

Neste artigo de 2009, publicado pela Revista Gaucha de Odontologia, pelos autores Mariana Martins e MARTINS, Maria Teresa de Andrade GOLDNER, Álvaro de Moraes MENDES, Alfredo Soares VEIGA, Tatiana Araújo de LIMA, Rúbens RAYMUNDO JÚNIOR; da Universidade Veiga de Almeida, Pós-Graduação em Odontologia - Rio de Janeiro. Aborda a Tomografia Cone Bean, intrumento de diagnostico imprescindivel para o ortodontista, principalmente nas situações onde ocorram a presença de unidades dentarias inclusas.
Um dente é considerado incluso quando está em posição intra-óssea após seu período de erupção. Esta situação ocorre em cerca de 25% a 50% da população. De acordo com Bishara, a etiologia dos dentes inclusos pode ser dividida em: fatores gerais e locais que incluem a deficiência de espaço no arco para sua erupção, retenção prolongada de dentes decíduos, posicionamento atípico do germe dentário, presença de fenda palatina, anquiloses, formações císticas e neoplásicas, trauma dentoalveolar e dilaceração radicular.
Os casos que apresentam dentes inclusos aumentam a complexidade do tratamento ortodôntico. Nestes casos, os primeiros exames complementares solicitados, geralmente, são as radiografias panorâmicas e periapicais. Porém, estes exames são bidimensionais e muitas vezes fornecem informações limitadas a respeito da real posição do dente impactado e da condição em que este se encontra. Muitas vezes, podem apresentar dilacerações e reabsorções imperceptíveis nos exames tradicionais.
Recentemente foi introduzida na odontologia a Tomografia volumétrica computadorizada. Este tipo de exame permite a visualização das estruturas anatômicas em três dimensões, fornecendo muito mais detalhes e informações.
A tomografia volumétrica computadorizada é uma ferramenta de diagnóstico essencial para os casos de dentes inclusos, pois fornece a localização precisa deste elemento e dos dentes e estruturas adjacentes. Permite um planejamento mais seguro e preciso com relação à movimentação ortodôntica, além de fornecer importantes informações da condição radicular.
Tanaka et al. relataram que devem ser avaliadas a posição e direção do dente incluso, a quantidade de formação radicular e o grau das dilacerações presentes para decidir se os dentes inclusos podem ou não ter sucesso no tracionamento. Alertam também para o fato que os dentes inclusos quase sempre apresentam dilacerações radiculares que pioram com o passar do tempo. Deste modo, o tratamento ortodôntico, que envolve dentes inclusos, demanda um planejamento detalhado de como e quando este dente será tracionado com o objetivo de eliminar a progressão da dilaceração.
A principal forma de tratamento de dentes inclusos é o tracionamento ortodôntico após exposição cirúrgica destes elementos. Porém algumas falhas podem ocorrer nesta opção de tratamento, devido à anquilose ou reabsorções radiculares. E mesmos alguns casos de sucesso de tracionamento podem apresentar formação radicular irregular ou uma margem gengival esteticamente inadequada. Todos estes dados também devem ser passados para os responsáveis do paciente.
A tomografia computadorizada volumétrica se mostrou uma ferramenta de diagnóstico essencial para os casos de dentes inclusos, pois fornece a localização precisa deste elemento e dos dentes e estruturas adjacentes. Permite um planejamento mais seguro e preciso com relação à movimentação ortodôntica, além de fornecer importantes informações da condição radicular.
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