ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Uso da tomografia multidirecional na visualização de dente impactado

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uso da tomografia multidirecional na visualização de dente impactado








Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Gaúcha de Odontologia, pelas autoras Ana Elizabeth Aguiar da SILVA; Mônica Almeida TOSTES; da Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; Contém o relato clínico de um paciente do gênero masculino, leucoderma, oito anos de idade, que apresentava o dente 11 impactado.

Os dentes impactados são aqueles que perderam sua força irruptiva e não conseguem atingir sua posição na arcada dentária, dentro do tempo esperado, por algum impedimento. A impactação de dentes anteriores pode ter diversas etiologias, tais como: falta de espaço no arco dental, perda precoce de decíduo, rotação do germe dentário, presença de dentes supranumerários, odontomas, traumatismo ou qualquer outra obstrução. A maioria dos casos de impactação de dentes superiores pós-traumática acontece na infância, nas dentições decídua e mista.

O tratamento do dente impactado é bem variado e depende das circunstâncias nas quais está envolvido: ele pode ser mais conservador, bastando uma simples remoção de gengiva circundante para que o dente retorne ao seu curso normal de irrupção; pode ser tracionado ortodonticamente ou removido cirurgicamente, quando há impossibilidade de recolocação no seu sítio. O dente impactado pode causar reabsorção das raízes dos dentes vizinhos, dor, infecções, cisto dentígero com subsequente destruição óssea e aparecimento de ameloblastomas em suas paredes.

O diagnóstico da impactação é realizado através de exames clínico e radiográfico convencional. Existem várias técnicas radiográficas de localização dos dentes com impactação: radiografia periapical, radiografia oclusal, telerradiografia de perfil, tomadas com variações de angulações, como na técnica de Clark e as tomografias. As radiografias convencionais são empregadas na elaboração da fase inicial do plano de tratamento, pois apresentam vantagens, como o baixo custo e a facilidade de acesso.

No diagnóstico inicial de dentes impactados, as radiografias convencionais são utilizadas, porém, esses exames mostram uma imagem bidimensional de uma estrutura tridimensional, acarretando a sobreposição dos tecidos, imagem pouco nítida, com um contraste relativamente baixo, o que dificulta a visualização de detalhes importantes das estruturas anatômicas e a interpretação integral de determinadas patologias. Recentemente, são requeridos outros exames imagenológicos da região de cabeça e pescoço, como por exemplo, a tomografia multidirecional, que permite a observação minuciosa das regiões anatômicas a serem avaliadas. Apresenta como desvantagem um maior custo, porém, compensado pelo benefício de imagens com melhor definição, que assegura a correta evolução do plano de tratamento.

CONCLUSÃO

Através da tomografia multidirecional, verificou-se a identificação precisa da patologia do dente em questão, guiando o tratamento cirúrgico, desde a etapa de seu planejamento, otimizando o tempo da cirurgia e, consequentemente, diminuindo as complicações pós-operatórias.


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