Muito já foi escrito sobre os efeitos mecânicos da expansão ortopédica da maxila, elucidando os comportamentos esquelético e dentário promovidos pelo acionamento do parafuso expansor. No aspecto biológico nem tanto, pois parece consenso entre os estudiosos a reabsorção radicular externa provocada pela mecânica transversal nos dentes de ancoragem. A literatura também tem sinalizado com reações inflamatórias pulpares. Quando aplicado nas dentaduras decídua e mista, o aparelho expansor apoia-se em dentes decíduos, destinados à esfoliação espontânea decorrente da rizólise (reabsorção radicular fisiológica). O processo de reabsorção radicular nos dentes decíduos provavelmente tem sua explicação na apoptose dos cementoblastos e odontoblastos, o que explica sua ocorrência mesmo diante da ausência ou da ectopia do sucessor permanente. Obviamente, a presença do sucessor permanente tem a sua influência na velocidade do processo, especialmente no seu início. Isso significa que a rizólise dos dentes decíduos sofre influência de fatores externos ao dente.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Influência da expansão rápida da maxila na rizólise dos caninos decíduos usados como ancoragem
Muito já foi escrito sobre os efeitos mecânicos da expansão ortopédica da maxila, elucidando os comportamentos esquelético e dentário promovidos pelo acionamento do parafuso expansor. No aspecto biológico nem tanto, pois parece consenso entre os estudiosos a reabsorção radicular externa provocada pela mecânica transversal nos dentes de ancoragem. A literatura também tem sinalizado com reações inflamatórias pulpares. Quando aplicado nas dentaduras decídua e mista, o aparelho expansor apoia-se em dentes decíduos, destinados à esfoliação espontânea decorrente da rizólise (reabsorção radicular fisiológica). O processo de reabsorção radicular nos dentes decíduos provavelmente tem sua explicação na apoptose dos cementoblastos e odontoblastos, o que explica sua ocorrência mesmo diante da ausência ou da ectopia do sucessor permanente. Obviamente, a presença do sucessor permanente tem a sua influência na velocidade do processo, especialmente no seu início. Isso significa que a rizólise dos dentes decíduos sofre influência de fatores externos ao dente.
domingo, 29 de novembro de 2009
Pensamento da Semana

Émile-Auguste Chartier
sábado, 28 de novembro de 2009
Aquaform
Substitua esta impressão frágil pelas técnicas do Aquaform, tendo um material de referência superior com risco zero de fratura. O passo 7 mostra a combinação perfeita entre banda x Aquaform, onde a impressão no alginato é precisa e nenhum método de retenção adicional é utilizado.
Com Aquaform você sempre faz modelos de transferência perfeitos! (segundo a OrthoSource do Brasil)
Instruções de uso:
1. Ajuste bem as bandas já com os tubos soldados.
2. Coloque o Aquaform em água quente (não fervente,
cerca de 80º C) por 20 segundos. Retire e amasse-o com os
dedos até que a cor esteja uniforme.
3. Pressione o Aquaform sobre o tubo, superfície oclusal,
sobre a banda, superfície lingual. Use jato de ar para esfriar.
4. Molde com o alginato.
5. Remova o modelo de alginato. O Aquaform permanecerá
sobre as bandas nos dentes do paciente.
6. As bandas cobertas pelo Aquaform são facilmente retiradas
dos dentes como uma única unidade.
7. As bandas cobertas pelo Aquaform são assentadas com
precisão no modelo de alginato sem qualquer retenção
adicional.8. A partir do modelo de alginato faça o modelo de
transferência.9. Coloque o modelo de transferência com as bandas
cobertas de Aquaform dentro de uma tigela com 2,5 cm de
água muito quente por 20 segundos. Retire o Aquaform das
bandas.10. O Aquaform foi retirado das bandas. As bandas estão
perfeitamente posicionadas no modelo de transferência.11. Monte e/ou solde seu suporte (barra transpalatal) no
modelo de transferência.
12. A barra encaixará perfeitamente nos dentes.
Texto e imagens do manual cedido pela OrthoSource:
.
http://www.orthosource.com.br/orthosource/manuais/aquaform.zip
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Forças intermitentes podem ser convenientes no tratamento ortodôntico

A “teoria das 10 horas” formulada por Andrews determinou clinicamente a necessidade do uso contínuo de aparelhos ortodônticos removíveis, se o objetivo fosse a movimentação dentária. Por outro lado, a teoria das 10h dá suporte à ancoragem temporária na intercuspidação, como o uso alternado de elásticos intermaxilares nos dentes antagonistas na finalização de casos clínicos, movimentando apenas os dentes de interesse, sem efeitos colaterais indesejáveis nos demais dentes que não se quer movimentar.
Apesar de amplamente difundida, a “teoria das 10 horas” só foi microscopicamente estudada em 1996, quando Cuoghi, em sua tese de doutorado em macacos, quantificou a movimentação dentária nas primeiras 24h e estudou microscopicamente os fenômenos teciduais induzidos, para esclarecer a conveniência do uso clínico de forças contínuas ou intermitentes. Sob força contínua dissipante analisou-se a movimentação depois de 5, 10, 15, 20 e 25h. Na situação de força contínua intermitente os períodos foram: 10h de força com 5h de repouso, 10hF/10hR, 10hF/5hR/5hF e 10hF/5hR/10hF.
b) nos períodos de 10, 15, 20 e 25h as movimentações dentárias não apresentaram diferenças significantes, pois permaneceram no mesmo patamar das 10h de movimentação;
c) as forças contínuas sem períodos de repouso proporcionaram maiores movimentações. Após 10h de força contínua dissipante e repouso de 5h, a quantidade de movimentação foi menor nas reativações em períodos de 5 e 10h de força.
1. Para uma movimentação dentária efetiva, as forças devem ser contínuas. Os períodos de repouso devem ser mínimos e a interrupção da força não favorece a movimentação dentária;
3. A deflexão óssea nos lados de pressão e tensão está intimamente relacionada com a pressão radicular e o estiramento das fibras periodontais.
http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/04/controversia_v5n5.pdf
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Avaliação e mensuração da sutura palatina mediana por meio da radiografia oclusal total digitalizada em pacientes submetidos à expansão rápida maxilar
A abertura do diastema entre os incisivos centrais superiores foi bem evidenciada em nossos resultados, com uma média inicial de 0,47 ± 0,55mm e após a disjunção de 1,36 ± 0,81mm, verificando-se uma diferença estatisticamente significativa entre elas (p-valor = 0,001) para o intervalo de confiança de 95%, concordando com os trabalhos de Haas, Jafari, Shetty e Kunar.
domingo, 22 de novembro de 2009
Pensamento da Semana

"Os grandes espíritos sempre tiveram que lutar contra a oposição feroz de mentes medíocres."
Albert Einstein
1879-1955
Link sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
PREVALÊNCIA DE CANINOS E MOLARES INCLUSOS E SUA RELAÇÃO COM A REABSORÇÃO RADICULAR
Link do artigo na integra via Periodicos UNITAU:
http://periodicos.unitau.br/ojs-2.2/index.php/biociencias/article/view/95
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Tratamento da Classe lll em adultos utilizando aparelho extra-bucal J-Hook no arco mandibular
Neste artigo a ser publicado em 2010, pela Angle Orthodontist, pelos autores Yasuko Kuroda; Shingo Kuroda; Richard G.Alexander; Eiji Tanaka; do Department of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, University of Tokushima Graduate School of Oral Sciences, Tokushima, Japão e do Department of Orthodontics, Baylor College of Dentistry, Dallas, Texas. Mostra a ação do J-Hook aparatoloia extrabucal com excelentes reultados na compensação da classe III.
Este estudo foi realizado com o intuito de avaliar os efeitos do tratamento do aparelho extra-bucal J-Hook com puxada alta no arco dentário inferior em pacientes Classe III.
Quatorze pacientes ma-oclusão de Classe III e ângulo ANB inferior a 1,0 graus, foram tratados com J-Hook com puxada alta no arco inferior. Utilizando telerradiografias em norma lateral e modelos de gesso obtidos antes do tratamento (T1), após o tratamento ativo (T2), e após o período de retenção (T3), os resultados do tratamento foram analisados.
A borda incisal do incisivo central inferior foi movido em média de 1,2 mm para lingual e 1,7 milímetros ao oclusal entre T1 e T2. O eixo do incisivo inferior 4º de inclinação para lingual. A cúspide do primeiro molar inferior movido 1,5 milímetros para o distal e o ápice da raiz movido 2,0 milímetros para mesial. Angulações Molar foram levados a 9.8º para o distal. O plano oclusal sofreu 4.5º rotação anti-horário. A largura média intermolares aumentou 1,5 mm em média. A Comparação dos registros entre T2 e T3 mostraram alterações mínimas.
O movimento Distal da arcada dentária com J-Hook foi claramente demonstrado, confirmando que a aplicação com aparelho extra bucal com puxada alta no arco inferior foram eficazes para a melhora da oclusão Classe III.
Link do artigo na integra via Angle Orthodontist:
http://www.angle.org/doi/abs/10.2319/041609-218.1
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Planejamento digital em cirurgia ortognática: precisão, previsibilidade e praticidade
Neste artigo de 2006, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Eduardo Sant’Ana, Laurindo Zanco Furquim, Moacyr Tadeu Vicente Rodrigues, Érika Uliam Kuriki, Angelo José Pavan, Edevaldo T. Camarini, Liogi Iwaki Filho; da disciplina de Cirurgia da FOB-USP- Bauru, da Disciplina de Ortodontia da UEM- Maringá, Mestrado em Estomatologia da FOB-USP-Bauru, do Serviço de Urgência Odontológica da FOB-USP- Bauru e da disciplina de Cirurgia da UEM- Maringá. Procura evidenciar pontos importantes na análise clínica e na predicção digital, e apresentar um caso clínico, cujo tratamento foi executado seguindo as linhas mais modernas em termos de análise facial e planejamento cirúrgico digital.
A cirurgia ortognática é considerada atualmente um procedimento altamente viável e coadjuvante na resolução dos casos envolvendo deformidades dentofaciais em adultos. Isto se deve aos avanços promissores nesta área, que possibilitaram tanto a simplificação das técnicas cirúrgicas, com menor desconforto pós-operatório aos pacientes, quanto ao planejamento ortodôntico-cirúrgico mais padronizado e conseqüentemente mais preciso.
A análise de tecido mole, ao lado dos modelos de estudo e da cefalometria, tornou-se indispensável para o diagnóstico das deformidades dentofaciais, já que um tratamento baseado somente em grandezas cefalométricas pode criar resultados indesejáveis.
Arnett e Bergman apresentaram Facial Keys to orthodontic and treatment planning como uma análise clínica facial tridimensional empregada tanto no diagnóstico Ortodôntico, como no planejamento de casos cirúrgicos.
Para a realização da análise cefalométrica de tecido mole (ACTM), o paciente deve ser examinado clinicamente na posição natural da cabeça (PNC), com os côndilos assentados na fossa articular (RC) e com os lábios relaxados. Esta postura é imperativa para confiabilidade e padronização da análise cefalométrica que se se -
guirá. Esta análise cefalométrica (ACTM) não pode ser utilizada sem suporte clínico, necessitando de análise facial para complementar e elucidar dados cefalométricos. A análise facial deve enfatizar as estruturas do terço médio da face que não se mostram na análise cefalométrica convencional; em particular podemos enumerar a rima
infra-orbitária, região subpupilar e contorno da base alar como importantes indicadores da posição ântero-posterior da maxila.
Outro ponto de extrema importância para este tipo de análise é a chamada True Vertical Line, subnasal verdadeira ou linha vertical verdadeira (LVV). Esta linha, que na maioria dos casos passa pelo ponto subnasal, é perpendicular ao plano horizontal na posição natural da cabeça. T oda relação é estabelecida por meio das distâncias que pontos em tecido mole assumem em relação à vertical verdadeira. As movimentações em tecido duro repercutem impreterivelmente em alterações no perfil mole e ocorrem até que se estabeleça o equilíbrio entre as bases ósseas e, simultaneamente, a harmonia facial. A espessura de tecido mole, em conjunto com os
fatores dentoesqueléticos, controla amplamente o equilíbrio estético do terço inferior da face.
A partir dos conceitos levantados e da literatura pertinente, podemos verificar que as etapas para o planejamento e execução de uma cirurgia ortognática são extremamente delicadas e diretamente interrelacionadas. Com a predicção digital, têm-se melhores condições de padronização, precisão e previsibilidade ao tratamento
cirúrgico. Desta forma, uma análise facial criteriosa e detalhada, associada à uma predicção e cirurgia de modelos precisa, poderão levar a resultados previsíveis.
Link do artigo na integra via Dental Press:
http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2009/04/v05n0206a07.pdf
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Alterações na dimensão transversal pela expansão rápida da maxila
Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, pelo Autor Dr. Roberto Mario A. Lima Filho; Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Pós-graduado em Ortodontia pela Universidade de Illinois em Chicago – EUA. Diplomado pelo American Board of Orthodontics. Membro da Edward H. Angle Society of Orthodontists. Presidente Fundador do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. Mostra que a expansão ortopédica da maxila vem atraindo cada vez mais a atenção da comunidade científica devido, principalmente, à sua aplicação e capacidade de alterar o crescimento craniofacial em diversas situações clínicas.
As deformidades transversais fazem parte das alterações dentofaciais encontradas pelo ortodontista.Dentre elas, a mais comum é a deficiência maxilar transversal. O tratamento comumente empregado nesses casos é a expansão rápida da maxila (ERM) – método de alteração ortopédica do crescimento craniofacial utilizado em diversas situações clínicas. Esse procedimento consiste na a plicação de força à maxila através dos dentes, expandindo a sutura palatina mediana e, consequentemente, a maxila.
Embora essa deformidade seja um dos problemas esqueléticos que mais sequelas pode causar na região craniofacial, é também a que melhor se adapta às alterações ortopédicas, quando comparada às outras regiões do complexo craniofacial, após o tratamento.
As deficiências maxilares transversais observadas pelo clínico em pacientes que buscam tratamento ortodôntico manifestam-se, tipicamente, pela mordida cruzada unilateral ou bilateral. Existem casos com essa deficiência que não apresentam mordida cruzada posterior, nos quais a oclusão é aparentemente normal, mas há compensação pela inclinação axial dos dentes superiores para vestibular e dos inferiores para lingual.
As deficiências maxilares transversais, se não identificadas no exame clínico e não definidas no diagnóstico, conduzem a diversas manifestações encontradas no dia a dia, como hipoplasia maxilar, crescimento facial assimétrico, posicionamento e desvio funcional da mandíbula, estética dentofacial comprometida, respostas periodontais adversas e outros problemas funcionais decorrentes da constrição maxilar.
A ERM tem sido usada por mais de um século para o tratamento da constrição maxilar e, embora existam muitas publicações sobre esse método, praticamente todas tratam de reações que ocorrem no complexo maxilar. Muito pouco tem sido publicado sobre as alterações que ocorrem na dentição mandibular sob a influência da expansão maxilar.
Problemas associados com a posição dos dentes na mandíbula são mais difíceis de tratar clinicamente, uma vez que a estrutura mandibular é altamente resistente e, portanto, menos suscetível às forças ortodônticas e ortopédicas aplicadas durante
o tratamento. Movimentos dentários, com exceção do deslocamento de dentes em locais de extração, limitam-se principalmente às inclinações ou às rotações, sendo influenciados por diferenças na estrutura óssea entre o processo alveolar e a base apical mandibular.
O apinhamento dentário pode ser definido como uma discrepância na relação entre o tamanho dos dentes e o tamanho dos maxilares, resultando em quebra de contato e rotação dos dentes. Howe, McNamara e O’Connor, estudando 50 pacientes com apinhamento e 54 sem, verificaram que não houve diferença significativa no tamanho
dos dentes entre os grupos. Por outro lado, esse estudo revelou diferença significativa de 5 a 6mm na largura do arco. Esses resultados indicam que o tamanho e o perímetro do arco parecem ser mais importantes, na etiologia do apinhamento
dentário, do que o tamanho dos dentes.
Existem muitos casos de deficiência maxilar transversal em que os dentes posteriores estão compensados, ou seja, os inferiores inclinados para lingual e os superiores para vestibular. A melhor opção para a correção dessa anormalidade é a ERM, que move as raízes dos dentes posterossuperiores para posições mais adequadas.
Corrigindo-se apenas a mordida cruzada dentária não se atinge o objetivo principal do tratamento ortopédico, que é estabelecer uma relação mais favorável entre as bases dentárias. Quando isso ocorre, os dentes posterossuperiores devem sempre estar sobre-expandidos, produzindo tendência à mordida cruzada vestibular. A relação ideal é manter contato entre as cúspides linguais dos dentes posterossuperiores com as cúspides vestibulares dos posteroinferiores.
Em casos de deficiência maxilar transversal, a projeção dentária lateral é insuficiente para preencher os cantos do sorriso, ou seja, a dentição não se estende até as comissuras labiais. Sarver empregou o termo espaço negativo para descrever as sombras que aparecem nos cantos da boca, durante o sorriso, em pacientes portadores
de maxila estreita e cônica. Esse conceito, em termos protéticos, é chamado de corredores bucais. Não é seguro extrair dentes para resolver o problema de apinhamento em pacientes com espaço negativo, pois a possibilidade de melhorar o
problema estético seria diminuída.
Quando as proporções entre a maxila e a mandíbula estão alteradas entre si, ou em relação ao crânio, observa-se deformidades dentofaciais. Essas deformidades podem ocorrer, na maxila e/ou mandíbula, nas três dimensões do espaço, mas frequentemente
ocorrem no plano anteroposterior, manifestando-se como má oclusão de Classe II.
Trabalhos recentes sugerem que a má oclusão de Classe II está relacionada à deficiência em largura da maxila. Essa deficiência ocorre em crianças antes dos seis anos de idade, e a abertura da maxila atrésica é fundamental para a correção esquelética definitiva dessa má oclusão e prevenção de crescimento protrusivo.
No tratamento ortodôntico é fundamental que os elementos funcionais e estéticos das relações dentárias e esqueléticas que necessitam de correção sejam reconhecidos. O diagnóstico correto e individualizado para cada paciente possibilita a elaboração de um tratamento mais apropriado. A expansão ortopédica da maxila vem atraindo, cada vez mais, a atenção da comunidade científica, devido principalmente à sua aplicação e capacidade de alterar o crescimento craniofacial em diversas situações clínicas. Esse tipo de intervenção ortopédica possui grande utilidade terapêutica, pois sua aplicação em diversas anormalidades apresenta maior versatilidade quando comparada aos aparelhos de modificação de crescimento disponíveis atualmente para o tratamento ortodôntico.
Link do artigo na integra via Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v14n5/a18v14n5.pdf
domingo, 15 de novembro de 2009
Pensamento da Semana

"O conhecimento leva à unidade, assim como a ignorância à diversidade."
(Shri Ramakrishna)
1836 -- 1886
Link sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramakrishna
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Genético e hereditário versus reabsorção dentária: cuidados interpretativos são importantes

Neste artigo de 2003, pela Revista Dental Press, pelo Autor Prof. Dr. Alberto Consolaro, Professor Titular em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia
de Bauru - FOB-USP - São Paulo. Mostra mais uma bela reflexãodo Dr. Consolaro sobre reabsorções radiculares.
A palavra “genético” representa um adjetivo atribuído ao que está relacionado com os genes. Os genes são informações completas registradas nos cromossomos dos núcleos celulares. Vamos fazer uma analogia para entendermos com propriedade e profundidade, mas sempre com simplicidade.
Os genes podem ser comparados a receitas agrupadas em um livro, ou melhor em um cromossomo. Cada célula humana tem 23 pares de livros de receitas em seu núcleo. Cada um destes livros de receitas está constituído por um material conhecido como DNA; o livro clássico seria de papel. Quando alguma estrutura precisa que a célula realize uma determinada função, ou produza algo, libera-se um mediador para
atuar em seus receptores de superfície ou “ouvidos bioquímicos”. Internamente esta
célula modifica-se para abrir um dos livros ou cromossomos na página em que está a
receita, ou a informação, revelando bioquimicamente o que deve ser executado. Assim
cumpre-se a ordem recebida.
Para o gene ativado determinar a função, deve-se disponibilizar para a célula o material necessário ou substrato. Continuando a analogia do livro de receitas, para
fazer o bolo deve-se ter disponíveis os ingredientes. Na célula estes ingredientes seriam enzimas, aminoácidos, peptídeos, proteínas, pH adequado, etc.
Um gene pode ser ativado por muitos mediadores. Uma receita ou uma função pode ser requerida por muitos mediadores; em outras palavras, vários mediadores ou pessoas podem solicitar a feitura de um bolo. Se um mediador não induzir, outros irão fazê-lo. Tal como alguns bolos, alguns genes ou receitas são muito específicos, mas a maioria dos fenômenos pode ser induzida por vários mediadores.
A maior ou menor produção de um destes mediadores na movimentação dentária está relacionada com um maior estímulo n as células periodontais, promovido pelo estresse e inflamação em função das forças aplicadas.
Atribuir conotação hereditária às reabsorções dentárias a partir de estudo genético de um destes mediadores envolvidos e diagnosticadas em radiografias cefalométricas e panorâmicas em incisivos superiores pode representar um equívoco e colocar em
cheque a credibilidade de autores e periódicos que o publicam. E isto aconteceu recentemente em uma das melhores revistas mundiais de Ortodontia!
Link do artigo na integra via Dental Press:
http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/01/controversia-ok.pdf
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
O tratamento da Classe III – revisão sistemática – Parte I. Magnitude, direção e duração das forças na protração maxilar
Neste artigo de 2009, pulicado pela Revista Dental Press, pelos autores Anna Paula Rocha Perrone, José Nelson Mucha; Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUC-RJ e Doutor em Ortodontia e professor titular de Ortodontia na UFF, Niterói - Rio de Janeiro. Sintetizam as informações relativas à magnitude, direção e tempo diário da aplicação das forças, por meio de uma revisão de literatura sistemática.
Várias são as possibilidades de tratamento para a Classe III. Todavia, a maioria dos autores são unânimes em considerar a protração maxilar associada ou não à expansão palatina rápida como a melhor terapia para os pacientes em fase de crescimento.
Diferentes tipos de dispositivos utilizados como ancoragem extrabucal para protração maxilar já foram descritos na literatura, como: máscara facial tipo Delaire, máscara facial tipo Petit, máscara facial de Turley e Sky Hook, entre outros.
Desde 1960, trabalhos têm sido realizados para verificar a possibilidade da movimentação da maxila. Em 1977, um estudo em macacos mostrou ser possível movimentar a maxila no sentido anterior por meio da aplicação de força extrabucal.
A magnitude, a direção do vetor da força aplicada e a quantidade de horas de uso durante o dia são extremamente importantes para o sucesso da terapia com protração maxilar. Uma inclinação inferior a 20º em relação ao plano oclusal promoveria uma rotação da maxila no sentido anti-horário. Para alguns autores, a direção da força deveria ser horizontal ou levemente inferior, de acordo com o grau de sobremordida do paciente. Estudos em crânio seco indicaram que uma força aplicada acima do plano de Frankfurt produz uma rotação posterior da maxila. A força aplicada e a quantidade de horas de uso são um tema também controverso na literatura, pois existe um número grande de combinações entre a magnitude da força e o tempo de utilização do dispositivo.
O tratamento da Classe III com protração maxilar tem sido bastante relatado na literatura porém a maioria dos trabalhos não identifica claramente a magnitude, a direção da força e o tempo de utilização do aparelho para obter-se a correção adequada desse problema. Nessa revisão sistemática, uma cuidadosa pesquisa da literatura foi realizada para encontrar estudos primários nos quais esses fatores fossem abordados.
Nos estudos selecionados, a magnitude mínima da força recomendada foi de 215g e a máxima foi de 800g. A magnitude média determinada no presente trabalho foi de 447,8g, estando condizente com a maioria das recomendações dos demais estudos.
Em todos os estudos selecionados, os autores demonstraram preocupação em evitar rotações indesejáveis da maxila durante o processo de protração maxilar. A direção do vetor de força para frente e para baixo apresentou inclinação mínima de 20 graus e máxima de 45 graus em relação ao Plano Oclusal. A inclinação média determinada neste trabalho foi de 27,5º em relação ao Plano Oclusal, semelhante com a recomendação da maioria dos estudos.
A quantidade de horas diárias de uso do aparelho de protração maxilar recomendada nos estudos foi de 10 horas/dia a 22 horas/dia. A média de horas/dia calculada no presente trabalho foi de 15,2 para o uso do aparelho, exatamente como recomendado por Pangrazio-Kulbersh, Berger, Kersten e Pangrazio-Kulbersh et al.
A protração maxilar, associada ou não à disjunção da sutura palatina mediana, é a terapia mais recomendada pelos autores para o tratamento da Classe III em fase de crescimento.
Link do artigo na integra via Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v14n5/a15v14n5.pdf
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Lesões necróticas na disjunção palatina: explicação e prevenção
1. ossificação da sutura e impedimento de sua abertura, concentrando as forças aplicadas sobre a mucosa e os dentes. Quando isso ocorre, o paciente geralmente demorou excessivamente para procurar a orientação do profissional, mesmo com sintomatologia muito dolorosa.
2. ativação inadequada, por parte do paciente, durante a aplicação das voltas no parafuso do aparelho;