Neste artigo de 2004, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores Dickson Martins da Fonseca, Fábio Henrique de Sá Leitão Pinheiro, Simone Fujiwara de Medeiros; de clinica particular e do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO - Rio Grande do Norte. sugerem um protocolo simples e eficiente para a remoção de braquetes ortodônticos sob uma ótica mais aprofundada, porém sem perder o foco clínico.
Embora a literatura seja substancial quanto à publicação de trabalhos sobre a remoção de braquetes ortodônticos, este não parece ser um assunto aprofundado entre os profissionais da área de Ortodontia. A maioria dos especialistas remove os braquetes ortodônticos por meio mecânico, utilizando-se da pressão e deformação produzidos pelos alicates removedores de braquetes.
Estudos recentes têm demonstrado uma maior preocupação com o tipo de material utilizado para a colagem10 e o desenho da estrutura dos braquetes. Neste sentido, princípios laboratoriais
têm sido implementados para propiciar uma remoção mais segura e prática dos aparelhos ortodônticos fixos.
Por outro lado, com a intenção de provocar menores danos ao esmalte dentário, alguns profissionais têm preconizado a remoção de braquetes metálicos e cerâmicos por meio eletrotérmico. No entanto, há quem alerte para os riscos de mortificação pulpar, principalmente quando o dente apresenta-se com uma coroa ou faceta de porcelana.
Os métodos mecânicos de remoção, por meio de pistolas e alicates, parecem deixar, por sua vez, uma quantidade maior de resina a ser removida, o que acaba assegurando menores traumas ao esmalte dentário.
A experiência clínica tem demonstrado que há quem utilize alicates de corte de amarrilho, How reto e, até mesmo, alicates removedores de bandas na tentativa de descolar os braquetes. Deduz-se que estes métodos não sejam muito seguros e poderão provocar acidentes, fraturas de esmalte e outras intercorrências. No entanto, faltam ainda maiores comprovações neste sentido.
Ultimamente, tem-se falado muito a respeito da utilização do laser para a remoção dos braquetes
ortodônticos, em especial, de braquetes cerâmicos. Hirayama et al. constataram que a remoção de braquetes de porcelana por meio do laser CO2 se deu de forma bastante facilitada e causou pouquíssimos danos aos dentes, em comparação à remoção mecânica. Além disto, proporcionou uma menor quantidade de resina residual.
ortodônticos, em especial, de braquetes cerâmicos. Hirayama et al. constataram que a remoção de braquetes de porcelana por meio do laser CO2 se deu de forma bastante facilitada e causou pouquíssimos danos aos dentes, em comparação à remoção mecânica. Além disto, proporcionou uma menor quantidade de resina residual.
Um método também descrito na literatura requer o emprego do ultra-som, inicialmente desenvolvido para a remoção de retentores de prótese fixa. De acordo com Boyer, trata-se de um método eficaz, sem fratura de esmalte, porém necessita de um tempo relativamente longo (38 a 50 segundos), o que gera desconforto para alguns pacientes.
Depois que os braquetes são removidos, a resina remanescente precisa ser totalmente eliminada. Clinicamente, dispõe-se de diversas formas de remoção: brocas diamantadas, brocas do tipo shofu e brocas multilaminadas carbide (de tungstênio) de baixa e alta rotações. Estas últimas têm caído na preferência da maioria dos profissionais da atualidade.
O protocolo apresentado supre as necessidades clínicas relacionadas à remoção de braquetes ortodônticos, fornecendo uma lisura e um brilho distintamente superiores aos proporcionados pela à simples e habitual remoção de braquetes. Indubitavelmente, o microscópio clínico desempenhou um importante papel neste sentido, embora métodos de visualização menos precisos, tais como macrofotografias e lentes de aumento, possam certamente produzir resultados bastante semelhantes.
Diante da diversidade de instrumentais para a remoção mecânica de braquetes ortodônticos, bem como da falta de comprovação científica de suas respectivas desvantagens, optou-se pela utilização de um alicate removedor de braquetes, já que é específico para esta função, de baixo custo e bastante cômodo para o paciente. Forças de impacto parecem provocar menos danos ao esmalte dentário do que forças de torção, aplicadas subitamente.
A purpurina de prata, embora não utilizada rotineiramente em Odontologia, dedutivamente não causaria efeitos prejudiciais à saúde dos pacientes, haja vista a eventualidade de sua utilização e o fato da prata ser empregada nas ligas de amálgama para restaurações. De qualquer forma, recomenda-se cautela e uma investigação prévia sobre a possibilidade de alergia. O uso de óculos de proteção para os pacientes também é recomendado.
No meio protético, a purpurina de prata funciona como um excelente avaliador de textura e micro-anatomia. Por este método, a presença de minúsculas quantidades de resina sobre o esmalte pode ser facilmente identificada. Sugerem-se, assim, maiores investigações a respeito de materiais simples, utilizados na área de prótese há bastante tempo, tais como carbono oclusal, batom e outros, para uma análise prática da textura do esmalte pós-remoção de braquetes ortodônticos.
Link do artigo na integra via Dental Press:
www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/01/v1n108.pdf
Depois de remover o braquete, seco e removo com alicate removedor de banda. Assim consigo destacar a resina inteira, más nem sempre é eficiente.
ResponderExcluironde encontro mais artigos sobre esse assunto
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