação.

Durante os primeiros anos da década de 1990, um novo tipo de scanner foi desenvolvido, chamado de scanner de TC por volume (helicoidal). Com este sistema, o paciente é movido de forma contínua e lenta através da abertura durante o movimento circular de 360º do tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de obtenção de dados helicoidal. Desta forma, um volume de tecido é examinado, e dados são coletados, em vez de cortes individuais como em outros sistemas. O tempo total de varredura é a metade ou menos daqueles de outros scanners de terceira ou quarta geração.
Imagens reconstruídas bidimensionais e tridimensionais podem ser obtidas a partir de dados originais da tomografia computadorizada, os quais possibilitam reconstruções indiretas em qualquer plano desejado. É um exame no plano axial, mas que permite a reprodução de imagens em qualquer plano. Tomógrafos mais novos permitem que sejam realizados cortes sem intervalos, o que possibilita a criação de imagens tridimensionais.

A tomografia computadorizada helicoidal provém vantagens sobre a não helicoidal como menor tempo de avaliação e realização de reconstrução multiplanar. A tomografia computadorizada axial, em conjunto com as reconstruções coronal e sagital, tem maior eficácia no diagnóstico que tomografias convencionais. Ela propicia imagens com alta resolução espacial e a mesma dose de radiação da tomografia computadorizada convencional.

No final de 1998, quatro fabricantes de TC anunciaram novos scanners multicorte, todos capazes de obter imagens de quatro cortes simultaneamente. Estes são scanners de terceira geração com capacidades helicoidais e com quatro bancos paralelos de detectores, capazes de obter quatro cortes de TC em uma rotação do tubo de raios X.

Os avanços na TC proporcionam algumas vantagens como tempo de aquisição de imagens mais curtos e redução de 40% na dose de radiação que o paciente recebe nas exposições. A capacidade de adquirir um grande número de cortes finos rapidamente também é considerada uma vantagem.

Uma vez que a varredura multislice produz cortes superpostos e colimação de corte mais fina (abaixo de 1mm), as resoluções espaciais planas e reconstruídas são agora potencialmente similares, mesmo para imagens por TC com pequenos campos de visão.

Uma desvantagem dos scanners de multicorte são os custos significativamente maiores. Há também algumas limitações neste momento quanto à tecnologia de ligação de dados, incapaz de processar o grande volume de dados que pode ser obtido por este sistema.

A tomografia computadorizada tem muitas aplicações na Odontologia. Ela pode ser usada para identificar e delinear processos patológicos, visualizar dentes retidos, avaliar os seios paranasais, diagnosticar trauma, mostrar os componentes ósseos da articulação temporomandibular e os leitos para implantes dentários.

A tomografia computadorizada é muito útil na avaliação de patologias na região de cabeça e pescoço. Ela avalia a presença ou extensão do tumor envolvendo a maxila ou mandíbula, infecção ou outra patologia. Um programa denominado DentaScan ou reformatação multiplanar obtém imagens axial e panorâmica da mandíbula e maxila. Este programa é útil na localização, avaliação, monitoramento e tratamento de várias patologias da mandíbula e maxila. Ele define o contorno, a altura e a espessura do osso alveolar, mostra a posição do nervo alveolar inferior e do assoalho do seio maxilar, sendo muito útil na realização de implantes dentários.

Quando o exame é realizado com cortes de espessura menor que 1,5mm, é possível visualizar a forma e a posição do dente retido, tão bem quanto lesões em dentes permanentes vizinhos. Se o espaço do ligamento periodontal do dente estiver visível será possível a intervenção ortodôntica.

Avaliação dos Seios Paranasais A tomografia computadorizada mostra imagem dos seios maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal. Ela é efetiva na avaliação do tecido ósseo ou mudanças neoplásicas nos tecidos moles dos seios paranasais. Portanto, a habilidade da tomografia computadorizada para identificar alterações com baixo contraste pode ser usada para diferenciar tecidos moles e secreções líquidas nas sinusites.

A avaliação de fraturas complexas dos ossos faciais é de difícil visualização na radiografia convencional. Com o exame de tomografia computadorizada, as estruturas anatômicas podem ser vistas no plano axial, sagital e coronal. Imagens tridimensionais também podem ser obtidas para auxiliar o cirurgião no plano de tratamento.

É consenso entre os autores que a tomografia computadorizada é considerada o método de escolha para a imagem das estruturas ósseas da articulação temporomandibular. A tomografia computadorizada é indicada em condições patológicas como: anomalia congênita, trauma maxilofacial, doenças do desenvolvimento, infecções e neoplasias envolvendo o tecido ósseo. É recomendada também na avaliação da cortical óssea podendo-se observar erosões ósseas, cistos subarticulares, esclerose e osteófitos. Quando neoplasias estão presentes, ocorre um alargamento irregular do côndilo, destruição do côndilo ou cavidade articular, e calcificações do tecido mole. A imagem por ressonância magnética pode ser requerida se houver necessidade de informação sobre a invasão neoplásica nos tecidos moles.

Muitos fatores têm um importante papel no sucesso do tratamento de pacientes com implante osteointegrado. Defeitos ósseos podem ocorrer após a extração de dentes com lesão periapical, com doença periodontal avançada ou como resultado de trauma. Quando um dente é perdido devido a trauma ou a uma causa endodôntica, a parte esponjosa do osso reabsorve rapidamente causando uma concavidade no córtex labial podendo necessitar de procedimentos de reconstrução para que seja possível a colocação de implantes.

CONCLUSÕES

1) A Tomografia Computadorizada é o exame de eleição no diagnóstico de muitas condições que envolvem o complexo maxilo-mandibular;

2) Alguns princípios devem ser respeitados antes de escolher o exame a ser solicitado: saber o que se está procurando, ter conhecimento da técnica que melhor visualizará o tecido a ser observado, ser pouco invasivo, expor o paciente à mínima radiação possível, evitar gastos desnecessários e iniciar o estudo sempre pela técnica mais simples;

3) O valor clínico das técnicas de tomografia computadorizada depende da condição que se está sendo diagnosticada através das imagens, do modelo e da idade do equipamento usado, do protocolo do exame, da experiência e capacidade dos operadores do equipamento e do radiologista.


Link do artigo na integra via EDUEP.UEPB:

domingo, 13 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Hoje, 01 ano de Blog no Ar


Hoje comemoro com vocês, leitores do Blog Ortodontia Contemporânea, 1 ano do Blog no ar com atualizações diárias. Focadas sempre em artigos científicos na área da Ortodontia de livre acesso na Internet.

O blog começou quando conclui o meu curso de Especialização em Ortodontia, procurei achar uma maneira de me forçar a estudar após 03 anos de curso. Então me propus a todo dia ler um artigo e tentar resumi-lo. Foi neste momento que convidei o amigo pessoal e colega de curso Dr. Wendel Shibasaki a fazer parte deste projeto. Começamos ai nos atualizar e estudar desde o dia 09/12/2008. Consegui até este momento buscar artigos atuais sobre nossa especialidade em varias bases de dados de livre acesso na internet. E desta forma dividir com vocês colegas leitores do Blog, todo conhecimento disponível nos artigos científicos dando sempre os devidos créditos aos pesquisadores e fonte da publicação, para desta forma, por em pratica todo conhecimento adquirido no nosso dia a dia clinico.

Agradeço muito a amigos como o Dr. Alexandre Palmeira, pelos incentivos e apoio. A minha esposa Juniele Loiola e filho muitas vezes tendo paciência e ao mesmo tempo me apoiando com este projeto. Aos alunos da especialização em Ortodontia do CEBEO e de outros cursos que sempre visitam o BLOG. E aos amigos que mantenho contato via Blog como a TatiLie, o Tbonatto, o Rivaldo, O Alexandre Koga, entre outros.

Mais uma vez agradeço a todos pelas visitas. Divulguem nosso Blog, participem, discutam, critiquem e façam sugestões.

Abraços a todos, e vamos trabalhar para manter o Blog Ortodontia Contemporânea mais um ano no ar.


Atenciosamente,
Marlos Loiola






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Noticias do BLOG

Hoje, irei dividir com nossos leitores alguns dados estatísticos do Google Analytics, medidor de visitas ao Blog. A cada dia que passa fico feliz em ver que nossos leitores aumentam, mostrando que muitos colegas do Brasil e exterior tem interesse crescente em se atualizar e discutir temas relevantes ligados a Ortodontia Atual, com todos os seus recursos de diagnóstico, planejamento, seus acessórios, entre outros.

Inicialmente numa visão mais ampla o Analytics mostra que já tivemos 81.296 visitas, 155.997 paginas visitadas do BLOG, 02 minutos e 57 segundos é a média em que cada visitante fica navegando nas paginas do BLOG.



As 81.296 vistas vem de 108 paises dos 05 continentes, tendo como principais visitantes Brasil e Portugal.



Do Brasil já tivemos 71.860 visitas, de Portugal 5.193 visitas. No quadro abaixo apareçem os 10 paises que mais visita o BLOG.


No Brasil as 71.860 visitas vem de cidades de todas as regiões, da região norte (Amazonas, Pará, Roraima, outros), centro-oeste, nordeste, sudeste e sul. Que ao todo somam 252 cidades.


São Paulo capital lidera o Ranking com 10.453 visitas, Rio de Janeiro 6.419 visitas, Salvador 6.060 visitas, Belo Horizonte 4.887, entre outras cidades.





Os Colegas Portugueses nos visitam constantemente com 5.193 acessos ao Blog.




Lisboa lidera o Ranking com 1.455 visitas, Porto com 1.215 visitas tendo visitas de outras cidades.




Fico feliz em ver que tenho colegas que nos visitam. Muitos de localidades que nunca imaginei, estes numeros me estimulam a continuar a procurar artigos de Livre acesso na internet e motrá-los aqui no Blog e poder assim discutir com vocês. Algumas novidades virão este ano, aguardem ...
Aradeço a todos pelas visitas e espero que cada dia mais participem , discutam, critiquem e espero sugestões!
Obrigado a todos !!!
Marlos Loiola





segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Expansão maxilar em adultos e adolescentes com maturação esquelética avançada


Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Rowdley Robert Pereira Rossi, Mônica Tírre de Araújo, Ana Maria Bolognese; da Ortodontia na Universidade do Brasil – UFRJ - Rio de Janeiro. Analisa e discute fatores determinantes para o planejamento da expansão maxilar em adultos e adolescentes com maturação esquelética avançada.

A conscientização sobre a importância da saúde bucal, as exigências estéticas da sociedade e a popularização do tratamento ortodôntico estimularam o paciente adulto a buscar ajuda profissional especializada. Dentre as más oclusões, a deficiência transversa da maxila está entre os mais danosos problemas esqueletais da região craniofacial. Seu estabelecimento e sua manutenção até a idade adulta produzem um quadro anatomo-funcional que torna o tratamento em adultos mais complicado. Sua correção – seja por alterações dentoalveolares, deslocamento transverso dos ossos maxilares auxiliado por osteotomias ou reposicionamento cirúrgico segmentado da base óssea – deve compensar ou restabelecer a relação esquelética transversa normal entre a maxila e a mandíbula. Para alguns autores, o restabelecimento da relação esquelética transversa normal entre as bases ósseas é fundamental para a obtenção de uma oclusão satisfatória e estável. Para isso, a sutura palatina mediana (SPM) deve ser aberta e os ossos maxilares separados sem provocar inclinação excessiva dos dentes posterossuperiores.

A deficiência transversa dos ossos maxilares se manifesta pela mordida cruzada uni ou bilateral, parcial ou total, além dos casos em que a mordida cruzada não está presente. Comumente, a atresia maxilar é acompanhada do desenvolvimento vertical alveolar excessivo28, apinhamento dentário, palato profundo e estreito, com largura inferior a 31mm (distância intermolares medida no limite cervical) e contraído na região anterior, além de grandes espaços escuros no corredor bucal, durante o sorriso, caracterizando a síndrome da deficiência maxilar transversa.

Essa displasia pode se apresentar isolada ou associada a outra deformidade esquelética posteroanterior, sendo classificada como real ou relativa, na dependência da dimensão transversa do arco dentário superior e relação posteroanterior das bases ósseas. A condição esquelética de Classe II, frequentemente, é acompanhada de constrições nas dimensões transversas do arco superior, conferindo à maxila forma triangular e atrésica bem característica. No entanto, a discrepância basal posteroanterior de Classe II esconde o envolvimento transversal da maxila, devido à oclusão mais posterior do arco inferior. Na discrepância basal posteroanterior de Classe III, a posição do arco dentário inferior à frente do superior acentua a atresia maxilar existente ou projeta uma atresia inexistente. Dessa forma, o diagnóstico diferencial entre deficiência transversa real ou relativa do arco maxilar pode ser feito pela análise dinâmica dos modelos de gesso em relação de chave de oclusão. A persistência da mordida cruzada posterior na posição dentária de chave de oclusão revela deficiência transversa real do arco superior.

Em pacientes com padrão esquelético Classe I, se manifesta por meio da mordida cruzada posterior unilateral, apesar do caráter simétrico da atresia do arco superior, ou pela atresia simultânea dos arcos superior e inferior. Naquelas, a manifestação unilateral explica-se pelo deslocamento funcional mandibular. Nos casos em que a atresia da maxila não é visível, devido à atresia simultânea do arco inferior, os dentes posteroinferiores, frequentemente, estão contraídos e com inclinação lingual exagerada, e os dentes posterossuperiores apresentam grande inclinação bucal. Nesses casos, a oclusão posterior é aparentemente normal, mas, em exame minucioso, verifica-se a maxila atrésica, na qual as cúspides palatinas dos dentes posterossuperiores estão inclinadas para vestibular, abaixo do plano oclusal, acentuando a curva de Wilson e, frequentemente, causando interferências oclusais durante as funções.

O crescimento transverso do palato pela atividade osteogênica da sutura palatina mediana continua até a idade de 16 anos nas meninas e 18 anos nos meninos. No entanto, o grau de sinostose da sutura palatina mediana possui grande variabilidade individual. Pearson e Thilander, ao avaliarem material de autópsias humanas, encontraram um indivíduo de 27 anos sem nenhum grau de obliteração da sutura palatina mediana. Entretanto, sabe-se que existe relação entre o aumento da maturação esquelética e a obliteração da sutura palatina mediana. Por isso, historicamente, a interdigitação da sutura palatina mediana foi responsabilizada pela resistência à expansão palatal. Entretanto, estudos têm demonstrado que a maior resistência à ERM é representada pelo aumento da maturação esquelética dos ossos adjacentes especialmente o osso zigomático – pela maior interdigitação de algumas suturas craniofaciais, principalmente as temporozigomática, frontozigomática, zigomatomaxilar – e o osso esfenoide, pelo aumento da interdigitação da sutura pterigomaxilar.

Basicamente, dois procedimentos cirúrgicos são amplamente relatados na literatura para a correção da deficiência transversa dos ossos maxilares em pacientes adultos: (1) osteotomia maxilar Le Fort I segmentada (Expansão Cirúrgica Maxilar Segmentada - ECMS), com o objetivo de liberar a maxila dos ossos contíguos e segmentála, para promover o reposicionamento lateral das partes e a correção da atresia maxilar durante o ato cirúrgico; e (2) osteotomia maxilar parcial (ERMAC), para reduzir a resistência à expansão, realizada em conjunto com um dispositivo expansor. A escolha da alternativa cirúrgica mais adequada deve considerar o grau de morbidade, a quantidade de expansão planejada e a necessidade de cirurgia ortognática após a resolução do problema esquelético transverso. Indivíduos com comprometimento esquelético nos planos postero-anterior e/ou vertical, combinado com deficiência transversa da maxila, podem submeter-se a um único momento cirúrgico. No entanto, o tratamento em dois estágios (primeiro a ERMAC e depois a cirurgia posteroanterior e/ou vertical) permite maiores expansões, com grande estabilidade, e elimina a necessidade de correção do problema transverso no momento da correção cirúrgica sagital e/ou vertical, o que simplifica a cirurgia e torna a osteotomia maxilar unissegmentar, e ainda reduz as chances de complicações, como a lesão de vasos importantes e a necrose dos tecidos. Clinicamente, o resultado transverso da ERMAC é mais estável do que o da expansão cirúrgica maxilar segmentada. Phillips et al. (1992 apud BYLOFF, MOSSAZ) encontraram alto grau de recidiva (40%) quando a Le Fort I segmentada era selecionada para a correção de problemas transversos.

A idade e a maturação esquelética do paciente são importantes fatores a serem considerados durante o plano de tratamento da deficiência maxilar. Após o Surto de Crescimento Puberal, o prognóstico da abertura da SPM e do ganho esquelético transverso do palato por meio da ERM não é favorável, pois existe relação direta entre o aumento da resistência esquelética à expansão e o aumento da idade do paciente1. Analisando esse aspecto, Glassman, Nahigian, Medway et al. realizaram osteotomias maxilares como adjuntas no tratamento da atresia maxilar em indivíduos com idades que variaram dos 14 aos 44 anos, Bell e Epker em indivíduos de 15 a 27 anos, e Byloff e Mossaz em pacientes de 18 a 41 anos.

O Hyrax (dentossuportado) é o aparelho de escolha nos casos de ERMAC, pois facilita a higienização, não provoca lesões ulcerativas e eritomatosas na mucosa palatina, além de não comprometer a vascularização dos ossos maxilares. Contudo, em casos de deficiência maxilar severa associada à recessão gengival avançada, perda óssea alveolar e/ou ausências dentárias posterossuperiores, o aparelho tipo Haas é indicado para adultos que irão se submeter à ERMAC. O bloco de resina acrílica que recobre o palato duro oferece ancoragem dentomucossuportada, o que diminui as forças sobre os dentes de ancoragem e proporciona maior compressão e dissipação das forças de ativação do parafuso expansor para as bases ósseas apicais, favorecendo a expansão palatal e diminuindo os efeitos deletérios sobre o periodonto e o processo alveolar dos dentes posterossuperiores. A higienização tem que ser reforçada e o protocolo de ativação deve ser lento, para que o bloco de acrílico do aparelho expansor respeite a integridade dos tecidos moles do palato.

Após análise e discussão da bibliografia utilizada, os autores concluiram que:

1) Ausências dentárias múltiplas, grandes inclinações dentoalveolares para vestibular, recessão gengival, perda óssea alveolar e mobilidade dos dentes posteros-superiores contra-indicam a realização da expansão rápida da maxila em indivíduos adultos ou com maturação esquelética avançada. Entretanto, esses fatores não devem ser considerados isoladamente para a escolha do método de expansão palatal em adultos.

2) A literatura científica não mostra consenso em relação à idade ideal para a indicação da ERMAC, porém, essa está indicada em discrepâncias transversas severas e em indivíduos adultos ou com maturação esquelética avançada.

3) A escolha da técnica cirúrgica (ERMAC) deve basear-se principalmente na idade do paciente, no grau de maturação esquelética, nas estruturas anatômicas que oferecem maior resistência à expansão maxilar e na localização da atresia palatal.

4) O Hyrax é o aparelho expansor de escolha para indivíduos que irão se submeter à ERMAC. Entretanto, em casos de deficiência maxilar severa associada a avançada recessão gengival, perda óssea alveolar, mobilidade e ausências dentárias posterossuperiores, o aparelho tipo Haas (dentomucossuportado) está indicado.


Link do artigo na integra via Scielo:

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pensamento da Semana


"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante."


Charles Chaplin

1889 - 1977


Link sobre o autor:

sábado, 5 de dezembro de 2009

Braquetes estilizados WildSmiles






A indústria como sempre inovando para atingir e motivar o publico infanto-juvenil, mas temos que ter o cuidado com novidades e depois avaliar coisas importanes como a precisão das angulações nos slots, adesão, durabilidade, propiciar um bom deslizamento, etc. Não achei nenhuma pesquisa cientifica sobre estes braquetes. O que achei muito estranho foi que eles só existem para bateria anterior superior (Canino a Canino). Limitando muito uma mecânica Ortodontica eficiênte.

Iremos transcrever o que o fabricante fala do produto no seu Site:

Os Braquetes WildSmiles foram criandos para mundo da ortodontia. Os desenhos patenteados foram projetados para pacientes de todo o lado, para os jovens e as jovens. Os braquetes ortodônticos de formas como estrelas, corações, flores, bolas de futebol e futebol americano são elementos motivadores para os pacientes. Os braquetes estão disponíveis para os dentes anteriores superiores, a Canino a Canino. Eles são fabricados para sistema de prescrição MBT e Roth.

WildSmiles são usados com outros sistemas de braquetes, porque WildSmiles estão disponíveis para os dentes anteriores superiorss apenas, eles devem ser usados com outros sistemas. Os Ortodontistas têm achado que o WildSmiles mistumra-se perfeitamente com outros sistemas individuais. Muitos pacientes são WildSmiles fase um nos quais os arcos não exercem forças plenamente nos braquetes.

Os Braquetes WildSmiles foram meticulosamente projetado para proporcionar ótimas vantagens estéticas e funcionais. Os Braquetes WildSmiles são patenteados. Eles são criados nos Estados Unidos sob exigentes normas e feitos na prescrição MBT e Roth.

Especificações:

. Slots ,018 ou ,022 presos na base
. Prescrição Straight-wire
. Centrais: +12 torque, + 5 angulação
. Laterais: + 8 torque, + 9 angulaçao
. Caninos: - 2 torque, + 12 angulação
. Ganchos nos Caninos

Os braquetes são fabricados usando um processo no estado da arte MIM (metal moldagem por injeção). A tecnologia MIM permite uma modelagem pequena, intricadas com formas precisas. A MIM produz acabamentos suaves direito na superfície do molde. Isto proporciona o melhor sistemas de fabricaçãp de braquetes possível.

A colagem do Bracket e a sua identificação é fácil. A aleta cervical mesial tem o número 1,2 ou 3 inscritos e a aleta distal tem um 'traço' inscritos. Para colar o braquetes com precisão é necessário identificar atraves destas aletas. A marca vertical deve ser usada como referencia do longo eixo do dente.

Link do site do fabricante:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Precisão e erro na marcação Usando calculo em cefalogramas gerados por tomografias computadoriazadas Cone-Bean







Neste artigo a ser publicado em 201o, pela Angle Orthodontist, pelos autores Dan Grauer; Lucia S.H. Cevidanes; Martin A.Styner; Inam Heulfe; Eric T.Harmon; Hongtu Zhu; William R.Proffit; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of North Carolina, Chapel Hill, NC; do Department of Computer Science, School of Arts and Sciences, University of North Carolina, Chapel Hill, NC e do Department of Biostatistics, School of Public Health, University of North Carolina, Chapel Hill, NC. Mostra um estudo cefalografico com tomografia olumétrica Cone Bean.

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar diferenças sistemáticas na posição de referências entre cone-beam computadorizado (tomografia CBCT) gerando cefalogramas digitais e convencionais e para estimar o quanto da variabilidade deve ser tida levado em conta quando ambas as modalidades são utilizadas no mesmo estudo longitudinal.

Marcos homólogos na tomografia computadorizada cone-beam - e cefalogramas convencional e digital de 46 pacientes foram digitalizados, registados e comparados pelo teste T2 de Hotelling.

Não foram encontradas diferenças sistemáticas entre as modalidades na posição mais das marcações. Três pontos mostraram diferenças estatisticamente significativas, mas não alcançaram significância clinica. Um método para o cálculo de erro, combinando as duas modalidades no mesmo indivíduo foram apresentadas.

Os autores concluiram que em estudos longitudinais, quando ambas as modalidades são utilizadas no mesmo indivíduo, o erro do método pode produzir diferenças clinicamente significativas.


Link do artigo na integra via Angle Orthodontist: