ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Avaliação comparativa entre agradabilidade facial e análise subjetiva do Padrão Facial

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Avaliação comparativa entre agradabilidade facial e análise subjetiva do Padrão Facial




Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Dental Press, Pelos autores Olívia Morihisa, Liliana Ávila Maltagliati; da Pós-graduação em Odontologia, área de concentração Ortodontia, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp); Mostra um estudo de duas análises subjetivas faciais utilizadas para o diagnóstico ortodôntico, avaliação da agradabilidade facial e definição de Padrão Facial, e verificar a associação existente entre elas.

O diagnóstico na Ortodontia já foi guiado pela oclusão como sendo o principal objetivo do tratamento ortodôntico e se acreditava que uma ótima oclusão levaria, consequentemente, a uma estética facial ideal. Durante quase todo o século XX persistiu a ideia de oclusão em primeiro plano nos objetivos do tratamento, talvez impulsionada pela cefalometria, que guiava o tratamento por meio do padrão de normalidade dentoesquelética.

Contrariamente, Tweed e Stoner foram unânimes em afirmar que a melhor estética é meta tão ou mais importante para o ortodontista do que a oclusão. Nesse período, iniciou-se o estudo de algumas normas para tecidos moles nas análises cefalométricas dentoesqueléticas. Um dos precursores dessa tendência foi Burstone, que concluiu que a análise esquelética e dentária poderia levar à falsa interpretação do tecido mole, fato que foi reiterado por Legan e Burstone.

Brandão, Domínguez-Rodríguez e Capelozza Filho citaram que medidas cefalométricas nem sempre concordam com a análise clínica, já que essas visões bidimensionais do esqueleto seriam reflexos imperfeitos do que existe clinicamente.

Fernández-Riveiro et al., em 2003, lembraram que as análises faciais informam sobre a morfologia do perfil, bem como sua relação com o tecido ósseo subjacente. Se estendermos essa conclusão para as demais etnias existentes, verificaremos valores de normalidade próprios para cada uma, assim como para diferentes raças, variando inclusive o perfil médio de acordo com épocas diferentes11. Estudaram valores médios para os tecidos moles do perfil facial que pudessem ser utilizados como um guia a se alcançar ao final do tratamento estético e concluíram que os valores obtidos na amostra só poderiam ser comparados aos de indivíduos com as mesmas características e seguindo a mesma técnica fotogramétrica.

Ao observar que muitos indivíduos nunca apresentariam, ao final do tratamento, os valores normais cefalométricos, estudos passaram a ser realizados enfatizando o equilíbrio individual da face. Assim, surgiram as Análises Faciais de Proporção, onde se inclui a Análise de Proporção Áurea Facial e, a denominada Análise Facial Subjetiva.

Para Landgraf et al., a Análise Facial sistematiza o diagnóstico ortodôntico e se associa à análise cefalométrica para oferecer ao paciente uma oclusão funcional com a melhor harmonia facial possível.

A maior parte dos estudos referentes às análises faciais subjetivas utilizou escalas como método para quantificar a estética facial. Dentre elas, três tipos são mais citados na literatura: a escala visual análoga, a de referência e a escala de ranking. A primeira consiste em classificar a estética facial apresentada em cada fotografia em uma escala de 0 a 100, por exemplo, representada por uma linha horizontal dividida em 10 secções iguais. O segundo tipo consiste em se determinar uma fotografia de referência e dar um valor para ela, sendo que as demais fotografias receberiam
notas maiores ou menores. A terceira forma consiste em apresentar todas as fotografias para os avaliadores e esses colocarem as mesmas em ordem, do menos para o mais estético.

Conclusão

Com base nos resultados obtidos e de acordo com a metodologia empregada, conclui-se que não houve associação entre a avaliação subjetiva da agradabilidade facial em norma frontal e o Padrão Facial em ambos os grupos de avaliadores; porém, em norma lateral houve associação fortemente positiva.


Link do artigo na integra via Scielo:

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