Neste artigo publicado em 2009, pela revista Dental Press, pelos autores Pollyana Marques de Moura, Lílian Vieira Lima, Marcelo Daniel Brito Faria, Bianca Gutfilen; da Faculdade de Odontologia da UFRJ - Rio de Janeiro. Mostra mais uma das aplicabilidades da tomografia cone Bean (Já comentada aqui no BLOG) como por tomografia volumetrica, auxiliando com maior precisão na visualização da maxila que sofreu ua disjunção.
O conceito da reconstrução em três dimensões (3D), na área da Saúde, existe bem antes da descoberta do aparelho de raios X e pode ser demonstrado através de modelos em cera do século XVIII e XIX, que apresentam os aspectos anatômicos e patológicos dos órgãos do corpo humano. A reconstrução em 3D por imagens permite melhor visualização das estruturas anatômicas, que normalmente se sobrepõem nas radiografias convencionais.
O processo da reconstrução tridimensional inicia-se a partir da secção da região a ser analisada, por meio de um tomógrafo computadorizado, resultando na síntese destes cortes por intermédio de programas de computadores, permitindo uma visualização espacial do objeto estudado. No entanto, apesar da tomografia computadorizada (TC) oferecer um melhor delineamento das estruturas ósseas da face do que a radiografia convencional, o alto custo dos exames e as altas doses de radiação exigemque o ortodontista selecione as situações em que os benefícios são superiores aos riscos.
A técnica cone beam computed tomography (CBCT) vem sendo introduzida na literatura odontológica como uma inovação na maneira de adquirir imagens volumétricas, com posterior reconstrução multiplanar. As mais importantes características são a menor quantidade de radiação e a alta resolução das imagens das estruturas dentomaxilofaciais, quando comparadas às da técnica fan bean. De fato, o tomógrafo computadorizado multislice é um sistema grande e caro, designado primeiramente para exame de todo o corpo. O tomógrafo CBCT apresenta-se como um sistema menor, com menor custo, desenhado para aquisição de imagens do complexo maxilomandibular.
No estudo, um modelo laboratorial para análise do efeito transverso da ERM, por meio de diferentes recursos de reconstrução tridimensional, foi desenvolvido a partir de um crânio seco humano pertencente à disciplina de Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FO/UFRJ). A expansão maxilar foi realizada com um disjuntor tipo Haas, com anéis adaptados aos segundos molares e aos primeiros pré-molares, pois esses elementos apresentavam suas raízes com maior inserção no processo alveolar, oferecendo melhor ancoragem para realização do procedimento.
Os cortes foram realizados ao nível das raízes dos pré-molares para avaliação axial; nessa profundidade de corte, não se observavam artefatos produzidos pelo aparelho expansor. A aquisição das imagens produziu resultados semelhantes para avaliação da abertura da sutura palatina mediana por uma e outra técnica.
A utilização de reconstruções tridimensionais possibilita averiguar, ainda com o aparelho expansor em posição, qual a real abertura conseguida e fazer a sobrecorreção necessária para o procedimento, baseando-se em mensurações da base óssea. A imagem tridimensional do arco dentário pode ser usada como modelo de estudo, dispensando-se a moldagem tradicional, difícil de ser realizada com o aparelho em posição, principalmente após as expansões assistidas cirurgicamente.
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Muito bom este artigo, Marlão!!!
ResponderExcluirMuito bom este artigo!!!
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