Um artigo de
Maurício Garcia BARROSO
Mário VEDOVELLO FILHO
Silvia Amélia Scudeler VEDOVELLO
Heloisa Cristina VALDRIGHI
Mayury KURAMAE
Viviane VAZ
Publicado na RGO, Porto Alegre, v. 56, n.1, p. 67-73, jan./mar. 2008
Objetivos: Investigar quais as dificuldades do ortodontista no pós-tratamento ortodôntico, observando se as condutas adotadas satisfazem as reclamações de indivíduos que já terminaram a terapia ortodôntica, perante as determinações do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil quanto ao relacionamento indivíduo/profissional.
Método: Foi encaminhado via correio um questionário em forma de correspondência do tipo carta-resposta a todos os Cirurgiões-Dentistas inscritos no Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro, com seus registros no Conselho Federal de Odontologia como especialista em ortodontia num total de novecentos e noventa profissionais.
Resultados: A análise percentual das respostas obtidas demonstrou que o tempo de arquivamento da documentação ortodôntica pelos profissionais foi de: mais de 20 anos (49,8%); por 20 anos (25,5%); por 15 anos (12,4%); por 10 anos (3,8%); e por um período de 5 anos (8,3%). Sobre o controle adotado no período de pós-contenção, 52,8% supervisionam de 6 em 6 meses e 39,9% uma vez por ano. A maioria dos profissionais (76,5%) relatou que procurariam de qualquer forma evitar uma ação cível. No caso de recidiva, 87,2% dos profissionais informam ao indivíduo que a recidiva é previsível e propõem o retratamento ortodôntico. Quanto à solicitação da documentação ortodôntica pelo indivíduo, 93,7% dos profissionais entregariam a documentação ortodôntica e solicitariam a assinatura de retirada da mesma.
Conclusão: A partir da análise dos resultados obtidos neste trabalho, conclui-se que: após o término da terapia ortodôntica, a documentação ortodôntica é arquivada pela totalidade dos pesquisados, mas difere no tempo de arquivamento realizado pelos profssionais (49,8% por mais de vinte anos, 25,5% por vinte anos, 12,4% por quinze anos, 3,8% por dez anos e 8,3% por um período de cinco anos).
Sobre a supervisão do indivíduo no período de pós-contenção, 52,8% dos profssionais supervisiona de seis em seis meses e 39,9% uma vez por ano. Perante o indivíduo insatisfeito com os resultados do tratamento ortodôntico, a maioria dos profssionais (76,5%) relatou que procurariam de qualquer forma evitar uma ação cível.
Nos casos de recidiva, 87,2% dos profssionais informam ao indivíduo que é previsível e propõem o retratamento ortodôntico. A conduta adotada pelo profssional quando a documentação ortodôntica é solicitada pelo indivíduo é a seguinte: 93,7% dos profssionais entregariam a documentação ortodôntica e solicitariam a assinatura do indivíduo, comprovando a retirada da mesma.
Para o arquivo, na íntegra via revistaRGO, em PDF:
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