
Neste Artigo de 2006, publicado pela revista Dental Press, o Dr. Jorge Faber de Brasilia-DF, relata com muita propriedade sobre um tema ainda desconhecido para muitos colegas, e de muita importância, principalmente no planejamento Orto-cirurgico.
A técnica compreende o uso de várias tecnologias que utilizam dados de arquivos de desenho auxiliado por computador (CAD; abreviatura do inglês “computer aided design”) para produzir modelos físicos por um processo de adição de material. Existem diversas tecnologias de prototipagem rápida e, entre elas, as de maior precisão e qualidade são sinterização a laser (SLS), estereolitografia (SLA) e PolyJet.
Seguno o autor, a primeira aplicação da prototipagem rápida especificamente para a Ortodontia foi, provavelmente, dada por ele e pelos colegas Patrícia Berto e Marcelo Quaresma. Ela teve como objetivos diagnosticar a impacção de um canino maxilar incluso, confeccionar um acessório específico para o tracionamento do dente e auxiliar os cirurgiões Marcos Anchieta e Frederico Salles na navegação intra-operatória de exposição e colagem do acessório individualizado.
A solicitação da tomografia computadorizada (CT) é o primeiro passo para a obtenção de um protótipo dentário de boa qualidade e, sempre que solicitado, o exame precisa atender a alguns critérios. O primeiro é que toda a região da mandíbula e maxila deve ser varrida com cortes axiais de espessura não maior que 1,0mm. Outra questão importante é que os arcos dentários precisam estar levemente afastados durante o exame para não ocorrer uma fusão das imagens dentárias. Além disso, a solicitação do exame deve trazer, expressamente, a orientação para que a clínica radiológica salve as imagens tomográficas em CD-ROM, fita DAT 8.0 mm, disco óptico de 5,25” ou em disco Zip. A seguir os arquivos são encaminhados para uma empresa que confecciona o protótipo e são anexadas orientações a respeito dos objetivos do modelo.
A estridente vantagem que a prototipagem possui sobre a utilização de outros métodos de diagnóstico por imagem vem exatamente do emprego da percepção tátil. Uma boa forma de notar isso é fazer analogia com outro exame complementar: o modelo de gesso. Dispomos de recursos fotográficos avançados para registrar as relações dentárias; máquinas fotográficas com mais megapixels do que, talvez, necessitamos. Apesar disso, o modelo de gesso, o exame complementar mais arcaico da Odontologia, é fundamental! Seguno o autor, ele concorda com muitos clínicos experientes, que não basta olhar o modelo. É necessário manuseá-lo. Assim, valer-se de um protótipo permite ao profissional retirar informações do exame que não estão disponíveis por outros meios, pois faz parte de nossa natureza perceber o mundo também pelo tato.
A CT e o modelo de prototipagem em conjunto têm um preço mais alto que os exames radiográficos convencionais. Mas essas tecnologias têm se tornado, gradativamente, mais acessíveis e poderão, em um curto prazo, se tornar exames complementares usados freqüentemente na clínica ortodôntica.
Link do artigo na Dental Press:
Empresas que realizam este procedimento aqui no Brasil: