
Com o aumento das desordens respiratórias do sono, como ronco, síndrome da resistência da via aérea superior (SRVAS) e síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), houve a necessidade de melhores meios de diagnóstico e de tratamento para esses distúrbios. O tratamento da SAOS é importante, uma vez que é considerada uma doença de alto grau de morbidade e caráter progressivo.
A efetividade dos aparelhos de protrusão mandibular foi demonstrada em diversos estudos. Embora a radiografia cefalométrica seja um método simples, amplamente utilizado na Odontologia e muito usado em estudos de apneia obstrutiva do sono, tal método gera imagens bidimensionais de estruturas tridimensionais, o que limita a validade e reprodutibilidade das medidas do espaço aéreo.
Os estudos baseados em imagens tridimensionais para determinar a efetividade e mecanismo de ação de aparelhos intrabucais demonstraram que o aparelho é capaz de modificar a geometria da faringe, aumentando significativamente a área faríngea mínima.
A comparação, usando CBCT, de pacientes saudáveis com pacientes portadores de SAOS demonstrou que as dimensões anteroposteriores e a área orofaríngea mínima dos pacientes com SAOS foram significativamente menores em relação aos pacientes que não apresentavam a síndrome.
Os estudos tridimensionais em pacientes com SAOS demonstram um aumento da via aérea superior, principalmente relacionado à região da orofaringe e velofaringe. Porém, a maioria desses estudos se limitou a avaliar a via aérea a partir de medidas lineares, ou seja, utilizaram dados bidimensionais obtidos através de exames tridimensionais. Segundo Zhao, Liu, Gao e Kyung, Park, Pae, o aumento da via aérea ocorre às custas de um incremento do diâmetro transverso. Para Gale et al., há um aumento da área faríngea com aparelho de avanço mandibular, porém, com uma grande variabilidade individual.
Conclusões do Autores
Com base nos resultados apresentados das comparações de volumes em mm3 das vias aéreas superiores de pacientes portadores de SAOS e tratados com aparelho de avanço mandibular, pode-se concluir que o Twin Block modificado alterou significativamente o volume da via aérea superior.
Link do artigo na integra via Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n5/20.pdf
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