ORTODONTIA CONTEMPORÂNEA: Cirurgia ortognática de modelos: protocolo para mandíbula

domingo, 28 de dezembro de 2008

Cirurgia ortognática de modelos: protocolo para mandíbula




Neste artigo de 2007, publicado pela Revista Dental Press, pelos autores: Eduardo Sant’Ana, Moacyr Tadeu Vicente Rodrigues, Gabriel Ramalho Ferreira, Júlio de Araújo Gurgel. Fala da importancia do planejamento da cirurgia ortognática na mandibula através da "cirurgia" dos modelos de gesso, eles descrevem passo a passo um protocolo interessante que vai até construção de um splint a ser usado no trans e pós-operatorio.

Tradicionalmente, nas cirurgias combinadas, a maxila era reposicionada primeiramente. Buckley
et al. em 1987, foram os primeiros a sugerir e descrever uma seqüência de cirurgia combinada, iniciando pela mandíbula. Estes autores afirmaram que esta técnica prevenia possíveis deslocamentos da maxila reposicionada, quando a cirurgia era iniciada pela mandíbula. Isto foi verificado especialmente em cirurgias de grande avanço mandibular, quando a segmentação da maxila era necessária e/ou na presença de maxila com paredes ósseas delgadas, tornando difícil qualquer fixação com miniplacas, além de comprometer a estabilidade.

A cirurgia dos modelos é uma importante etapa do planejamento, imprescindível para o sucesso das cirurgias ortognáticas combinadas. Eliminar limitações durante as etapas do planejamento (análise facial, traçado predictivo, cirurgia de modelos) é a busca incessante das pesquisas nesta área. A etapa laboratorial de cirurgia nos modelos, principalmente a tradicional conduzida a partir do modelo superior, quando feita diretamente no articulador semi-ajustável, torna-se uma tarefa difícil e, na maioria das vezes, imprecisa. Primeiramente, deve-se considerar a ação da gravidade sobre este modelo em movimentação, estabilizado apenas com cera. Segundo, muitas vezes há maior risco de imprecisão na obtenção das medidas a serem alteradas e na manutenção da estabilidade destas até a confecção do guia cirúrgico (goteira e splint).

A cirurgia de modelos para a mandíbula é tecnicamente tão simples quanto para a maxila, porém alguns detalhes devem ser considerados, para que não haja equívocos no momento de se calcular as medidas a serem alteradas. A cirurgia ortognática combinada iniciada pela mandíbula mostra-se como opção interessante para o reposicionamento da maxila, desde que aspectos limitantes, como posicionamento condilar e fixação passiva, sejam bem conduzidos e controlados pelo cirurgião. Desta forma, esta técnica, apesar de já ter sido descrita em 1987, em associação com os demais avanços na área da cirurgia ortognática, torna-se cada vez mais bem indicada e com menores limitações, contribuindo para que os resultados clínicos sejam cada vez melhores.
Link do Artigo da Integra na Scielo:

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