ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 3ªParte

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 3ªParte









Neste capitulo publicado em 2007, no eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP, pelos autores Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Wagner Quaresma Damázio; das Disciplinas de Materiais Dentários e PPR Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); da Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); da Dentística Restauradora da Graduação e Especialização-Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE); Faz um belo apahado sobre fotografia digital na Odontologia.

Dispositivos de papel ou plástico podem funcionar como plano de fundo para fotografia clínica com o objetivo de enfatizar o motivo principal e eliminar estruturas indesejáveis. Esses dispositivos podem ser confeccionados com cartolinas ou plásticos sem brilho e em diversas formas e tamanhos, devendo ser descartados logo após sua utilização. Várias cores de fundo podem ser utilizadas, embora o preto seja a que proporciona os melhores resultados.

A tomada fotográfica intra–oral frontal abrange uma visão geral dos dentes de ambas as arcadas. As bordas da fotografia ficam situadas no vestíbulo, o fotógrafo deve posicionar-se a frente do paciente, com a câmera posicionada de tal forma que o plano sagital mediano esteja paralelo às bordas verticais da fotografia, e o “plano oclusal” esteja paralelo às bordas horizontais da fotografia, de modo que, se esses planos fossem estendidos, cortariam a objetiva em quatro partes iguais. É preciso que o centro da fotografia coincida com a interseção do plano sagital mediano com o “plano oclusal”. A iluminação pode ser obtida com flash circular, mas o ideal é utilizar um flash de ponto situado próximo à objetiva na posição 12h, ou dois flashes de ponto, um de cada lado da objetiva.

Para as fotografias intra-orais frontais utiliza-se um par de afastadores. Esses são puxados suavemente para a lateral e para a frente, permitindo o afastamento dos lábios e bochechas, o que possibilita a visualização de todo o corredor bucal, além de manter a porção central do lábio tencionada para que a mesma não apareça na fotografia. Os afastadores podem ser seguros por um assistente ou pelo próprio paciente.

Existem duas técnicas para fazer tomadas fotográficas laterais: uma com espelho, outra sem. Se a opção for fotografar com espelho, convém que ele seja apropriado e esteja posicionado distalmente ao último dente a ser fotografado. O espelho tem como objetivo afastar lábios e bochechas do lado fotografado e refletir a imagem de forma tal que a tomada fotográfica seja facilitada. Para isso, o espelho deve ser movimentado até que se consiga uma boa composição. Para sustentar os lábios e a bochecha do lado oposto, utiliza-se um afastador arredondado, sem tencionar os tecidos.

Na fotografia sem espelho, utilizam-se dois afastadores: um em forma de “V”, situado no lado a ser fotografado, tencionando-se cuidadosamente os lábios e as bochechas para trás; outro arredondado, situado no lado oposto sem exercer tensão. Os afastadores devem suportar os lábios e bochechas. O enquadramento deve abranger todos os dentes do lado fotografado e os incisivos do lado oposto, embora dificilmente se consiga com essa técnica fotografar a região do segundo e terceiro molares. Convém que o plano oclusal esteja paralelo às bordas horizontais da fotografia, dividindo-a em dois lados iguais. O ponto de focalização e o centro da fotografia devem ser próximos ao canino.

Em todas as tomadas oclusais, é preciso que a objetiva esteja o mais perpendicular possível à imagem do plano oclusal refletida no espelho. No enquadramento, tenta-se incluir todos os dentes da arcada. Porém, nem sempre se consegue fazer com que os últimos molares façam parte da composição. O ponto central da imagem geralmente coincide com a interseção do plano sagital com uma linha imaginária, que passa pelos segundos pré-molares. O foco deve estar no plano oclusal. O embasamento do espelho é evitado, pedindo-se ao paciente que inspire pela boca e expire pelo nariz; jatos de ar da seringa tríplice ou sugadores próximos ao espelho também podem ser usados para tal. As imagens devem ser reinvertidas, pois o espelho as inverte.


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