Neste artigo de 2011, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Rhita Cristina Cunha Almeida, Flavia Artese, Felipe de Assis Ribeiro Carvalho,
Rachel Dias Cunha, Marco Antonio de Oliveira Almeida, do departamento de Ortodontia da UERJ - Rio de Janeiro. Teve o Objetivo de: (a) conhecer quais exames os otorrinolaringologistas solicitam para avaliar o EAN; (b) verificar o
conhecimento da cefalométrica por otorrinolaringologistas; (c) comparar a avaliação de otorrinola-
ringologistas nas duas técnicas radiográficas para a medição e a visualização do EAN e da adenoide;
(d) correlacionar os resultados do método de inspeção visual com os da medição de Schulhof.
A respiração bucal é um problema funcional relativamente comum, uma vez que 85% das crianças sofrem de algum grau de insuficiência nasal,
como revelado por testes funcionais, e 20% respiram pela boca. Os fatores que contribuem para o
surgimento de uma respiração bucal podem ser de
natureza obstrutiva ou decorrer de hábitos deletérios, como a sucção de dedo ou chupeta, podendo
causar alterações no curso normal de crescimento
e desenvolvimento craniofacial. Dentre os fatores
obstrutivos, a adenoide é o mais comumente citado
na literatura médica-odontológica.
O ortodontista tem como exame de rotina,
para traçar o plano de tratamento de seu paciente,
a radiografia cefalométrica de perfil descrita por
Broadbent. Essa radiografia é obtida de maneira
padronizada, sendo sempre feita com a mesma
posição da cabeça e com a mesma distância do
feixe de radiação, assim permitindo que sejam feitas medições e que essas sejam comparadas nos
diferentes tempos do tratamento. Muitos autores
a consideram um exame simples, prático e de resultados satisfatórios para diagnosticar o tamanho do espaço aéreo nasofaríngeo. Entretanto,
a maior parte dos otorrinolaringologistas utiliza a
radiografia de cavum para avaliação da nasofaringe, que é uma radiografia em norma lateral do
crânio semelhante à radiografia cefalométrica de
perfil, porém sem uma padronização tão rígida,
e que fornece a imagem necessária para avaliar o
tamanho do espaço aéreo nasofaríngeo, mas é inadequada para o planejamento ortodôntico.
Major et al. concluíram, em uma revisão sistemática sobre a capacidade de diagnosticar hipertrofia adenoideana e obstrução do espaço nasofaringeano através da radiografia cefalométrica,
que existe uma boa correlação nos achados do
tamanho da adenoide, mas a habilidade de diagnosticar um espaço aéreo nasofaríngeo pequeno
já não é tão boa. Explicam esse achado pelo fato
de a adenoide ser uma estrutura anatômica mais
simples do que a nasofaringe e, assim, perder menos informação quando transformada em imagem bidimensional.
Alguns trabalhos têm sido feitos comparando a
radiografia cefalométrica com a endoscopia naso-faringeana. Ianni Filho et al. compararam os dois
métodos e concluíram que o exame radiográfico é
importante no diagnóstico inicial das obstruções
nasofaringeanas, mas que suas informações seriam
limitadas; porém a endoscopia, apesar de fornecer
mais informações, é um exame de difícil acesso. Já
Vilella et al. encontraram resultados bem próximos em relação ao tamanho anteroposterior da
nasofaringe nos dois métodos, e sugeriram que, ao
avaliar o modo respiratório da criança, deve ser
feito não só exame clínico, mas também medidas
cefalométricas do espaço nasofaringeano.
Existem vários métodos descritos para avaliar
radiografias da nasofaringe e a interpretação de
quando a adenoide está significativamente grande
varia de autor para autor. Os métodos mais usados
de medir a adenoide na radiografia de cavum são
os de: Johannesson, Fujioka et al., Crepeau et
al. e Cohen e Konak. Já quando na utilização da
radiografia cefalométrica, existem dois métodos
de medição descritos na literatura: o método de
McNamara e o de Schulhof.
CONCLUSÕES DOS AUTORES
O presente estudo concluiu que, segundo a amostra utilizada, os otorrinolaringologistas não têm conhecimento da técnica da radiografia cefalométrica e têm como hábito fazer diagnóstico de obstrução do espaço aéreo naso-faríngeo através da radiografia de cavum, sem utilizar nenhum método de medição.
Quando avaliadas as duas técnicas sem especificar qual era a radiografia cefalométrica e qual era a de cavum, os otorrinolaringologistas escolheram, na maioria dos casos, a técnica cefalométrica lateral.
Quando comparada a avaliação visual com o método de medição de Schulhof, foi visto que havia baixa correlação entre os métodos.
Link do artigo na integra via Scielo:
O presente estudo concluiu que, segundo a amostra utilizada, os otorrinolaringologistas não têm conhecimento da técnica da radiografia cefalométrica e têm como hábito fazer diagnóstico de obstrução do espaço aéreo naso-faríngeo através da radiografia de cavum, sem utilizar nenhum método de medição.
Quando avaliadas as duas técnicas sem especificar qual era a radiografia cefalométrica e qual era a de cavum, os otorrinolaringologistas escolheram, na maioria dos casos, a técnica cefalométrica lateral.
Quando comparada a avaliação visual com o método de medição de Schulhof, foi visto que havia baixa correlação entre os métodos.
Link do artigo na integra via Scielo:
Excelente Artigo !!!!
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