ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Você tem medo de indicar a cirurgia ortognática?

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Você tem medo de indicar a cirurgia ortognática?



Muitos colegas ortodontistas morrem de medo quando se fala em tratar pacientes com desarmonias esqueléticas importantes, por já preverem que terão que indicar a cirurgia ortognática. Esse é  o seu caso? Então continue lendo.

Fique tranquilo(a)! O pior problema você não tem nesse caso. É mesmo grave quando o paciente tem que ser tratado com cirurgia e você, ortodontista, não reconhece os limites da movimentação dentária e planeja uma abordagem compensatória. Isso normalmente evolui para tratamentos extremamente longos e resultados muito ruins. Em alguns casos, perturba a relação profissional com o paciente e leva à lide judicial.

Portanto, o diagnóstico correto do paciente clareia os limites ortodônticos e define a melhor abordagem terapêutica.

Em 2005, os autores, Marina de Oliveira Ribas, Luís Francisco Gomes Reis, Beatriz Helena Sottile França e Antonio Adilson Soares de Lima, publicaram um artigo na Dental Press, no qual procuram dar orientações legais aos Ortodontista e Cirurgiões para estes casos.

Título original: Cirurgia ortognática: orientações legais aos ortodontistas e cirurgiões bucofaciais
Leitura do artigo completo, clique AQUI


Neste artigo, os autores relatam algumas intercorrências e alerta para a necessidade de informações detalhadas ao paciente e aos familiares sobre todos os aspectos do procedimento e pós operatório. 
Os autores sugerem que sejam observados os seguintes pontos:
  • Oferecidas alternativas ao tratamento (se houver) e listadas as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
  • Apresentado o custo total do tratamento desde o início para que a família possa incluir esses gastos em sua previsão orçamentária.
  • Orientação especializada (nutricionista) quanto à dieta enquanto estiver com o aparelho e durante o pós-operatório.
  • Consentimento livre e esclarecido pontuando todas as orientações efetivamente dadas, assinado pelo paciente e familiares.
  • Prontuário assinado a cada consulta, evidenciando os procedimentos realizados, metas alcançadas, além de faltas e quebras do aparelho.
  • Complicações possíveis decorrentes dos procedimentos indicados.

Apesar desse tipo de tratamento parecer bastante complicado, atualmente seus protocolos estão muito bem assimilados por ambos, cirurgião e ortodontista e a segurança para diagnosticar e tratar esses casos pode ser adquirida em cursos reconhecidos nos principais centros de conhecimento do país. 

Abraços a todos!

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