Neste artigo de 2005, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Reinaldo Mazzottini, Leopoldino Capelozza Filho, Mauricio de Almeida Cardoso, de Bauru e Araçatuba - São Paulo. Mostram as possibilidades de se lançar mão nas indicações e utilização das exodontias de incisivo inferior objetivando uma boa finalização ortodontica.
Pode parecer anacrônica a discussão acerca do procedimento cirúrgico de extração no segmento de incisivos inferiores, principalmente pela falsa impressão de simplicidade na execução do mesmo. A anatomia dos incisivos, dentes normalmente uniradiculares, favorece, mas a fragilidade óssea na região anterior da sínfise mandibular é muitas vezes negligenciada no procedimento cirúrgico. Essa manobra assume importância inusitada quando a extração do incisivo é indicada no contexto de um tratamento ortodôntico, com movimentação de dentes na região. Isso justifica a apresentação de uma técnica para extração no segmento anterior inferior, visando preservar a integridade do osso alveolar e periodonto na região da extração.
A extração de incisivos inferiores tem sido cada vez mais utilizada na Ortodontia contemporânea, fato este inconteste pelo crescente aumento de pacientes adultos no cotidiano da clínica. Os pacientes submetidos a tal procedimento encontram-se geralmente na dentadura permanente madura, onde a queixa estética é proporcional à ansiedade para o término do tratamento. O tratamento ortodôntico a ser realizado nestes pacientes não deve apresentar a característica de reestruturação, limitando-se à correção localizada (in loco) da queixa do paciente, reduzindo o tempo de tratamento.
No que concerne à estabilidade, não há um consenso na literatura. Nos estudos onde a instabilidade foi detectada, o critério para seleção das amostras pode ser questionável. A indicação para extração no segmento anterior inferior, segundo Silva Filho et al., baseia-se na condição morfológica inicial, independente da estabilidade. Clinicamente, as alterações na forma do arco dentário inferior tendem a ser menores com este procedimento, sendo determinante para a estabilidade pós-tratamento.
O tratamento ortodôntico com indicação de extração no segmento anterior depende de uma interação com o cirurgião, com melhores resultados quando realizado em equipe. Isto é desejável para o ortodontista, minimizando os riscos, e essencial para o paciente. Qualquer seqüela causada por um procedimento cirúrgico mal executado colocará em risco o sucesso do tratamento. O tempo de tratamento necessário para a recuperação óssea na região será maior e as limitações estéticas podem se fazer presentes.
Link do Artigo na Integra via Dental Press:
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