ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Tratamento ortodôntico necessário entre crianças nascidas prematuramente

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tratamento ortodôntico necessário entre crianças nascidas prematuramente


Crianças nascidas antes de 33 semanas podem necessitar de mais cuidados ortodônticos do que crianças que nasceram no periodo ideal. As crianças prematuras têm também algumas complicações que podem causar desvios em sua mordida. Esta informação foi mostrada na apresentação de uma dissertação da autora Liselott Paulsson na Faculdade de Odontologia da Universidade de Malmö, na Suécia. "Este é um novo grupo de crianças que precisam receber mais atenção no atendimento odontológico", afirma a Odontologa especialista. No dia 24 de abril, ela defendeu sua dissertação sobre parto prematuro - Estudos sobre a Necessidade de tratamento ortodôntico, Craniofaciais Morfologia e Função.

A maioria das crianças que nasceram prematuramente precisam de ajuda com a sua respiração durante as primeiras semanas de vida. Isso significa que elas respiram com a ajuda de um tubo plástico ligado a um respirador. O tubo é colocado na boca ou no nariz, procedimento conhecido como intubação. Resultados de estudos anteriores indicaram que as crianças que se beneficiam deste apoio para respiração correm um risco maior de desenvolver desvios de mordida. O risco é especialmente grande para as crianças que tiveram o tubo em sua boca.

Hoje intubação nasal é utilizada na maior parte dos hospitais na Suecia, mas o estudo da Dra. Liselotte Paulsson mostra que essas crianças também possam ter mais alerações de mordida que as crianças que nasceram no prazo ideal.

"Em meus estudos as crianças prematuras tiveram intubação através do nariz apenas", diz ela, ressaltando que é importante que as necessidades destas crianças ter uma atenção odontológica.

Um total de 114 crianças participaram do estudo. Elas foram divididas em três grupos: crianças nascidas antes de 29 semanas, as crianças nascidas entre 20 e 32 semanas, e crianças nascidas 40 semanas.

As crianças foram examinadas quando tinham entre oito e dez anos, e os resultados mostraram que 52% das crianças prematuras, precisavam de tratamento por causa de alterções na mordida , em comparação com 37% das crianças que nasceram no prazo. Os estudos também mostram que as crianças prematuras, menos pesadas, tinham menor circunferência da cabeça, e tinham menores maxilas.

"Isso mostra que elas não tinham esta alteração durante seu crescimento. Pode ser que essas diferenças aconteçam devido ao fato de terem mais alterações na mordida, mas, mais pesquisas são necessárias antes que possamos saber isto ao certo", diz Liselotte Paulsson, que espera que ser possível acompanhar e dar seguimento ao estudo com estas crianças com idades compreendidas entre os 16 e 17 anos.

Os que têm mais alerações de mordida, possuem uma maior necessidade de tratamento ortodôntico, crianças prematuras, não têm mais sintomas de dores nas articulações dos maxilares ou mandíbula ou cefaléia em comparação com outras crianças.

"Estou feliz por poder dar aos pais noticias tranquilizadoras sobre este assunto, e alterações na mordida também podem ser levadas para uma direção certa, utilizando diversas formas de tratamentos", diz Liselotte Paulsson.


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