ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Fibras Reforçadas por Resina (FRC) em Ortodontia. Versatilidade Clínica

terça-feira, 10 de junho de 2014

Fibras Reforçadas por Resina (FRC) em Ortodontia. Versatilidade Clínica





Neste artigo de 2005. Publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Daniel Ianni Filho, Lylian Tsai Strinta, Yasushi Inoue Miyahira, Eduardo Serpa; do Centro de Cursos e Pesquisas Odontológicas Alpha Smile Campinas/São Paulo. Mostra algumas das aplicações clínicas nas quais as fibras contribuíram de forma significativa para a realização dos tratamentos ortodônticos, simplificando-os e aumentando a eficiência clínica.

A engenharia de materiais tem desenvolvido pesquisas com o objetivo de aprimorar estruturas resistentes e, com os recentes avanços tecnológicos, passamos a utilizar as fibras de vidro na Ortodontia de modo inovador. Segundo Freudenthaler, Tischler e Burstone, as fibras proporcionam versáteis aplicações clínicas. Inicialmente, as fibras foram empregadas com o objetivo de promover contenção temporária de um ou mais elementos dentários, como nos casos de tratamentos periodontais, devido à necessidade da contenção de dentes com mobilidade em grau avançado, ou ainda nos tratamentos reabilitadores, com o objetivo de se confeccionar próteses fixas adesivas ou próteses fixas provisórias. Iniciamos agora uma nova fase também na especialidade ortodôntica, com a utilização de fibras de vidro e de polietileno, modificando, em parte, conceitos tradicionais na utilização da aparatologia fixa . O que já é uma realidade nos EUA passa agora a ser também uma realidade no Brasil.

Uma importante aplicação clínica é a substituição das bandas pela colagem da associação fibra/tubo nos molares, com inúmeras vantagens, pois não é preciso separar dentes nem confeccionar e cimentar as bandas, o que diminui os problemas periodontais e a formação de manchas brancas. Segundo Burstone, as fibras são elementos que podem ser utilizados para unir um grupo de dentes que atuarão tanto como unidade ativa (movimentados), como reativa (ancoragem), sugerindo que determinados tratamentos ortodônticos podem ser realizados utilizando-se um menor número de braquetes e fios.

O número de braquetes pode ser diminuído em várias situações clínicas, como: a) quando as fases de alinhamento e nivelamento não são necessárias num primeiro momento, em virtude de uma boa oclusão e um bom posicionamento inicial dos dentes; b) quando o problema é inter-segmentar ou ainda, c) quando o problema (por exemplo, apinhamento) está localizado em um segmento específico do arco. Nesses casos, os segmentos sem grandes apinhamentos são unidos através da colagem de fibras, funcionando a partir desta união como um dente multirradicular reforçado. Em cada segmento, um ou mais acessórios podem ser colados. Desse modo, é realizada grande parte do tratamento ortodôntico, como a correção da mordida aberta, a correção da mordida profunda ou ainda o fechamento dos espaços das extrações dentárias. Os braquetes são colados de modo tradicional, ou seja, em todos os dentes, somente na fase de realinhamento e renivelamento. Nesse caso, o paciente utilizou um número menor de braquetes durante a metade do tempo de tratamento, diminuindo o desconforto, melhorando a higienização e a estética.

As fibras despontam como um excelente recurso para o auxílio na correção ortodôntica, em diversas situações clínicas.Tendo em vista a grande quantidade de pacientes adultos que procuram o ortodontista por motivos estéticos e a possibilidade de diminuir a recidiva e a diminuição do tempo de tratamento, as fibras de vidro, de polietileno e de vidro modificada são uma excelente opção. Trata-se de uma abordagem segura, previsível e que certamente diferencia o profissional que a utiliza, com vistas à eficiência e satisfação do paciente.

Link do artigo na integra via Scielo:

www.scielo.br/pdf/dpress/v10n3/v10n3a07.pdf

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