ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Planejamento digital em cirurgia ortognática: precisão, previsibilidade e praticidade

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Planejamento digital em cirurgia ortognática: precisão, previsibilidade e praticidade



Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Eduardo Sant’Ana, Laurindo Zanco Furquim, Moacyr Tadeu Vicente Rodrigues, Érika Uliam Kuriki, Angelo José Pavan, Edevaldo T. Camarini, Liogi Iwaki Filho; da disciplina de Cirurgia da FOB-USP- Bauru, da Disciplina de Ortodontia da UEM- Maringá, Mestrado em Estomatologia da FOB-USP-Bauru, do Serviço de Urgência Odontológica da FOB-USP- Bauru e da disciplina de Cirurgia da UEM- Maringá. Procura evidenciar pontos importantes na análise clínica e na predicção digital, e apresentar um caso clínico, cujo tratamento foi executado seguindo as linhas mais modernas em termos de análise facial e planejamento cirúrgico digital.

A cirurgia ortognática é considerada atualmente um procedimento altamente viável e coadjuvante na resolução dos casos envolvendo deformidades dentofaciais em adultos. Isto se deve aos avanços promissores nesta área, que possibilitaram tanto a simplificação das técnicas cirúrgicas, com menor desconforto pós-operatório aos pacientes, quanto ao planejamento ortodôntico-cirúrgico mais padronizado e conseqüentemente mais preciso.

A análise de tecido mole, ao lado dos modelos de estudo e da cefalometria, tornou-se indispensável para o diagnóstico das deformidades dentofaciais, já que um tratamento baseado somente em grandezas cefalométricas pode criar resultados indesejáveis.
Arnett e Bergman apresentaram Facial Keys to orthodontic and treatment planning como uma análise clínica facial tridimensional empregada tanto no diagnóstico Ortodôntico, como no planejamento de casos cirúrgicos.

Para a realização da análise cefalométrica de tecido mole (ACTM), o paciente deve ser examinado clinicamente na posição natural da cabeça (PNC), com os côndilos assentados na fossa articular (RC) e com os lábios relaxados. Esta postura é imperativa para confiabilidade e padronização da análise cefalométrica que se se -
guirá. Esta análise cefalométrica (ACTM) não pode ser utilizada sem suporte clínico, necessitando de análise facial para complementar e elucidar dados cefalométricos. A análise facial deve enfatizar as estruturas do terço médio da face que não se mostram na análise cefalométrica convencional; em particular podemos enumerar a rima
infra-orbitária, região subpupilar e contorno da base alar como importantes indicadores da posição ântero-posterior da maxila.

Outro ponto de extrema importância para este tipo de análise é a chamada True Vertical Line, subnasal verdadeira ou linha vertical verdadeira (LVV). Esta linha, que na maioria dos casos passa pelo ponto subnasal, é perpendicular ao plano horizontal na posição natural da cabeça. T oda relação é estabelecida por meio das distâncias que pontos em tecido mole assumem em relação à vertical verdadeira. As movimentações em tecido duro repercutem impreterivelmente em alterações no perfil mole e ocorrem até que se estabeleça o equilíbrio entre as bases ósseas e, simultaneamente, a harmonia facial. A espessura de tecido mole, em conjunto com os
fatores dentoesqueléticos, controla amplamente o equilíbrio estético do terço inferior da face.

A partir dos conceitos levantados e da literatura pertinente, podemos verificar que as etapas para o planejamento e execução de uma cirurgia ortognática são extremamente delicadas e diretamente interrelacionadas. Com a predicção digital, têm-se melhores condições de padronização, precisão e previsibilidade ao tratamento
cirúrgico. Desta forma, uma análise facial criteriosa e detalhada, associada à uma predicção e cirurgia de modelos precisa, poderão levar a resultados previsíveis.


Link do artigo na integra via Dental Press:

http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2009/04/v05n0206a07.pdf

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