ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: maio 2017

terça-feira, 30 de maio de 2017

Micro-osteoperfurações como acelerador do movimento ortodôntico. Inovação ou precipitação?







Saiu mais um artigo da coluna OrtoTecnologia da Revista da Sociedade Paulista de Ortodontia. Que foi abordado o protocolo de osteoperfurações para aceleração do movimento dentário.

Pacientes e ortodontistas se beneficiariam com métodos para reduzir o tempo total do tratamento. Mais pacientes iniciariam seu tratamento e os que já estão em tratamento ficariam mais satisfeitos ao concluírem. Há muitas etapas no tratamento ortodôntico que podem influenciar no tempo total do mesmo, mas o grande desafio atual é modular as respostas biológicas às forças ortodônticas aplicadas. 

Entre os métodos menos invasivos de tentar potencializar a liberação de mediadores químicos estão as micro osteoperfurações. Essas pequenas perfurações da cortical alveolar causam injúria nos tecidos e estimulam o fenômeno aceleratório regional (RAP). Por sua praticidade e boa aceitação pelos pacientes, este procedimento tem sido visto com grande interesse pelos ortodontistas clínicos e pesquisadores. No entanto, os estudos ainda possuem alto risco de viés e apenas um estudo clínico foi realizado. 

Concluiu-se que ainda não há suporte científico para a recomendação de MOPs na clínica diária, devendo-se aguardar mais estudos clínicos randomizados e controlados que evidenciem possíveis efeitos colaterais, custos biológicos relacionados e os reais benefícios da sua indicação.

Link do artigo  via OrtoCiencia:

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Validade da superposição palatina tridimensional de modelos digitais, em casos tratados com expansão rápida da maxila e mascaras de protração maxilar



Neste artigo de 2012, publicado pelo The Korean Journal of Orthodontics, pelos autores Jin-Il Choi, Bong-Kuen Cha, Paul-Georg Jost-Brinkmann, Dong-Soon Choi, In-San Jang; do Departament of Orthodontics, College of Dentistry, Gangneung-Wonju National University, Gangneung, Korea;  Departament of Orthodontics, Dentofacial Orthopedics and Pedodontics, Center for Dental and Craniofacial Sciences, Charité- Universitätsmedizin, Berlin, Germany; Mostra um estudo que compara os modelos digitais tridimensionais através de um superposição com o objetivo de avaliar os resultados da disjunção maxilar associada a protração.

O propósito deste estudo foi avaliar a validade do método de sobreposição tridimensional (3D) de modelos digitais em pacientes que receberam o tratamento com expansão rápida da maxila (ERM) associada a protração maxilar.

O material consistiu de modelos dentários digitais superiores pré e pós-tratamento além de cefalogramas laterais de 30 pacientes, que foram submetidos a RME e tratamento protração maxilar. Os modelos digitais foram sobrepostas utilizando o palato como uma área de referência. O movimento do incisivo central superior e primeiro molar foi medido nos cefalogramas sobrepostos e nos modelos 3D digitais. Para determinar se existia alguma diferença entre as duas técnicas de medição, as  correlação intra-classe (ICC) e Bland-Altman foram analisados.

As medições de sobreposição dos modelos 3D digitais e cefalogramas mostrou uma correlação muito alta em relação a direção ântero-posterior (ICC, 0,956 para 0,941 incisivo central e para primeiro molar) e uma correlação moderada na direção vertical (ICC, 0,748 para incisivo central e 0,717 para primeiro molar). 

Os autores concluíram que o método de sobreposição de modelos 3D utilizando o palato como um a área de referência é clinicamente confiável para avaliar a movimentação dentária antero-posterior assim como a sobreposição cefalométrica, mesmo nos casos tratados com aparelhos ortopédicos, tais como RME e mascaras de protração maxilar.

Link do artigo na integra via e-kjo:

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Variante do gene receptor hormonal do crescimento e da morfologia tridimensional mandibular



Neste artigo publicado em 2017, na Angle Orthodontist, pelos autores Takatoshi Nakawaki; Tetsutaro Yamaguchi; Mutsumi Isa; Akira Kawaguchi;Daisuke Tomita; Yu Hikita; Yoko Suzuki-Tomoyasu; Mohamed Adel; Hajime Ishida; Koutaro Maki; Ryosuke Kimura; do Department of Orthodontics, School of Dentistry, Showa University, Tokyo, Japan, Department of Human Biology and Anatomy, Graduate School of Medicine, University of the Ryukyus, Okinawa, Japan; Department of Human Biology and Anatomy, Graduate School of Medicine, University of the Ryukyus, Okinawa, Japan; Mostra um estudo de marcadores genticos que norteiam o crescimento tridimensional da mandíbula.
 
 Foi realizado um estudo com intuito de examinar a relação entre a morfologia tridimensional mandibular e as variantes do gene do receptor da hormonal do crescimento (GHR) numa população japonesa saudável.

Os sujeitos eram pacientes ortodônticos japoneses não relacionados, consistiam em 64 homens e 114 mulheres. Utilizando o ensaio de genotipagem de Taqman, as variantes do gene GHR rs6184 e rs6180 foram detectadas no DNA genómico extraído da saliva. O volume e o comprimento mandibular foram medidos a partir de imagens de tomografia computadorizada cone-beam e foram analisadas usando o software de processamento de imagem Analyze. A relação entre as variantes do gene GHR e a morfologia mandibular tridimensional foi analisada estatisticamente.

Foi observada significância estatística para a relação entre a distância entre os processos coronoide esquerdo e direito e rs6180 (P, 0,05).

Os autores concluíram que os resultados indicaram que a variante do GHR rs6180 está associada à distância entre o processo coronoide esquerdo e direito nos pacientes japoneses.

Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:

 
 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

O que será que os pacientes falam, de forma espontânea, sobre braquetes e alinhadores?

Saber se comunicar bem com o paciente pode ser um grande diferencial na vida clínica. Para isso, entender as demandas, expectativas e o que sente os pacientes antes, durante e após o tratamento é muito importante.

Ao serem perguntados sobre sua experiência com os parelhos, os pacientes podem se sentir acanhados para responder abertamente o que sentem. Daí um grupo de pesquisadores Americanos da Virginia Commonwealth University em Richmond, Va, pesquisaram os comentários espontâneos dos usuários do twitter (rede social) para saber o que pensam eles sobre os aparelhos ortodônticos e se eles expressam mais pontos positivos na rede sobre aparelhos tradicionais ou sobre Invisalign. Legal, não!?
Os autores (Daniel Noll ; Brendan Mahon ; Bhavna Shroff ; Caroline Carrico ; Steven J. Lindauer) objetivaram, neste estudo, examinar as experiencias ortodônticas dos paciente com aparelhos tradicionais de braquetes em comparação com as dos que usam Invisalign, por meio de uma análise em grande escala do Twitter. A hipótese nula foi a de que não há diferença entre os sentimentos expressados nos tweets sobre braquetes e Invisalign.

Foi criado um programa personalizado de coleta de dados que coletou tweets contendo as palavras '' braquetes '' ou '' Invisalign '' por um período de 5 meses. Uma análise de classificação de sentimento foi desenvolvida para classificar os tweets em cinco categorias: positivo, negativo, neutro, propagandas, ou não aplicável. Cada categoria então teve seu conteúdo específico analisado.
Resultados: Foram coletados um total de 419.363 tweets aplicáveis à ortodontia. Usuários postaram
Tweets significativamente mais positivos (61%) do que tweets negativos (39%; P .0001). Não houve diferença significativa na distribuição do sentimento positivo e negativo entre braquetes e tweets Invisalign (P .4189). Tweets positivos relacionados à Ortodontia muitas vezes destacou gratidão por um grande sorriso acompanhado com selfies. Tweets ortodônticos negativos freqüentemente focava na dor.


Conclusões: 

  • Os usuários do Twitter compartilharam sentimentos mais positivos do que negativos sobre suas experiências ortodônticas.
  • Não houve diferença significativa na distribuição do sentimento positivo e negativo entre tweets sobre braquetes e tweets sobre Invisalign.
  • Tweets ortodônticos negativos freqüentemente focados na dor.
  • Tweets ortodônticos positivos muitas vezes ressaltou a gratidão por um grande sorriso acompanhado por selfies.
Link para o artigo original aqui.