ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Imunossupressores: Implicações na Ortodontia

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Imunossupressores: Implicações na Ortodontia


Neste artigo de 2012, publicado pelo Dental Press Journal of Orthodontics, pelos autores Rogério Lacerda dos Santos, Maria Cláudia Mesquita Lacerda, Renato Torres Gonçalves, Marco Aurélio Martins, Margareth Maria Gomes de Souza, do Department of Nephrology and responsible for the Renal Transplantation Unit of the Clementino Fraga Filho University Hospital (HUCFF), Rio de Janeiro, Brazil; The Inflammation Laboratory of Fiocruz, Rio de Janeiro, Brazil; Departament of Orthodontics, Federal University of Rio de Janeiro; Departament Orthodontics, Federal University of Campina Grande. Mostra um importante estudo sobre a implicação dos imunossupressores sobre o metabolismo ósseo.

Existem medicamentos capazes de afetar o metabolismo ósseo e da taxa de movimento dentario. Entre estes medicamentos estão os imunossupressores, que agem reprimindo a ação dos linfócitos T, entretanto eles podem causar perda de massa óssea e, conseqüentemente, levar à osteoporose. 


 A osteoporose é uma complicação comum observada em casos de transplantes de rim, coração, fígado ou de pulmão. O tratamento com imunossupressor para prevenir a rejeição dos órgãos após transplante, em geral, inclui glucocorticóides, ciclosporina, tacrolimus e sirolimus. Todas estas drogas podem ter efeitos que podem comprometer a homeostase mineral óssea e, consequentemente, influencia o movimento do dente. Em anos recentes, no entanto, a utilização crescente de imunossupressores tem levantado questões sobre os seus efeitos sobre o metabolismo ósseo em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico.
Neste estudo os autores concluiram que:
1) Os imunossupressores que afetam a síntese de citocinas (glicocorticóides, cyclosporinCsA, tacrolimus-FK506 e Sirolimus-RAPA) interferem no metabolismo ósseo e pode influenciar o movimento dentário.
2) A interferência no metabolismo ósseo é dependente da força aplicada, a dose e a duração da terapia imunossupressora, além da resposta individual de cada paciente, com exceção para a azatioprina e micofenolato mofetil que não demonstraram qualquer efeito deletério sobre a densidade óssea.

Link do artigo na integra via Scielo:

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