ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Técnica de frenectomia associada a enxerto de mucosa mastigatória: relato de caso clínico

terça-feira, 8 de junho de 2010

Técnica de frenectomia associada a enxerto de mucosa mastigatória: relato de caso clínico




Neste artigo de 2008, publicado pela Revista Dental Press de Periodontia e Implantodontia, pelos autores Tiago Galvão Gonçalves Neiva, Daniela Cristina Diniz Ferreira, Bruno Gadelha Fernandes Maia, Marcos Blatt, Getúlio da Rocha Nogueira Filho, Urbino da Rocha Tunes; da Implantodontia da Universidade de Santo Amaro/SP; Odontologia pela Universidade Ibirapuera/SP; Periodontia e do Curso de Graduação em Odontologia da FBDC/BA- Salvador. Apresenta um caso clínico de frenectomia associada a enxerto de mucosa mastigatória.

Frênulos labiais são pregas sagitais da mucosa alveolar, em forma de lâmina de faca, inseridas da superfície interna do lábio à gengiva da linha mediana entre os incisivos centrais superiores.

Sua função consiste em delimitar os movimentos labiais, promovendo estabilização na linha média e impedindo a excessiva exposição da mucosa gengival. Sua constituição histológica apresenta superficialmente um epitélio estratificado orto ou paraqueratinizado, no plano intermediário apresenta tecido conjuntivo denso frouxo e, no plano mais profundo, submucosa contendo glândulas mucosas e vasos linfáticos.

O frênulo quando considerado anormal pode restringir os movimentos labiais, interferir no posicionamento dentário, estabilidade de próteses, mímica facial, fonação e estética do paciente. Além disso, o espessamento do tecido na região interincisal e a tensão direta exercida sobre a gengiva marginal facilitam o acúmulo de irritantes locais, dificulta a adequada higiene bucal, contribui para o agravamento de bolsas periodontais e interfere no processo reparativo tecidual pós-raspagem.

A cicatrização após a cirurgia de frenectomia ocasiona, como resultado final, uma área com pouca gengiva ceratinizada inserida. Este fato pode produzir, na área operada, mobilidade da gengiva marginal, o que predispõe ao acúmulo de placa bacteriana, bem como a possibilidade de recidiva com reinserção das fibras do freio na mesma posição anterior à cirurgia.

Para evitar que isto ocorra, preconiza-se realizar fenestrações no tecido periodontal em regiões mais altas da inserção do freio, o que poderia impedir a recidiva. Entretanto, esta técnica traz, em alguns casos, resultados ineficazes, com limitação quanto à estética.

A técnica de frenectomia associada ao enxerto gengival livre mantém a inserção do freio distante da gengiva marginal, promovendo aumento da gengiva ceratinizada, estética consistente, bem como não promove nenhum dano da área doadora.

CONCLUSÃO

A associação do enxerto gengival livre à frenectomia representa uma boa alternativa, com aumento da gengiva ceratinizada inserida na área, proporcionando uma melhor higienização e conforto para o paciente.


Link do artigo na integra via Dental Press:

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