ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Oclusão Dentária em uma População Indígena da Amazônia: A Genética prevalece sobre Meio Ambiente

quarta-feira, 7 de março de 2012

Oclusão Dentária em uma População Indígena da Amazônia: A Genética prevalece sobre Meio Ambiente








Neste artigo de 2011, publicado pelo PLoS ONE, pelos autores David Normando, Jorge Faber, João Farias GuerreiroCátia Cardoso Abdo Quintão; do Departmento de Ortodontia, Universidade Federal do Pará, Departmento de Ortodontia, da Universidade de Brasilia, Laboratorio médico de Genética humana, Universidade Federeal do Pará e Departamento de Ortodontia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Mostra um belo estudo realizado por renomados profissionais brasileiros numa tribo indígena, onde foram avaliados fatores genéticos e ambientais na população.


Estudos examinando humanos e primatas apoiam a hipótese de que o recente aumento na ocorrência de desalinhamento dos dentes e / ou relações incorretas dos arcos dentários, nomeada de má oclusão dentária, são atribuídas principalmente à disponibilidade de uma dieta mais processada e a uma menor necessidade de ação mastigatória vigorosa. Pela primeira vez em populações humanas vivas, foram examinadas as influências do desgaste dental sobre a variação oclusal e a genética em uma população numa divisão indígena. O povo Arara-Iriri são descendentes de um único casal  expulso de uma aldeia maior. Na aldeia resultante, a expansão se deu através do acasalamento de parentes próximos, resultando em coesão genética acentuada com diferenças genéticas substanciais.

A má oclusão dentária, desgaste dental e coeficiente de endogamia foram avaliados. A amostra era composta por 176 indivíduos de ambos os povoados. Razão de Prevalência e diferenças descritivas na freqüência e nos resultados para cada estágio de desenvolvimento da dentição foram considerados. Apesar das semelhanças de desgaste dos dentes, os autores encontraram uma diferença marcante nos padrões oclusais entre as duas aldeias Arara. Na aldeia original, a má oclusão dentária estava presente em cerca de um terço da população; enquanto na aldeia resultante, a ocorrência foi quase o dobro. Além disso, as características morfológicas da oclusão foram fortemente diferente entre os grupos.
Os resultados minimizam o fato de que a influência que gera o desgaste dental, é uma evidência direta de que o indivíduo comeu no passado, sobre a variação oclusal de vida das populações humanas. Eles também sugerem que a genética desempenha o papel mais importante na etiologia da má oclusão dentária.


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