A microssomia hemifacial se caracteriza por apresentar deformidades morfológicas faciais derivadas do desenvolvimento anormal dos 1º e 2º arcos branquiais e o grau de comprometimento apresentado vai desde um pequeno afetamento do osso temporal ou da cabeça da mandíbula até uma fissura orbital nos casos mais graves. É a segunda anomalia congênita facial mais comum (1 em cada 5.600 nascidos-vivos), depois da fissura labial e palatina.
Esta alteração congênita geralmente é unilateral e causa uma deformidade facial caracterizada por diminuição do corpo da mandíbula e desvio do mento para o lado afetado. Do lado contralateral, tem-se um alongamento da mandíbula e a face é achatada.
A agenesia de côndilo tem sido descrita na literatura como um fator associado a outros tipos de problemas, geralmente as síndromes, nas quais se encontram afetados o desenvolvimento dos 1º e 2º arcos branquiais. A denominação que mais se associa ao problema é a Microssomia craniofacial, proposta por Gorline Pindborg em 1964. Acredita-se que a síndrome de Goldenhar faça parte de um quadro clínico mais complexo de anomalias de 1º e 2º arcos branquiais. Os portadores dessa síndrome apresentam anomalias bucais, músculo- esqueléticas, auriculares e oculares, alterações cardíacas, genitais, renais, pulmonares e de sistema nervoso central.
Com relação à oclusão, é comum encontrar mordida cruzada do lado afetado devido ao desvio da mandíbula para este lado. Cria-se então, uma maxila assimétrica com o processo alveolar pouco desenvolvido do lado cruzado e, consequentemente, estará presente um desvio de linha média considerável para o lado afetado e, possivelmente, uma sobremordida profunda devido a ações musculares.
As técnicas recomendadas para tratamento da agenesia do côndilo giram ao redor das alternativas cirúrgicas precoce a partir dos três anos de idade, constando da retirada de tecido esternoclavicular e enxertado, posteriormente, e fixado com miniplacas de titânio na mandíbula, sendo os objetivos: restabelecer um centro de crescimento condilar que facilite o normal desenvolvimento ósseo facial, restabelecer a simetria facial e reparar as deformidades faciais. É instituído tratamento cirúrgico com aumento do lado hipoplásico seguido de tratamento ortodôntico, para estabelecer uma oclusão dentária normal. Pacientes com deformidades severas indica-se intervenção cirúrgica precoce com transplante autógeno costocondral ou, posteriormente, cirurgia ortognática combinada de maxila e mandíbula.
Em casos de assimetrias severas a cirurgia precoce, a partir dos três anos de idade, está indicada a retirada de tecido esternoclavicular e enxertado, posteriormente, e fixado com miniplacas de titânio na mandíbula, objetivando restabelecer um centro de crescimento condilar que facilite o normal desenvolvimento ósseo facial, restabelecer simetria facial e reparar as deformidades faciais.
Para Simões, porém, a terapia ortopédica em fase precoce mostra-se efetiva, já que na microssomia hemifacial o problema não é somente esqueletal, mas também muscular e outros elementos de tecido mole possivelmente estão alterados. Com a estimulação do aparelho funcional é possí- vel obter algum desenvolvimento de tecidos moles e, desta maneira, melhorar o desenvolvimento facial e o prognóstico em caso de necessidade de uma correção cirúrgica.
Link do artigo na integra via RGO:
http://www.revistargo.com.br/viewarticle.php?id=2566&layout=abstract
Olá,
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns pelo blog.
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Atenciosamente.