ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Avaliação da atresia maxilar associada ao tipo facial

sábado, 13 de outubro de 2012

Avaliação da atresia maxilar associada ao tipo facial


Neste artigo de 2010, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Marina Gomes Pedreira, Maria Helena Castro de Almeida, Katia de Jesus Novello Ferrer, Renato Castro de Almeida; da Especialização e Aperfeiçoamento na área de Ortodontia pela FUNORTE / SOEBRÁS núcleo Alfenas-MG; Programa de Mestrado em Odontologia, área de Ortodontia, do CPO São Leopoldo Mandic. Associa a atresia maxilar aos tipos faciais, verificar o dimorfismo entre os gêneros masculino e feminino, bem como a correlação entre os gêneros e os tipos faciais.

A forma das arcadas dentárias é fundamental durante o diagnóstico das más oclusões, pois, para a estabilidade e função ideal, faz-se necessária a perfeita intercuspidação dos dentes.

A atresia maxilar é a deformidade dentofacial na qual observa-se uma discrepância da maxila em
relação à mandíbula, no sentido transversal, podendo apresentar mordida cruzada posterior uni ou bilateral. Consiste em um estreitamento da arcada superior, apresentando palato ogival profundo, muitas vezes associado à disfunção respiratória.

Pode estar camuflada devido ao posicionamento sagital da maxila e mandíbula, aparentemente não apresentando deficiência transversal³.bem como a correlação entre os gêneros e os tipos faciais.

Para melhor diagnóstico da atresia maxilar, o sistema de análise de Schwarz é comumente utilizado para determinar a magnitude da discrepância em milímetros, medindo a largura real do arco versus a largura ideal das dentições superior e inferior, mostrando assim a necessidade de expansão mais anterior ou mais posterior.

A morfologia das arcadas pode apresentar-se de várias formas, pois está relacionada com a largura da face. Nos braquifaciais, o eixo transversal é maior do que nos dolicofaciais, que possuem faces mais altas e estreitas.

O objetivo do presente trabalho, utilizando a análise do Vert de Ricketts e a análise de modelos de Schwarz, foi avaliar:

• A percentagem da presença de atresia maxilar nos tipos faciais (dolicofacial, mesofacial e braquifacial).

• O dimorfismo de gênero, considerando os tipos faciais.

• A associação da atresia aos tipos faciais.


No presente trabalho, encontrou-se 32 indivíduos dolicofaciais com atresia maxilar, 26 mesofaciais com atresia maxilar e 29 braquifaciais com atresia maxilar, em um total de 50 indivíduos para cada tipo facial. Isso corresponde a 64% de dolicofaciais com atresia de maxila, 52% de mesofaciais e 58% de braquifaciais. Entretanto, não houve evidência de que a atresia maxilar esteja associada ao tipo facial. Esses resultados concordam com os de outro estudo7, no qual não foi observada diferença estatística entre os três tipos faciais ao estudar as medidas transversais da maxila.

Porém, em outro trabalho foi verificado não haver associação da assimetria dos hemiarcadas maxilares com os três tipos faciais, não existindo diferença estatística entre as assimetrias. Ao comparar o índice de Pont com os tipos faciais mesofacial e dolicofacial, não foram encontradas diferenças nas distâncias interpré-molares e intermolares associadas aos tipos faciais. Contudo, isso discorda do relato onde correlacionou-se medidas transversais com o ângulo do plano mandibular, verificando-se que o aumento desse em dolicofaciais contribuía para maior incidência de arcadas atrésicas. Observou-se também que, em indivíduos com obstrução nasal e dolicofaciais, foi maior a presença da atresia maxilar.


CONCLUSÃO

Os resultados e a discussão desse trabalho permitiram concluir que:

1. A presença de atresia maxilar na amostra selecionada correspondeu a 64% no tipo dolicofacial,
52% no mesofacial e 58% para o braquifacial.

2. Não houve dimorfi smo de gênero quanto aos tipos faciais e quanto à presença de atresia. Porém, no gênero masculino do tipo dolicofacial, a atresia foi proporcionalmente maior. Enquanto
isso, as mulheres não apresentaram proporções diferentes entre os tipos faciais.

3. Não houve uma associação da atresia maxilar aos tipos faciais.


Link do artigo na integra via Scielo:

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