ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Tratamento da maloclusão de classe III com ancoragem esquelética, e seus efeitos nas vias aéreas respiratórias

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Tratamento da maloclusão de classe III com ancoragem esquelética, e seus efeitos nas vias aéreas respiratórias





Este artigo publicado em 2015 pelo Angle Orthodontist, pelos autores Tung Nguyen; Hugo De Clerck; Michael Wilson; Brent Golden. Do Department of Orthodontics, School of Dentistry, University of North Carolina, Chapel Hill, NC. Apresenta um estudo comparativo do efeito do tratamento da maloclusão de Classe III com ancoragem esquelética, sobre as vias aéreas respiratória nestes pacientes.

O artigo comparou os volumes das vias aéreas respiratórias e as alterações mínimas na secção transversal em pacientes com maloclusão de classe III tratados com protração maxilar esquelética (PME) versus grupo controle de pacientes com Classe III não tratados. 

Foram avaliados vinte e oito pacientes com Classe III esquelética, na faixa etária entre 10 e 14 anos (idade média de 11,9 anos), tratados com PME, foram instaladas quatro miniplacas, sendo duas na crista infra-zigomática e duas entre os incisivos laterais e caninos inferiores. As miniplacas modificadas (Bollard, Tita-Link, Bruxelas, Bélgica) foram fixadas ao osso por dois (mandíbula) ou três (maxila) parafusos, com diâmetro de 2,3 mm, e 5 mm de comprimento. As extensões das placas perfuraram a gengiva inserida próxima à junção mucogengival. Três semanas após a cirurgia, as miniplacas foram ativadas usando elásticos de Classe III com de 100g de força de cada lado. A força foi aumentada para 200g após 1 mês de tração, e para 250g após 3 meses. Os pacientes foram orientados substituir os elásticos pelo menos uma vez por dia e usa-los por 24 horas por dia. Nos casos de sobremordida associada, foram inseridas placas de mordida no arco superior para eliminar a interferência oclusal. 

Os avaliados fizeram tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) tomadas antes dos tratamento (T1) e 1 ano após (T2). Vinte e oito pacientes Classe III não tratados com idade média de 12,4 anos, tiveram TCFC tomadas e cefalogramas gerados. Os volumes das vias aéreas foram avaliadas usando o software Dolphin Imaging 11.7 3D. 
De T1 a T2, o volume das vias aéreas dos pacientes tratados com PME apresentou aumento significativo (1499,64 mm3 ). A área na secção mais estreita aumentou ligeiramente (15,44 mm2). O volume das vias aéreas de pacientes com PME em T2 foi 14136,61 mm3, em comparação com pacientes Classe III não tratados foi de 14432,98 mm3. 
Os autores concluíram que o tratamento com PME não impediu o desenvolvimento da orofaringe. (Angle Orthod.2015; 85: 591-596.)

PALAVRAS-CHAVE: Ancoragem esquelética; Via aérea; Classe III

Artigo Traduzido pela Colega: Nathalia Torres

Link do Artigo na Integra via Angle Orthodontist:


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