ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Densidade mineral óssea de sítios específicos da maxila para a inserção de mini-implantes

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Densidade mineral óssea de sítios específicos da maxila para a inserção de mini-implantes



Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Rodrigo César Santiago, Giovanni Cerrone Júnior, Robert Willer Farinazzo Vitral; Do curso de especialização em Ortodontia e Radiologia da FO-UFJF/Minas Gerais; Buscou avaliar a Densidade Mineral Óssea de sítios específicos na maxila, por meio da Tomografia Computadorizada Multi-Slice submetidos ao tratamento ortodôntico, com mini-implantes como unidades de ancoragem.

Dentre os vários sistemas desenvolvidos para permitir o movimento distal de caninos nos casos com extração de pré-molares, os mini-implantes constituem um mecanismo de ancoragem temporária, com vantagens como a ausência da necessidade de cooperação por parte dos pacientes em relação aos demais sistemas de ancoragem convencionais, a redução do tempo do tratamento, a capacidade de suportar uma variedade de forças ortodônticas envolvendo pacientes com dentição mutilada ou nos casos de extração que requerem uma ancoragem máxima, fácil inserção e remoção, baixo custo e possibilidade de ativação imediata.


Apesar de estudos descreverem a eficácia e a estabilidade deste novo modelo de ancoragem nos tratamentos das más oclusões, o comportamento clínico dos mini-implantes sob ação de cargas ortodônticas ainda não está totalmente claro. A questão se eles se mantêm absolutamente estáveis como os implantes endósseos ou se podem sofrer deslocamento à medida que a força ortodôntica é aplicada permanece sem resposta.


Pesquisas demonstram a importância de se obter um conhecimento prévio da densidade óssea para um correto planejamento e execução de implantes dentários convencionais, onde altas taxas de fracasso têm sido associadas a implantes realizados em osso de qualidade baixa.


Estudos revelam ser a Tomografia Computadorizada Quantitativa um método eficaz para o estudo da Densidade Mineral Óssea (DMO). Uma das principais vantagens é que as informações resultantes não sofrem sobreposição por estruturas anatômicas adjacentes. A alta sensibilidade na diferenciação entre os tipos de tecidos permite detectar diferenças de densidades de 1% ou menos.


Clinicamente, os resultados desse estudo sugerem a realização de exames complementares, como a TC Multi-Slice, durante o planejamento do uso de mini-implantes, para que possa vir a constituir mais um instrumento utilizado pelo ortodontista durante a escolha do local mais seguro, em termos de qualidade óssea, para a inserção desses dispositivos de ancoragem.


CONCLUSÕES

• As médias de densidade óssea encontradas apresentaram uma distribuição normal, onde os valores obtidos não apresentaram discrepâncias estatisticamente significativas em relação ao padrão observado no grupo.


• Diferença estatisticamente significativa foi observada entre os lados direito e esquerdo.


• A média dos valores obtidos para a DMO encontrou-se próxima do valor máximo de uma escala considerada normal para a região posterior da maxila, podendo, assim, a região estudada ser considerada uma área segura, em termos de qualidade óssea, para a inserção de mini-implantes.


Link do artigo na integra via Scielo:


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