ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Envelope de discrepância - Conceito teórico ajuda a compreender o potencial de movimento dentário nos três planos do espaço.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Envelope de discrepância - Conceito teórico ajuda a compreender o potencial de movimento dentário nos três planos do espaço.





Neste artigo de 2019, publicado na Revista OrtodontiaSPO, pelo Prof. Dr. Julio Gurgeldo programa de mestrado acadêmico em Odontologia (Ortodontia) da UniCeuma, em São Luís/MA; Professor assistente doutor do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, campus de Marília. Mostra as modificações sofridas no clássico envelope de discrepância descrito pelos Professores Proffit e Ackerman. Em função da introdução dos Mini parafusos na Rotina Ortodôntica.

O envelope de discrepância representa um importante conceito teórico sobre o potencial de movimento dentário nos três planos do espaço. Foi criado por Profitt e White com o propósito de dar noção das amplitudes dos efeitos dentários e esqueléticos obtidos por meio do tratamento ortodôntico, ortodôntico-ortopédico e ortodôntico-cirúrgico1.

Uma ilustração gráfica indica valores limites para os movimentos dos incisivos superiores e inferiores nos sentidos sagital e vertical, bem como para os movimentos dos molares no sentido transversal e vertical. Deste modo, principalmente o clínico iniciante, tem uma noção da magnitude média das correções possíveis por meio do tratamento ortodôntico isolado, combinado com o crescimento craniofacial ou com a cirurgia ortognática. Os dados numéricos são baseados nos abundantes estudos sobre o crescimento craniofacial, associados aos relatos sobre o efeito das diversas modalidades de tratamentos ortodônticos. O potencial de movimento dentário, expresso numericamente, representa os limites da remodelação óssea e a consequente adaptação dos tecidos moles nos três planos do espaço. A quantidade de movimento dentário é baseada na severidade da má-oclusão e deve ser associada aos parâmetros do envelope de discrepância para identificar a real magnitude, a direção e o modo de obtenção da correção ortodôntica.

Este envelope foi posteriormente revisto por Lee, Kin e Park, os quais contribuíram com a inclusão do círculo representativo dos limites de movimentos dentários obtido com o uso da ancoragem esquelética por meio dos dispositivos transitórios de ancoragem (DTAs)2. Portanto, o envelope de discrepância propõe quatro potenciais de correção:

1. A amplitude de alteração espacial obtida somente com o movimento dentário e a consequente remodelação (movimento dentoalveolar);
2. A quantidade de modificação do crescimento obtida por meio dos aparelhos ortopédicos fixos e funcionais;
3. O complementar efeito dentoalveolar ou esquelético possível de ser realizado com o uso dos dispositivos transitórios de ancoragem (DTAs), podendo ser a miniplaca ou o mini-implante;
4. A ampla gama de movimento obtida por meio da cirurgia ortognática.

Link do Artigo na Integra via OrtodontiaSPO:

http://www.ortociencia.com.br/Materia/Index/154341

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