ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Mini implantes como ancoragem ortodôntica – planejamento ortodôntico/cirúrgico

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mini implantes como ancoragem ortodôntica – planejamento ortodôntico/cirúrgico





Neste artigo de 2007, publicado pela Revista Dental Press pelos doutores: Ana Cláudia Moreira Melo, Lucila Largura Zimmermann, Paulo César Raveli Chiavini, Eleise Sosnoski Belaver, Huberto Araldi Leal e Geninho Thomé. Fala da aplicabilidade dos mini implantes com suas diversas abordagens.

Após o advento da osseointegração, proposto por Branemark et al., a possibilidade de atingir ancoragem absoluta tem revolucionado a Ortodontia. Alguns estudos foram iniciados com o objetivo de criar dispositivos que pudessem ser utilizados especificamente como ancoragem ortodôntica. Placas de fixação usadas em cirurgia ortognática, ligaduras zigomáticas e até mesmo parafusos utilizados para enxerto foram propostos para servirem como ancoragem esquelética durante o tratamento ortodôntico. Também, os recentemente denominados Dispositivos de Ancoragem Temporária, implantes específicos para uso ortodôntico, foram propostos, como os implantes palatinos, miniplacas e os mini implantes.

Os mini implantes apresentam diversas indicações clínicas, entre elas: retração do segmento anterior, evitando o uso de aparelho extrabucal como reforço de ancoragem, verticalização de molares, intrusão de dentes anteriores e até mesmo intrusão de molares. Apesar do pequeno diâmetro (variações de 1 a 2mm), os mini implantes são capazes de suportar forças de até 450g, enquanto a maioria das forças utilizadas em Ortodontia são inferiores a 250g.

O planejamento inicial do ortodontista visa identificar a área ideal para o posicionamento dos mini implantes, do ponto de vista de como a movimentação será realizada. Deve também ser considerado o modo de aplicação da força, direto ou indireto. Molas pré-fabricadas de níquel-titânio ou elásticos em cadeia, se estendendo do parafuso até a unidade ativa, geram sistemas de ancoragem direta. Por outro lado, os mini implantes também podem ser usados como ancoragem indireta, ou seja, o mini implante é unido ao dente que servirá de unidade de ancoragem para aplicação da força.

Grande parte dos relatos de instabilidade e necessidade de remoção dos mini implantes, normalmente, está associada à inflamação dos tecidos moles ao redor dos parafusos. Cheng et al. em 2004, ao avaliarem os possíveis fatores associados à estabilidade dos mini implantes, observaram que o comprimento dos parafusos não apresentou relação direta com a permanência ou não dos mini implantes. Segundo os autores, a quantidade de força também não mostrou relação estatisticamente significante, contudo eles salientaram que as forças utilizadas foram bem controladas e leves. Como cuidado pós-operatório, os pacientes deverão ser instruídos a manterem excelente higiene do local, já que um dos fatores relacionados à perda de estabilidade dos mini implantes é a presença de inflamação local.

Os mini implantes são removidos com facilidade aplicando-se um contra-torque à conexão de hexágono. Normalmente não é necessária anestesia, já que o pequeno desconforto que o paciente pode sentir durante a remoção é menor que o devido à anestesia, e não é necessário qualquer tipo de sutura.

Os autores concluiram que os miniimplantes são um excelente método de ancoragem ortodôntica e proporcionam resultados excelentes, desde que seja realizado um cuidadoso planejamento ortodôntico/cirúrgico.

Link do Artigo na integra na Dental Press:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe !