ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: DISFUNÇÕES OROFACIAIS NOS PACIENTES EM TRATAMENTO ORTODÔNTICO

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DISFUNÇÕES OROFACIAIS NOS PACIENTES EM TRATAMENTO ORTODÔNTICO


Neste artigo de 2006, publicado pela Revista do CEFAC, pelas autoras Cristina Tostes Vieira Maciel, Maristela Horta Barbosa, Cláudia de Almeida Toldo, Fernanda Calil Borges Faza, Ana Lúcia de Magalhães Leal Chiappetta; Fonoaudiólogas do Centro de Reabilitação em Odontologia Especializada, do Instituto de Otorrinolaringologista e Fonoaudiologia, do Instituto Médico Psico Pedagógico, da Clínica Fernanda Calil e Setor de Investigação em Doenças Neuromusculares da Universidade Federal de São Paulo; Avalia a necessidade de intervenção fonoaudiológica nos pacientes em tratamento na clínica ortodôntica da Universidade Federal de Juiz de Fora.

As estruturas rígidas e moles da cavidade oral edas regiões circunvizinhas desempenham um importante papel em funções vitais como a sucção, mastigação, deglutição, respiração, além da articulaçãoda fala. Dentre essas funções, a mastigação se apresentacomo uma função essencial na prevenção dos distúrbios miofuncionais, pois ela dará continuidade à estimulação da musculatura orofacial, iniciada na sucção. O processo da deglutição normal também é imprescindível para manter em equilíbrio as funções orais.

Porém, esses processos fisiológicos, quando comprometidos, podem causar ou exacerbar uma máoclusão dentária. Essas más oclusões podem ser determinadas, portanto, por fatores hereditários, fatores pré-natais, fatores pós-natais intrínsecos, como perdas precoces e hipoplasias, e, ainda, por fatores pós-natais extrínsecos, que se referem a todos os hábitos nocivos, como a sucção sem fins nutritivos, distúrbios respiratórios, interposição lingual, alterações na deglutição, mastigação e articulação da fala.

Alterações de fala e de deglutição também se encontram intimamente relacionadas com alguns casos de má oclusão. Assim sendo, se a língua permanece entre os dentes, esses não poderão atingir a posição de contato, levando a más oclusões dentárias, em especial, protrusão dos incisivos, má oclusão ClasseII de Angle e mordida aberta anterior. Desta forma, a terapia miofuncional é freqüentemente descrita para corrigir interferências linguais durante a deglutição, com a expectativa de se reduzir espontaneamente a mordida aberta anterior.

A associação entre ortodontistas e fonoaudiólogos é de suma importância, visto que a função dos aparelhos ortodônticos ou ortopédicos limita-se a alterar a disposição dos arcos dentários, enquanto a terapia fonoaudiológica irá trabalhar a reabilitação miofuncional orofacial, que visa a modificação das funções orofaciais alteradas.

Compreender os aspectos morfofisiológicos do sistema estomatognático e suas patologias, assim como entender os estágios da dentição e sua classificação quanto ao tipo de oclusão torna-se relevante ao se analisar os resultados da pesquisa feita comos pacientes da Universidade Federal de Juiz de Fora, uma vez que se percebe uma relação entre funções orofaciais e articulação da fala com suas alterações. Pôde-se constatar, por exemplo, que entre os 42 examinados, 39 apresentavam algum tipo de distúrbio na deglutição, 39 alguma alteração na mastigação e 22 deficiências articulatórias na fala, sendo que alguns pacientes estavam incluídos em mais de uma alteração.


CONCLUSÃO

Mediante análise dos dados do presente estudo épossível concluir que:

Não houve relação significante entre o tempo de tratamento e o aumento da freqüência de alterações na deglutição e fala. A função da mastigação é influenciada pelo tempo de duração do tratamento ortodôntico, se apresentando mais alterada nos indivíduos que estavam em tratamento há menos tempo.


Link do artigo na integra via revistacefac :

http://www.revistacefac.com.br/revista84/artigo04.pdf

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