ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 2ªParte

quinta-feira, 13 de maio de 2010

FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA - 2ªParte








Neste capitulo publicado em 2007, no eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP, pelos autores Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Wagner Quaresma Damázio; das Disciplinas de Materiais Dentários e PPR Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); da Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); da Dentística Restauradora da Graduação e Especialização-Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE); Faz um belo apahado sobre fotografia digital na Odontologia.


As tomadas fotográficas extra-orais são de composição e técnica simples, contudo, se a iluminação, as objetivas e o posicionamento do fotógrafo e do paciente não forem corretos, essas tomadas podem ficar com seu resultado final comprometido. O ideal é utilizar objetivas com distância focal em torno de 100mm (ou equivalente). Caso se utilizem objetivas zoom, o ideal é ficar a uma distância de aproximadamente 1,50m do paciente a ser fotografado e enquadrar o assunto (rosto ou face), ajustando-se o zoom. Objetivas com distâncias focais curtas tendem a abaular as margens, causando distorções; distâncias focais muito longas dificultam a fotografia, devido ao fato do fotógrafo ter que ficar muito longe do modelo.

Para estas tomadas fotográficas, o paciente deve estar em posição confortável, olhando para frente, em máxima inter-cuspidação habitual (MIH). Pode-se fazer tomadas da face (perfil) ou do rosto (frente sorrindo, frente com o lábio em repouso, e com os lábios tencionados para mantê-los fechados). A cabeça deve estar posicionada de forma que o plano órbito-meático ou plano horizontal de Frankfurt (que passa pelo trágus direito e esquerdo e pelo ponto mais baixo na margem da órbita esquerda) esteja paralelo ao solo e às margens superior e inferior da fotografia. As orelhas devem estar descobertas.

Em fotografias de face (perfil), o paciente deve estar de lado, levemente virado para a câmera, de maneira que se visualizem os cílios do lado oposto ao que está sendo fotografado, o que proporciona um melhor contorno da face. O plano sagital mediano deve estar perpendicular ao solo, e a câmera deve estar posicionada de modo que, se o plano de Frankfurt for estendido, chegará até ela. O foco deve ser feito em um dos olhos do paciente. A região posterior da cabeça não é necessária na composição.

Para as fotos de rosto em 45 graus, a técnica de iluminação é semelhante à da fotografia de perfil, o que muda é o posicionamento do paciente. Esse fica em uma posição intermediária entre a foto de frente e a de perfil, ressaltando o zigomático.

Para todas as fotos de rosto e face, pode-se utilizar flash de pouca potência, ligado à fotocélula, com o intuito de iluminar a parede de fundo da fotografia, o que elimina as sombras de fundo, mas as regras para a iluminação principal continuam as mesmas.

Uma tomada frontal é a forma mais clássica de se fotografar sorrisos. Nessa tomada, o enquadramento deve ser horizontal, e a iluminação pode ser feita com flash circular ou de ponto, seguindo-se as mesmas regras que as das fotografias frontais. O posicionamento do paciente não precisa ser padronizado, desde que a câmera esteja colocada de tal forma que, caso o plano sagital mediano e o plano oclusal sejam estendidos, esses planos dividam a objetiva em quatro partes iguais.

Os espelhos intra-orais possibilitam fotografias indiretas, melhorando o enquadramento e a profundidade de campo de algumas tomadas fotográficas, pois quando bem utilizados, permitem que o assunto se posicione à objetiva (paralela ao corpo). Quando se utiliza o espelho, o assunto é fotografado de forma indireta. Apenas a imagem refletida deve ser fotografada, e não o assunto propriamente dito. O ideal é que a imagem refletida no espelho seja perpendicular a objetiva (paralela ao corpo). A angulação e a posição do espelho devem ser mudadas até atingir a composição desejada. O espelho deve ser seguro de tal forma que os dedos não apareçam na fotografia. A imagem formada no espelho estará invertida, a qual devera ser corrigida no computador durante a edição.

Os afastadores são utilizados para retrair os lábios e bochechas, melhorando o acesso à cavidade oral e permitindo melhor visualização e iluminação das áreas a serem fotografadas. Os afastadores podem ter formatos diversos. Podem ser únicos, duplos arredondados ou em forma de “V”. Podem ainda ser recortados, ajustando-se para determinadas tomadas. Cada modelo proporciona melhores resultados em determinadas situações, dependendo do tamanho e das características da boca a ser fotografada. Devido a isso, o ideal é possuir mais de um par de afastadores, de tamanho e forma variáveis.

Um comentário:

  1. Mais um belo post.
    Para as fotos oclusais eu recortei alguns afastadores e deu muito certo.
    Parabéns!
    bjs

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