ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Avaliação qualitativa em modelo experimental fotoelástico do sistema de força gerado pela mola “T” com pré-ativações preconizadas por Burstone

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Avaliação qualitativa em modelo experimental fotoelástico do sistema de força gerado pela mola “T” com pré-ativações preconizadas por Burstone




Neste artigo de 2011, publicado pelo Dental Press Journal Orthodontics, pelos autores Luiz Guilherme Martins Maia, Vanderlei Luiz Gomes, Ary dos Santos-Pinto, André da Costa Monini, Luiz Gonzaga Gandini-Jr; do curso de Odontologia da Universidade Tiradentes/SE, do departamento de Prótese Removível e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia; da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP; Avalia o sistema de forças gerado pela mola T centralizada no espaço interbraquete, com pré-ativação preconizada por Burstone.



Na terapêutica ortodôntica, por meio de um detalhado diagnóstico, a extração de pré-molares é um procedimento algumas vezes adotado e requer do ortodontista um conhecimento acurado da biomecânica no fechamento dos espaços remanescentes, assim como dos princípios histológicos, anatômicos e fisiológicos. O fechamento do espaço poderá ocorrer pela distalização dos dentes anteriores, mesialização do segmento posterior ou uma combinação entre elas. Nessa fase, é importante que o profissional escolha o dispositivo a ser utilizado de acordo com o tipo de ancoragem necessária, observando o sistema de força liberado, de modo que haja bom controle do movimento sem agredir as estruturas adjacentes aos dentes.



Pensando nesse sistema de força e considerando os princípios da técnica do arco segmentado, Burstone, em 1982, idealizou a mola T confeccionada com fio de titânio-molibdênio, de secção 0,018”x 0,025” ou 0,017” x 0,025”, a qual possibilitaria ao clínico trabalhar de forma mais previsível, e seu sistema de forças liberado seria intimamente relacionado à quantidade de ativação e à incorporação das dobras de pré-ativação. Com isso, seria possível controlar de forma mais precisa o centro de rotação dos dentes.


De forma peculiar, a mola T proporciona baixa magnitude de força em quantidades de ativações altas. Isso ocorre em função do tipo de liga utilizada e pela grande quantidade de fio incorporada em seu desenho. Clinicamente, isso é muito positivo, uma vez que a quantidade de ativação é muito grande e a perda de força é relativamente baixa quando comparada à de outros dispositivos de fechamento de espaço. Assim sendo, esse dispositivo ainda apresenta níveis satisfatórios na proporção momento/força (M/F) e carga/deflexão (C/D).

Assim, o propósito deste estudo foi avaliar, em modelo experimental fotoelástico, o sistema de força gerado pela mola T de Burstone, centralizada no espaço interbraquetes, buscando, por meio de análise qualitativa, respaldo de forma a complementar as pesquisas já existentes.

Foi utilizada a técnica da análise experimental fotoelástica, que transforma as forças internas mecânicas produzidas em padrões de luz visíveis que indicam a localização e a magnitude da tensão. Isso se baseia no princípio de que, quando um feixe de luz polarizada passa através de um material birrefringente, essa diferença entre as velocidades dos feixes é observada com filtro polarizante. O equipamento utilizado para visualização do efeito fotoelástico foi o polariscópio circular, que consiste de um sistema de iluminação, um par de polarizadores e um suporte para sustentar o modelo fotoelástico a ser observado, e uma câmera para obtenção das imagens e posterior análise dos resultados.

Para cada modelo, utilizou-se uma mola T, confeccionada com fio de titânio-molibdênio (TMA), com secção transversal de 0,017” x 0,025”. No intuito de manter o padrão das molas T, definido por Burstone, quando de sua confecção, foi feito um template cujas medidas foram: 10mm de comprimento e 7mm de altura. Em seguida, dobras de pré-ativação foram incorporadas às molas, seguindo o padrão definido por Burstone.

CONCLUSÃO

Utilizando o método experimental fotoelástico para análise qualitativa do sistema de forças liberado pela mola T centralizada e confeccionada com fio de TMA 0,017” x 0,025”, podemos concluir que:

1. Em posição neutra, a molaT apresentou uma ordem de franja muito baixa em toda a superfície radicular.

2. Com ativação de 3mm,a ordem de franja mostrou-se com tendência de movimento de incli- nação controlada.

3. Com ativação de 6mm, a concentração de energia, ou de força, foi claramente maior.

4. Em nenhuma das ativações observadas, a ordem de franja mostrou-se com característica de movimento de inclinação descontrolada.


Link do artigo na integra via Scielo:

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