ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Prevalência de agenesia dentária em pacientes ortodônticos da cidade de São Paulo

quinta-feira, 11 de março de 2010

Prevalência de agenesia dentária em pacientes ortodônticos da cidade de São Paulo


Neste artigo de 2007, publicado pela Revista da Pós-Graduação da FOUSP, pelos autores Francisco Antonio Delgado Grieco, Paulo Eduardo Guedes Carvalho, Eduardo Guedes-Pinto, Daniela Gamba Garib, Karyna Martins do Valle-Corrotti; da Disciplina de Ortodontia da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) – São Paulo/SP, do curso de Pós-graduação em Ortodontia da Associação Brasileira de Odontologia-Regional de Araçatuba – Araçatuba/SP; do Curso de Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) – São Paulo/SP; Avalia a prevalência de agenesias dentárias nos pacientes de Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).

Agenesia tem por definição a diminuição numérica, no caso específico de determinados elementos dentários ou conforme a origem grega deste termo, a própria ausência de geração. A agenesia dentária também pode ser denominada de anodontia parcial, hipodontia ou oligodontia, caracterizando-se pela ausência de um ou mais dentes. O diagnóstico desta alteração é evidente por meio de suspeita clínica e sua respectiva confirmação radiográfica.

Sua etiologia pode estar relacionada a fatores nutricionais, traumáticos, infecciosos, hereditários ou filogenético. Também são citados outros fatores como as doenças virais, na qual destaca-se a rubéola ou certos distúrbios endócrinos. Entretanto, a hereditariedade tem sido considerada o fator etiológico principal da agenesia dentária e sua patogenia está relacionada com alterações no processo de formação e desenvolvimento da lâmina e dos subseqüentes germes dentários.

A freqüência das agenesias varia muito em porcentagem nas diversas populações estudadas. Sendo um fator que, além de causar preocupações estéticas aos pacientes e a seus pais, está diretamente relacionado ao desenvolvimento da maloclusão. A determinação de sua prevalência individualizada para as diversas populações mostra-se de grande importância para rotina do diagnóstico ortodôntico e plano de tratamento.

Quanto ao aspecto das possibilidades ortodônticas para solução dos casos de agenesias dentárias, Santos (2002) ressaltou a importância de um plano de tratamento adequado para os casos de agenesia de segundos pré-molares, citando dois métodos de tratamento em caso de agenesia destes elementos. O primeiro seria o fechamento dos espaços destes dentes e o segundo manter estes espaços. A opção pela qual deve se seguir depende de alguns fatores, como as condições do molar decíduo e a relação dento esquelética. Se o paciente apresentar mordida profunda, o fechamento dos espaços deve ser evitado para não agravá-la. Nos casos nos quais o fechamento dos espaços é contra-indicado, pode-se fazer opção por implantes; porém, um fator importante a considerar é a idade do paciente.

Yuksel e Uçem (1997) constataram, por meio de exames radiográficos, que, em casos de agenesia de incisivos superiores a maxila, pode apresentar retrognatia e uma tendência à Classe III em relação a casos normais, devendo ser sempre considerado no plano de tratamento. Quando da agenesia de incisivos laterais, uma alternativa de tratamento consiste no fechamento dos espaços das agenesias combinados com procedimentos restauradores para a melhoria da estética dentária e facial do paciente. Nesta mecânica de fechamento de espaços, o perfil de Classe III poderá piorar, aumentando o ângulo nasolabial. Para evitar estes problemas, sugere-se o uso criterioso de máscara facial para mesializar o dente posterior.

Com base nos resultados obtidos neste estudo, os auores concluiram que os grupos formados pelos segundos pré-molares inferiores e incisivos laterais superiores mostraram maior prevalência de agenesias em relação aos demais grupos, os quais apresentaram comportamento semelhante entre si.

Também se concluiu que a prevalência de agenesias foi semelhante entre os gêneros masculino e feminino, e entre os quadrantes dentários. Em relação à prevalência de agenesias nos diferentes grupos raciais, a amostra apresentou-se insuficiente, não denotando diferença entre leucodermas, melanodermas e xantodermas.


Link do artigo na integra via FO USP:

3 comentários:

  1. Oi, Marlos,
    Tive uma aula interessante de genética hoje onde me passaram um artigo que relaciona agenesia hereditária com certos fatores para risco de câncer ovariano. Achei interessante (além de ser portadora de agenesia myself) pelo fato que muitas vezes tratamos muitas pessoas da mesma família, podemos alertar para uma pesquisa genética mais detalhada em casos específicos. Vou separar o artigo e te passar pelo Mendeley, okay?
    Abraços

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  2. Estou esperando anciosamente !!! Abraços !!!

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  3. Olá sou Helena, estou fazendo um seminário sobre Agenesia de Incisivos permanentes x ortodontia e estou tendo dificuldade de encontrar artigos sobre esse tema.Segundo se for possivel gostaria de ver esse artigo sobre agenesia hereditária relacionada ao risco de cancer ovariano, TatiLie vc poderia me passar por favor? Obrigada

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